Homenagem ao Dia do Índio
ORAÇÃO DO ÍNDIO
Íris Matilde Boff Serbena
(Fonte: blog Sala de Aula )
Ó GRANDE ESPÍRITO, Pai e mãe da cadeia da Vida
A modernidade transformou as ondas do ar numa grande comunicação planetária e já não escutamos o silêncio da tua voz.
As nuvens do progresso técnico e científico ofuscaram tua luz e não conseguimos te ver.
Tua solene veste verde de florestas, campos e pradarias te deixou semi-nu, exposto à exploração pela inteligência do Branco e nos sentimos expulsos, rasgados, divididos e ultrajados. Assim não reconhecemos tua soberana Beleza.
Os modernos meios de produção embaçaram de poluição o espelho dos teus lagos e nós não Te conhecemos. A dança dos rios foi profanada por dejetos e venenos. Silenciaram em represas o canto das Tuas cascatas e, já não ouves nossos lamentos de socorro, tortura e saudade. Enfraqueceu e desafinou o canto e a dança de nossos rituais.
Em nome do progresso ou para saciar a selvageria do homem "civilizado", muitas das espécies raras de nossos irmãos ancestrais, os animais foram sacrificados e dormem fossilizados no Teu Ventre. Os que sobrevivem estão enjaulados, domesticados, comercializados ou expostos à apreciação para curiosidade pública. Perdemos assim a nossa origem.
O que resta de nossa gente, nossas aldeias, ritos e costumes, serve apenas para evocar ao "civilizado" a Natureza Divina que nos deste, o Origem esquecida, a Sabedoria perdida. Ajuda-nos a reatar o fio arrebentado na trama da vida que nos levam a Ti.
Como uma árvore arrancada de sua raiz, vivemos órfãos de Ti. Estamos nas ruas quase como amostra grátis, nas prateleiras como oferta, nossa história e cultura nos livros e museus para estudo, pesquisa ou simples curiosidade: nas leis como um disfarce de proteção.
Benditos irmãos "civilizados" que compartilham conosco o exílio na nossa própria terra.
Espírito de Luz, Sabedoria, Criação, nosso canto é o choro, nossa voz é o silêncio, nossa dança é a fuga, nossa esperança é retornar ao Coração Vivo e aconchegante da Grande Mãe " a terra dos sem males" e sermos todos embalados e amados como filhos do mesmo Pai e da mesma Mãe.
A modernidade transformou as ondas do ar numa grande comunicação planetária e já não escutamos o silêncio da tua voz.
As nuvens do progresso técnico e científico ofuscaram tua luz e não conseguimos te ver.
Tua solene veste verde de florestas, campos e pradarias te deixou semi-nu, exposto à exploração pela inteligência do Branco e nos sentimos expulsos, rasgados, divididos e ultrajados. Assim não reconhecemos tua soberana Beleza.
Os modernos meios de produção embaçaram de poluição o espelho dos teus lagos e nós não Te conhecemos. A dança dos rios foi profanada por dejetos e venenos. Silenciaram em represas o canto das Tuas cascatas e, já não ouves nossos lamentos de socorro, tortura e saudade. Enfraqueceu e desafinou o canto e a dança de nossos rituais.
Em nome do progresso ou para saciar a selvageria do homem "civilizado", muitas das espécies raras de nossos irmãos ancestrais, os animais foram sacrificados e dormem fossilizados no Teu Ventre. Os que sobrevivem estão enjaulados, domesticados, comercializados ou expostos à apreciação para curiosidade pública. Perdemos assim a nossa origem.
O que resta de nossa gente, nossas aldeias, ritos e costumes, serve apenas para evocar ao "civilizado" a Natureza Divina que nos deste, o Origem esquecida, a Sabedoria perdida. Ajuda-nos a reatar o fio arrebentado na trama da vida que nos levam a Ti.
Como uma árvore arrancada de sua raiz, vivemos órfãos de Ti. Estamos nas ruas quase como amostra grátis, nas prateleiras como oferta, nossa história e cultura nos livros e museus para estudo, pesquisa ou simples curiosidade: nas leis como um disfarce de proteção.
Benditos irmãos "civilizados" que compartilham conosco o exílio na nossa própria terra.
Espírito de Luz, Sabedoria, Criação, nosso canto é o choro, nossa voz é o silêncio, nossa dança é a fuga, nossa esperança é retornar ao Coração Vivo e aconchegante da Grande Mãe " a terra dos sem males" e sermos todos embalados e amados como filhos do mesmo Pai e da mesma Mãe.
Ursa: que o índios nos ensinem suas lições matavilhosas...de respeito e amor à Natureza e à vida em geral.
ResponderExcluirBjs carinhosos pra ti e obrigada pelo carinho de sempre no meu Cotidiano.
Ursa: hj e todos os dias...deveriam ser dia do índio...bjs de boa terça pr atiq ueri da amiga.
ResponderExcluirSmepre me encanto com magia da sua floresta...sabe disso!!!
Lia, obrigada pelo apoio de sempre! Beijos floridos para você :))
ResponderExcluirAdolescendo em Verso..., obrigada pela visita e elogio à floresta! Beijos :))