quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
(Fonte: Índios On line)
A renovação do nosso espírito, e a satisfação da vida material, se dá com o nascer do sol: com uma planta que nasce, com o brotar da flor, com o aparecimento do fruto, com cada folha que renova, com o canto dos pássaros, com as matas povoadas de animais, com o encanto das florestas, com os rios, lagos, ou lagoas cheios de peixes, com o barulho das cachoeiras, com a água pura que mata a nossa sede, e que nos banha, com as nossas roças produzindo alimentos, para saciar nossa necessidade de perpetuação, com o entardecer, com a lua que surge para nos encantar, com as estrelas, que servem para nos guiar, com o novo amanhecer, com o nascer de uma criança, com o respeito e, o cuidado com os nossos semelhantes, com o direito de viver, e, com a nossa partida para o mundo espiritual. Enfim, com o amor e a proteção que nos relacionamos com a Mãe Natureza.
Somos parte da Terra, pedaços de torrões!
Não queremos um Natal e Próspero Ano Novo, que é medido de ano em ano, onde as pessoas são levadas a acreditarem que é só nesses momentos, que o espírito precisa de renovação e paz, que se redime de todos os tipos de atrocidades cometidos ao longo de um ano, que deve se colocar a melhor roupa, o melhor sapato, ter o melhor alimento, amar, sonhar, tolerar, perdoar, presentear, reunir os membros da família, e que depois de passado surgem as incertezas, o desespero, o egoísmo, o orgulho, a prepotência, a vaidade, o rancor, o ódio, a desesperança, a ganância, a sede do poder, a cegueira, a desilusão etc..;. Que transforma o homem, em um ser avilte.
Não queremos um Feliz Natal, e um Próspero Ano Novo de quem faz parte de um Sistema, ou aceita ser dominado por conveniência, e que deixa seus próprios irmãos: com fome, com sede, sem teto, sem pátria, sem direito a uma boa educação, à saúde, a um trabalho digno, sem acesso ao conhecimento dos direitos e deveres de cidadania, sem rosto e sem voz, que fomentam a guerra (a disputa e a discórdia),
Queremos sim, comungar sempre, com aqueles, que enxergam a humanidade como um todo, que não precisam de retórica, e nem se dizem intelectuais para seduzir e enganar seus irmãos, que não possuem olhos vendados, e que tem a plena consciência de que somos todos iguais perante a Natureza. A diferença é unicamente cultural. E, acima de tudo possuem a consciência de que precisamos preservar e cuidar do meio em que vivemos, se deseja para nossas futuras gerações uma vida digna!
Auere!
Yakuy Tupinambá
yakuy@indiosonline.org.br
sábado, 19 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
(Trechos de tópico do blog Impressões Amazônicas, de Altamiro Vilhena)
Poucos animais exercem tanto fascínio sobre nós quanto os
golfinhos. Golfinhos são tudo de bom. Inteligentes como macacos,
simpáticos como pandas, afetuosos como cachorros. Como eu disse...
tudo de bom!
No Brasil há vários lugares onde os golfinhos podem ser
vistos nas praias. Nos rios amazônicos encontramos duas espécies, aqui
chamadas de botos: o cinza, conhecido como tucuxi e o cor-de-rosa. O
cor-de-rosa é animal especial, mágico, que ganhou fama de lenda. Maior
que o primo cinzento, é acusado de seduzir mocinhas, levando-as ao
fundo dos rios para noites de amor, nas quais, invariavelmente, as
engravidam. A fama é tão grande que em todo mercado mais popular,
inclusive no famoso Ver-o-peso, de Belém, se encontra com facilidade
(contrariando as nossas leis ambientais), tanto o “sexo do boto”
quando o “sexo da bota”, ambos com propriedades afrodisíacas
incomparáveis, segundo os locais.
Assim, seduzido pelos botos, cá estou eu em Novo Airão,
município amazonense distante cerca de três horas de Manaus, para
mergulhar com os botos cor-de-rosa. Sim, aqui eles são tão habituados
com a presença humana que se pode mergulhar com eles – sem o perigo de
ser levado para o fundo das águas.
E vou ser sincero, fui enfeitiçado. Não sei se é
“ambientalmente correto”, mas... é tudo de bom. Eles são realmente
dóceis e se aproximam com facilidade. Na verdade não são tão
desinteressados, pois a melhor forma de atrai-los é com um bom punhado
de peixe, mas uma vez que o cheiro do peixe cai no rio, lá vem. Um,
dois, três, quatro... contei até sete botos. E se você entra com o
peixe dentro do rio eles vem “abraçá-lo” gentilmente, pedindo o peixe.
O problema é que, embora gentis conosco, não são assim com os irmãos
de espécie, e então, como dois botos não podem ocupar o mesmo lugar no
espaço, um pula por cima do outro, da focinhada e até morde, na
tentativa de deixar claro que “este peixe é meu”.
Exceto por esta briga entre irmãos, que é possível de ser
administrada com um bom estoque de peixes, a alegria é contagiante. A
gente se sente meio Namor, Aquamen, Netuno ou qualquer uma destas
criaturas meio humanas, meio aquáticas que habitam nosso imaginário.
Com uma máscara você pode mergulhar abraçado a eles, com um peixe bem
acima da linha d’água eles chegam a colocar as barbatanas de fora. E
com um pouco de paciência, logo você tem fotos de toda família... pois
cada boto já foi batizado e tem seu nome próprio, podendo ser
identificado por diferentes sinais como um bico torto ou manchas na
face.
Novo Airão, guardem este nome. Não dá vontade de ir
embora. A sensação de integração a natureza é única. A plenitude maior
ainda. Posso ter abraçado um boto, mas com certeza fui abraçado por
Deus.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Índios da tribo Kuikuro "peixinho bicudo"
(Fonte das imagens e informações)
Kuikuro (peixinho bicudo), uma das catorze aldeias que integram o Parque Nacional do Xingu, fundado em 1961 por iniciativa dos irmãos Villas Boas. Falam o dialeto Karib, somam-se 400 indígenas e habitam o Alto Xingu, às margens do rio Kuluene.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Tartarugas gigantes de Galápagos
(Fonte)
A tartaruga gigante de Galápagos Geochelone nigra, a maior tartaruga viva que se conhece, é nativa de sete ilhas do arquipélago. Quando chegam a idade adulta podem pesar mais de 300 quilogramas e medir 1,2 metros de comprimento. Elas tem uma expectativa de vida, no estado selvagem, estimada entre 100-150 anos.
A população dessas tartarugas caiu drasticamente por causa da caça e da introdução de predadores e herbívoros por seres humanos desde o século XVII. Agora, apenas dez das doze subespécies original existem na natureza. No entanto, os esforços de conservação desde a criação do Parque Nacional de Galápagos e da Fundação Charles Darwin tiveram sucesso, e centenas de jovens criados em cativeiro foram libertados de volta para as suas ilhas de origem. São um dos animais mais emblemáticos da fauna das ilhas Galápagos.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
(Fonte da imagem e fonte das informações)
O Parque Cão Sentado é uma Unidade de Conservação e tem como principal objetivo à preservação dos ecossistemas presentes nesta pequena área da Mata Atlântica, proporcionando aos seus visitantes, atividades de lazer e esportes, tais como: caminhadas, pedalinho, pesque-pague e pesque-devolva, exploração de grutas e cavernas, esportes de montanha, apreciação e contato com a natureza.
Na Mata do Parque Cão Sentado convivem lado a lado desde árvores grandiosas, algumas rodeadas com cipós gigantes, como o jequitibá, pau-brasil, figueiras, guapuruvas, cambuás, ingás, cabriúva, ipês, a pindobinha, e outras, como a embaúba, o murici, o baguaçu, o jacatirão, a faveira, guabirobas, bacuparis, a palmeira juçara, da qual é extraído o palmito, espécies de médio porte como a samambaiaçu entre outras palmeiras diversas.
Sobre os troncos destas árvores apóiam-se diferentes lianas (cipós), begoniáceas, aráceas, pteridophytas (samambaias), dezenas de orquídeas (Dendrobiuns, Oncidiuns, Laelias, etc), bromeliáceas, cactáceas, que formam a vegetação de epífitas, perfeitamente adaptadas à vida longe do solo. Nada retiram das árvores apenas buscam uma maior luminosidade e ainda retribuem o abrigo atraindo animais polinizadores, como o beija-flor, as borboletas e os morcegos.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Tangará, dançador
(Fonte)
Os contrastes de cores do macho são únicos entre as aves da RPPN (Reserva Privada de Patrimônio Natural) . O tom de vermelho fogo intensifica-se no alto da cabeça e pescoço, estendendo-se pelo peito (foto). Todo o restante é amarelo vivo, em oposição ao negro do resto das costas e asas. A cauda é curta e pequena para o tamanho do corpo, produzindo uma silhueta característica. A fêmea é toda esverdeada, com tom mais amarelado na barriga. Nos dois sexos, os olhos são brancos, mais destacados na fêmea devido à cor verde escura dominante.
Vivem no interior da mata do Bebe, sendo raro conseguir observá-los bem, apesar das cores. Andam na região abaixo das árvores até cerca de 1 metro do chão, pousando em galhos expostos ou no meio da folhagem. Possuem um vôo rápido e, ao pousarem, ficam imóveis por alguns segundos, dificultando a localização.
Ao contrário do soldadinho, os machos possuem uma arena de dança (vindo daí o nome dançador em português e tangará em tupi, com o mesmo significado), onde as fêmeas vem procurar o seu par. Em algumas ocasiões, dois machos exibem-se na arena, mas o dominante é quem acasala. Após a cópula, a fêmea volta à sua área de vida para construir o ninho, chocar os ovos e cuidar dos filhotes sozinha. As arenas são tradicionais e, mesmo fora do período reprodutivo, os machos as visitam e dançam, procurando manter as melhores posições durante todo o ano. Uma vez localizadas, fica mais fácil de encontrar essa ave única.
Além das matas secas do Pantanal, ocorre em toda a Amazônia ao sul do rio Amazonas, matas ciliares maiores e matas secas de todo o centro-oeste, parte do interior de São Paulo e norte do Paraná (nesses últimos estados, já bastante raro, devido ao desmatamento).
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
Esse anúncio utiliza o movimento da sombra no cartaz para demonstrar como o aquecimento global levará ao aumento do nível dos oceanos.
"Veja quanto monóxido de carbono você deixará de emitir se não dirigir por um dia". Essa é a mensagem que aparece na gigantesca nuvem preta presa ao cano de escape de um carro depois de passar o dia sendo inflada pela fumaça expelida pelo automóvel.
Neste anúncio as árvores foram posicionadas para parecerem pulmões. A área desmatada é um alerta e a frase no canto diz: "Antes que seja tarde demais".
Anúncios criativos sobre o meio ambiente
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
A vida dos índios Aguapeú
(Fonte: Portaldocircuito.com )
A aldeia dos Índios Aguapeú fica em Mongaguá, litoral de SP, onde vivem 61 pessoas entre crianças e adultos.
A aldeia conta com escola e posto de saúde. Além do português a escola ensina também o Guarani, que todos falam fluentemente.
Apesar da discriminação que o povo indígena vive principalmente pelo poder público, a cultura é mantida.
A precariedade nas aldeias só não é maior porque ainda existem alguns que se preocupam e tem interesse em mostrar a realidade que muitos se empenham em esconder.
Os recursos que são destinados aos índios são mínimos, ou não são repassados.
Muitos surgem com propostas, mas com intuito de buscar benefícios próprios usando da necessidade das aldeias. Oferecer uma forma de ocupar a mão de obra sem querer mudar a cultura deveria ser uma lei, e os que têm recursos, principalmente fundações religiosas deveriam ter bom senso e ajudá-los sem querer nada em troca.
Muitos Índios adoecem e não obtém cura devido aos constrangimentos que sofrem na hora de procurar um serviço médico de saúde pública.
Na quinta feira 11 de junho de 2009 o programa do ratinho do SBT fez um puta suspense com uma matéria que induziu muitos a desrespeitar ainda mais a cultura indígena, com intuito de segurar a audiência do programa a matéria ficou para o dia seguinte. Eu não pude ver qual foi o resultado devido estar na região do vale da ribeira buscando nas aldeias da região assuntos para essa matéria. A verdade para tudo isso é que muitos da televisão mostram só o que interessa a eles e não levam a sério uma cultura que é história real e esta se acabando com os constantes constrangimentos que sofrem, por oportunistas que querem acima de tudo sobreviver mostrando de forma parcial as culturas existentes.
Os recursos que são destinados as aldeias é escasso, ou talvez desviado, tamanha a precariedade que vi dentro da aldeia.
Em conversa com um dos índios da Aldeia Aguapeú deu para sentir de perto o quanto eles são capazes.
Ele me disse também sobre o desrespeito com que lideres tanto religiosos quanto políticos os tratam, querendo se beneficiar da imagem que uma aldeia tem do ponto de vista social quando exposta na mídia manipulada por alguns que são responsáveis em distribuir os recursos que lhe são devidas.
Mudar a cultura é o que muitos lideres religiosos tentam incessantemente nas aldeias sem saber o quanto uma proposta assim fere uma tradição. E mais, ferem um principio básico do direito natural por não respeitar a cultura e tradição de um outro povo.
Isso ocorre devido ao menospreso do poder público que mostra uma aldeia modelo como referencia, passando a imagem de que todas são iguais.
E muitos se iludem achando que o que é mostrado na TV é real.
O que com pouco tempo deu para ver em uma só aldeia é que os recursos existentes não são devidamente destinados aos que merecem.
Se quem tem um pouco de conhecimento sofre quando precisa de um serviço público imaginem quem não possui tanto assim.
Comemorar a data no dia 19 de Abril sem conhecer a verdade da cultura é incentivar o fim de uma tradição.
domingo, 8 de novembro de 2009
CLASSIFICADOS FLORESTAIS
TROCA-SE FLORESTA VIRTUAL POR TWITTERNET. Um ótimo negócio, com redução de palavras e dispensa daquele monte de imagens desnecessárias.
No mundo moderno, manter terras virtuais é um desperdício de espaço e tempo. Num Twitternet, você terá muitos vizinhos em um único condomínio, ou seja, sem precisar sair de casa, ou melhor, da sua página.
Além do mais, você poderá trocar as pesadas janelas de comentários por numerosas janelinhas práticas que abrem e fecham num piscar de olhos e de texto!
E de brinde, você leva o moço inglês do tópico abaixo, que virou um sem terra virtual ;))
sábado, 7 de novembro de 2009
(Fonte: Blog Mulher 7 por 7 - Época - por Mariana Weber)
Quando li sobre o economista Mark Boyle, que neste mês completa um ano vivendo sem usar dinheiro, pensei logo nos itens de que eu sentiria falta se embarcasse em uma experiência semelhante. Em um artigo no Guardian, Mark contou que escova os dentes com uma pasta feita de conchas e sementes de erva doce, trocou papel higiênico por jornal velho, planta a própria comida e usa energia solar para carregar o notebook e o celular (que só atende ligações) trazidos da época em que ainda ia às compras. Ele estacionou seu trailer em uma fazenda inglesa de orgânicos (em troca de dias de trabalho) e resolveu ficar sem gastar nem um centavo por um ano para chamar atenção para questões ambientais: diz que o dinheiro é uma ferramenta que distancia o consumidor dos produtos, ocultando o impacto de cada compra. Mas, a julgar pelos comentários abaixo, deixados no site do Guardian, ele chamou a atenção também de pretendentes:
“Mark prova de uma vez por todas que você não precisa de dinheiro para ser sexy.”
“Podemos ver um vídeo dele cortando lenha ou algo assim?”
“Você quer casar comigo?”
Ao responder os comentários dos leitores (muitos deles o criticando), Mark deixou o seguinte recado: “E a todas as ofertas de casamento e sexo casual… Vocês poderiam ter ao menos deixado seus contatos. Apesar de eu não ter certeza de que suas mães me aprovariam. Não sou exatamente um bom partido.” Aparentemente a frugalidade radical, somada à foto de Mark sem camisa, atrai fãs sem medo da falta de papel higiênico macio ou da impossibilidade de comemorar datas especiais em restaurantes.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Espiritualidade indígena: A noite como construção da vida!
(Trechos de artigo escrito por: Pe. Justino Sarmento Rezende *
* Indígena da etnia Tuyuka. Sacerdote Salesiano. Mestre em Educação (Diversidade Cultural e Educação Indígena). Diretor da Missão Salesiana e pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo)
Você está vendo a noite como ela é vista de uma aldeia? Olhe para cima! Quantas estrelas! De tamanhos diversos! De distâncias diferentes! Os meus avôs sabiam os nomes de muitas estrelas e isto para eles era muito importante. A posição de cada uma delas determinava o tempo, o tempo de fazer roça, de pescaria, de caçada, anunciava o tempo de verão, tempo de chuva. O firmamento e as estrelas situadas em diferentes distâncias, diferentes tamanhos e seus movimentos é um livro aberto com muitas mensagens para quem sabe ler! Neste sentido eu sou analfabeto, pois não fui educado na academia da aldeia! Os meus avôs, os meus pais e meus parentes são mais conhecedores do que eu, neste campo! Uma explicação interessante de meus pais era essa: quando aparece a lua nova, às vezes, uma estrela está bem próxima da lua. A explicação que os meus pais me davam era a de que duas pessoas humanas estavam para casar, logo, logo; outra vez a estrela aparece um pouco afastada da lua. Neste caso, diziam que havia pessoas que se amavam, mas não intensamente e que demoraria a sair o casamento. A partir destas explicações dava para entender que o ser humano e as constelações se comunicam. O cosmo possui suas linguagens com as quais se comunicam com os seres humanos e seres vivos. Os humanos e as estrelas interagem!
Olhe para cima e tente entender! Os meus avôs eram sábios e conhecedores! Eram cientistas! Ninguém pode dizer que os índios não conhecem nada. Conhecem e conhecem bem muitas coisas! Eles conheciam o mundo muito melhor do que as novas gerações. É impossível entender tudo! Entendemos bem pouco destas constelações e suas linguagens.
Falando da importância de uma aldeia Tuyuka quero falar para você sobre a importância dos anciãos e eles de noite meditam, pois para eles a noite é fonte de inspiração, de previsão do dia seguinte, é o melhor momento para avaliar o que se passou durante um dia. As coisas que já aconteceram, talvez nunca mais voltem! Se voltarem, serão com formas e intensidades diferentes. Os acontecimentos passados deixam muitas lições para as nossas vidas, lições que podem servir para o dia de hoje e para os dias futuros. Eu acredito muito mesmo que cada um de nós é aquilo que é e que tem por causa do passado. Os nossos avôs construíram muitas riquezas e nós somos herdeiros delas. Os anciãos ficam sentados no escuro. Na boca da noite eles se juntam na casa de um dos anciãos para conversar. Enquanto conversam mascam o ipadu e fumam o cigarro. São elementos que os leva para os outros níveis de pensamentos sobre a vida humana. Eles conversam sobre funcionamento da casa, os trabalhos das roças, a procriação, o andamento da aldeia, os relacionamentos com as pessoas de outras culturas, indígenas e não-indígenas. Assim é que eles vão aprofundando o sentido da existência humana. As ações tuyuka resultam de reflexões realizadas pelos anciãos. Os anciãos com os seus sensos apurados refletem sobre o futuro de todos os homens e as mulheres da aldeia. Os nossos anciãos são os nossos protetores, seres divinos. A força divina atua através da presença de anciãos: fortes, às vezes enfraquecidos, desgastados, encurvados pelo peso do trabalho, adoentados, deitados na rede ou sentadinhos ao lado do fogo, meio sujos, olhando para baixo, como se estivesse dizendo: estou para voltar à terra para tornar-me terra novamente! Tornar-se terra para fazer frutificar os trabalhos dos filhos e netos! Os anciãos com as sabedorias adquiridas pelas experiências ao longo de vários anos transitam pelos diversos mundos que circundam o ser humano. Eles sobem no patamar de cima, descem no patamar de baixo, percorrem pelos quatro cantos do universo, do sol nascente ao poente, do leste ao oeste. Os quatro cantos simbolizam quatro portas. Por uma dessas portas entramos para nascermos nesta vida e por uma delas sairemos para ir para outro mundo, essa saída será a nossa morte. A vida é algo que veio trazida de fora e entregue ao homem e a mulher. Por isso, durante a vida os anciãos com seus benzimentos criam uma estabilidade humana dentro deste espaço a que eu me referia acima. Quantas sabedorias carregam nossos anciãos! Cada ancião é uma biblioteca, impossível de ser lida. De uma biblioteca só conseguimos ler algumas obras, de preferência do nosso gosto. Assim são os nossos anciãos, deles só conhecemos algumas coisas. Muitas coisas vão embora com eles quando eles deixam de viver neste mundo. Quantas coisas nós já perdemos. Estas sabedorias não são coisas que cavando os túmulos podemos trazê-las de volta para os nossos dias. Todas estas sabedorias são bens imateriais, invisíveis. Por isso que são importantes os rituais, as cerimônias de cantos e danças, pois através deles, algumas pessoas recebem, por revelações, os saberes de nossos antepassados [cantos, discursos, danças, ritmos, benzimentos...]. Mais do que isso, algumas crianças, principalmente netas de sábios desde o momento do nascimento já são preparadas. Também, os pais devem se cuidar bem de suas próprias vidas e da de criança, pois assim a criança, através dos sonhos receberá conhecimentos de seus antepassados. Quando se tornar adulto será um pajé, benzedor, mestre de canto e danças, etc. Desta maneira é muito importante a responsabilidade dos pais sobre os seus filhos. Você está compreendendo qual é o sentido do ancião na cultura tuyuka? Um dia nós, também, tornaremos anciãos. Será que estamos nos preparando para sermos anciãos sábios? Aqui na aldeia tornar-se ancião é tornar-se sábio, conhecedor do mundo, da vida, do além-vida, etc. Tornar-se ancião é tornar-se apaziguador, pessoa de equilíbrio, pessoa que benze para defender a vida. O ancião sábio benzedor é salva-vida, curador, mestre da vida. As práticas de sua vida testemunham o valor de sua vida, vida das pessoas, vida de diferentes povos. O ancião sábio não provoca brigas, mas é aquele promove a paciência, paz, harmonia, equilíbrio, reconciliação.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Folha de bordo, árvore da família das aceráceas, que se caracteriza pelas folhas recortadas (foto: William A. Hoch)
FOLHAS DE OUTONO
Folha de plátano e folha de bordo
Plátano ou bordo? Apesar de serem muito parecidas, o símbolo do Canadá, que estampa a bandeira do país é a folha de bordo, que fica avermelhada no outono antes de cair no inverno. O bordo vermelha estilizado que aparece na bandeira representa as matas cobertas por esta folha (que estão concentradas principalmente em Québec e Ontário), enquanto as laterais vermelhas significam os oceanos Atlântico e Pacífico e o centro branco, o território canadense.
_________________________As cores do outono
(Fonte)
Pesquisa explica porque as folhas ficam vermelhas nessa época do ano
Por que as folhas das árvores se tornam avermelhadas antes de caírem no outono, e por que sua cor é mais viva em alguns anos? Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) propõe uma explicação simples para o fenômeno: "Os pigmentos vermelhos chamados antocianinas que se acumulam nas folhas funcionam como uma proteção contra a radiação solar intensa", diz William Hoch, coordenador do estudo publicado na revista Tree Physiology.
Os pigmentos vermelhos protegem o tecido que realiza a fotossíntese. Durante o outono, as árvores reabsorvem os nutrientes das folhas; para recolher o máximo de nutrientes antes que as folhas caiam, elas precisam da energia gerada na fotossíntese. Contudo, os sistemas que participam da fotossíntese -- muito utilizados no verão -- também estão sendo decompostos e absorvidos no outono.
Além dessa decomposição, a fotossíntese pode ser inibida ainda por uma luminosidade muito intensa. Por isso, logo que a reabsorção de nutrientes se inicia no outono, a concentração das antocianinas aumenta na superfície das folhas. "Esses pigmentos absorvem grande parte da luz que chega às folhas", afirma Hoch. Dessa forma, preserva-se a limitada habilidade das árvores de produzir energia durante o outono.
Além da luz abundante, baixas temperaturas e outros fatores de estresse também provocam o acúmulo das antocianinas nas folhas. A descoberta da equipe de Hoch confirma as observações de que as cores do outono são mais vivas em dias mais claros e nas folhas situadas na parte mais externa das árvores. "As regiões em que o outono é ensolarado e frio exibem folhas muito vermelhas nessa estação", diz Hoch.
Fernanda Marques
especial para CH on-line
sábado, 17 de outubro de 2009
Inhotim
(Fonte)
O Parque Ambiental do Inhotim é um local de sobrevivência, alimentação e reprodução das mais variadas formas de vida. Tem como diretrizes a conservação dos remanescentes florestais pertencentes aos biomas Mata Atlântica e Cerrado; resgate, ampliação e manutenção de coleções botânicas; emprego de técnicas sustentáveis de manejo; elaboração e desenvolvimento de programas socioambientais.
Sua área total, em constante crescimento, está distribuída em seus dois principais acervos: Reserva Natural com 600 hectares de mata nativa conservada e o Parque Tropical com 45 hectares de jardins de coleções botânicas e cinco lagos ornamentais que somam 3,5 hectares de área.
Coordenados pela Diretoria de Meio Ambiente e com base em premissas como desenvolvimento sustentável com responsabilidade socioambiental, são desenvolvidos projetos de pesquisa, inovações científicas, educação e gestão ambiental utilizando sistematicamente esses relevantes acervos de Inhotim. Por meio de ações específicas, o trabalho desenvolvido promove a formação profissional e a inclusão/inserção social de jovens da comunidade, além de despertar a preocupação e uma consciência crítica individual e coletiva para as questões socioambientais.
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(Fonte)
Inhotim é um lugar em formação, onde arte contemporânea e natureza se relacionam de forma especial. O Centro de Arte Contemporânea é uma instituição comprometida com a educação e o desenvolvimento cultural da comunidade.
Situado no município de Brumadinho, Minas Gerais, Inhotim ocupa uma área de 35 hectares de jardins - parte deles criada pelo paisagista brasileiro Roberto Burle Marx - e abriga extensa coleção botânica de espécies tropicais, bem como um acervo artístico.
Além da arquitetura dos museus convencionais e dos parques de escultura, Inhotim oferece aos artistas a oportunidade de sonhar e produzir obras de realização complexa. Inhotim é um lugar para educação, meditação e deleite.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
(Fonte)
¹Patrícia Drumond
A criação de abelhas indígenas sem ferrão em cabaças, cortiços e caixas rústicas constitui uma atividade tradicional em quase todas as regiões do Brasil. Essa atividade, conhecida como meliponicultura, foi inicialmente desenvolvida pelos índios, e vem, ao longo dos anos, sendo praticada por pequenos e médios produtores, assim como por produtores de base familiar. Há, pelo menos, cinco razões que justificam o interesse crescente por esse grupo de abelhas:
1. As abelhas sem ferrão são os principais agentes polinizadores de várias plantas nativas. Preservar essas abelhas contribui, portanto, para conservar os mais diversos tipos de vegetação.
2. Há muitos agricultores utilizando as abelhas sem ferrão na polinização de culturas agrícolas tais como urucum, chuchu, camu-camu, carambola, coco-da-bahia e manga. Essa prática, amplamente usada com as abelhas do gênero Apis (conhecidas como abelhas africanizadas ou abelhas africanas) e Bombus (as mamangavas, também chamadas de mamangaba, mangangá, mangava, etc.), vem sendo utilizada até mesmo para cultivar morangos dentro de estufas.
3. O mel produzido pelas abelhas sem ferrão contém os nutrientes básicos necessários à saúde, como açúcares, proteínas, vitaminas e gordura. Esse mel possui, também, uma elevada atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em várias regiões do País.
4. Além de fonte de alimento e remédio, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão representa, em algumas regiões, uma importante fonte de renda. Na Região Nordeste, onde a meliponicultura é mais praticada, são encontrados produtores (ou meliponicultores) com até 1.500 ninhos de abelhas, e que sobrevivem, basicamente, do comércio do mel. Alguns meliponicultores conseguem coletar de 5 a 8 litros de mel/colônia/ano, o que, segundo os especialistas na área, está muito abaixo do potencial de produção das abelhas sem ferrão. O preço, porém, é compensador. Um litro de mel de abelha sem ferrão é vendido por R$ 40,00 no Nordeste, podendo alcançar até R$ 100,00 na Região Sudeste do País. Como os custos para a criação são baixos, a meliponicultura permite a produção de um alimento barato, com um forte apelo comercial.
5. São, de um modo geral, abelhas bastante dóceis e de fácil manejo. Por isso, dispensam o uso de roupas e equipamentos de proteção tais como macacão, luvas, máscaras e fumegadores, reduzindo os custos de sua criação e permitindo que essas abelhas sejam mantidas perto de residências e/ou de criações de animais domésticos. Além disso, por não exigir força física e/ou prolongada dedicação ao seu manejo, a criação de abelhas sem ferrão pode ser facilmente executada por jovens e idosos.
Estima-se que, só no Brasil, existam mais de 200 espécies de abelhas sem ferrão. As mais promissoras em termos de produção de mel são as espécies do gênero Melipona, conhecidas popularmente como mandaçaia (nome científico, Melipona quadrifasciata), jandaíra nordestina (Melipona subnitida), uruçu-cinza ou uruçu-cinzenta (Melipona fasciculata), uruçu-amarela (Melipona rufiventris), uruçu-do-nordeste (Melipona scutellaris), entre outras.
Quantas e quais espécies de abelhas sem ferrão são encontradas no Estado do Acre são ainda dois aspectos que precisam ser melhor investigados.
Em Rio Branco, é possível encontrar o mel de uruçu (qual espécie?) sendo vendido a R$ 20,00 o litro. Esse comércio, porém, é proveniente de iniciativas isoladas, que precisam ser mais bem aproveitadas, para que a meliponicultura se torne, de fato, uma fonte alternativa de renda aos moradores da região. Nesse sentido, o primeiro passo a ser tomado é a formação de um meliponário (local em que são criadas as abelhas sem ferrão), no qual as abelhas são mantidas em caixas de madeiras conhecidas como caixas racionais (Veja http://www.cpatu.embrapa.br/paginas/meliponicultura.htm). Com a devida autorização do Ibama, os ninhos de abelhas sem ferrão são retirados do seu ambiente natural somente para formar o plantel inicial. Uma vez formado esse plantel, várias técnicas podem ser utilizadas para a multiplicação dos ninhos, reduzindo, dessa forma, a necessidade de retirada das abelhas de seu local de origem. A espécie de abelha a ser criada deve ser selecionada de acordo com a sua região de ocorrência.
A meliponicultura é, portanto, uma atividade de baixo impacto ambiental, que produz um alimento de elevado nível nutricional, e de retorno financeiro garantido. Se bem planejada, a criação de abelhas sem ferrão em caixas racionais pode enquadrar-se, perfeitamente, nas atuais diretrizes que norteiam o desenvolvimento da Região Amazônica: promover o uso racional dos recursos da floresta, equilibrando interesses ambientais, com interesses sociais de melhoria de qualidade de vida das populações que residem na região.
¹Patrícia Drumond, especialista em abelhas indígenas sem ferrão, pesquisadora da Embrapa Acre. Patricia@cpafac.embrapa.br
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
(Fonte)
Contam os índios que, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Melhor dizendo: apaixonaram-se. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento. O pai dela perguntou:
- Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?
- As provas do meu amor! - respondeu o jovem.
O velho gostou da resposta mas achou o jovem atrevido. Então disse:
- O último pretendente de minha filha falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.
- Eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.
Toda a tribo se espantou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova.
Enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorou e implorou à deusa Lua que o mantivesse vivo para seu amor. O tempo foi passando. Certa manhã, a filha pediu ao pai:
- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.
O velho respondeu:
- Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.
E esperou até a última hora do novo dia. Então ordenou:
- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.
Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!
E exatamente naquele momento, os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre.
Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.
A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que constróem sua casa e protegem os filhotes. E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.
________________________
O João-de-Barro e sua esposa traidora
(Fonte)
Há uma crença popular, inclusive mencionada em literatura ornitológica, de que o joão-de-barro, Furnarius rufus, empareda dentro do ninho a fêmea que o tenha traído. Pessoas adultas, mesmo com relativa experiência de vida, afirmam isto com a maior convicção. Esta estória imputa ao joão-de-barro duas pechas. Primeiro, a de que suas esposas são capazes de trair. Segundo, a de que os maridos são capazes de cometer assassinatos passionais.
Na verdade tudo não passa de um mito. E este mito pode ter surgido de dois fatos. O primeiro é de que alguns ninhos abandonados do joão-de-barro são aproveitados por abelhas indígenas como a uruçú-mirim, para fazerem sua colméia. As abelhas fecham a entrada do ninho com uma cera, dando a impressão de ter sido fechado pela ave. Mas olhando-se mais atentamente nota-se o engano.
Outra possível explicação, a meu ver a verdadeira, é a seguinte. Hudson, em uma obra de 1920, cita um interessante episódio ocorrido em Buenos Aires. Uma das aves (não foi possível saber se o macho ou a fêmea, pelo fato de serem muito parecidos) foi acidentalmente pega em uma ratoeira que lhe quebrou ambos os pés. Após liberada com muita consternação por quem havia armado a ratoeira, voou para o ninho onde entrou e não foi mais vista, ali morrendo certamente. O outro membro do casal permaneceu por ali mais dois dias, chamando insistentemente pelo parceiro. Em seguida desapareceu retornando três dias após com um novo parceiro e imediatamente começaram a carregar barro para o ninho, fechando a sua entrada. Depois construíram outro ninho sobre o primeiro e ali procriaram. Hudson viu este fato como mais uma "qualidade" do joão-de-barro, por ter tido o cuidado de sepultar sua parceira.
É possível que esta história, publicada originalmente em um periódico científico, tenha sido divulgada muitas vezes em revistas e jornais, como acontece hoje com diversos assuntos, tornando-se logo de domínio público. Acontece que toda história contada e recontada repetidamente, vai incorporando um pouco do floreado ou mesmo da fantasia de cada um, acabando muitas vezes com seu real sentido totalmente desfigurado. Tudo indica que foi o que aconteceu neste caso.
Uma música popular, chamada "João-de-barro", também deve ter contribuído para popularizar essa estória:
sábado, 3 de outubro de 2009
Homenagem poética de Drummond para Guimarães Rosa
Trechos do poema "Um chamado João"
(Carlos Drummond de Andrade - 22/11/1967 - Versiprosa)
"João era fabulista?
fabuloso?
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
Era um teatro
e todos os artistas
no mesmo papel,
ciranda multivoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo
como flor é flor, mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bolso,
cada qual com a cor de suas águas?
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gota redigia nome,
curva, fim,...
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Um tucano (Ramphastus tucanus) espia de sua toca a rara e estranha a movimentação humana em seu território: a espécie, que come frutas, é comum na Amazônia e uma grande dispersora de sementes. (Foto de Adriano Gambarin)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
Gisela Blanco
(Fonte: Revista Superinteressante – 08/2009)
Plantar árvores é uma ótima solução para diminuir a poluição do ar nas grandes cidades, certo?
Cientistas americanos descobriram que certas espécies podem ter o efeito contrário: liberam um composto que estimula a formação de ozônio - o mesmo gás que, a 10 mil quilômetros de altura, protege a Terra contra os raios ultravioleta, mas é tóxico se inalado diretamente (pode causar câncer e doenças pulmonares). "As pessoas não fazem ideia de como as árvores podem contribuir para a formação de ozônio", afirma o biólogo Mark Potosnak, doutor em ciências ambientais pela Universidade Columbia. Elas produzem uma substância, chamada terpeno, que é uma espécie de inseticida natural.
Só que, quando entra em contato com o óxido de nitrogênio liberado pelos carros, o terpeno vira ozônio. Muito ozônio: nas medições feitas por Potosnak, a concentração desse gás no ar dos EUA chegou a 107 partes por bilhão - 30% acima do nível considerado seguro. E as zonas urbanas mais arborizadas, como parques, foram justamente as piores. Abaixo as árvores então? Potosnak propõe uma solução mais inteligente: "Em cidades grandes e cheias de carros, talvez devêssemos escolher com mais atenção as espécies que serão plantadas" (veja exemplos abaixo).
FÁBRICAS DE POLUIÇÃO
Quanto gás as árvores produzem*
Pouco - Bordô - 3,2
Médio - Pinheiro - 17,5
Bastante - Palmeira - 201,8
*Em microgramas de terpeno por hora
terça-feira, 15 de setembro de 2009
(Fonte das informações)
Martim-pescador é o nome comum dado às aves pertencentes a uma família cujos integrantes possuem cabeça grande e bico longo e pontudo. Embora existam delas, em todo o mundo, cerca de 84 espécies, apenas algumas ocorrem no Brasil, das quais o martim-pescador-grande é a mais conhecida, não só pelo seu tamanho, já que é a maior da família alcedinidae no país, mas também pelo canto característico, repetido em intervalos e assemelhado ao som de uma matraca, instrumento formado de tábuas ou argolas móveis que se agitam para fazer barulho. Por isso, em algumas regiões é conhecido por esse nome (matraca), embora na Amazônia seja chamado de ariranha, ou de pica-peixe na linguagem vulgar de outros pontos do Brasil. Incluem em sua dieta insetos como abelhas, vespas e formigas aladas. Por isso vivem preferentemente às margens de rios e lagos, pousando em galhos de árvores à beira d’água, meio escondidos entre a vegetação, para de lá observar a presença de possíveis presas com tamanho entre 3 e 5,5cm, que capturam com o bico pontiagudo em vôos rápidos e certeiros. De outras vezes, o que é mais comum entre os martins-pescadores grandes, elas se mantém no ar, no mesmo lugar, pairando sobre as águas por breves instantes, para cair de súbito sobre a vítima desprevenida e prendê-la entre as maxilas, retornando a um poleiro em ramo próximo, onde provocará a morte do animal que apanhou batendo-o contra uma superfície dura. Depois o engole inteiro, de cabeça para baixo, regurgitando mais tarde as partes não digeridas.
domingo, 13 de setembro de 2009
(Informações extraídas de tópico do blog Coisas de Manauara)
Sabe o tucumã? NÃO? Bem…Como explicar? Pra quem conhece, na aparência ele é primo da pupunha. O tucumã é uma frutinha de uma palmeira amazônica(e eu suponho que seja mais comum no Amazonas, pois em Belém não se vê à venda).
É pequeno, do tamanho de uma bola de tênis de mesa (nunca pingue-pongue, nunca). Tem casca fina, não tão fina quanto uma casca de maçã, não tão grossa quanto uma casca de manga. O caroço é grande (80% do volume da fruta), preto e duro, sendo matéria-prima para anéis, brincos, e outras coisinhas do estilo. A polpa é oleosa, alaranjada, fibrosa e tem um sabor que fica entre o salgado e o oleoso, sendo na verdade um inexplicável gosto salobro, que não parece com nada que eu conheça – é gosto de tucumã mesmo. Nilson Chaves tem uma música, Flor do Destino, que diz :”Tu me deste um sonho/ eu te trouxe um gosto de tucumã/ Tu me deste um beijo/ e a gente se amou até de manhã/ Veio o sol nascendo/ e nos despertou/ da gente virando terra, mato, galho e flor! ” Eu adoro tucumã, apesar de minha mãe reclamar que, quando come tucumã, passa o dia arrotando com gosto da fruta.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Pedra da Tartaruga na Praia do Perigoso, RJ
(Fonte: Jornal Copacabana - Texto: Renata Moreira Lima
Conta a lenda, que há alguns anos, um bandido de alta periculosidade fugiu da prisão e se refugiou numa praia paradisíaca perto de Guaratiba. O tempo passou, não se sabe o que aconteceu com o bandido, mas a praia foi batizada como Perigoso.
Para quem sai da Zona Sul é um longo trajeto até chegar lá. Como todo paraíso, é difícil o acesso. Tem que passar pela Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, subir a serra e seguir em direção à Praia de Guaratiba.
Chegando no canto esquerdo da praia é só perguntar. Você tem que subir umas ladeiras até chegar à trilha que leva à praia do Perigoso. O trajeto não é muito longo, mas você fica, pelo menos 20 minutos andando por uma paisagem privilegiada: mar de um lado e morro do outro.
No caminho você passa pela ilha do farol e pode avistar a pedra da tartaruga muito antes de chegar à praia.
Chegando no Perigoso, a vista é a praia de Grumari, que, de longe, fica pequena.
O canto direito é propício ao mergulho. Com uma mascara, pé-de-pato e snorkel o aventureiro pode se divertir vendo o que há de mais rico no mar, os seres que o habitam.
E não para por aí. A pedra da Tartaruga, além de compor uma paisagem deslumbrante, é usada para a prática do rapel. Perigoso e excitante para quem tem o espírito aventureiro.
Se o visitante ainda tiver forças depois de tanta atividade, pode voltar e continuar seguindo a trilha que chega ao Perigoso.
Mais adiante vai encontrar a Praia do Meio (famosa entre os praticantes de trekking).
Para não morrer de fome, a dica é dar uma “enfarofada básica” e levar algo para comer.
Fim de tarde chegando é hora de ir embora. Uma parada no boteco com vista para Guaratiba e água de coco refrescante.
Daí é pegar o carro e voltar para casa.
Em dia de sol, a praia do Perigoso é um prato cheio para quem gosta de praia, caminhada, mergulho e esportes radicais.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Viaje pela floresta com as imagens panorâmicas do Globo Amazônia
Nova ferramenta permite ao internauta fazer "tour virtual" na Floresta
(Clique para começar a viagem)
O Globo Amazônia completa seu primeiro aniversário com um presente para os leitores: uma viagem pela Amazônia com imagens em 360 graus. (Clique para começar a viagem). O local escolhido para estrear essa nova ferramenta – que permite ao internauta olhar para todos os lados e até dar zoom nas paisagens – foi a rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. Construída na década de 1970, a estrada tem um longo trecho abandonado e hoje corta um dos trechos mais preservados do planeta.
Para ajudar o leitor a viajar pela Amazônia, o hotsite conta com um mapa que mostra onde cada paisagem foi registrada. Dentro das imagens também é possível clicar em botões que passam para a próxima foto, em um "tour virtual".
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
E ninguém divulgou!!
No dia 03 de Maio de 2008, 50.000 voluntários limparam mais de 10 mil toneladas de lixo deixando a Estônia totalmente limpa!!!
(Para assistir este vídeo no YouTube, se o canto do uirapuru florestal atrapalhar, clique AQUI.)
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
(Fonte das informações: Planeta Sustentável)
A partir do dia 1 do próximo mês, a Matilha Cultural promove eventos socioambientais gratuitos no centro de São Paulo. A programação prevê mostra de documentários - entre eles, "Home", e palestras de ONGs e movimentos sociais.
Como primeira iniciativa de cunho sustentável, a entidade independente Matilha Cultural realiza o Setembro Verde, uma série de atividades gratuitas que acontece a partir do dia 1º de setembro, no centro de São Paulo. Uma das maiores atrações é a exibição do filme “Home – nosso planeta, nossa casa”, em parceria com o Consulado Francês, na abertura do evento.
A partir do dia 8, o filme dirigido pelo francês Yann Arthus-Bertrand e produzido por Luc Besson com imagens de 54 países terá sessões até o final do mês, com agenda especial para escolas e grupos organizados. “Home“ é um projeto sem fins lucrativos que pretende conscientizar seus telespectadores sobre as atuais condições naturais do planeta, que estreou em 5 de junho, Dia Mundial do meio Ambiente, em 126 países.
Com duração de um mês, o Setembro Verde vai promover, ainda, performances e palestras com cerca de 20 ONGs e coletivos sociais que, na primeira semana, terão como tema Amazônia, Mudanças Climáticas, Oceanos e Mobilização em Rede.
Além disso, serão realizados workshops com músicos participantes do festival de música eletrônica Ecosystem, que terá sua quinta edição, no dia 5 de setembro, na Casa das Caldeiras, em São Paulo. Esta é a quinta edição do Ecosystem, criado em 2001, em Manaus, que inovou ao incluir critérios ambientais em sua produção.
A Matilha Cultural informa que está adotando critérios socioambientais para selecionar fornecedores e parceiros e adotando medidas para reduzir os impactos ambientais de sua operação, como neutralização das emissões de gases estufa decorrentes da operação do espaço, política de lixo zero e utilização de materiais reciclados, recicláveis e biodegradáveis. Veja a programação.
Setembro Verde
Onde: Matilha Cultural - Rua Rego Freitas, 542
Quando: a partir do dia 1º
Telefone: (11) 3256-2636
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Povos Indígenas da Amazônia, Karajá
(Fonte: Portal Amazônia)
Origem mítica do povo Karajá
Conta a lenda que os Karajá viviam no fundo do rio Berorõdy (rio Araguaia). Certo dia descobriram um buraco e resolveram ver o que tinha do outro lado. Uma família saiu, viu a terra, as árvores, frutas, pássaros e animais. Voltou para contar o que viu e foi para a superfície. Koboí decidiu sair mais era muito gordo e não conseguiu passar. Os que saíram são conhecidos como Karajá, mas se auto-denominam Iny. História Antes de 1500, os Karajá subiram o rio Araguaia, migraram entre outros motivos, devido às invasões de seu território e confrontos com outras etnias. A migração sazonal levou os Karajá para várias regiões até conquistarem o território onde vivem, nas aldeias da Ilha do Bananal, de Xambioá, Mato Grosso e Pará, às margens do rio Araguaia. Durante os séculos XVII e XVIII o contato com as expedições dos paulistas provocou muitos conflitos. Os Karajá aceitaram a paz no final do último século e foram viver nos aldeamentos junto a outras etnias, entre elas, Xerente e Caiapó. Essa junção não deu certo e os Karajá voltaram para suas praias, doentes e com a população reduzida. Portal Amazônia 07.11.2005-GC
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
FLIMT - Feira do Livro Indígena de MT