segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Assassinato de pesquisadora marca um trágico dia da Amazônia
(Fonte: site
Amazonia.org.br - 04/09/2006 )

Vanessa Sequeira, pesquisadora portuguesa de 36 anos, foi barbaramente assassinada em Sena Madureira, no Acre. Seu corpo foi encontrado na manhã de ontem, sem roupas, dentro de um igarapé próximo à região de Toco Preto, onde realizava entrevistas para sua pesquisa de doutorado. Há indícios de que tenha sido morta a pauladas e sofrido estupro.
Um acusado foi detido também na segunda. A polícia aguarda os resultado das análises do IML para confirmar a autoria do crime.
É o segundo caso recente de assassinato de um pesquisador na Amazônia. O arqueólogo americano James Petersen foi morto em agosto do ano passado, em Iranduba, no Amazonas, durante um assalto ao qual não reagiu. Três acusados, entre eles um policial militar e um menor, foram presos.
Trabalhos como os realizados por Vanessa e James são de relevância estratégica para o desenvolvimento na Amazônia. Influenciam políticas públicas, denunciam problemas, colocam lugares e povos esquecidos no mapa, apontam caminhos. A comunidade científica com atuação nesta região está de luto e neste 5 de setembro, data inspiradora para fazer balanços de trajetórias e metas, o temor em relação ao futuro das pesquisas de campo na floresta se sobressai.
Christiane Ehringhaus, pesquisadora alemã e amiga de Vanessa, declarou em uma carta enviada ao blog da Rede Resex: "É dificil acreditar que neste Acre que todos nós trabalhamos com bastante tranquilidade durante todos estes anos possa acontecer uma coisa destas". E sobre a amiga considera: "Vanessa tinha paixão por esta vida 'tropical' e tinha um compromisso muito forte com produtores rurais na Amazônia, a conservação das florestas e a melhora da qualidade de vida - apesar dos sacrifícios pessoais e a distância que isto significava".
A antropóloga e também pesquisadora Mary Alegretti deu destaque ao acontecimento no seu blog: "Até pouco tempo atrás a Amazônia se caracterizava pela violência fundiária, mas estava livre daquela típica das grandes cidades. Agora não dá mais para ser pesquisador de campo como manda a tradição de centenas de anos das ciências sociais e naturais. Para onde vamos sem futuro?".
Sequeira estava fazendo doutorado pela Universidade de Wales Banfor, no Reino Unido. Sua pesquisa aborda a comparação de sistemas de produção extrativistas com sistemas agropecuários, para entender a realidade socio-economica dos projetos de assentamento da região. Ela tinha mais de 10 anos de experiência profissional em conservação e desenvolvimento de recursos naturais, com passagens pelo Brasil, Peru, India e Costa Rica.

Leia mais:
http://altino.blogspot.com/
http://maryallegretti.blogspot.com/
http://reservasextrativistas.blogspot.com

12 comentários:

  1. Angela, me diga, e este assassino quem é?

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  2. Olá. D. Ursa.....

    Que noticia lamentável..
    Boa semana....
    Bjs...

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  3. Que coisa escrota !
    Horrível !!!
    :C

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  4. Que horror, esse tipo de violência persegue as mulheres em todos os lugares, independe de ser campo ou cidade, muito triste, mesmo!
    beijos, :).

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  5. Meire, pelo que li no blog do Altino, o assassino ainda não confessou o crime. Não é citado o nome dele. Abraços da Ursa

    Diana, essa notícia é muito triste e causa muita indignação. Beijos!

    Jôka, foi um ato de violência bárbaro! Beijos da Ursa

    Nanbiquara, é uma tremenda covardia usar o estupro como forma de violência contra uma mulher. Beijos!

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  6. Que barbaridade!! Pouco tempo atrás foi um turista português no Rio. O Que os Portugueses devem estar pensando dos povos brasileiros??
    Beijus

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  7. Belo trabalho o que desenvolves aqui, Angela. Se tivéssemos mais gente como você, as coisas seriam diferentes no Brasil. Parabéns!

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  8. Pois é amiga Ursa espero que ela esteja por aí vagueando por onde mais gostava. Pela sua Amazónia!
    bjs

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  9. Nao ha anda que me fa'ca sentir mais tristeza do que essas coisas... Nada... Fiquei mal...

    bjx

    RF

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  10. Oi, Ursa! Que horror! A gente fica envergonhada de saber dessas barbaridades cometidas no nosso país.
    Beijo pra ti.
    Luciane

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  11. Luma, o que ocorre na Amazônia é uma série de atividades ilegais, não há controle sobre isso e pessoas inocentes morrem. Abraços da Ursa!

    Marconi Leal, obrigada pelas suas palavras e pelo apoio! Abraços da Ursa!

    Hugo, ela agora está junto de Tupã e vai olhar pela Floresta também. Beijos da Ursa! :))

    Roy, é verdade, além da tristeza, indignação, dá mesmo uma sensação de impotência diante dessas coisas. Beijos!

    Luciane, é mesmo, quando a gente vai conseguir um pouco de paz na Amazônia e no mundo? Beijos da Ursa :))

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  12. nossa...caramba...

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