quinta-feira, 2 de julho de 2009

Projeto Vivência Indígena
(Para saber mais, visite o site Thini-á Fulni-ô )

Quando Thini-á da tribo Fulni-ô nasceu, sua mãe o chamou com o nome de "Estrela" (significado de "Thini-á" no Yathê, língua Fulni-ô).

Parecia estar escrito nas estrelas que Thini-á brilharia e levaria sua mensagem para além das fronteiras de seu povo, em Águas Belas, no estado do Pernambuco. Há mais de uma década, tive a oportunidade de conhecer e acompanhar este jovem espírito - guerreiro pelas palavras e pelas ações, sempre lutando pela conscientização de crianças, seus pais e mestres, para que a multidiversidade cultural seja conhecida e respeitada; para que as populações indígenas tenham voz e lugar e não desapareçam como tantas outras desde o achamento do Brasil.

Em 2000, durante as comemorações dos 500 anos, tive a honra de coordenar um projeto no Centro Cultural Banco do Brasil, chamado "500 Anos de Resistência das Populações Indígenas do Brasil", com produção do Cineduc - Cinema e Educação e que possibilitou a Thini-á levar sua mensagem a milhares de crianças e adultos, ao longo de 167 (cento e sessenta e sete) apresentações para escolas de todos os recantos do estado do Rio de Janeiro.

Com este novo website, Thini-á e seu projeto de Vivência Indígena vem conquistando outros recantos, dentro e fora do Brasil. Conheça um pouco sobre sua história e sua mensagem de paz e tolerância, de cultura e arte, de amor e religiosidade. (Ricardo Paes de Figueiredo)

No quadro atual de conhecimento sobre os povos indígenas no Brasil ainda existem muitas informações incorretas e distorções que são reproduzidas nas conversas cotidianas, tais como as que colocam os ''índios" como indivíduos que viviam em harmonia num Éden tropical perdido até o ano de 1500 e que, após um gradativo processo de extermínio físico e cultural, seriam apenas tristes sobreviventes, fadados à aculturação e assimilação pela sociedade nacional. Continua também sendo freqüentemente produzida a imagem de um índio “genérico, estereotipado, que vive nu na mata, mora em ocas e tabas, cultua Tupã e Jaci e que fala Tupi”. Mas afinal, o que são as sociedades indígenas? Quem habitava este país antes de 22 de abril de 1500? Populações sem história? Como vivem hoje os povos indígenas no Brasil? Que línguas falam? Como cada povo expressa sua maneira própria de ser e pensar? Que valores, princípios e saberes regem sua vida cotidiana e ritual? Como se dá o relacionamento entre índios e não-índios?

Acredita-se que a presente iniciativa, apresentada por um membro da nação Fulni-ô - um dos mais tradicionais povos indígenas do Nordeste - venha a contribuir, de uma forma direta e imediata, para esclarecer muitas noções distorcidas ainda existentes e possibilitar um maior entendimento e respeito em relação à vida e à cultura dos povos indígenas no Brasil, suas diferentes maneiras de ser, de pensar, de fazer, de se expressar.

7 comentários:

  1. Ursa, pela foto panorâmica reconheci logo o piso do foyer do CCBB, um dos lugares que mais amo aqui do Rio.Beijos floridos.

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  2. Oi ! Um beijo pra você e os seres que visitam a sua Floresta, Dona Ursa !

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  3. seu blog sempre lindo. levi-strauss adoraria. bjs moça

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  4. Janaina, o Centro Cultural do BB é um lugar lindo mesmo. Eu ia muito lá quando morava no Rio para ver exposições e alguns eventos. Beijos floridos! :))

    Jôka, a Ursa retribui os beijos e carinho para você :))

    Maira, que bom receber sua visita na Floresta! Obrigada pelos elogios! :))

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  5. Como sempre aprendi mais aqui--- menina, voce tem um dom maravilhoso, como sabe passar para os outros... adoro vir aqui!

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  6. Ricardo, fico muito feliz de saber que você gosta tanto da Floresta :)) Seja sempre bem-vindo! Beijos e carinho da Ursa

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  7. Agradeço, Angela, o carinho da tua divulgação e saiba que tens minha admiração pela iniciativa do blog e por sua lida constante em prol dos povos da floresta.

    Que Edjadualhá (Deus Todo Poderoso, na língua Ya-thê da etnia Fulni-ô) proteja e ilumine o seu caminho!

    Um abraço fraterno,

    Ricardo Paes
    ricpaes@gmail.com

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