sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Colar Cerimonial Masculino, dos índios Xavante

Wai'á: Festa dos índios Xavantes (Fonte: Boletim Iandé - 19/02/2007)
O Wai'á consiste em uma série de ritos onde os homens Xavantes aprendem a se comunicar com os espíritos, através de cantos e danças.A preparação para o ritual é bastante penosa. Durante um mês, por todos os dias, os meninos com idades entre 5 e 20 anos - aqueles que participam do Wai'á pela primeira vez - permanecem todo o tempo no pátio central da aldeia, sob o sol. Neste período eles também dormem ao relento e não podem tomar banho. Além disso, esses jovens que se iniciam no ritual do Wai'á só podem comer e beber água após o pôr do sol. Ficar um dia inteiro exposto ao calor escaldante do Mato Grosso, sem beber água, é uma tarefa árdua. As mulheres Xavantes tentam levar cabaças cheias d'água para os jovens iniciandos, porém, os homens mais velhos - que já participaram do Wai'á anteriormente - ficam vigiando os "noviços" no pátio. Eles arrancam as cabaças com água das mulheres e derramam o líquido no chão, bem na frente dos jovens Xavantes. Neste período, os homens mais velhos que já passaram pelo ritual, realizam uma dança chamada Datsiparabu. Dois índios apresentam uma coreografia enérgica, levantando e baixando os pés como se estivessem pisando nos pés de um inimigo. Eles dançam bem próximos a cada um dos iniciandos, representando um ataque simulado. Os jovens permanecem imóveis e de cabeça baixa, mesmo quando algum dançarino pisa - sem querer (?) - nos pés dos iniciandos. A dança do Datsiparabu é repetida várias vezes ao dia, durante toda a preparação do Wai'á. Ao fim de um mês, os jovens iniciandos tomam banho e recebem uma pintura corporal específica. Os Xavantes estão prontos para encontrar os espíritos. Encontro com os Espíritos Passado o período de preparação, os jovens Xavantes são levados por homens mais velhos - seus padrinhos - a um local afastado da aldeia. Lá os jovens encontrarão os Dañimite, espíritos benéficos. Alguns adultos Xavantes, com vestes representando os espíritos Dañimite, esperam os iniciandos. Neste local, cada jovem receberá flechas cerimoniais que são as "armas dos espíritos bons". Quando voltam à aldeia, os mais velhos reunem todas as flechas em um único feixe e exibem-no em todas as casas. É um momento de alegria. As mulheres acreditam que essas flechas são feitas diretamente pelos índios Xavantes que nascerão no futuro. Em outra ocasião do Wai'á, acontece um encontro diferente: os jovens Xavantes preparam-se para encarar Tsimihöpãri, o espírito que representa o mal absoluto. Para compreender melhor todo o ritual do Wai'á, é preciso entender que os Xavantes temem o encontro com Tsimihöpãri, um espírito feroz e perigoso. Ao mesmo tempo, os índios desejam esse encontro, pois sabem que sairão dele com mais força. Os Xavantes vão a um local afastado da aldeia e lá acontece uma batalha ritual contra Tsimihöpãri. O espírito é enterrado e os índios voltam com uma borduna de três pontas, símbolo desse sobrenatural.

4 comentários:

  1. Querida Ursa, estou de partida para o carnaval em Veneza, mas antes vim (fantasiada) até a sua floresta desejar uma folia maravilhosa para você, sua fauna e flora !
    beijos Kristalinos

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  2. Kristal, deve ser lindo o carnaval de Veneza, com aquelas máscaras e fantasias maravilhosas. Um luxo! Um lindo carnaval para você também. Beijos festivos da Ursa :))

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  3. Angela,
    ADOREI receber os seus e-mails, com as amimadas novidades do carnaval florestal e o outro com o link espetacular de artistas famosos e pintores maravilhosos !
    OBRIGADO !!!!
    Na Av.Copacabana,
    programação normal
    e sempre o pior do carnaval !

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  4. Jôka, vem para o bloco florestal da Ursa! :)) Então, o carnaval em Copa não está bom? Que pena! Beijos saltitantes da Ursa

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