sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cerejeiras em flor numa rua de Bona, na Alemanha. Fotografia de Marcel Bednarz.

sábado, 7 de abril de 2012

FELIZ PÁSCOA florestal para vocês! Beijos da Angela Ursa




BIOPLÁSTICO
Conheçam um blog interessante que divulga notícias e novidades sobre o bioplástico: Bioplastic News



Fabricantes de bioplásticos estão desenvolvendo processos de reciclagem para seus produtos
(Fonte: Blog Bioplastic News)



Embora os bioplásticos ainda sejam uma parte muito pequena do fluxo de resíduos de plástico, alguns fabricantes estão conversando com empresas de reciclagem sobre o desenvolvimento de processos de reciclagem para os seus produtos. A NatureWorks, por exemplo, está trabalhando com a Associação de Recicladores de plástico pós-consumo para ajudar a desenvolver processos de reciclagem mecânica e química para seus materiais Ingeo, SteveDavies, diretor global de marketing e relações públicas , disse 
que plásticos baseados em petróleo são um grande problema em aterros sanitários. 
Se for deixado sem tratamento, eles não são biodegradáveis por um longo tempo. E se não forem reciclados ou convertidos em combustível ou eletricidade, a energia que eles contêm é desperdiçada. As estimativas de quanto de plástico vai para aterros varia dependendo de quem está medindo, mas de acordo com a EPA, apenas 12 por cento dos plásticos dos Estados Unidos foram reciclados em 2010.Os Bioplásticos em fim de vida são compostados ou reciclados, dependendo do seu uso. "A compostagem de bioplástico transformando-os de volta para CO2 e a água , fecha o ciclo do berço ao berço, mas não da uma oportunidade para o re-uso", disse Davies. "Isso faz sentido, em embalagens de alimentos e de fast food. Como ninguém classifica o desperdício de alimentos a partir dos resíduos de plástico para reciclagem, tudo vai para o aterro de qualquer maneira, onde os materiais compostáveis podem biodegradar. Muitos fabricantes de alimentos serviceware agora têm uma versão compostável."
Os bioplásticos duráveis não são 
recicláveis, e são mais difíceis de reciclar do que os bioplásticos de uso único, Kent Furst, analista da indústria para o Freedonia Group, disse em uma entrevista. "Primeiro, eles são muitas vezes feitos por adição de agentes de reforço e enchimentos, e estes podem interferir com o processo de reciclagem. Em segundo lugar, por vezes, o bioplástico é feita durável ao ser misturado com plásticos convencionais, e torna-se difícil separar os materiais para reciclagem. "Na verdade, a maioria dos plásticos de alto desempenho são difíceis de reciclar, bio-baseada ou não, por causa do potencial de contaminação, que pode reduzir drasticamente as propriedades desejáveis para a resina reciclada." Essas orientações para o tratamento especial e processamento devem ser disponibilizados para os recicladores. Alguns fornecedores de bioplástico duráveis estão enfrentando esses problemas, por isso estão fornecendo as informações relevantes 
para seus clientes do processador." 
(Fonte: http://www.designnews.com)

domingo, 1 de abril de 2012



De volta à floresta
(Fonte: Revista Conhecer)

Xingu revive no cinema a saga dos irmãos Villas Bôas entre os índios

Filme de Cao Hamburguer narra aventuras dos três irmãos no Brasil Central
"Mais do que uma simples imagem, é uma realidade urgente e necessária galgar a montanha. O verdadeiro sentido de brasilidade é a marcha para o Oeste”. Com essas palavras, o presidente Getúlio Vargas conclamava, em 1937, os brasileiros a realizarem a ocupação das regiões do país que ainda permaneciam praticamente intocadas. E coube aos irmãos Villas Bôas (Orlando, Cláudio e Leonardo) desbravar, partindo em direção ao Oeste, as áreas ainda desconhecidas de nosso território.

Ao longo de quase 40 anos, os irmãos realizaram um trabalho pioneiro de mapeamento e contato com tribos indígenas no Norte e no Centro-Oeste, numa saga cinematográfica – agora literalmente, com a estreia, agendada para 6 de abril, do longa-metragem Xingu. Dirigido por Cao Hamburger, o mesmo autor de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, o filme narra a marcha dos sertanistas rumo ao Brasil Central e a fundação do Parque Indígena do Xingu, a maior reserva indígena do Brasil e uma das maiores do mundo.

As aventuras dos Villas Bôas começam em 1943, quando Orlando, Cláudio e Leonardo resolvem pôr em prática as lições legadas pelo pioneiro indigenista brasileiro, o marechal Cândido Rondon. Para conseguirem integrar a Expedição Roncador-Xingu – que partiu de São Paulo rumo à região sul da Amazônia – tiveram que se passar por matutos ignorantes, pois, ao apresentarem-se aos organizadores da empreitada, foram considerados “educados demais para a vida no sertão”. Orlando tinha 29 anos e Cláudio 25. O caçula Leonardo, de 23, empolgara-se pela animação dos mais velhos diante do desafio. Na época, toda a região central do Brasil era uma incógnita geográfica; não havia mapas acurados ou levantamento sobre fauna, flora e grupos indígenas. Lendas sobre feras míticas ou índios guerreiros abundavam.

A Expedição cruzou o Vale do Rio Araguaia e fez o primeiro contato com o povo Xavante, na época ainda hostil. Os Villas Bôas passaram a liderar a marcha em 1945 e estabeleceram contatos pacíficos com 14 povos indígenas no alto Xingu; em 1949, com o fim da Roncador-Xingu, a trinca resolveu permanecer na região. Continuaram demarcando os limites das áreas ocupadas de tribos desconhecidas, estabelecendo marcos territoriais e mapeando rios.

O incansável trabalho em prol da preservação dos costumes dos índios e da convivência pacífica entre o homem branco e as tribos frutificou em 1961, com a criação do Parque Nacional (hoje Parque Indígena) do Xingu. Era a primeira reserva do tipo a surgir no Brasil e Orlando Villas Bôas foi seu primeiro administrador-geral. Em 1976, Orlando e Cláudio foram indicados ao Prêmio Nobel da Paz, em honra a seus esforços em prol das nações indígenas.

Xingu, o filme, retraça os passos de Orlando, Cláudio e Leonardo rumo ao Oeste. Apesar de a equipe ter passado por vários pontos por onde os irmãos andaram (como Xavantina, no estado de Tocantins, que era a última fronteira mapeada da região quando a expedição começou), muitos dos locais não puderam ser usados nas filmagens, pois já estão muito modificados em relação à década de 1940. As aldeias indígenas, entretanto, são reais: Cao Hamburger e os atores João Miguel (Claudio), Felipe Camargo (Orlando) e Caio Blat (Leonardo) passaram uma semana vivendo com os índios Yawalapitis, no Parque do Xingu. A produção empregou 250 índigenas como extras.

O cineasta afirma: “Os Villas Bôas revolucionaram a ideia de preservação e criaram um imenso santuário sócio-ambiental que serviu e serve de referência em todo o mundo. Passamos cinco anos mergulhamos nessa história, tentando entender como os irmãos se aventuraram pelas matas ainda desconhecidas do Brasil Central e encontraram a grande paixão e a causa de suas vidas. O feito desses heróis brasileiros, pela coragem, estilo de vida, audácia e visão de futuro, deveria nos inspirar”.