quarta-feira, 14 de maio de 2008

Charge de Angeli, Folha de São Paulo


Decisão do Supremo sobre Raposa Serra do Sol será apenas em junho, diz Tarso
EDUARDO BRESCIANI Do G1, em Brasília

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quarta-feira (14) que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, acontecerá apenas no mês de junho. Ele disse ter recebido a informação do ministro Carlos Ayres Brito, que relata a ação no tribunal. “O ministro Ayres Brito me informou que não será nos próximos 15 dias porque, provavelmente só daqui a 20 dias sairá a decisão”, afirmou o ministro da Justiça. De acordo com Tarso, a decisão, prevista para a semana passada, foi adiada porque foram adicionados novos documentos ao processo e é necessário um parecer do Ministério Público sobre esses novos dados. O processo de demarcação da reserva teve início na década de 1970, mas a definição do território como reserva continua com a retirada dos não-indíos foi tomada em 2005 por meio de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2006, o Supremo manteve esse decreto, mas somente neste ano irá julgar a legalidade da demarcação das terras. A tendência é que sejam permitidas “ilhas” onde seria permitido a presença de não-índios na reserva. O Supremo já proibiu a retirada dos não-índios por meio de uma ação da Polícia Federal.

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Índios divergem sobre demarcação contínua de reserva em Roraima
(trechos desta matéria)

"Publiquem coisas verdadeiras, não coisas mentirosas, como hoje se ouve nos jornais, dizendo que povo está brigando entre povo indígena, isso não é bem verdade", disse Clodomir Malheiros, líder indígena.
CIR x Sodiur
O conselho indígena de Roraima (CIR), mais ligado à Igreja Católica, quer manter a demarcação de terras homologada pelo presidente Lula, em abril de 2005, de forma contínua. "É homologada, demarcada, registrada, juridicamente é estudo antropólogo, então foi feito, e por isso que nós estamos ali", disse Nelino Galé, tuxaua do baixo cotingo. Já os tuxauas da Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur) pensam diferente. Contam com apoio do governo do estado e de produtores rurais. Querem manter comerciantes e fazendeiros em áreas dentro da reserva. “Não defendo só sua classe não, eu vou defender aqui o preto, eu defendo aqui o índio, defendo aqui o branco. Então eu defendo a minha pátria brasileira”, disse o presidente do Sodiur, Silvio da Silva. Dezenove mil índios vivem em 17,4 mil km² no nordeste de Roraima. Uma área onze vezes maior que o município de São Paulo. São cinco etnias: ingarikós,makuxis, patamonas, taurepanges e wapixanas.

4 comentários:

  1. Ursa, mas quanta contradição, não é mesmo?Usam um nome indígena sem pedri autorização e um índio não pode entra?Sei.
    E a ministra do Meio Ambiente que renunciou ao cargo?
    Mais sangue bom do PT que saiu, é sempre assim...
    Beijos tristes.

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  2. Janaina, pois é, nem a ministra do Meio Ambiente aguentou o descaso em relação ao desmatamento. Vamos ver agora o que o Carlos Minc vai fazer. Beijos da Ursa

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  3. Oi, dona Ursa. Achei por acaso, no twitter:
    "tvcultura
    Atenção quem sem interessa pelas questões indígenas: debate da demarcação da Res. Raposa Serra do Sol no Opinião Nacional, hoje às 22h40."

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  4. Oi, Super Palpiteira! Que pena que li seu recado tarde, e não pude assistir ao debate. Mas de qualquer forma, obrigada pela informação. Beijos!

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