Begorotire - O Homem Chuva
(Fonte: Escola Vesper - texto extraído do site Desvendar.com)
Begorotire era um índio feliz. Certo dia, porém, havendo sido injustiçado na divisão da caça, ficou furioso, decidindo que sairia à procura de outro lugar para viver. Cortou os cabelos da esposa e da filha, pintando toda a família com uma tintura preta que havia retirado do fruto do jenipapo. Pegou um pedaço de madeira pesada e resistente, fazendo a primeira borduna Caiapó, com o cabo trançado em preto e a ponta tingida com sangue da caça. Chegou então ao alto de uma montanha, levando sua arma, e começou a gritar. Seus gritos soaram como fortes trovões. Girou fortemente a borduna no ar e de suas pontas saíram relâmpagos. Em meio ao barulho e às luzes, Begorotire subiu aos céus. Os índios assustados atiraram suas flechas, mas nada conseguiu impedir que o índio desaparecesse no firmamento.
As nuvens, também assustadas, derramaram chuva. Por isso Begorotire tornou-se o homem chuva. Tempos depois, levou toda a família para o céu, onde nada lhes faltava, e de lá muito fez para ajudar os que na terra ficaram. Juntos sementes de suas fartas roças, secou-as sobre o girau, entregando-as a uma filha para trazê-las. A índia desceu dentro de uma cabaça enorme amarrada a uma longa corda, tecida com as próprias ramas do vegetal. Caminhando pela floresta, um jovem encontrou a cabaça, amarrou-a com os cipós e pedaços de madeira e, com ajuda dos amigos levou-a para a aldeia. A mãe, abrindo a cabaça, encontrou a índia, a filha da chuva, que estava magra e com longos cabelos, por lá haver permanecido muito tempo.
A jovem foi retirada e alimentada, e teve seus cabelos aparados. Ao ser indagada, a filha da chuva explicou por que viera, entregando-lhes as sementes enviadas por seu pai e deixando a todos muito felizes. O jovem que encontrou a cabaça casou-se com a moça, passando esta a morar novamente na terra. Com o tempo, resolveu visitar os pais. Pediu ao esposo vergasse um pé de Pindaíba, trazendo a copa até o chão. Sentou-se sobre ela e, ao soltarem a árvore, a índia foi lançada ao céu. Ao retornar, trouxe consigo toda a família e cestos repletos de bananas e outros frutos silvestres. Begorotire ensinou a todos como cultivar as sementes e cuidar das roças, regressando depois ao seu novo lar. Ate hoje, quando as plantas necessitam de água, o homem chuva provoca trovões, fazendo-a cair sobre as roças para mantê-las sempre verdes e fartas.
Não conhecia o pé de Pindaíba, URSA.
ResponderExcluirGostei muito dessa lenda do pau.
Bjs!
PS:
Estou achando o Robinho meio gordo, também.
:)
Adorei a história, Angela.
ResponderExcluirBeijão!!!
Bom dia.....
ResponderExcluirAdoro suas historias.....a menina Di já fica de olhinhos brilhando....
Rssss...
Bjs....
Que delicia de história, aqui em casa temos vários pau-de-chuva, meus meninos confeccionam instrumentos, gostosura o som.
ResponderExcluirLinda semana querida,tomara esteja boa da gripe,tá?
beijossssssssssssssss
Que linda a história de Begorotire, o homem da chuva.
ResponderExcluirE eu adoro o som do pau-de-chuva, muito lindo mesmo.
Beijos, :).
Jôka, eu adoro essas histórias! Beijos da Ursa! :))
ResponderExcluirJanaína, a Ursa vai pesquisar mais histórias :)) Beijos!!
Que bom que a menina Diana gostou dessa história. Beijos da Ursa! :))
Márcia Clarinha, então, seus filhos fazem paus-de-chuva e outros instrumentos!! Parabéns para os meninos talentosos! Beijos da Ursa :))
Nanbiquara, eu imaginei que você ia gostar dessa história :)) Beijos!!
Ursa, é tão plena de amor essa história! É a própria natureza pródiga e perfeita. Quantas lições estão aqui contidas!
ResponderExcluirObrigada.