Moradores de uma pequena comunidade perto de Manaquiri (AM) ficam isolados com a seca do rio, principal ligação com outras cidades (Fonte: O Globo On line)
SOS AMAZÔNIA!!
Todos os municípios do interior do Amazonas decretaram estado de calamidadeIsmael Machado - O GloboBom Dia BrasilAgência BrasilMANAUS E BELÉM- O secretário de Governo do Amazonas, José Melo, afirmou que foi decretado estado de calamidade pública em todos os 61 municípios do interior do estado. Trata-se da pior seca das últimas três décadas no estado do Amazonas. - O governador fez isso porque nossos rios começam a secar nas cabeceiras, nos altos rios, depois vão secando nos médio, até chegar ao baixo. Então o que é problema sério hoje nos altos rios, vai ser problema sério daqui a dois ou três dias nos médios rios e será problema muito sério daqui a uma semana no baixo rio - disse Melo. Até quinta-feira, informações da Defesa Civil Estadual apontavam apenas seis municípios em estado de calamidade pública - e outros 15 em estado de alerta - por causa da seca forte e prolongada que atinge o estado. - Na verdade, todos os municípios do Amazonas têm algum tipo de problema. Mas nas comunidades que ficam na beira dos lagos e dos pequenos afluentes, que estão secos, a situação é mais grave. São mais de 1.200 comunidades com falta de água potável e alimentos - afirmou Melo. Segundo levantamento da Defesa Civil Estadual, concluído na última quarta-feira, 32 mil famílias receberiam a ajuda emergencial do governo. Mas Melo ponderou que o número "é dinâmico" e que hoje pelos menos o dobro de pessoas já necessitam de assistência. Nesta sexta, começam a ser distribuídos comida e remédios a quatro municípios atingidos pela seca: Anamã, Anori, Caapiranga e Manaquiri, no Rio Solimões. No sábado, a ajuda deve chegar a outras quatro cidades mais próximas a Manaus: Iranduba, Manacapuru, Careiro Castanho e Careiro da Várzea. - Na próxima terça-feira, os grandes aviões da Força Aérea Brasileira já estarão aqui e vamos iniciar a distribuição no Alto Solimões. O material seguirá para Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e São Paulo de Olivença. A partir daí, todos os dias, os aviões sairão em direção aos altos rios. Em 10 dias devemos ter os mantimentos nas sedes dos principais municípios - afirmou Melo, que está coordenando o Plano Emergencial. Oito municípios, nos quais há pistas de pouso maiores, servirão de bases de apoio da operação: Eirunepé, na calha do Rio Juruá; Boca do Acre, calha do Rio Purus; Humaitá e Borba, na calha do Rio Madeira; Tabatinga, Tefé e Coari, na região do Alto e Médio Solimões; e Parintins, baixo Amazonas/Solimões. Desses locais, os alimentos e os medicamentos serão transportados da maneira que for possível até as comunidades isoladas, segundo Melo. Ele citou o uso de canoas, caminhões, motocicletas e helicópteros. As famílias receberão cestas básicas com 12 itens: arroz, farinha, feijão, macarrão, leite, açúcar, biscoito, café, óleo comestível, sal, leite e charque. A quantidade é para um mês. Serão distribuídas 50 mil cestas básicas em três meses. O Ministério da Saúde deve enviar kits de medicamentos para atender às vítimas da seca no estado do Amazonas, totalizando 2,8 toneladas de remédios. Cada kit é composto por 25 itens e a remessa do Ministério da Saúde será suficiente para atender a 84 mil pessoas durante um mês, com o fornecimento de analgésicos, antibióticos, antiinflamatórios, anti- hipertensivos e antiparasitários, entre outros. De acordo com a Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde, o estado do Amazonas conta com estoque de hipoclorito de sódio para atendimento emergencial. O hipoclorito é utilizado no tratamento da água consumida pela população, evitando contaminações que provocam, por exemplo, diarréia aguda. Além disso, o Ministério da Saúde já enviou 135 mil frascos de 50 mil de hipoclorito de sódio, o que corresponde ao envio trimestral do produto aos estados. Na próxima semana, serão enviados mais 135 mil unidades do produto. Cada frasco trata 500 litros de água. O plano de distribuição de alimentos e remédios foi estabelecido após um sobrevôo feito pelo governador do Amazonas, Eduardo Braga, e por militares. A intenção era observar quais as comunidades permitem o pouso de helicópteros e aviões de pequeno porte. A seca provocou a perda da produção da fécula de mandioca, uma das principais fontes de renda de Manaquiri, um dos municípios mais atingidos. Segundo o prefeito, a saca que custava R$ 20 é vendida agora por R$ 100. O quilo do frango pulou de R$ 2 para R$ 5. A prefeitura espera pelas 2.500 cestas básicas e dez mil litros de combustível. Os 68 agentes de saúde, a pé, visitam as famílias com hipoclorito de sódio para tornar potável a água das residências. Em Anamã, a 168 quilômetros de Manaus, o lago que abastece a localidade já perdeu mais de 80% de seu volume, afetando a pesca, principal fonte econômica de 14 comunidades. O município está em calamidade pública. - Tudo aqui chega de barco. Agora é feito a pé. E já começa a faltar água potável - disse o prefeito Luiz Brandão. A pecuária também começa a ser atingida. Em alguns municípios, cerca de 20% do rebanho já morreu. Na pesca, já passam de três toneladas de peixes mortos.
Ursa: esse grito desesperado de socorro já está ecoando há tempos!
ResponderExcluirTentando acordar os corações insensíveis das autoridades que deveriam ser competentes!
Beijos mil!
Lia, a gente precisa gritar até para que venha mais ajuda de emergência para as pessoas que estão sofrendo essa terrível seca. Beijos!
ResponderExcluirDá aflição isso, não cuidou direito e agora, todos sofrem, :(.
ResponderExcluirBeijos, :).
nanbiquara, infelizmente, o aquecimento do planeta, junto com as queimadas e derrubada de árvores, a poluição de rios favoreceram essa calamidade. Beijo!
ResponderExcluirOi, Angela Ursa, boa tarde.
ResponderExcluirSabe que vendo essas imagens da seca na Amazônia, me deu uma tristeza tão violenta e uma raiva ainda maior de nós mesmos, os seres humanos, por sermos tão burros em nossa ganância irrefreável.
Saramar, eu sinto um aperto no peito quando leio as notícias sobre a enorme tragédia que está ocorrendo na nossa querida Amazônia, coração da natureza brasileira. Vamos rezar para que as chuvas não demorem por lá. Beijo!
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