sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Índios Cinta Larga - Dois lados da polêmica

Ministério da Justiça libera mais recursos para o Programa Povo Cinta Larga
(Fonte: Agência Brasil, por Thaís Brianezi - trecho de matéria publicada em 24/08 no site da FUNAI )

Manaus - O Ministério da Justiça já liberou para a Fundação Nacional do Índio (Funai) R$ 658 mil dos R$ 3,5 milhões de reais anunciados para a execução do Programa Povo Cinta Larga, em Rondônia e no noroeste do Mato Grosso. Até o dia 12 de julho, foram gastos R$ 500 mil com a manutenção das sete barreiras de fiscalização do território indígena e investidos em projetos de incentivo à pscicultura e ao roçado comunitário.
"Foram disponibilizados R$ 511 mil em maio, para pagar os gastos efetuados desde o começo do ano. No fim do mês passado, saiu uma nova parcela, de R$ 158 mil, para cobrir junho e julho. Estamos elaborando dois projetos para que a gente possa empenhar logo toda a verba do programa, até o fim do ano", afirmou o coordenador do Grupo Tarefa Cinta Larga da Funai, Orlando Castro Silveira.
O objetivo do Programa Cinta Larga é oferecer aos 1.400 indígenas da etnia uma alternativa de subsistência e de renda que os afaste do garimpo ilegal. Em abril do ano passado, 29 garimpeiros não-indígenas foram assassinados na terra Roosevelt. Na última segunda-feira (22) a Polícia Federal prendeu um jovem Cinta Larga de 20 anos que tentava sair da reserva com 70 diamantes escondidos na cueca. Ele estava acompanhado de dois garimpeiros não-indígenas, que também foram presos em flagrante.
A terra indígena Roosevelt faz parte do território Cinta Larga, um complexo de 2,7 milhões de hectares de terras homologadas, que inclui também as terras indígenas Serra Morena e Aripuanã e o parque indígena Aripuanã. O programa prevê ainda o incentivo à revitalização da cultura, a oferta de cursos de capacitação em elaboração de projetos e a formação de agentes ambientais indígenas.
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"Queremos deixar claro uma coisa; devido a não termos acessos aos limites da área, muitas vezes, ficamos sabendo que garimpeiros trabalham manualmente de forma clandestina, com isso, ao extraírem minério, matam-se uns aos outros, para furtarem entre si os minérios que exploraram clandestinamente. Quando estes garimpeiros voltam à cidade, sem a presença de seus mal fadados companheiros, rapidamente dizem que foram os Cinta Larga que os mataram. Coisa que a mídia local, mancomunada com os interesses de políticos, explora desavergonhadamente, denegrindo nossa imagem, desonrando nosso povo e fomentando o ódio dos brancos contra nossa gente. Queremos comunicar que, apesar de terem sido descobertos corpos dentro dos limites de nossas terras, não existem provas, nem circunstanciais, nem cabais, de que realmente os índios tenham cometido tais crimes. São noticias infundadas como esta que nos apavoram. (NACOÇA PIU CINTA LARGA, Presidente da Associação Pamaré do Povo Indígena Cinta Larga. - Informação do site da FUNAI )

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