Minc reuniu-se com o presidente Lula pela primeira vez desde o convite para comandar a pasta
Antes de tomar posse, Carlos Minc pede R$ 1 bi a Lula
(Trechos de matéria publicada em: A Tarde On line)
O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, pediu nesta segunda-feira, 19, mas não conseguiu arrancar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a liberação de cerca de R$ 1 bilhão do setor ambiental que estão contingenciados, nem o uso do Exército nas reservas da Amazônia. Lula disse que pensará em como liberar o dinheiro, progressivamente, e, para o lugar das Forças Armadas, sugeriu a Minc que seja pensada a criação de uma guarda nacional ambiental, semelhante à Força Nacional de Segurança (FNS).O dinheiro reivindicado por ele é proveniente dos royalties do uso da água por hidrelétricas e empresas de saneamento, além do setor do petróleo. Normalmente, cerca de R$ 100 milhões são destinados ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e os outros R$ 900 milhões ajudam a cumprir a meta de superávit primário do governo. "Não sei quando e quanto sairá. Mas o presidente disse que o dinheiro sairá", afirmou.
Minc disse que levou quase uma dezena de sugestões ao presidente e que todas foram muito bem-aceitas. Entre elas, o compromisso de que será mantida a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) de veto, a partir de julho, à liberação de crédito oficial para quem estiver envolvido em crime ambiental.Havia um temor de que essa decisão fosse revogada por causa da forte pressão de fazendeiros e de governadores da Amazônia. "Foi muito importante a decisão de manter a resolução do CMN porque havia a impressão de que, com a saída da ministra Marina Silva, pudesse ocorrer uma descontinuidade das ações do ministério. Não haverá", disse Minc.
O futuro ministro anunciou ainda que sugeriu a Lula e a Dilma a criação de um centro integrado de combate aos crimes ambientais, com banco de dados e disque-denúncia. "O crime ambiental será reprimido", disse. Minc ameaçou: "Tremei, poluidores, tremei. Vai todo mundo para a cadeia. Terão de plantar muitas árvores. Serei intolerante com o crime ambiental", acrescentou. O futuro ministro disse que o presidente ficou muito entusiasmado com as idéias para o setor. "Ele falou: Minc, você pode fazer tudo, só não pode não ter idéias."
É uma pena a política ambiental no Brasil ser ineficaz e "preventivista". Tornando cada vez mais os danos já causados irreversíveis. Minc deveria ter cuidado mais da Guanabara.
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