Fotos: Lídia Pantoja - enviadas para a Lista de Literatura Indígena por Altamiro, do blog Impressões Amazônicas - Abaixo segue um texto escrito por ele)
Yanomami
Yanomami
"Quando falamos em Yanomami, na verdade estamos falando de quatro grupos distintos, que partilham a mesma área geográfica, línguas do mesmo tronco (como o português, o espanhol e o francês) e hábitos parecidos: os Yanomami, Yanomáim, Sanumã e Xiriana. Alguns laços unem todos estes grupos, um é o estranho hábito de usar fumo mascado na gengiva, de forma que vá soltando seu sabor aos poucos. As pessoas ficam com aspecto diferente, parecem que tem os lábios inchados. As mulheres usam enfeites no rosto, espetos longos, que não são usados pelos homens. Elas também usam flores em lugar de brincos, o que é muito bonito. Usam muito menos enfeites que os Kaiapó e se pintam muito pouco. Recentemente atendi no pronto-socorro um indiozinho que vinha pintado, com a mãe pintada e com muitas miçangas, mas isto é bastante raro. Nada como as cores dos Kaiapó. Por outro lado, diferente do vestido Kaiapó, ela vinha com os seios de fora e somente uma tanga, bem mais genuíno. Eles ainda praticam muito infanticídio, sendo esta uma importante causa morte. Se a criança é fraca, defeituosa ou com algum problema, a mãe pode simplesmente parar de cuidar ou até objetivamente matá-lo. Parece algo cruel, mas vivendo em uma selva, com dificuldade de recursos, isso nada mais é do que instinto de sobrevivência. Por este motivo, como comentei, as crianças só tem nome quando "vingam", isto é, ficam mais velhos. Até lá são tratadas simplesmente por "filhos". Descobri outra coisa interessante. Embora eles já tenham seus nomes "de branco", a maioria tem outros nomes, que são "ocultos". Isto porque uma das maiores ofensas para um Yanomami é ter seu nome proferido em voz alta. Quando o nome é falado, um espírito que esteja próximo pode se apoderar do nome e fazer mal a pessoa. Assim, eles só falam seus nomes em voz baixa e em situações especiais. Falar o nome de alguém alto é uma ofensa gravíssima, pior do que xingar a mãe. Por este motivo, quando os brancos lhes deram nomes, eles com certeza agradeceram, pois não precisaram usar seus nomes tão bem protegidos. Entre eles é comum chamarem-se de "amigos", "irmão" e outros nomes carinhosos." (Altamiro)
Oi Ursa!!
ResponderExcluirObrigado pela força e o prestígio ao blog! Seja sempre bem vinda a visitar e aproveitar o site. Vou ver se acho depois outro que vai gostar, o que fala dos "Kaiapó, os índios fashion".
Abraços,
Altamiro
anga, em minha janela todo dia um passarinho bate o bico no vidro me pedindo frutas. é sempre o mesmo. um saíra amarelo. há outros que alimento, mas só ele se comunica. lembrei porque ouvi o canto desta tua floresta. bela como sempre.
ResponderExcluirbeijão
Lindas fotos!
ResponderExcluirAltamiro, a Floresta está sempre de braços abertos para você!
ResponderExcluirAbraços floridos da Ursa :))
PS: Vou aguardar o texto dos Kaiapó.
Amiga Maira, adorei saber do passarinho que pede frutas a você! Que lindo! Se puder, tire uma foto dele :)) Beijos da Ursa!
Renata Tupinambá, abraços floridos da Ursa para você! :))
Agora que fui reparar nessas borboletas colridas esvoaçando sobre a sua floresta ! ADORO !
ResponderExcluirJôka, essas borboletas eu ganhei da Márcia Clarinha. Eu tinha visto no blog dela e ela me passou o código. São lindas mesmo! Beijos da Ursa :))
ResponderExcluirAngela,
ResponderExcluiramei as borboletas!
Beijos e bom domingo!
Oi Ângela, passei aqui para convidá-la para uma "festinha" no meu blog!
ResponderExcluirBjs.