Lendas, mistérios e aventuras em um cenário sem igual
A Serra do Roncador, em Barra do Garças, no Mato Grosso, guarda ruínas arqueológicas, vulcões extintos e fósseis de animais pré-históricos entre cannyons que ‘roncam’ com a passagem do vento
Rio - Foi um certo explorador inglês, o coronel Percy Fawcet, que deu fama a Serra do Roncador como sendo um local místico e especial, revestido de profundos mistérios, quando organizou uma expedição à região, em 1925. O coronel, inspirado por uma visão espiritualista e iniciado em rituais tibetanos, acreditava que a cidade perdida de Atlântida estava sob as montanhas que formam o Roncador. Aventurou-se pela serra e nunca mais foi encontrado.
Com cannyons que ‘roncam’ com o passar do vento, Serra do Roncador ostenta belezas incríveis e muitos mistérios | Foto: Reprodução Internet
Uns dizem que Fawcet foi morto e enterrado pelos índios Xingu, enquanto outros contam que ele teria encontrado a tal civilização, através de um portal que se abre em certas ocasiões, como o alinhamento de astros, e nunca mais voltou. Ainda hoje, perdura no entender de alguns místicos, a teoria de que esta passagem existe. Assim como diversas outras que estão espalhadas nos subterrâneos do País.
Ruínas arqueológicas, vulcões extintos, fósseis de animais pré-históricos, aparecimento de objetos voadores, rios subterrâneos e lagoas ajudam a formar o cenário mágico da Serra do Roncador, que atrai aventureiros, cientistas, pesquisadores, curiosos e místicos de toda parte. Com diversas comunidades esotéricas instaladas, a região é conhecida mundialmente como santuário metafísico.
Mas nem só de lendas e mistérios vive a Serra. A beleza, a paz, a natureza encantadora e ainda pouco explorada pelo homem é real, e pode ser apreciada em cada passo, em cada olhar.
A Serra do Roncador, localizada em Barra do Garças, no Mato Grosso, se estende por uma área de mais de mil quilômetros chegando até o Pará, entre cannyons que roncam com a passagem dos ventos, grutas e cavernas, rios, lagos e cachoeiras, trilhas e caminhos na mata.
O cenário é ideal para caminhar, praticar esportes de aventura e ecoturismo, ter contato com a natureza, descansar e ficar em paz. E, para quem se habilitar, tentar desvendar os mistérios do Roncador.
UM POUCO DE HISTÓRIA
O nome da cidade se deve ao fato de sua colonização ter se iniciado nas margens dos rios Garças, confluência com o Rio Araguaia.
Barra do Garças foi fundada em 1924, por garimpeiros que vieram para a região com a primeira leva que se estabeleceu às margens destes rios. A grande afluência de pessoas foi motivada pela história de uma garrafa de diamantes, enterrada por ex-combatentes da guerra do Paraguai, sob a Pedra S.S. Arraya.
A população da cidade foi formada por goianos, paraenses, mineiros, maranhenses e baianos, no ciclo do garimpo de diamantes.
SAIBA MAIS
Em 1959, ocorreu o primeiro sequestro aéreo do mundo. Este fato aconteceu no município de Aragarças, em Barra do Garças, quando um grupo de cinco oficiais da Aeronáutica articulou o sequestro de um avião comercial da Panair, com 40 passageiros.
A intenção era montar uma resistência ao governo do presidente Juscelino Kubitschek.
O QUE VER E FAZER
PARQUE ESTADUAL SERRA AZUL
Estrada do Cristo. É preciso guia para acompanhar. O parque fica a 4 km do centro da cidade com uma área de 11 mil hectares. Vale a pena conferir o circuito das 14 cachoeiras, por trilha de duas horas de caminhada. Entre as cachoeiras, a mais famosa e cartão postal do parque é a Cachoeira das Andorinhas, com 28 m de altura.
Ainda dentro do parque encontra-se o marco do centro geodésico do Brasil, o local do futuro Discoporto e o Mirante do Cristo, de onde avista-se toda cidade e o encontro dos rios Garças e Araguaia, cujas águas não se misturam.
TRILHA DAS ÁGUAS
Passeio guiado com a agência Portal do Araguaia Turismo. Tel.: (66) 3407-2669 . Trilha ecológica com banho nas cachoeiras de Guardiões e Andorinhas. No passeio, que dura três horas, é possível observar algumas espécies de animais, como o tamanduá-mirim e o lobo guará.
CAVERNA DOS PEZINHOS
Por toda a extensão da caverna existem marcas de pegadas petrificadas de pés de seis dedos, quatro dedos, três dedos, mas nenhum registro de pés de cinco dedos. O que reforça a lenda, contada pelos Xavantes e os Bororos sobre os mitos da região, habitada por seres de outros planetas. Mais adiante, fica o local que a Câmara de Vereadores de Barra do Garças definiu em decreto-lei, área para o pouso de naves intergalácticas (Discoporto)!
PARQUE DAS ÁGUAS QUENTES
Av. das Águas Quentes. Ter a dom, 8h/12h. Em julho funciona até as 21 h. R$ 5. O Parque é uma área de lazer com seis piscinas de águas minerais, toboágua, rio da preguiça, bar molhado, com temperaturas que variam de 31 a 43 graus, com propriedades terapêuticas. Além dos banhos, o parque oferece estrutura com bares, restaurantes, duchas, vestiários, instrutores de hidroginástica e ginástica de alongamento.
TRILHA DO POÇO QUENTE
Fazenda Águas Quentes (57 km de Barra do Garças), passeios guiados. Trilha de 1.500 m que dá acesso a nascentes naturais de águas termais, com temperaturas de 32 a 45 graus. No final da trilha chega-se a uma praia de areias brancas, onde se pode sentir a diferença entre a temperatura do córrego das águas quentes e a das águas do Rio Garças.
RIO ARAGUAIA
O principal rio da região, divisor natural dos estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins teve um importante papel na história da cidade. Por ele passaram pioneiros, aventureiros e garimpeiros, e foi ainda cenário da Guerrilha do Araguaia. Atualmente é uma das maiores atrações da cidade, com atividades náuticas e de pesca, com peixes típicos da bacia Amazônica. Na época da seca (de maio a outubro) aparecem lindas praias, como a Praia do Quarto Crescente e a Praia da Arara, atraindo milhares de pessoas de todo País. Tem como um atrativo a mais as acrobacias dos botos cinza ou cor de rosa nos fins de tarde. No porto do Baé barcos, lanchas e jet-skis circulam criando uma atmosfera alegre e descontraída. As arquibancadas de concreto permitem assistir a eventos náuticos. Tem, ainda, restaurante flutuante, lanchonetes e área de camping.
RAPEL
Passeio guiado com a agência Portal do Araguaia Turismo. Tel.: (66) 3407-2669.
Praticado em uma cachoeira de aproximadamente 15 metros de altura (Playmobil), proporcionando uma grande aventura para os iniciantes desta atividade. As descidas são sempre coordenadas por um profissional responsável, que dá segurança na descida.
TRIBOS INDÍGENAS
Autorização prévia da Funai. É possível visitar algumas aldeias indígenas, como as dos Xavantes, Kajarás e Bororós que ficam na região. Suas reservas oferecem belezas selvagens e atrativas, permitindo uma integração fantástica com a natureza e os costumes dos povos indígenas.
ARTESANATO INDÍGENA
Berô Can. R. da Praia 107. Seg a sáb, 9h/19h; dom, 16h/19h. Lindas peças feitas por 32 tribos indígenas da região e da Amazônia podem ser adquiridas. São bijuterias, instrumentos e utensílios domésticos.
Esses lugares são maravilhoso,Ursa,beijos floridos.
ResponderExcluirp.s.:não sabia que você tinha twittwer,vou te seguir agora,mais beijos floridos.
Ursa,tem um post lá no blog que você vai gostar,beijos.
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