(Trecho de matéria publicada no site BBCBrasil )
Richard Black
Um estudo divulgado nesta quinta-feira indica que não haverá praticamente mais nada para pescar nos oceanos até o ano de 2048, caso a atual taxa de mortalidade das espécies marinhas continue do jeito que está hoje.
De acordo com o levantamento, feito por uma equipe internacional de cientistas e publicado na revista científica Science, os estoques de pesca já caíram em cerca de 33% e a taxa de eliminação da biodiversidade marinha continua aumentando.
No entanto, os cientistas acreditam que ainda é possível reverter a previsão, caso sejam ampliadas as áreas de proteção.
“Nós exploramos os oceanos esperando e supondo que haverá sempre uma nova espécie para ser explorada depois que acabarmos completamente com a última”, disse o cientista Boris Worm, da Universidade Dalhousie, do Canadá, que coordenou a pesquisa.
“O que estamos ressaltando aqui é que a quantidade de peixes nos mares é finita; nós já passamos por um terço, e vamos passar pelo resto.”
Alerta
Outro cientista envolvido no projeto, Steve Palumbi, da Universidade de Stanford, também faz o seu alerta: "Se nós não mudarmos fundamentalmente a forma como administramos o conjunto das espécies marítimas, este século será o último século com frutos do mar na natureza".
O estudo, do qual participaram cientistas de diversas instituições da Europa e das Américas, foi feito com base na análise dos índices de pesca em alto-mar, da pesca praticada em determinadas regiões costeiras e de experimentos feitos em ecossistemas pequenos e em outros onde a pesca é restrita ou protegida.
O estudo também alerta que a tendência é que a perda da biodiversidade cause mais fechamentos de praias, inundações e disseminação de algas potencialmente nocivas.
Danos cumulativos
Segundo Worm, as espécies marinhas estão fortemente vinculadas umas às outras, "provavelmente mais do que na terra".
Uma conclusão-chave, no entanto, é a necessidade de proteger mais áreas oceânicas.
"Você também tem de ter uma boa administração dos parques marinhos e boa administração das pesqueiras. Claramente, a pesca não deveria destruir o ecossistema. A pesca com rede de arrasto (que leva tudo que está no fundo do mar) é um bom exemplo de algo que destrói o ecossistema."
Worm cita o caso da região de Grand Banks, no leste do Canadá, onde os estoques de bacalhau se esgotaram.
"Você tem consenso científico e nada acontece. É um exemplo triste; e o que aconteceu no Canadá deveria ser um aviso porque agora entrou em colapso e não volta".
Da mesma forma, diz o pesquisador, os alertas para disciplinar a pesca de bacalhau no Mar do Norte estão sendo ignorados.
ursa; é muito triste ver a Natureza morrendo...sem poder pedir socorro!!!
ResponderExcluirBeijos bem urbanos e td de mais feliz pra vc minha querida amiga!!!
Vou correndo até a poissonerie fazer um estoque de salmão e congelar no freezer antes que acabe tudo deu ma vez !
ResponderExcluirBJs e bom final de semana !!!
Lia, fiquei assustada quando li essa notícia. Como podem deixar isso acontecer com os peixes?!! Beijos!
ResponderExcluirJôka, é verdade. Vai ser preciso fazer estoque de peixes congelados antes que eles sejam extintos. Beijos da Ursa!
Amigos, aproveito para avisar que nas próximas duas semanas postarei menos aqui porque estou com hóspede em casa. Beijos para todos!!!