sexta-feira, 26 de agosto de 2005
A Lenda do Pirarucu (Fonte)
O pirarucu é um peixe da Amazônia, cujo comprimento pode chegar até 2 metros. Suas escamas são grandes e rígidas o suficiente para serem usadas como lixas de unha, ou como artesanato ou simplesmente vendidas como souvenirs. A carne do Pirarucu é suave e usada em pratos típicos da nossa região. Pode também ser preparada de outras maneiras, frequentemente salgada e exposta ao sol para secar. Se fresca ou seca, a carne do pirarucu é sempre uma delícia em qualquer receita. Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava as planícies de Lábrea no sudoeste da Amazonia.
Ele era um bravo guerreiro mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo. Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder.
Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhuma motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses. Tupã, o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento, decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhase seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucú, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia.
O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré acertou o coracão do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão.
Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região.
Dona Ursa, que história! E vc sabe que meu marido tinha um barco de pescaria chamado Pirarucu? Pois é. Se eu soubesse que esse sujeito tinha sido tão mal não o teria deixado batizar o barco com esse nome. Embora eu não possa reclamar, pq qdo íamos pescar eu era a única a pegar peixes seguidamente. Os homens ficavam brabos pq tinham que ficar tirando toda hora o peixe da isca pra mim. Hahaha. Tempos que não voltam mais, graças a Deus.
ResponderExcluirPS. Por que a senhora dona Ursa não escreve blogSpot direito quando vai deixar o endereço no meu blog? Tem gente que quer entrar com um simples click e não consegue. :p
Beijos. Lindo fim de semana. Ah, e qdo o jardim estiver pronto, me chama para um chá de erva forte. Hehehe.
Adoro essas lendas indígenas que pegam humanos e os transformam em animais. Só não sei se concordo que isso seria uma maldição...
ResponderExcluirSe hmano é pior que o animal, Dona Ursa.
Depende do ponto de vista, né ?
Bom sábado.
Seu amigo-fã,
JÔKA P.
:)
Amiga palpiteira, então, você é uma grande pescadora! Quando quiser, pode vir fazer uma pescaria aqui na floresta, ok?
ResponderExcluirQuanto ao erro do blogspot, eu não percebi. Vou prestar atenção da próxima vez.
Pode deixar que vai ter um chá das cinco amazônico quando o jardim estiver pronto. Beijos!
Querido Jôka, obrigada pelo "amigo-fã"! :)) Os animais, geralmente, atacam quando se sentem ameaçados ou para sobreviver. Mas nesse caso, a fúria e o castigo foram dos deuses da floresta! Lembrei dos deuses gregos que, nos mitos, reagem de forma semelhante. Beijos dominicais da Ursa!