Crianças Yawanawá Mulheres pajés
Os Yawanawás (Fonte), termo que significa “Povo da Queixada” (yawa: queixada; nawa: povo), buscam o equilíbrio entre o tradicional e moderno, atraindo a tecnologia de maneira limitada, mantendo viva a sua cultura, tradição e modo de vida. Nesse paralelo, fatos marcantes se sucedem, escrevendo novas linhas na vida desse povo forte, persistente e de extrema simpatia.
A viagem que leva a esse encontro é repleta de fatos marcantes. Na principal aldeia, a morte de um jovem guerreiro, vítima de picada de cobra, provoca o grito de lamento das mulheres que ecoa na floresta e no rio como sinônimo de perda.
A resposta dos espíritos vem com a fartura da caça. É o sinal das boas-vindas àquele que se despediu do mundo físico. E o alimento que surge como presente é o animal símbolo do povo, a queixada, que devolve o sorriso e brilho nos olhos de cada índio com a vontade de continuar a viver.
Na aldeia do Mutum, que antecede a principal, Nova Esperança, surge uma peculiaridade em dois fatos: a primeira liderança Yawanawá mulher atua ali. Logo adiante, em uma caminhada até a floresta, é ela que mostra um lugar de fatos inéditos e históricos: próximo a um igarapé de água cristalina, duas irmãs passam pela dieta sagrada, que faz parte da preparação para tornarem-se pajés. Elas são as primeiras mulheres da etnia a enfrentarem o desafio.
O futuro que se reforça nas novas gerações
Não há idade para aprender na tribo dos Yawanawá. Ouvir os mais velhos tem sido o caminho para o resgate da cultura e tradição. O arco e a flecha são o brinquedo dos meninos, que cedo aprendem a caçar e viver como guerreiros de seu povo.
Saber o que a natureza oferece e manter o respeito em tudo que o cerca é uma lição que eles carregam por toda a vida. Responsáveis pela caça, os homens aprendem a traduzir os vestígios deixados pelos animais, e seus ouvidos adquirem a sensibilidade que os permite ouvir os sons vindos da floresta.
Ainda crianças, os índios vivem a realidade de conviver com jacaré, tracajá, arara e outros bichos que se tornam de estimação. A habilidade em subir em árvores para pegar o fruto, como o açaí, é cena rotineira por onde passam.
As mães sabem que em suas tarefas de cuidar do alimento, ajudar na colheita e embelezar seu povo está também a responsabilidade de tornar as filhas boas mulheres e os filhos, bons guerreiros.
Uma tribo que não sabe ao certo o tempo de sua existência, que sofreu para manter vivas suas origens, mostra que aliar-se ao novo, mantendo a busca permanente pela preservação do tradicional, é mais que uma filosofia de vida, é a consagração da busca pelo viver bem. São os Yawanawá fazendo história.
maravilhosa iniciativa!
ResponderExcluirQue cultura rica e os brancos preocupados com inutilidades, como somos bobos...
ResponderExcluirlindo domingo minha querida!!
beijossssssssssss
Um bom domingo, Ursa !
ResponderExcluirTentei postar agora, mas o blogger fica dando mensagem de erro...
Ué, será encosto ?
:C
Bjs!
Jôka P.
Zero, seja bem-vindo à floresta! Abraços da Ursa :))
ResponderExcluirMárcia Clarinha, também achei muito bonita a cultura dos Yawanawá. Beijos!
Jôka, só cheguei aqui à noite. Você ainda não conseguiu postar no Avenida? Aqui só vou postar mais tarde. Qualquer coisa, me avisa. Beijos!