quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Índio brasileiro protesta em frente ao portão da fábrica alemã Procter&Gamble na cidade de Neuss. Eles protestam contra uma das fornecedoras da fábrica alemã, a Aracruz Celulose, que segundo eles teria invadido terras brasileiras pertencentes aos povos indígenas Tupiniquim e Guarani, no Estado do Espírito Santo (Notícia de 05/05/2006, Fonte: Terra)


Guaranis e Tupinikins protestam por demarcação de terras no Espírito Santo
Da Agência Brasil
07/09/2006 - (Fonte: Correio Web)

Brasília - Cerca de 200 índios das etnias Tupinikim e Guarani derrubaram cerca de três hectares de terra plantados com eucaliptos, próximos ao viveiro de mudas da empresa Aracruz Celulose, ao norte do Espírito Santo.
A derrubada começou ontem, como forma de cobrar da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério da Justiça agilidade nos atos administrativos para garantir a demarcação de 11.009 hectares atualmente ocupados pela empresa.
A região em disputa fica no município de Aracruz (ES). A empresa, maior produtora de celulose de mundo, afirma ter comprado o terreno na década de 60. A Funai não reconhece os documentos e alega que, naquela época, a área já estava identificada como território indígena.
De acordo com o integrante da Comissão de Caciques e Lideranças Tipinikim-Guarani, Antonio Carvalho Guarani, encerrou no dia 20 de agosto o prazo para que a Funai entregasse ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o relatório final com a conclusão de estudo que comprova que a área pertence aos índios.
“As comunidades não ficaram satisfeitas com essa informação [de que a Funai não enviou os documentos no prazo], então decidimos fazer esse protesto contra a Funai e também o ministro da Justiça, que até agora não tomaram as providências", disse, acrescentando que os indígenas só vão parar com a derrubada depois que a Funai estipular uma data para entrega do relatório.

Eucaliptos
Guarani contou que os pés de eucaliptos derrubados estão sendo deixados no local. Ele ressaltou que, se a situação não for resolvida logo, os índios vão queimar a madeira.
“Eles precisam tomar as providencias para acabar com os conflitos em Aracruz. Não queremos continuar com os conflitos, mas o governo não está fazendo a sua parte [demarcando as terras]”, acrescentou.
Em nota divulgada no dia 28 de agosto, a Aracruz afirmou que “está empenhada em buscar uma solução estável no relacionamento com as comunidades indígenas”, desde que “tenha como premissa a segurança jurídica”.
A Aracruz diz, ainda, que confia em “uma decisão favorável” do Ministério da Justiça, já que a contestação que apresentou “contém elementos suficientes para, na visão da empresa, demonstrar que não ocupa e nunca ocupou terras indígenas, que nunca expulsou índios de suas terras e que adquiriu suas terras de forma legal”.
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Índios ateiam fogo em eucaliptos da Aracruz, em ES
(trecho de notícia de 12/09/06 - Folha on line)

No terceiro dia de protesto, índios guaranis e tupiniquins do norte do Espírito Santo atearam fogo a eucaliptos numa área que disputam com a Aracruz Celulose, na região de Aracruz (92 km de Vitória).
A madeira queimada faz parte do lote de árvores derrubadas pelos índios no primeiro dia de protesto, na quarta-feira passada. Eles retornaram à área no dia seguinte e prosseguiram com a derrubada, usando motosserras. Segundo a empresa, cerca de 5.000 eucaliptos foram postos abaixo.

9 comentários:

  1. Mas os índios protestam destruindo a natureza ?! Isso não é um paradoxo ?

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  2. Kristal, eu também não sou favorável à destruição da natureza. Mas nesse caso, como você pode ler nos trechos de matéria, a Funai diz que o território é indígena, ou seja, foi apropriado indevidamente pela Aracruz, que plantou os eucaliptos para o seu benefício, em terras onde os índios poderiam ter plantado outras coisas e usado da maneira deles. Essa atitude de queimar os eucaliptos foi um ato de desespero dos índios após tanto tempo sem solução para terem suas terras de volta. Beijos da Ursa

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  3. Como sempre, conflitos com terras dos índios, será que isso nunca acaba?
    Beijos, :).

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  4. Tomara os índios conseguigam ser ouvidos e respeitados ou não sobrará mais eucalipto nenhum...:(
    lindo dia querida,
    beijossssssssssssss

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  5. Enquanto isso, a Aracruz, até recentemente, estava com uma bruta campanha publicitária na televisão... Torcendo pelo Brasil, diziam!

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  6. Nanbiquara, pois é, conflitos que não terminam e desrespeito aos direitos indígenas. Beijos!

    Márcia Clarinha, esse impasse precisa ser logo resolvido. Beijos!

    Marconi, eu também vi essa propaganda da Aracruz. Não foi na época da Copa? Propaganda enganosa!!
    Abraços florestais da Ursa!

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  7. Ursa, essa Aracruz (ordinária) é de propriedade de grupos suecos e finlandeses. Aqui fazem a maior pose de protetores do meio ambiente; no mundo, andam sujando, desrespeitando índios e detonando com as florestas. Em 2005, se não me engano, compraram terras no Espírito Santo, onde haviam "quimbolas" e acabaram com tudo, por conta da monocultura de eucaliptus. Se não me engano, também, os laboratórios que foram destruídos pelo pessoal do MST no RS pertenciam a Aracruz, não é?
    Aracruz é o demo! Credo, cruz!

    Abraço / Luciane

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  8. Ursa, essa Aracruz (ordinária) é de propriedade de grupos suecos e finlandeses. Aqui fazem a maior pose de protetores do meio ambiente; no mundo, andam sujando, desrespeitando índios e detonando com as florestas. Em 2005, se não me engano, compraram terras no Espírito Santo, onde haviam "quimbolas" e acabaram com tudo, por conta da monocultura de eucaliptus. Se não me engano, também, os laboratórios que foram destruídos pelo pessoal do MST no RS pertenciam a Aracruz, não é?
    Aracruz é o demo! Credo, cruz!

    Abraço / Luciane

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  9. Ops! Saiu o comentário duas vezes...
    Deixa eu só te contar mais uma coisinha. O rei sueco tinha investido muita grana em ações dessa empresa até 2004. Quando os índios começaram a protestar por aí, e a história a repercurtir por aqui, o rei tratou de vender rapidinho suas ações pra que não ficasse com o nome ligado a essa empresa suja. O cartaz que está atrás do índio na foto diz respeito a isso.
    Beijo / Luciane

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