As baleias e os golfinhos dormem?
(Fonte: site HSW)
Baleias e golfinhos são mamíferos; portanto, em vários aspectos, eles são como os humanos. Entre outras coisas, eles têm estrutura óssea similar à nossa, sangue quente, e dão à luz a "bebês". As maiores diferenças entre estes animais e os seres humanos estão relacionadas aos seus respectivos ambientes. Baleias e golfinhos têm um sistema respiratório diferente que permite que passem longos períodos de tempo (às vezes 30 minutos ou mais) debaixo d'água, sem inalar oxigênio.
Em terra, os seres humanos e outros mamíferos respiram involuntariamente: Se não decidirmos respirar ou não, nosso corpo captará o ar automaticamente. Como vivem em um ambiente submarino, baleias e golfinhos precisam ser respiradores conscientes: Têm de decidir quando respirar. Conseqüentemente, para respirar precisam ser conscientes. O problema está aí, já que cérebros de mamíferos precisam entrar em um estado inconsciente de tempos em tempos para funcionar corretamente (veja Como funciona o sono para descobrir o porquê).
Os golfinhos têm muito tempo para tirar uma soneca entre suas viagens à superfície do oceano, claro, mas não é uma opção viável. Quando se é um respirador consciente, é impossível ficar completamente inconsciente - e se você não acorda a tempo? A solução para baleias e golfinhos é deixar metade do cérebro dormir enquanto a outra permanece acordada. Assim, o animal nunca está completamente inconsciente, mas ainda assim tem o repouso necessário.
Cientistas estudaram este fenômeno em golfinhos, usando a eletroencefalografia. Neste processo, eletrodos presos à cabeça medem os níveis de eletricidade no cérebro. Os eletroencefalogramas (EEGs) dos cérebros dos golfinhos mostram que no ciclo do sono, metade do cérebro do golfinho de fato "desliga" enquanto a outra metade ainda está ativa. Os pesquisadores observaram que os golfinhos ficam neste estado por aproximadamente oito horas por dia.
Não sabemos como eles se sentem neste estado de repouso, mas podemos adivinhar. É provavelmente algo como o estado de semiconsciência que experimentamos quando começamos a dormir. Ficamos muito próximo da falta de consciência, mas ainda estamos cientes o bastante do que acontece à nossa volta para acordarmos por completo se precisarmos.
E onde as baleias e os golfinhos dormem? Eles provavelmente poderiam dormir em qualquer lugar, mas faz mais sentido se eles dormirem próximos à superfície do oceano para que possam subir para respirar com mais facilidade. É comum ver os golfinhos nadando devagar na superfície, com muito pouco movimento. Aparentemente, estes golfinhos estão em repouso.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
domingo, 25 de novembro de 2007
(Fonte da imagem)
Nem tudo está perdido
Em conversa vadia, Darcy Ribeiro contava histórias de sua convivência com os índios, não me lembro se Kadiweu, Terena on Kaigang – uma das tribos do Xingu, onde viveu.
Na tribo, ele observava o índio pai brincando com o filho indiozinho. O pai trabalha o barro com paciência e minúcia indígenas e conforma o vasilhame, espécie de bule, com bico, tampa, asa e adornos. Põe junto ao índiozinho que, com uma paulada, destroi todo o trabalho e se diverte – com a aprovação afetuosa do pai que, serenamente, inicia nova peça. O mesmo capricho e a mesma dedicação para o bico, a asa, a tampa e os adornos. Outra vez entrega ao indiozinho que outra vez a destrói a pauladas. E, assim, inumeras vezes.
Querendo ajudá‑lo na brincadeira, Darcy se aproxima e sugere: "Já que ele vai mesmo destruir, por que não simplifica, tira os adornos, o bico e a alça? Fica mais rápido". O índio estranha a sugestão: "Não estou com pressa. Brinco com meu filho, coisa mais bonita que fiz na vida, que vai ficar quando eu for, e quer brincar com o bico e a alça. Se não for com tudo direito, não vai querer brincar, vai achar que engano ele. Não vou ser honesto, ele vai achar que nenhum é honesto e que não há honestidade". Para o índio, brincar era jogo com regras que não admitiam trapaças, que infundiam valores, princípios de vida, e refluíam memória, cultura e religiosidade. Por isso, índio não ensina, índio educa. Verbos no passado refletem a contaminação do branco.
Querendo ajudá‑lo na brincadeira, Darcy se aproxima e sugere: "Já que ele vai mesmo destruir, por que não simplifica, tira os adornos, o bico e a alça? Fica mais rápido". O índio estranha a sugestão: "Não estou com pressa. Brinco com meu filho, coisa mais bonita que fiz na vida, que vai ficar quando eu for, e quer brincar com o bico e a alça. Se não for com tudo direito, não vai querer brincar, vai achar que engano ele. Não vou ser honesto, ele vai achar que nenhum é honesto e que não há honestidade". Para o índio, brincar era jogo com regras que não admitiam trapaças, que infundiam valores, princípios de vida, e refluíam memória, cultura e religiosidade. Por isso, índio não ensina, índio educa. Verbos no passado refletem a contaminação do branco.
Em palestra para professores e estudantes em São Paulo, narrei o episódio do índio pai educando o filho e ressaltei a perdida magia da transmissão do saber. Hoje, entregue à sabença de educadores, forma os jovens para serem mais produtivos do que humanos – vai ver sabem o que ignoramos: por que e para que viemos ao mundo!
Ao final, fui procurado por um jovem que queria contar a história que ouviu, parecida com a que narrei. Na versão dele, o índio pai faz para o filho jarros completos e acabados, que a criança também destrói com uma pedra. E tudo se repete: novo jarro, nova destruição, inúmeras vezes. Até que a criança, por vontade própria, em vez de destruir, imita o pai: e, com as próprias mãos, conforma o jarro com asas, tampas e adornos. Com o mesmo barro e a mesma técnica. faz novo jarro, mais sólido, mais útil, mais bonito que o do pai.
Ele entendeu o que Darcy quis dizer, o que culturas antigas vêm dizendo: que a aprendizagem, sem deixar de ser dor e prazer nem inibir o modelo individual de felicidade, é pedra de toque na evolução da espécie humana. Nem tudo está perdido.
Ao final, fui procurado por um jovem que queria contar a história que ouviu, parecida com a que narrei. Na versão dele, o índio pai faz para o filho jarros completos e acabados, que a criança também destrói com uma pedra. E tudo se repete: novo jarro, nova destruição, inúmeras vezes. Até que a criança, por vontade própria, em vez de destruir, imita o pai: e, com as próprias mãos, conforma o jarro com asas, tampas e adornos. Com o mesmo barro e a mesma técnica. faz novo jarro, mais sólido, mais útil, mais bonito que o do pai.
Ele entendeu o que Darcy quis dizer, o que culturas antigas vêm dizendo: que a aprendizagem, sem deixar de ser dor e prazer nem inibir o modelo individual de felicidade, é pedra de toque na evolução da espécie humana. Nem tudo está perdido.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
O amigo Léo, do Blog Suite Blog, convidou a Angela Ursa para uma entrevista. A Ursa ficou emocionada com o convite. A entrevista está na seção Gente do Bem do blog do Léo.
domingo, 18 de novembro de 2007
Casa do pintor Monet em Giverny, França
Jardim do pintor Monet
Reflexos na água do Jardim de Monet em Giverny, França (Fonte das imagens)
Jardim do pintor Monet
Reflexos na água do Jardim de Monet em Giverny, França (Fonte das imagens)
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Índios fazem funcionários da Funasa reféns no PA
(Fonte: UOL)
Belém - Um grupo de 154 índios tembés vindos de três aldeias do nordeste paraense invadiram hoje o prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Belém e manteve funcionários do órgão retidos por cerca de uma hora e meia.Eles protestam contra os cortes no repasse de verbas à saúde. A Polícia Federal (PF) invadiu a sede do órgão e libertou os funcionários, mas os índios se recusaram a deixar o local.
Os índios tentaram impedir a libertação dos servidores, mas os agentes da PF agiram com rigor. Ninguém saiu ferido. O cacique Edinaldo Tembé disse que a invasão é um protesto contra uma portaria do Ministério da Saúde que reduziu o repasse de recursos, além de municipalizar a saúde indígena. "Isto é um absurdo total. As prefeituras não têm compromisso com a saúde dos índios. Quem deve prestar este serviço é a Funasa", disse.
Segundo o cacique, a desocupação do prédio só irá ocorrer quando representantes do governo federal sentarem com os índios para negociar suas reivindicações. Para a Funasa, nada pode ser feito porque a portaria foi discutida com as lideranças indígenas e a maioria se mostrou favorável à mudança. "A portaria gerou insatisfação em apenas 10% da população dos tembés, que é de 18.905 índios no Pará", informou a Funasa.
(Fonte: UOL)
Belém - Um grupo de 154 índios tembés vindos de três aldeias do nordeste paraense invadiram hoje o prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Belém e manteve funcionários do órgão retidos por cerca de uma hora e meia.Eles protestam contra os cortes no repasse de verbas à saúde. A Polícia Federal (PF) invadiu a sede do órgão e libertou os funcionários, mas os índios se recusaram a deixar o local.
Os índios tentaram impedir a libertação dos servidores, mas os agentes da PF agiram com rigor. Ninguém saiu ferido. O cacique Edinaldo Tembé disse que a invasão é um protesto contra uma portaria do Ministério da Saúde que reduziu o repasse de recursos, além de municipalizar a saúde indígena. "Isto é um absurdo total. As prefeituras não têm compromisso com a saúde dos índios. Quem deve prestar este serviço é a Funasa", disse.
Segundo o cacique, a desocupação do prédio só irá ocorrer quando representantes do governo federal sentarem com os índios para negociar suas reivindicações. Para a Funasa, nada pode ser feito porque a portaria foi discutida com as lideranças indígenas e a maioria se mostrou favorável à mudança. "A portaria gerou insatisfação em apenas 10% da população dos tembés, que é de 18.905 índios no Pará", informou a Funasa.
sábado, 10 de novembro de 2007
Desenho de Zéca Kaxinawá (Fonte da imagem: site Rede Povos da Floresta)
História indígena
(Fonte: site Roda de Histórias Indígenas)
Ouça A origem da noite – mito Desana/Amazonas.
(Arquivo do Windows Media Player – 7Mb)
História indígena
(Fonte: site Roda de Histórias Indígenas)
Ouça A origem da noite – mito Desana/Amazonas.
(Arquivo do Windows Media Player – 7Mb)
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
domingo, 4 de novembro de 2007
Os Poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
(Fonte da imagem)
Reciclagem e economia
(Fonte: site Radiobras )
A adoção de medidas recicláveis gera não apenas vantagens para a economia mas grandes ganhos na qualidade ambiental que têm reflexos na população das cidades. Eis alguns exemplos:
- Cada tonelada de papel reciclado representa 3 m³ de espaço disponível nos aterros sanitários.
- A energia economizada com a reciclagem de uma única garrafa de vidro é suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 W durante quatro horas.
- Com a reciclagem de uma lata de alumínio economiza-se o suficiente para manter ligado um aparelho de televisão durante 3 horas.
- 1 tonelada de papel reciclado significa economia de três eucaliptos e 32 pinus, árvores usadas na produção de celulose.
- Na fabricação de 1 tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2 mil litros de água, ao passo que no processo tradicional esse volume pode chegar a 100 mil litros por tonelada.
- O Brasil só recicla cerca de 30% de seu consumo de papel.
- O vidro é 100% reciclável e o Brasil só recicla cerca de 14,2% do vidro que produz e consome.
- Cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 Kg de minério de ferro, 454 Kg de carvão e 18 Kg de cal, sem perda da qualidade.
(Fontes: Limpurb e Programa de Educação Ambiental do Projeto Metropolitano de Salvador.)
Reciclagem e economia
(Fonte: site Radiobras )
A adoção de medidas recicláveis gera não apenas vantagens para a economia mas grandes ganhos na qualidade ambiental que têm reflexos na população das cidades. Eis alguns exemplos:
- Cada tonelada de papel reciclado representa 3 m³ de espaço disponível nos aterros sanitários.
- A energia economizada com a reciclagem de uma única garrafa de vidro é suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 W durante quatro horas.
- Com a reciclagem de uma lata de alumínio economiza-se o suficiente para manter ligado um aparelho de televisão durante 3 horas.
- 1 tonelada de papel reciclado significa economia de três eucaliptos e 32 pinus, árvores usadas na produção de celulose.
- Na fabricação de 1 tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2 mil litros de água, ao passo que no processo tradicional esse volume pode chegar a 100 mil litros por tonelada.
- O Brasil só recicla cerca de 30% de seu consumo de papel.
- O vidro é 100% reciclável e o Brasil só recicla cerca de 14,2% do vidro que produz e consome.
- Cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 Kg de minério de ferro, 454 Kg de carvão e 18 Kg de cal, sem perda da qualidade.
(Fontes: Limpurb e Programa de Educação Ambiental do Projeto Metropolitano de Salvador.)