Seqüestro: índios fazem novas exigências
(Fonte: Diário do Amapá )
Os cerca de 1,8 mil índios das tribos Galibi-Marworne, Paliku e Karipunas, que mantém reféns nove funcionários da área de saúde, da Funasa no Amapá (Fundação Nacional da Saúde Indígena), desde o último domingo (2), na Aldeia do Manga, localizada próximo ao município do Oiapoque estão fazendo novas exigências à Fundação, para viabilizar a soltura da equipe, impedida de sair da aldeia, onde foram participar de uma reunião com os indígenas.
Segundo o coordenador regional da Funasa-AP, Abelardo Oliveira Junior, os índios, que anunciaram, no momento da chegada dos funcionários, que os mesmos ficariam detidos na aldeia, exigiam apenas a assinatura do convênio de saúde, acordado em março passado, entre a Funasa e a Associação dos Povos indígenas do Tumucumaque (Apitu).
Assinado o convênio na última terça-feira (4), segundo Abelardo, estimado em cerca de R$ 3,12 milhões, que beneficia durante um ano, os povos indígenas, no que diz respeito à alimentação para as casas de saúde indígena, ao frete de aeronaves (as aldeias são de difícil acesso), aos medicamentos, entre outros benefícios, os índios exigem agora, o envio da cópia da Ordem Bancária, comprovando o depósito, de pelo menos R$ 1,6 milhão, correspondentes à parte do acordo.
Além disso, os indígenas determinam também, como resgate dos reféns, o envio de um veículo automotor (carro), que sirva exclusivamente à tribo, e a exoneração imediata do atual chefe de distrito, Jackson Barbosa (um dos reféns), em contrapartida, a efetivação de Sueli Costa, funcionária antiga da Funasa-AP (também refém na tribo).
O coordenador regional da Funasa-AP informou que todas as exigências estão sendo atendidas, conforme o solicitado, porém, disse estar procurando auxílio legal, dentro das normas judiciais. "Estamos acordando com todas as exigências dos índios. Mas a cada dia, eles fazem uma nova exigência. Assim não dá, até onde vamos com essas cobranças. Nossos funcionários já estão lá a quase uma semana. Temos que tomar outras atitudes, para tirá-los da aldeia", disse o coordenador.
Abelardo procurou ontem (6), o Ministério Público, a fim de, através de auxílio dos promotores de justiça, entrar com medidas jurídicas, com vistas a resolução do problema. As famílias dos reféns estão apreensivas pelo desfecho dessa situação. Segundo informações do interlocutor da tribo, cacique Luciano, os funcionários detidos não estão sofrendo nenhum tipo de retaliação, por parte dos indígenas.
Angela,
ResponderExcluirque loucura!
Passei só para visitar esta floresta encantada.
Beijos!
Gená, esse é mais um episódio provocado pelo desrespeito aos direitos indígenas, à sua saúde, etc. Beijos da Ursa!
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