Melobô - cacique ikpeng (Xingu)
Ayoyê*
(* Ayoyê, como se diz na língua tupi, eu estou indo de você - despedida)
Trechos de Reportagem de Neide Duarte
(Fonte: site da TV Cultura)
Trechos de Reportagem de Neide Duarte
(Fonte: site da TV Cultura)
Em 1964 os irmãos Villas Boas encontram os sobreviventes da tribo dos ikpeng. Eram apenas 40 pessoas. Os ikpeng são guerreiros. Se envolveram em várias guerras com tribos inimigas, que depois se uniram para atacá-los. Tiveram que enfrentar os garimpeiros e as doenças que eles traziam.
Quando chegaram nessas terras estavam doentes e famintos. Melobô viu um a um 4 de seus filhos morrerem de malária e outras doenças.
"Eu bravo, Melobô."
— Quando o senhor era bravo?
"Bravo guerreiro... rapaz. Mas, agora é muito velho, né? Eu tá velho, aí mudou o meu nome. Primeiro Melobô quando era rapaz, agora tomou meu neto, tomou meu neto meu nome."
— Ah. Pegou seu nome? E agora como é seu nome?
"Antenú." - Melobô - cacique ikpeng
Quando chegaram nessas terras estavam doentes e famintos. Melobô viu um a um 4 de seus filhos morrerem de malária e outras doenças.
"Eu bravo, Melobô."
— Quando o senhor era bravo?
"Bravo guerreiro... rapaz. Mas, agora é muito velho, né? Eu tá velho, aí mudou o meu nome. Primeiro Melobô quando era rapaz, agora tomou meu neto, tomou meu neto meu nome."
— Ah. Pegou seu nome? E agora como é seu nome?
"Antenú." - Melobô - cacique ikpeng
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Cada tribo tem uma história diferente para contar o aparecimento dos brancos: em quase todas elas, de alguma forma, os índios criaram os brancos. Os índios não se sentem vítimas. São responsáveis pelo próprio destino.
Antigamente não existia branco.
Tinha um homem que era grande pajé. Um dia, a mando do pajé, os brancos desceram do céu. Um barulho muito grande se fez ouvir. Barulho de trovão. Então o pajé falou: O branco não vai descer neste lugar, vai descer no outro lugar, no outro país. Nós não vamos ver, mas os nossos netos vão sofrer nas mãos deles.
Antigamente não existia branco.
Tinha um homem que era grande pajé. Um dia, a mando do pajé, os brancos desceram do céu. Um barulho muito grande se fez ouvir. Barulho de trovão. Então o pajé falou: O branco não vai descer neste lugar, vai descer no outro lugar, no outro país. Nós não vamos ver, mas os nossos netos vão sofrer nas mãos deles.
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Sabem ter pena de nós ao descobrir que moramos em São Paulo.
Sabem ter pena de nós ao descobrir que moramos em São Paulo.
"E o Sol, tá fazendo Sol lá em São Paulo?"
— Faz tem dias que faz frio, tem dia que faz calor, né?
"É... já umas 4 vezes que eu fui... lá não faz sol, não." - Xupé Kaiabi
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Antigamente o céu era bem perto das árvores, então os passarinhos decidiram levar o céu mais para cima. Demoraram o dia inteiro nesse trabalho. Amarraram bem duro com cipó, muitas vezes, para durar muitos anos. É assim que o céu se mantém lá no alto até hoje.
Antigamente o céu era bem perto das árvores, então os passarinhos decidiram levar o céu mais para cima. Demoraram o dia inteiro nesse trabalho. Amarraram bem duro com cipó, muitas vezes, para durar muitos anos. É assim que o céu se mantém lá no alto até hoje.
ADOREI as fotos dos lindos bebês aqui abaixo !!! A mamãe ursa é uma fofa !!!
ResponderExcluirBeijos e uma ótima semana, Dona Ursa !
:)
Jôka, a família ursa agradece! ;)) Beijos carinhosos!
ResponderExcluirLinda a lenda da criação do céu, adorei o amarrar com cipó duro para durar muitos anos, gosto das lendas indpigenas.
ResponderExcluirBeijos, :).
Lindas, lindas as crianças.
ResponderExcluirQuando as vejo tão bonitas e penso no que as espera, nas lutas que terão que lutar, meu coração se fecha.
As lendas são maravilhosas! Não seria perfeito que nossas crianças as aprendessem na escola? Quem sabe cresceriam mais conscientes e humanos?
beijos, querida.
Nanbiquara, a lenda do céu é mesmo bonita!! Beijos!! :))
ResponderExcluirSaramar, é verdade, essas lendas deviam ser ensinadas em todas as escolas. Beijos!!