sexta-feira, 30 de março de 2007
JACARÉ-AÇU
Melanosuchus niger
(Fonte)
O Jacaré-açu é nosso maior jacaré. Cresce até 5 metros e é a única espécie de jacaré perigosa à população da Amazônia. É ameaçado de extinção, pois, além do perigo que representa às pessoas, tem um couro, que antigamente era muito cobiçado, e uma carne saborosa, apreciada por muitos moradores da região. Além do Jacaré-açu, existem mais três espécies de jacaré no Pará: o Jacaré-tinga (Caiman crocodilus) e duas espécies de Jacaré-anão (gênero Paleosuchus). Estes últimos vivem dentro da floresta em pequenos igarapés e muitos confundem com filhotes das outras espécies.
quinta-feira, 29 de março de 2007
Animais - nossos lindos anjos protetores!
Cão salva dono engasgado com 'primeiros socorros'
(Fonte: BBC Brasil.com )
Uma americana diz que seu cachorro, o labrador Toby, salvou sua vida ao pular em seu peito, depois que ela engasgou e não conseguia respirar.
Debbie Parkhurst diz que estava comendo uma maçã em sua casa, na cidade de Calvert (nordeste dos Estados Unidos), quando um pedaço da fruta ficou entalado na sua garganta.
Parkhurst disse que bateu no seu próprio peito para tentar mexer o pedaço de maçã, mas não conseguiu.
Foi quando Toby entrou em ação. "Ele me empurrou no chão e, assim que eu me deitei de costas, ele começou a pular no meu peito", disse ela à agência de notícias Associated Press.
O pedaço de fruta saiu do lugar e, depois, Toby lambeu o rosto da dona para que ela não desmaiasse.
Coelho
O que Toby fez foi uma versão canina da chamada Manobra de Heimlich, um método de primeiros socorros para desobstruir vias áreas superiores.
Parkhurst está se recuperando de ferimentos leves no peito e no estômago por causa dos pulos do cachorro.
Essa não é a primeira vez que um bicho de estimação salva seu dono.
Em 2004, em um caso parecido, um coelho percebeu que seu dono desmaiou e começou a pular em seu peito. O dono, Simon Steggall, é diabético e estava entrando em coma.
No ano passado, um beagle treinado, chamado Belle, telefonou para o serviço de emergência depois que seu dono, também diabético, teve um colapso na Flórida, Estados Unidos.
quarta-feira, 28 de março de 2007
ALERTA !!
Aquecimento global criará novo clima na Amazônia, diz estudo
(Fonte: Amazonia.org - DM , publicada no Portal Amazônia)
O aquecimento global criará um novo clima na Floresta Amazônica até o final do século, mais quente e com maior precipitação em época de chuvas, segundo um estudo feito por cientistas da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.
Usando modelos de mudanças climáticas que levam em conta estimativas de emissões de gases do efeito estufa, os cientistas concluíram que 39% da superfície do planeta terá temperaturas mais altas até 2100 e que as zonas de climas mais quentes no mundo já estão se deslocando em direção aos dois pólos.
O fenômeno vai afetar principalmente os trópicos e sub-trópicos, regiões em que ficam as florestas Amazônica e da Indonésia, onde até as menores variações de temperaturas podem ter um grande impacto, afirmou Jack Williams, geógrafo da universidade e chefe da pesquisa.
"Esses já são os lugares mais quentes do mundo", disse Williams à BBC. "Com o mundo ficando ainda mais quente, essas regiões serão as primeiros a sair do patamar de climas conhecidos hoje e a formar novos climas".
Segundo Williams, o novo clima na Amazônia "não terá apenas uma temperatura mais elevada como uma precipitação maior. Choverá mais nos meses de julho, junho e agosto".
Extinção
Os cientistas dizem que essas mudanças afetarão várias espécies, em particular em regiões altas ou frias, como as áreas polares e os Andes, e regiões com grande biodiversidade, como é o caso da Floresta Amazônica.
"Com o desaparecimento de climas, existe o risco de extinção de várias espécies", disse Williams.
"Muitas das espécies em áreas de grande biodiversidade não conseguem migrar para outras áreas".
Segundo ele, novos tipos de clima podem oferecer novas oportunidades para algumas espécies, mas é difícil prever quais sofrerão e quais se beneficiarão com isso.
A equipe de Williams usou modelos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (o IPCC, na sigla em inglês) para prever onde as mudanças em temperaturas e volumes de chuvas deverão ocorrer.
Os cientistas constataram que, se forem mantidos os atuais níveis de emissão de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa, surgirão novas zonas climáticas em 39% da superfície do planeta.
Mantidas as mesmas condições, o modelo prevê o desaparecimento de 48% dos climas atuais. Mesmo levando em conta as atuais estratégias globais de redução de emissões, os modelos prevêem o fim de determinados climas e o surgimento de novos em 20% da Terra.
O estudo foi publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences.
terça-feira, 27 de março de 2007
Descoberto no Peru raro morcego de pêlo amarelado
(Fonte: AFP )
Um morcego de pêlo amarelado e que se alimenta de peixes, cuja espécie se acreditava extinta, foi descoberto na costa norte do Peru, juntamente com outras espécies novas, longe de seu habitat natural, na região amazônica. O morcego Noctilio leporinus é um exemplar raro e foi batizado de "morcego pescador" porque tem a peculiaridade de se alimentar de peixes pequenos.
Trata-se de um mamífero de patas longas, caracterizado pela cor amarelada e que foi visto pela primeira vez na costa, na região ocidental da Cordinheira dos Andes, o que é algo novo, disse o biólogo Víctor Pacheco. Este morcego, em grave risco de extinção, tem seu habitat na região oriental da Amazônica, do outro lado da cordilheira.
Sua presença na costa significa que conseguiu subir aos cumes andinos e chegar ao litoral, disse Pacheco, chefe de Mastozoologia do Museu de História Natural da Universidade de San Marcos. O morcego pescador é uma das cinco espécies novas encontradas na região de Tumbes. As outras têm pelagens acinzentadas e marrons, se alimentam de pequenos insetos e até polinizam, como faz o beija-flor, acrescentou o biólogo.
Pacheco esclareceu que estes pequenos animais não representam um risco para as pessoas porque têm dentições pequenas especializadas que não permitem morder o ser humano. "No Peru, são conhecidas, até agora, 170 espécies de morcegos, 44 delas na costa, e só uma delas morde as pessoas e o gado; este é o vampiro", explicou o especialista, ao se referir ao temido exemplar que está associado aos filmes de terror e ao conhecido personagem Drácula.
Outras das novas espécies são o Diaemus youngi e o Vampyrum spectrum ou falso vampiro, o maior dos morcegos, que têm preferência por se alimentar de aves. Todos esses espécimes habitam o Parque Nacional Los Cerros de Amotape, que é um bosque seco equatorial, um dos mais singulares e ricos por sua fauna, afirmou Pacheco.
"É um ecossistema extremamente ameaçado, com flora e fauna muito parecidas às da região amazônica, que corre risco pela existência de colonizadores, gado, além da caça incipiente de subsistência por parte dos moradores e a extração de madeira ilegal", acrescentou.
domingo, 25 de março de 2007
Pau-Brasil Um pouco de sua história..... (Fonte)
Nome popular: Pau-brasil, Ibirapitanga, Pau-vermelho, Ibirapiranga, Arabutã, Brasileto, Araboretam, Pau-de-pernambuco
Nome científico: Caesalpinia echinata Lam. Leguminosae
Ocorrência: Matas costeiras (Mata Atlântica), do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro.
Utilidade: Sua madeira é muito pesada, dura e muito resistente. É empregada atualmente somente na confecção de arcos de violinos. É uma árvore de porte elegante, copa arredondada, folhas verde-escuras brilhantes, flores em cacho amarelo-ouro, ótima para uso paisagístico.
Floração: As flores de cor amarelo-ouro , florescem a partir do final de setembro, prolongando-se até meados de outubro.
Frutificação: Os frutos amadurecem nos meses de novembro-janeiro.
Muito utilizada por nossos índios para o tingimento de tecidos, os portugueses logo descobriram nessa espécie uma riqueza inesgotável. Além do pigmento vermelho intenso extraído do cerne e conhecido como "brasileína", utilizado como corante e tinta de escrever, o pau-brasil também foi muito utilizado na construção naval e civil e em trabalhos de torno e marcenaria de luxo.
Ao longo da história diversas leis foram criadas para o controle da extração do pau-brasil, não com a finalidade de proteger nossas florestas, mas sim, de evitar a saída demasiada dessa riqueza e também de manter seu preço elevado. Essas leis que deram origem ao termo "madeira de lei".
Em 1978 por meio da lei n.º6607 de 7/12/1978 o pau-brasil foi declarado oficialmente como árvore símbolo nacional e foi instituído o dia 03 de maio como o dia do pau-brasil.
Está na lista das espécies ameaçadas de extinção.
sexta-feira, 23 de março de 2007
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(Informações extraídas do site Terra)
Alguns especialistas temem que o ursinho não consiga sobreviver por muito tempo devido ao fato de não ter sido criado por sua mãe, o que pode ocasionar "problemas de comportamento por toda a vida". A polêmica gerada em torno do futuro do animal se deu com a publicação de opiniões de especialistas e ativistas que acreditam que Knut deveria ser sacrificado.
O principal argumento das associações de defesa dos animais é que Knut estaria cada dia mais ligado aos seres humanos e, dessa forma, não conseguirá se desapegar de seus tratadores quando for grande e perigoso e, com isso, jamais se entrosará com outros ursos. Mas outros veterinários são otimistas e acompanham de perto a evolução do filhote, que ainda não foi colocado no local destinado aos ursos polares por medo que sua mãe venha a devorá-lo.
quarta-feira, 21 de março de 2007
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA
(Fonte: site Universidade da Água)
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
2. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida e de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceder como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no Art. 30 de Declaração Universal dos Direitos Humanos.
3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo a água deve ser manipulada com racionalidade, preocupação e parcimônia.
4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos por onde os ciclos começam.
5. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores, ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do Homem para as gerações presentes e futuras.
6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor econômico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e diascernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração de qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo Homem nem pelo Estado.
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Vai uma maniwara aê?, São Gabriel da Cachoeira, AM
(Texto de Yusseff Abrahim - Manaus-AM - Fonte)
Um teste à abstração de qualquer visitante, a maniwara é apenas uma das espécies de formigas utilizadas como alimento em comunidades tradicionais e algumas cidades na região do Alto Rio Negro. Em localidades com tantos indígenas e descendentes, este pode ser um momento para pensar até que ponto você está disposto a mergulhar no universo de outra cultura.
Conhecida como "saúva que ferra", a maniwara é colocada de molho na água e sal e dela come-se apenas a cabeça. Para ilustrar melhor ao internauta minha experiência pessoal, posso dizer que foi como comer uma "pipoca do avesso". Pega-se a maniwara pelo corpo e morde-se delicadamente a cabeça, é bom mastigar bem já que aquele exoesqueleto parece muito com o fragmento de milho que fica no interior da pipoca, não é difícil se engasgar. Do seu interior sente-se algo com consistência similar à parte branca da pipoca, o gosto vem depois e parece muito com... maniwara.
Não é possível encontrar maniwara em restaurantes, o hábito está mantido no âmbito familiar nos arredores da cidade, portanto, se você quiser provar pergunte a algum novo amigo local, descendente de indígenas, se ele conhece alguém ou se sua família mantém o hábito.
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Para conhecer uma receita de Farofa de Tanajura, visite o site Mais Você
terça-feira, 20 de março de 2007
O índio não sai de sua terra nem depois de morto!
(Fonte: site Índios On line)
O Governo está nos propondo que abramos mão de nosso direito às nossas Terras. Nós índios vivemos e morremos ligados às nossas Terras, plantamos nelas, vivemos nelas, criamos nossos filhos e nossos pais nos criaram nelas. Como podemos abrir mão disso? Estaríamos deixando nossas vidas para traz! Nossa história enquanto povo! Nossa luta é muito grade, já vivemos muito com ela. Primeiro nos trataram como animais selvagens e no passado muitos de nós tivemos que ser “relocados” para cá, disseram que essas terras estavam “reservadas” para que pudéssemos viver nossas vidas. Decretaram isso em leis. Depois nos tomaram essas mesmas terras, alegando que arrendando elas o dinheiro seria para nosso benefício. O governo deste estado, quando era de direita nas mãos de Antônio Carlos Magalhães, decidiu doar nossas terras para esses ocupantes não índios. Agiu de forma ilegal, mas levamos muito tempo para conseguir abrir uma ação contra essa doação, e já temos 25 anos sem uma sentença. Com o tempo nos organizamos melhor, e estamos conseguindo muito aos poucos retomar por nossos próprios esforços uma parte dessa terra. Nessa luta muitos de nós morremos e ainda continuam tentando nos matar.
Agora ajudamos a eleger um novo governo, uma nova administração, votamos em Jaques Wagner, esperando dele que fizesse a justiça que tanto esperamos. Por isso fomos ao Governador pedir que não recorra mais no nosso processo e nos ajude corrigindo os erros das administrações passadas que doaram ilegalmente nossas terras a fazendeiros da região nos causando grande sofrimento.
Mas o governador nos disse que ele não quer nos ajudar nisso. Que pelo contrário, pensa como os fazendeiros e como o presidente da FUNAI que disse que índio já tem muita terra. O governador nos propôs trocar nosso direito à terra por projetos e beneficiamentos, mas isso já é uma obrigação constitucional do Estado Brasileiro. O governador se propôs então a nos dar o que já é uma obrigação do Estado.
Agora estão querendo resolver a questão à revelia de nossa comunidade, dizem que lideranças nossas concordaram com uma redução de nossas terras. Eu sou um dos Caciques daqui e não concordo absolutamente com isso. Garanto que a maioria de nós índios pensa igual a mim. Nossas terras são inegociáveis, nossa briga é pela terra toda que nos é de direito! Não somos loucos de brigar toda uma vida, perdendo vidas para abrir mão a troco de benefícios que já nos são garantidos pela Constituição.
A FUNAI já havia tentado nos comprar no passado, nos trouxe dinheiro e transferiram alguns para Almada e Nova Vida, mas outros ficaram e resistiram! Agora esta mesma equipe da FUNAI, Cláudio Romero, Antônio Botelho, Aldemir, Lucio Flavio e Leila estão retornando aqui para tentar novamente acabar com o nosso direito e com o direito de nossas gerações futuras à terra.
Nós não podemos entregar nossa terra. Ela não nos pertence apenas, é também de nossos filhos e netos que ainda estão por vir! E quanto aos que morreram por essa terra? Suas memórias seriam profanadas! Além do mais, negociar e alienar terra indígena é inconstitucional e isso seria uma violação às leis do País.
Gostaríamos muito que o Excelentíssimo Governador Jaques Wagner refletisse melhor em seu posicionamento. Votamos nele confiando que seria um homem justo e que defenderia e garantiria o cumprimento da lei maior de nosso país que é a Constituição Federal.
Nailton Muniz Pataxó
sábado, 17 de março de 2007
quinta-feira, 15 de março de 2007
e outros materiais diversos.
Iamuricumá: a Festa das Mulheres
(Fonte das imagens e do texto: Boletim Iandé, março 2007)
Os índios Kamayurá, do Parque do Xingu, contam que antigamente havia a aldeia das Iamuricumá. Um dia os homens desta aldeia saíram para pescar e demoraram muito para voltar.
Passou uma lua até que um jovem foi ver o que tinha acontecido. Ele descobriu que os homens estavam se transformando em bichos. Alguns viraram porcos e outros bichos do mato.
O jovem voltou à sua aldeia e contou o caso para sua mãe. Ela reuniu todas as mulheres e decidiram deixar aquele local, antes que seus maridos retornassem. As mulheres vestiram os enfeites que só os homens podiam usar e pintaram-se como eles. Algumas mulheres começaram a cantar e foram subindo, subindo até alcançarem o teto de suas casas. Lá ficaram cantando e dançando por dois dias.
As mulheres passaram um veneno no corpo e se transformaram em espíritos. Por isso é que até hoje, no local onde vivem as Iamuricumá, não se pode tirar raiz, planta ou caçar; ou o índio enlouquece e desaparece para sempre.
As mulheres agarraram um velho, colocaram duas pás de fazer beiju no lugar das mãos dele e o transformaram em tatu. O velho disse: "Agora não sou mais gente. Sou tatu", e começou a cavar um túnel. As mulheres o seguiram.
As mulheres das outras aldeias em que as Iamuricumá passavam, resoviam se juntar ao grupo e continuavam viajando, viajando sempre. Até hoje elas caminham, sempre enfeitadas e cantando.
Nas aldeias do Alto Xingu, as mulheres fazem festa para as Iamuricumá até os dias atuais. Nos dias da festa os homens têm que obedecer a todas as vontades das mulheres.
quarta-feira, 14 de março de 2007
O dilúvio (Fonte: Portal Kaingang) |
Quando o dilúvio chegou, os índios se transformaram em macacos-pregos, e os negros, em guaribas. Um homem salvou-se, trepando numa palmeira jerivá. Estava comendo as frutas, enquanto as pontas dos seus pés pendiam n'água. Os dourados vieram para apanhar os caroços, mas de repente morderam também os dedos dos pés do homem. Por isso, o dedo miudinho do nosso pé é menor que os outros. Quando os índios já estavam meio mortos de fome, apareceu o biguá (Krukrú)* e disse: "Eu farei uma terra para vós!" Trouxe uma das mãos cheia de terra que espalhou na superfície da água, de maneira que formou uma ilha. Depois tornou a trazer outra mais, e assim trabalhou durante dias. Quando não espalhava bem a terra, esta formava colinas e montanhas. __________________ * Phalacrocorax olivacens, Humb., ave passeriforme que vive nos rios e costas marítimas. |
domingo, 11 de março de 2007
Hoje tem festa na Floresta!! A Ursa está fazendo mais uma primavera, ou melhor, mais um verão ;)) E vocês, meus queridos amigos, estão convidados a provar este bolo especial amazônico. O nome do bolo combina com a Ursa 53 :))
E aqui vai a receita para vocês:
Coroa de Bacuri (Fonte)
Ingredientes para o Musse:
- 8 ovos
- 8 folhas de gelatina branca
- 16 colheres rasas de açúcar
- 1 lata de creme de leite
- 2 latas de compota de bacuri
Ingredientes para o Creme:
- 8 gemas
- 1 lata de leite condensado
- 2 latas de calda de bacuri
- 1 colher de sopa de amido de milho
Modo de Preparo:
- Com os filhos de Bacuri, faça uma calda. Com o resto, faça uma polpa de boa consistência, e outra, com a calda mais fina para o creme.
Bata as claras em neve, coloque o açúcar aos poucos e junte a gelatina, que já foi hidratada e dissolvida no fogo com um pouco de água, às duas latas de polpa de bacuri e o creme de leite, mexendo levemente.
- Em uma forma redonda de buraco no meio, passe um pouco de óleo de cozinha e coloque
a mistura levando à geladeira pelo menos de 6 a 8 horas.
- Faça o creme com as gemas, o leite condensado, a calda de bacuri e o amido de milho.
- Desenforme a musse, colocando em volta o creme e confeitando com os filhos de bacuri e pitangas de mashmellow.
sexta-feira, 9 de março de 2007
Surpresas da Natureza
Órfãos, tigres e orangotangos ficam amigos (Fonte: BBCBrasil.com)
Filhotes de tigre e orangotango abandonados pelas suas mães desafiaram a lei da selva e se tornaram amigos em um hospital para animais na Indonésia.
Órfãs, as irmãs orangotango Nia e Irma, de cinco meses de idade, "adotaram" os tigres Dema e Manis, de menos de um mês, e agora todos brincam e dormem juntos.
Os tigrinhos são filhotes de temíveis tigres de Sumatra, que em idade adulta chegam a medir quase 2,5 metros e pesam mais de 130 quilos.
Os animais estão em extinção e, sem a interferência da equipe do hospital Taman Safari, na cidade de Cisarua, na ilha indonésia de Java, teriam morrido depois de serem abandonados pela mãe, Cicis.
No entanto, no hospital, eles ganham mamadeiras de leite e acabaram ganhando "irmãos" postiços nas irmãs orangotango.
Os grandes primatas também estão ameaçados de extinção e, embora na natureza provavelmente fugissem correndo ao primeiro sinal da presença de um tigre, no hospital as bebês orangotango acabaram assumindo o papel de irmãs mais velhas.
Os veterinários não se arriscam a dizer o que o futuro reserva para o fraternal relacionamento dos animais da maternidade da hospital Taman Safari.
quinta-feira, 8 de março de 2007
A Terra é Nossa Mãe
(Texto de Eliane Potiguara - Fonte: Rede Grumin de Mulheres Indígenas /Grumin-Rede de Comunicação Indígena)
“A Terra é a nossa mãe. Dela recebemos a vida e a capacidade para viver. Zelar por nossa mãe é nossa responsabilidade e zelando por ela, estamos zelando por nós próprias. Nós, mulheres indígenas, somos manifestações da Mãe -Terra em forma humana. Molestar, destruir, minimizar as manifestações da Mãe-Terra é ir contra a sua natureza, pois na natureza tudo deve fluir, assim como os rios que correm, os mares que enchem e esvaziam, como as cachoeiras que caem, como as pedras que rolam, como os filhotes que nascem e crescem, como a chuva que cai, como as luas que se enchem e vão, como o sol que esquenta e esfria, como a vida humana e animal que brota e transforma-se em húmus para a terra. Ir contra todos esses segmentos é violar o sagrado. A base filosófica de nossas vidas, como mulheres e povos indígenas, (…) é o respeito pelo sagrado, pelo que foi criado pela natureza e a mulher faz parte deste sagrado, por isso sua palavra é sagrada, tanto quanto a Terra. E toda a sua cultura e espiritualidade relacionadas ao sagrado humano, deve ser respeitada.”
quarta-feira, 7 de março de 2007
(Xingu - Foto: Fernando Zarur - publicada no site Brasil Oeste)
Os mais velhos ajudam a comunidade e mantém-se ativos fazendo artesanatos e outros trabalhos manuais. Takukaré, da etnia Mehináko, prepara fibras para fazer um abanador.
terça-feira, 6 de março de 2007
(Fonte)
Os pajés tupis-guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu. Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então, à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Ela querendo ser transformada em estrela, subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que esta a visse.
E assim fazia todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir seus soluços de tristeza ao longe. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista.
A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória-Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.
Origem: Indígena. Para eles assim nasceu a vitória-régia.
sábado, 3 de março de 2007
sexta-feira, 2 de março de 2007
Sementes Pankararu (Fonte: Índios On line)
(Para ver mais fotos desta matéria, acesse o link acima)
Temos muitas sementes como a mucunã, imburana de cheiro, licuri, meirú, angico, jatobá e etc.
A mucunã, para nós pankararu, tem um certo valor, pois a usamos para cura de feridas em animais, para nos protegemos de invejas e é usada também como simpatias contra câimbras nas penas e outros lugares do corpo, e em torno de 100 anos atrás foi utilizada com fonte de alimento, de acordo com alguns preparos tradicionais, pois a mesma é venenosa.
A imburana de cheiro, usamos ela, para fumar e fazer limpezas espirituais em nossos rituais sagrados, e usamos também em nossa medicina para cura de algumas doenças como: sinusite, gripe, dor de barriga e outra mais.
O licurizeiro no meu ponto de vista para o pankararu, tem maior valor, pois é de seu fruto (licuri) que vem a matéria prima para fazer o beiju, e de seu caule se tira o bró, que fonte de alimentação, óleo para temperar nossas comidas e usar no cabelo. É também do licurizeiro que tiramos a matéria prima para nossos artesanatos como: vassoura, bolsas, chapeis, tapetes, arupembas (espécie de peneira), esteiras e até mesmo a roupa dos nossos encantados leva um pouco da matéria prima. E quando ele esta novinho cheio de água, essa água serve com um colírio para prevenir e ameniza a catarata.
O meirú é muito utilizado para fazermos artesanatos e por nos nossos maracás que são peças sagradas para nosso povo e acho que para todos os povos indígenas. O angico usa a semente e a casca para fazer veneno (ou seja, defensivo contra pragas) como se us a casaca como corantes naturais no tigimento de couro e fibras. O jatobá é usado como matéria prima para nossos artesanatos e sua resina para fumar e fazer limpezas espirituais em rituais sagrados.
O Cansanção: É uma planta muito importante em nossa tradição, ela é utilizada para retirar ou afastar o mau. Sua raiz é utilizada em beberagens para gripe e suas folha como anti-toxicante.
O Pião brabo: Esta planta é utilizada para cicatrização e seu leite combate picadas de cobras. Sua semente afasta mal olhado.
A Quixabeira: Esta árvore é forte e resistente e tem longa vida, quem a planta em seu terreiro também tem herda essas propriedades.
Suas propriedades medicinais: são antiinflamatórios e ajuda a controlar a pressão arterial.
O velande: alem de ser ultilizado como ante-intócxocante é ultilizado nas praticas de cura pelas curandeiras, tanto as folhas quanto seu seiva, é tambem cicatrizante de ferimentos.
Temos sementes muito importantes em nossa tribo com diversos valores para nós pankararu, fazemos doação de um semente muito importante para nosso povo,
não só da semente, mais de um pouco do conhecimento e valores simbólicos e sagrados do povo pankararu.
(Noberto (cõanpank)
coan@indiosonline.org.br
Sandra Monteiro (sandrapank)
Sandra_monteiropank@yahoo.com.br )