Indígenas do Amazonas pedem apoio para fiscalizar terras em ato no Dia Mundial do Meio Ambiente (Thaís Brianezi Repórter da Agência Brasil - 05/06/06)
Manaus - Cerca de 80 lideranças indígenas de 15 etnias fizeram hoje (5) em Tefé (AM) um ato público pelo Dia Mundial do Meio Ambiente. No protesto, elas leram a carta com os resultados do seminário Sustentabilidade Econômica e Meio Ambiente em Terras Indígenas do Médio Solimões e Afluentes, do qual participaram no fim de semana.
"A gente precisa fortalecer o que os povos indígenas já fazem tradicionalmente: proteger suas terras", declarou à Agência Brasil o coordenador da União das Nações Indígenas de Tefé (Uni Tefé), Tomé Fernandes, da etnia cambeba. "Em muita coisa a Funai Fundação Nacional do Índio precisa também estar presente. Não basta só demarcar o território, é preciso proteger a área contra invasões de madeireiros e de pescadores."
A Uni Tefé busca parcerias para expandir a iniciativa piloto apoiada pelo Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas (PPTAL), subprograma do Programa Piloto de Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, conhecido como PPG 7, que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e financiado pela cooperação internacional. "Em 2003, a gente começou esse projeto em quatro terras indígenas, oferecendo oficinas de legislação ambiental e construindo tapiris [casas de apoio, equipadas com radiofonia e veículos de transporte hidroviário]", contou Fernandes. "Com um motorzinho rabeta [canoa motorizada], em vez de passar três dias para visitar sua área, você passa um dia".
O projeto da Uni Tefé em parceria com o PPTAL envolve 1,6 mil moradores das terras indígenas Cuí-Cuí, Maraã-Urubaxi, Paraná do Paricá e Lago do Alá. O financiamento, com valor total de R$ 78 mil, termina no próximo mês.
A Uni Tefé atua na região do médio Solimões, que engloba 14 municípios, dos quais Tefé é pólo. Dados da entidade revelam que cerca de 10,5 mil indígenas, divididos em 84 comunidades, vivem na região.
Um estudo divulgado em fevereiro mostrou que o desmatamento nas terras indígenas é dez menor do que no seu entorno. Os pesquisadores chegaram a esse número analisando a cobertura vegetal de 121 terras indígenas brasileiras, com imagens de satélite referentes ao período de 1997 a 2000. A análise foi coordenada pelo norte-americano Daniel Nepstad, professor-visitante no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (Naea/UFPA) e membro do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Ipam). 05/06/2006
Oi, amiga.
ResponderExcluirEsse é, pelo visto, um programa que deu certo, haja vista que o desmatamento foi mínimo. Por que projetos assim não são implantados em outras áreas e usados como modelos, adaptando-se às peculiaridades de cada situação? O que falta para isso? (Ou falta tudo?).
Bjs e ótima semana.
Ursa... o que você achou de ontem, a ministra do meio ambiente na televisão em seu pronunciamento à nação? Você concorda com a TransAmazônica?
ResponderExcluirAcho que só irá piorar a situação por lá... e vc?
Beijos carinhosos,
Tom
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ResponderExcluirAngela,
ResponderExcluirsugestão de postagem: atuação do atual Ministério do Meio-ambiente na questão indígena. Que tal ? Gostaria de saber sua opinião.
Beijos,
Eugênia
Ursa, já normalizaram as fotos dos blogs ?
ResponderExcluirum beijo de Copacabana !
Jôka P.
Daia, há muitas alternativas positivas, basta as autoridades quererem pôr mesmo em prática. Beijos!
ResponderExcluirTom, eu não vi o pronunciamento da Ministra ontem. Vou procurar notícias na internet sobre isso, ok? Beijos!
Meg, obrigada pela visita. Beijos para você também! :))
Gená, eu não tenho conhecimento suficiente para fazer uma análise sobre o Ministério do Meio Ambiente. Mas pelo que leio, há muitas críticas em relação a atuação do governo nessa área. Beijos!
Jôka, deixei resposta para você no Avenida. Eu vejo as fotos dos blogs, mas não consigo postar pelo Internet Explorer. Beijos da Ursa :))
Estou trabalhando num poema e sabe o que eu tenho feito para buscar a inspiração? Fico aqui, ouvindo esse uirapuru.
ResponderExcluirBjs!
Elcio Domingues.
Elcio, a Ursa ficou muito feliz de saber que o uirapuru inspira os seus poemas! Beijos :))
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