Bandoleira de criança Hahin (Fonte: boletim Iandé - Arte com História )
Material: lã, conchas, sementes e miçangas Feito por índios: Parakatejê
outros nomes/grafias: Gavião do Pará, Gavião do Oeste, Parkatejê local: Pará peça: Bandoleira de criança (usada de atravessado sobre o corpo) nome indígena: Hahin
segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
estátua de Sepé Tiaraju (Fonte da imagem)
Lideranças indígenas do Cone Sul se reúnem em Encontro Continental
Mais de mil lideranças indígenas vindas de todas as regiões do Brasil, além da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, estarão reunidas entre os dias 3 e 7 de fevereiro, em São Gabriel (RS), para lembrar os 250 anos da queda da resistência do povo Guarani contra os exércitos de Espanha e Portugal, e seu líder, Sepé Tiaraju, durante a Assembléia Continental do Povo Guarani.
"Os pajés mais velhos sempre disseram em suas histórias que iriam passar anos e anos, até que os Guarani se reagrupassem. O encontro é uma ótima oportunidade para retomarmos nossa história de luta e pensarmos o futuro", afirma o cacique guarani, Mario Karai, terra indígena Cantagalo, localizado na região da grande Porto Alegre.
O encontro pretende debater a questão indígena e as formas de enfrentar os desafios do dia-a-dia. Assim como gritou Sépe Tiaraju "Alto lá! Esta terra tem dono", não só os Guarani como outros povos, têm ainda na terra a sua maior reivindicação. Só no Mato Grosso do Sul, calcula-se que ainda seja necessário regularizar mais de 190 terras indígenas do povo Guarani (Nhandeva e Kaiowá).
Maurício da Silva Gonçalves, líder indígena da Comissão de Terra Guarani, diz que para seu povo Sepé é um símbolo de resistência e luta. "A referência do Sepé Tiaraju é muito importante para o povo Guarani, por que ele morreu lutando pelas terras, e ainda hoje são muitos Guarani lutando pelo seu espaço, pela sua terra", acredita Maurício.
Para antropólogos e indigenistas a falta de terra é a grande responsável pela desestruturação em diversos níveis das sociedades indígenas. A falta de onde retirar o sustento e o confinamento em pequenas terras levam a uma perspectiva de vida desanimadora, que produz uma situação de tensão, alcoolismo, alto nível de suicídios, desnutrição infantil e um ambiente sem dúvida violento. "Sem a terra é impossível a gente desenvolver nossa cultura e auto-estima", diz Mario Karai. No ano passado 38 indígenas foram assassinados, maior número dos últimos 11 anos.
(Porto Alegre (RS), 30 de janeiro de 2006. - Cristiano Navarro, Assessoria de Imprensa do Cimi)
Lideranças indígenas do Cone Sul se reúnem em Encontro Continental
Mais de mil lideranças indígenas vindas de todas as regiões do Brasil, além da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, estarão reunidas entre os dias 3 e 7 de fevereiro, em São Gabriel (RS), para lembrar os 250 anos da queda da resistência do povo Guarani contra os exércitos de Espanha e Portugal, e seu líder, Sepé Tiaraju, durante a Assembléia Continental do Povo Guarani.
"Os pajés mais velhos sempre disseram em suas histórias que iriam passar anos e anos, até que os Guarani se reagrupassem. O encontro é uma ótima oportunidade para retomarmos nossa história de luta e pensarmos o futuro", afirma o cacique guarani, Mario Karai, terra indígena Cantagalo, localizado na região da grande Porto Alegre.
O encontro pretende debater a questão indígena e as formas de enfrentar os desafios do dia-a-dia. Assim como gritou Sépe Tiaraju "Alto lá! Esta terra tem dono", não só os Guarani como outros povos, têm ainda na terra a sua maior reivindicação. Só no Mato Grosso do Sul, calcula-se que ainda seja necessário regularizar mais de 190 terras indígenas do povo Guarani (Nhandeva e Kaiowá).
Maurício da Silva Gonçalves, líder indígena da Comissão de Terra Guarani, diz que para seu povo Sepé é um símbolo de resistência e luta. "A referência do Sepé Tiaraju é muito importante para o povo Guarani, por que ele morreu lutando pelas terras, e ainda hoje são muitos Guarani lutando pelo seu espaço, pela sua terra", acredita Maurício.
Para antropólogos e indigenistas a falta de terra é a grande responsável pela desestruturação em diversos níveis das sociedades indígenas. A falta de onde retirar o sustento e o confinamento em pequenas terras levam a uma perspectiva de vida desanimadora, que produz uma situação de tensão, alcoolismo, alto nível de suicídios, desnutrição infantil e um ambiente sem dúvida violento. "Sem a terra é impossível a gente desenvolver nossa cultura e auto-estima", diz Mario Karai. No ano passado 38 indígenas foram assassinados, maior número dos últimos 11 anos.
(Porto Alegre (RS), 30 de janeiro de 2006. - Cristiano Navarro, Assessoria de Imprensa do Cimi)
O bote inflável do Greenpeace é atingido pela linha do arpão, atirado pelo barco Yushin Maru No 2 diretamente sobre as cabeças dos ativistas que tentavam defender as baleias
© Greenpeace / Kate Davison
S.O.S. Salvem as baleias! Ajude a divulgar essa campanha do Greenpeace!
Clique AQUI para participar e ser um defensor dos oceanos.
(alerta feito pelo blog The Rainbow Warrior)
Peça à Gorton's para ajudar a acabar com a caça de baleias!
Com vendas anuais totalizando centenas de milhões de dólares, a Gorton's é líder no mercado americano de produtos do mar congelados. A empresa chegou a inventar o hambúrger Filet-O-Fish do McDonald. Os seus produtos são vendidos nas mercearias em todo o território dos EUA. Em 2001, a Gorton's foi vendida por US$175 milhões à sua atual proprietária, a Nissui USA. A Nissui USA é uma subsidiária da Nissui, a segunda maior empresa japonesa de produtos do mar, e importante acionista da empresa proprietária da frota japonesa de navios baleeiros.
Envie uma mensagem ao Presidente da Gorton's dos EUA, pedindo-lhe para persuadir a empresa matriz da Gorton's, a Nissui, para colocar um fim definitivo à caça de baleias
domingo, 29 de janeiro de 2006
Rio Amazonas
Há uma hora certa,
O Sono das Águas
(Guimarães Rosa - Fonte)
Há uma hora certa,
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d’água,
nos grotões fundos.
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir...
Águas claras, barrentas, sonolentas,
todas vão cochilar.
Dormem gotas, caudais, seivas das plantas,
fios brancos, torrentes.
O orvalho sonha
nas placas da folhagem.
E adormece
até a água fervida,
nos copos de cabeceira dos agonizantes...
Mas nem todas dormem, nessa hora
de torpor líquido e inocente.
Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
nunca tem sono
Você conhece a Meatrix? (clique AQUI para assistir à versão brasileira)
Sobre o filme Meatrix (Fonte)
Meatrix é um produto do primeiro Fundo de Apoio ao Ativismo promovido pela Free Range. Em fevereiro de 2003, a Free Range - uma empresa de design pioneira - convidou centenas de Organizações Não-Governamentais para se inscreverem para a produção gratuita de um filme em Flash. Depois de revisar cuidadosamente mais de 50 inscrições, o vencedor do patrocínio foi o GRACE (Centro de Ações e Recursos Globais para o Meio Ambiente). O GRACE trabalha para terminar com as práticas destrutivas e perigosas das fazendas de produção industrial e para promover a agricultura sustentável - uma meta que está próxima do coraç ão da Free Range. Uma reforma na indústria da produç ão agrícola representaria ganhos significativos em muitas áreas nas quais a Free Range luta: saúde, segurança alimentar, justiça econômica, direitos dos trabalhadores, integridade ambiental e direitos dos animais.
Sobre o filme Meatrix (Fonte)
Meatrix é um produto do primeiro Fundo de Apoio ao Ativismo promovido pela Free Range. Em fevereiro de 2003, a Free Range - uma empresa de design pioneira - convidou centenas de Organizações Não-Governamentais para se inscreverem para a produção gratuita de um filme em Flash. Depois de revisar cuidadosamente mais de 50 inscrições, o vencedor do patrocínio foi o GRACE (Centro de Ações e Recursos Globais para o Meio Ambiente). O GRACE trabalha para terminar com as práticas destrutivas e perigosas das fazendas de produção industrial e para promover a agricultura sustentável - uma meta que está próxima do coraç ão da Free Range. Uma reforma na indústria da produç ão agrícola representaria ganhos significativos em muitas áreas nas quais a Free Range luta: saúde, segurança alimentar, justiça econômica, direitos dos trabalhadores, integridade ambiental e direitos dos animais.
sábado, 28 de janeiro de 2006
RESISTÊNCIA INDÍGENA
(trecho de matéria publicada em 22/01/2006 no site CMI - Centro de Mídia Independente)
"Hoje me senti caçado" (Fonte)
Assim se expressou Vilson - cacique de uma das aldeias destruídas durante a reunião entre lideranças e comunidades indígenas, na Aldeia Pau Brasil em Aracruz, Espírito Santo, sobre a violenta ação da Polícia Federal (com o apoio do Comando de Operações Táticas de Brasília) durante a reintegração de posse e desalojamento das terras, ocorrida na manhã de ontem, dia 20 de janeiro. Muitos/as indígenas estavam feridos/as por bala de borracha, e pior, todos/as tiveram sua dignidade ferida. E o diálogo com os órgãos responsáveis pela ação foi rompido.
(trecho de matéria publicada em 22/01/2006 no site CMI - Centro de Mídia Independente)
"Hoje me senti caçado" (Fonte)
Assim se expressou Vilson - cacique de uma das aldeias destruídas durante a reunião entre lideranças e comunidades indígenas, na Aldeia Pau Brasil em Aracruz, Espírito Santo, sobre a violenta ação da Polícia Federal (com o apoio do Comando de Operações Táticas de Brasília) durante a reintegração de posse e desalojamento das terras, ocorrida na manhã de ontem, dia 20 de janeiro. Muitos/as indígenas estavam feridos/as por bala de borracha, e pior, todos/as tiveram sua dignidade ferida. E o diálogo com os órgãos responsáveis pela ação foi rompido.
Faixas no portão central da Aracruz Celulose (imagem publicada em 18/10/2005 no site IMC Brazil)
Thomaz Bastos tenta se redimir de omissão e enviacomissão para impedir mais violência contra índios
(Flávia Bernardes) (trecho de matéria publicada no site seculodiario.com, indicado pela amiga Daia do blog A Vida Pode Ser Maravilhosa)
Uma comissão enviada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, chegou ao Estado nesta sexta-feira (27) para tentar evitar um novo conflito entre a Aracruz Celulose e os índios Tupinikim e Guarani do Estado. A decisão foi considerada uma tentativa de desfazer a má impressão causada pela omissão de Thomaz Bastos no episódio de sexta-feira passada (20), quando a Polícia Federal atacou com violência duas aldeias indígenas em Aracruz. A comissão foi enviada depois de um pedido formal da deputada Iriny Lopes, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. A deputada relatou, por meio de um ofício enviado nesta quinta-feira (26) ao Ministério da Justiça, o que classificou como "inequívoca ação violenta da Polícia Federal na última sexta-feira (20)", destacando ainda a relação promíscua entre a Polícia Federal e a Aracruz Celulose. A deputada alertou ainda para o perigo de um novo conflito depois da decisão do desembargador Carreira Alvim do TRF 2º Região, confirmando a reintegração de posse das aldeias de Córrego D'Ouro e Olho D'Água.Os índios confirmaram que vão voltar às aldeias destruídas para, com a ajuda de estudantes e de membros do Movimento Sem Terra, reconstruir o que foi destruído pela Polícia Federal e pela Aracruz Celulose.A deputada falou também sobre a forma truculenta com que a Polícia Federal agiu contra a comunidade indígena, afirmando que a Aracruz Celulose teve participação direta na operação e lembrando que o Ministério da Justiça reconheceu o estudo antropológico que confirma serem dos índios os 11.009 hectares ocupados pela Aracruz, faltando apenas a emissão de uma portaria para que os índios tenham suas terras de volta.
Thomaz Bastos tenta se redimir de omissão e enviacomissão para impedir mais violência contra índios
(Flávia Bernardes) (trecho de matéria publicada no site seculodiario.com, indicado pela amiga Daia do blog A Vida Pode Ser Maravilhosa)
Uma comissão enviada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, chegou ao Estado nesta sexta-feira (27) para tentar evitar um novo conflito entre a Aracruz Celulose e os índios Tupinikim e Guarani do Estado. A decisão foi considerada uma tentativa de desfazer a má impressão causada pela omissão de Thomaz Bastos no episódio de sexta-feira passada (20), quando a Polícia Federal atacou com violência duas aldeias indígenas em Aracruz. A comissão foi enviada depois de um pedido formal da deputada Iriny Lopes, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. A deputada relatou, por meio de um ofício enviado nesta quinta-feira (26) ao Ministério da Justiça, o que classificou como "inequívoca ação violenta da Polícia Federal na última sexta-feira (20)", destacando ainda a relação promíscua entre a Polícia Federal e a Aracruz Celulose. A deputada alertou ainda para o perigo de um novo conflito depois da decisão do desembargador Carreira Alvim do TRF 2º Região, confirmando a reintegração de posse das aldeias de Córrego D'Ouro e Olho D'Água.Os índios confirmaram que vão voltar às aldeias destruídas para, com a ajuda de estudantes e de membros do Movimento Sem Terra, reconstruir o que foi destruído pela Polícia Federal e pela Aracruz Celulose.A deputada falou também sobre a forma truculenta com que a Polícia Federal agiu contra a comunidade indígena, afirmando que a Aracruz Celulose teve participação direta na operação e lembrando que o Ministério da Justiça reconheceu o estudo antropológico que confirma serem dos índios os 11.009 hectares ocupados pela Aracruz, faltando apenas a emissão de uma portaria para que os índios tenham suas terras de volta.
(Fonte da imagem)
Beija-flor Brilho-de-fogo/Crimsom Topaz (Topaza pella) (Fonte)
Um dos maiores beija-flores da Amazônia. Macho maior e de colorido vistoso. Vive só ou em pares. Forrageia em arbustos: néctar e insetos. Habita a beira da mata, capoeiras abertas cortadas por veios de água corrente. Foto: Robson Czaban.
Para ouvir o canto desse pássaro, CLIQUE AQUI.
Beija-flor Brilho-de-fogo/Crimsom Topaz (Topaza pella) (Fonte)
Um dos maiores beija-flores da Amazônia. Macho maior e de colorido vistoso. Vive só ou em pares. Forrageia em arbustos: néctar e insetos. Habita a beira da mata, capoeiras abertas cortadas por veios de água corrente. Foto: Robson Czaban.
Para ouvir o canto desse pássaro, CLIQUE AQUI.
Rio Tartaruga, um dos afluentes do Xingu, nas imediações do parque indígena de mesmo nome (Fernando Donasci - 12/06/2005/Folha Imagem)
Imagem de satélite mostra que índios são imbatíveis para conter danos à floresta, como desmatamento e queimada
Terra indígena protege mais que parque
(Marcelo Leite, colunidas da Folha de SP - Fonte: Folha Ciência) - Dica da amiga Beth do Tudo Pode Acontecer )
Se você acha que os índios do Brasil já têm terra demais, como afirmou o presidente da Funai, mas também quer ver a floresta amazônica preservada, pense duas vezes. Será preciso escolher uma das duas opiniões. Segundo um estudo publicado na edição de fevereiro do periódico "Conservation Biology", as terras indígenas são tão boas -ou melhores- que parques nacionais para conter a destruição da mata. É a primeira vez que se mede, de fato, um efeito que já era conhecido. Basta olhar fotos de satélite ou mesmo sobrevoar áreas em torno do Parque Indígena do Xingu em Mato Grosso, por exemplo, para ver que a devastação é muito menor dentro do que fora dele. Havia, no entanto, uma convicção difundida entre algumas correntes ambientalistas de que parques eram melhores que reservas indígenas para proteger a biodiversidade. A nova pesquisa prova que não é bem assim.A base do estudo são imagens de satélite. Para quantificar o efeito inibidor do desmatamento de um dos quatro tipos mais importantes de reserva do país (parque, terra indígena, reserva extrativista ou floresta nacional), pesquisadores de sete instituições brasileiras e americanas compararam o desmatamento e a ocorrência de queimadas dos dois lados da linha demarcatória de cada área. O método foi escolhido para diminuir o peso daquelas reservas que, por ficarem muito longe da fronteira agrícola, só estão preservadas por falta de pressão (atividades econômicas, como agricultura e extração de madeira)."A idéia de que muitos parques nos trópicos existem somente "no papel" precisa ser reexaminada, assim como a noção de que as terras indígenas são menos eficazes do que os parques na proteção da natureza", afirmou o ecólogo Daniel Nepstad num comunicado do Centro de Pesquisa de Woods Hole (Massachusetts, EUA). Ele é o autor principal do estudo, ao lado de vários americanos e de Ane Alencar, geógrafa do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), uma ONG de pesquisa de Belém, e de Márcio Santilli e Alicia Rolla, do ISA (Instituto Socioambiental), de São Paulo.É uma antiga controvérsia: reservas inabitadas (parques) são mais eficazes que as habitadas ou aquelas que permitem alguma exploração (terras indígenas, reservas extrativistas e florestas nacionais)? Os autores concluem que não, e se apóiam em números.Há cerca de 1 milhão de km2 de terras indígenas (TIs) no Brasil, a maior parte na Amazônia. É muita terra: 1/5 da floresta e metade de tudo que existe como área protegida. Foram consideradas no estudo 121 TIs (40% do total de sua área na Amazônia), no caso do desmatamento, e 87 TIs (35% da área total), no das queimadas.Entraram na comparação 15 parques, 10 Resex (reservas extrativistas) e 18 Flonas (florestas nacionais), na primeira amostra, e 11 parques, 4 Resex e 12 Flonas, na segunda. Das imagens de satélite extraíram-se dados sobre desmatamento numa faixa de 10 km de largura de cada lado da fronteira da área protegida. No caso do fogo, as faixas foram mais largas, de 20 km (as discrepâncias entre as duas amostras decorrem de minúcias metodológicas, como a resolução espacial do satélite).À primeira vista, os parques parecem proteger mais contra desmatamento: comparando áreas sem cobertura registradas em 1997 e 2000, observou-se 20 vezes mais destruição na faixa de 10 km fora dos parques do que na de dentro. Para TIs, o coeficiente não foi tão alto (8,2 vezes), similar ao das Flonas (9,5 vezes). No quesito inibição de queimadas, as TIs se saíram melhor: o coeficiente de pontos de fogo identificados por satélite foi quase duas vezes mais positivo no caso das reservas indígenas do que na zona equivalente em unidades de conservação.A razão disso deve ser buscada na maior pressão que sofrem as TIs, pois os parques em geral são criados pelo governo federal longe das frentes agrícolas e madeireiras, como o de Tumucumaque -um dos maiores do mundo, com 38.867 km2, mas nos confins da fronteira norte do país. Já a TI Mãe Maria, dos índios gaviões (Pará), é cortada por uma rodovia estadual e uma linha de transmissão elétrica e tem como vizinha a estrada de ferro de Carajás.Se quiser conter a sanha devastadora de pecuaristas, madeireiros e sojicultores, parece que o melhor que o governo federal tem a fazer é dar mais terra para os índios, porque sabem protegê-la.
Imagem de satélite mostra que índios são imbatíveis para conter danos à floresta, como desmatamento e queimada
Terra indígena protege mais que parque
(Marcelo Leite, colunidas da Folha de SP - Fonte: Folha Ciência) - Dica da amiga Beth do Tudo Pode Acontecer )
Se você acha que os índios do Brasil já têm terra demais, como afirmou o presidente da Funai, mas também quer ver a floresta amazônica preservada, pense duas vezes. Será preciso escolher uma das duas opiniões. Segundo um estudo publicado na edição de fevereiro do periódico "Conservation Biology", as terras indígenas são tão boas -ou melhores- que parques nacionais para conter a destruição da mata. É a primeira vez que se mede, de fato, um efeito que já era conhecido. Basta olhar fotos de satélite ou mesmo sobrevoar áreas em torno do Parque Indígena do Xingu em Mato Grosso, por exemplo, para ver que a devastação é muito menor dentro do que fora dele. Havia, no entanto, uma convicção difundida entre algumas correntes ambientalistas de que parques eram melhores que reservas indígenas para proteger a biodiversidade. A nova pesquisa prova que não é bem assim.A base do estudo são imagens de satélite. Para quantificar o efeito inibidor do desmatamento de um dos quatro tipos mais importantes de reserva do país (parque, terra indígena, reserva extrativista ou floresta nacional), pesquisadores de sete instituições brasileiras e americanas compararam o desmatamento e a ocorrência de queimadas dos dois lados da linha demarcatória de cada área. O método foi escolhido para diminuir o peso daquelas reservas que, por ficarem muito longe da fronteira agrícola, só estão preservadas por falta de pressão (atividades econômicas, como agricultura e extração de madeira)."A idéia de que muitos parques nos trópicos existem somente "no papel" precisa ser reexaminada, assim como a noção de que as terras indígenas são menos eficazes do que os parques na proteção da natureza", afirmou o ecólogo Daniel Nepstad num comunicado do Centro de Pesquisa de Woods Hole (Massachusetts, EUA). Ele é o autor principal do estudo, ao lado de vários americanos e de Ane Alencar, geógrafa do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), uma ONG de pesquisa de Belém, e de Márcio Santilli e Alicia Rolla, do ISA (Instituto Socioambiental), de São Paulo.É uma antiga controvérsia: reservas inabitadas (parques) são mais eficazes que as habitadas ou aquelas que permitem alguma exploração (terras indígenas, reservas extrativistas e florestas nacionais)? Os autores concluem que não, e se apóiam em números.Há cerca de 1 milhão de km2 de terras indígenas (TIs) no Brasil, a maior parte na Amazônia. É muita terra: 1/5 da floresta e metade de tudo que existe como área protegida. Foram consideradas no estudo 121 TIs (40% do total de sua área na Amazônia), no caso do desmatamento, e 87 TIs (35% da área total), no das queimadas.Entraram na comparação 15 parques, 10 Resex (reservas extrativistas) e 18 Flonas (florestas nacionais), na primeira amostra, e 11 parques, 4 Resex e 12 Flonas, na segunda. Das imagens de satélite extraíram-se dados sobre desmatamento numa faixa de 10 km de largura de cada lado da fronteira da área protegida. No caso do fogo, as faixas foram mais largas, de 20 km (as discrepâncias entre as duas amostras decorrem de minúcias metodológicas, como a resolução espacial do satélite).À primeira vista, os parques parecem proteger mais contra desmatamento: comparando áreas sem cobertura registradas em 1997 e 2000, observou-se 20 vezes mais destruição na faixa de 10 km fora dos parques do que na de dentro. Para TIs, o coeficiente não foi tão alto (8,2 vezes), similar ao das Flonas (9,5 vezes). No quesito inibição de queimadas, as TIs se saíram melhor: o coeficiente de pontos de fogo identificados por satélite foi quase duas vezes mais positivo no caso das reservas indígenas do que na zona equivalente em unidades de conservação.A razão disso deve ser buscada na maior pressão que sofrem as TIs, pois os parques em geral são criados pelo governo federal longe das frentes agrícolas e madeireiras, como o de Tumucumaque -um dos maiores do mundo, com 38.867 km2, mas nos confins da fronteira norte do país. Já a TI Mãe Maria, dos índios gaviões (Pará), é cortada por uma rodovia estadual e uma linha de transmissão elétrica e tem como vizinha a estrada de ferro de Carajás.Se quiser conter a sanha devastadora de pecuaristas, madeireiros e sojicultores, parece que o melhor que o governo federal tem a fazer é dar mais terra para os índios, porque sabem protegê-la.
Cena da peça "Paixão de Ajuricaba", no SESC-AM
Ajuricaba (Fonte)
(Episódio das guerras indígenas ocorridas na Amazônia no século XVIII, entre os portugueses e os índios manau)
Em um afluente da margem esquerda do rio Negro, havia três grandes aldeias. Em uma delas reinava o destemido Ajuricaba, amado e respeitado por sua gente. Filho de Huiuiebéu, um dos maiores chefes dos manaus, tribo considerada a maior confederação ameríndia da Amazônia, e neto de Caboquena, Ajuricaba era forte, robusto e corajoso. As filhas dos tucanos e dos barés o disputavam, mas ele escolheu como companheira a mais bela cunhantã dos titiás poderosos. Os brancos que aqui chegaram mataram e desonraram as belas índias, e por esse motivo Ajuricaba se rebelou contra eles. Em 1727, à frente de centenas de bravos, guiou-os no combate ao invasor das terras. Em 1723, uma tropa de resgate enviada de São Luís, sob o comando de Manuel Braga, foi atacada pelo guerreiro Ajuricaba. O governador paraense, sabendo do feito, recorreu à Lisboa, pedindo armas, munições e soldados, alegando que Ajuricaba estava aliado aos holandeses. O rei de Portugal enviou armas e um capitão, Belchior Mendes de Morais, com sua tropa ao rio Negro, a fim de proteger os sertanistas dos ataques de Ajuricaba. Belchior, não conseguindo conter a fúria de Ajuricaba, pediu reforço ao governador, que enviou o capitão João Paes do Amaral e alguns soldados.O missionário frei José de Souza conseguiu fazer uma aliança com Ajuricaba, trocou a bandeira dos holandeses pela bandeira de Portugal, obtendo 50 escravos como resgate. Os carmelitas, a serviço da Holanda, não gostaram do acordo feito com os jesuítas, pois tinham interesse nos manaus e no próprio guerreiro, visando à conquista da região.O gevernador Maia da Gama pediu mais reforços da metrópole e convocou a chamada Guerra Justa, através de uma lei de 28 de abril de 1688. Dos representantes que aprovariam o início da guerra, apenas o reitor do colégio dos jesuítas votou contra. Assim foi declarada a guerra contra os manaus e Ajuricaba. Segundo relato do cronista Ribeiro de Sampaio, no primeiro confronto foram presos de 300 a 2 mil nativos. Ajuricaba perdeu o filho, o jovem Cacunaca, e foi também prisioneiro e transportado para Belém. Ao atravessar o encontro das águas, houve um motim, que colocou em perigo a tropa de Belchior e Amaral. Dominado o levante, depois de muito derramamento de sangue, Ajuricaba e um amigo se lançaram nas águas do rio que tanto amavam, morrendo afogados. O fato foi comunicado a Lisboa em 26 de setembro de 1727. Em carta de 23 de janeiro de 1728, o rei D. João declarou ao governador Maia da Gama: "Tudo que obraste foi com acerto e ajustado com as minhas ordens e se vos aprova o que nesta parte dispusestes".
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
Flor de Lotus, por Helle Bro (Fonte da imagem)
Os orientais admiram tanto a Flor de Lótus. Porque esta planta nasce normalmente no fundo dos lagos lodosos e sujos, mas quando atinge a superfície do lago, se estabiliza dando depois a flor, que apesar do ambiente em que vive, é pura e límpida como tivesse sido gerada em uma incubadora esterilizada, sendo um ótimo exemplo para todos nós. (Fonte)
Os orientais admiram tanto a Flor de Lótus. Porque esta planta nasce normalmente no fundo dos lagos lodosos e sujos, mas quando atinge a superfície do lago, se estabiliza dando depois a flor, que apesar do ambiente em que vive, é pura e límpida como tivesse sido gerada em uma incubadora esterilizada, sendo um ótimo exemplo para todos nós. (Fonte)
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
Retomadas por justiça (informações extraídas do site Índios On line)
O Povo Pataxó-Hahahae vive em clima de terror há muitos anos; lutando para recuperar seu território e assim buscar uma melhor sobrevivência cultural e social.Nos últimos anos a “Justiça” está sendo favorável aos grileiros que ocupam as terras indígenas.
Embora os índios estejam protegidos pela Constituição Federal Brasileira, embora não tenha havido na região em que se encontram nenhuma catástrofe ou epidemia que ponha em risco as suas vidas, muito menos um ad-referendum do Congresso Nacional, como estabelece nossa Carta Magna em seu artigo 231, parágrafo quinto. Embora seja inconstitucional a expulsão dos índios de suas terras imemoriais, embora sejam nulos e extintos e não produzam efeitos jurídicos os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras indígenas, o mandado de Reintegração de posse contra eles foi expedido, sem ao menos terem dado aos índios o direito ao Contraditório e à Ampla Defesa, ferindo assim os direitos e garantias fundamentais conferidos a todos os brasileiros, consagrado no artigo quinto de nossa Lei Maior.
Onde está o Ministério Público que tem como uma de suas funções institucionais defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas(CF art. 129,V)?
Há noventa dias que na região das ALEGRIAS, guiados pelos caciques: NAILTON MUNIZ e REGINALDO TITIÁ, quase 500 índios estão reunidos. Devido a ameaça de que no dia de amanhã - quarta feira, 25 de Janeiro de 2006 - a polícia federal chegue para tentar removê-los, eles estão ainda mais concentrados e prontos para defender seu território. Para os índios a terra é a vida e estão dispostos até a morrer por ela. Esta região fica a 4 km de Itaju do Colônia pela estrada sentido Palmira e entrando 14 km subindo a serra.A “justiça” está ameaçando retirar também os índios que vivem nas terras de Serra Verde há três anos, e os índios da Serrana do Ouro que já estão quase completando cinco anos.
O Povo Pataxó-Hahahae vive em clima de terror há muitos anos; lutando para recuperar seu território e assim buscar uma melhor sobrevivência cultural e social.Nos últimos anos a “Justiça” está sendo favorável aos grileiros que ocupam as terras indígenas.
Embora os índios estejam protegidos pela Constituição Federal Brasileira, embora não tenha havido na região em que se encontram nenhuma catástrofe ou epidemia que ponha em risco as suas vidas, muito menos um ad-referendum do Congresso Nacional, como estabelece nossa Carta Magna em seu artigo 231, parágrafo quinto. Embora seja inconstitucional a expulsão dos índios de suas terras imemoriais, embora sejam nulos e extintos e não produzam efeitos jurídicos os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras indígenas, o mandado de Reintegração de posse contra eles foi expedido, sem ao menos terem dado aos índios o direito ao Contraditório e à Ampla Defesa, ferindo assim os direitos e garantias fundamentais conferidos a todos os brasileiros, consagrado no artigo quinto de nossa Lei Maior.
Onde está o Ministério Público que tem como uma de suas funções institucionais defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas(CF art. 129,V)?
Há noventa dias que na região das ALEGRIAS, guiados pelos caciques: NAILTON MUNIZ e REGINALDO TITIÁ, quase 500 índios estão reunidos. Devido a ameaça de que no dia de amanhã - quarta feira, 25 de Janeiro de 2006 - a polícia federal chegue para tentar removê-los, eles estão ainda mais concentrados e prontos para defender seu território. Para os índios a terra é a vida e estão dispostos até a morrer por ela. Esta região fica a 4 km de Itaju do Colônia pela estrada sentido Palmira e entrando 14 km subindo a serra.A “justiça” está ameaçando retirar também os índios que vivem nas terras de Serra Verde há três anos, e os índios da Serrana do Ouro que já estão quase completando cinco anos.
Morre baleia resgatada do rio Tâmisa, em Londres
(Fonte das informações)
A baleia que foi encontrada no rio Tâmisa, em Londres, morreu neste sábado, apesar do amplo dispositivo montado para tentar salvá-la, anunciou um dos membros da equipe de resgate. A baleia havia sido içada hoje com ajuda de um guindaste e colocada em uma embarcação para seu imediato transporte até o mar.
(Fonte das informações)
A baleia que foi encontrada no rio Tâmisa, em Londres, morreu neste sábado, apesar do amplo dispositivo montado para tentar salvá-la, anunciou um dos membros da equipe de resgate. A baleia havia sido içada hoje com ajuda de um guindaste e colocada em uma embarcação para seu imediato transporte até o mar.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
Livro: "Orlando Villas Bôas - História e causos" (Fonte: Editora FTD)
É a autobiografia do indigenista Orlando Villas Bôas, falecido em 2002. Ele relembra a trajetória de sua vida, especialmente o extraordinário mergulho no mundo dos índios brasileiros, a Expedição Roncador-Xingu, que liderou com seus irmãos Cláudio e Leonardo, em meados do século passado.Orlando faz pela primeira vez um registro sistemático de suas lembranças e histórias, muitas delas já disponíveis de maneira dispersa em livros, entrevistas e reportagens. Parte substancial da obra é dedicada à discussão da política indigenista no Brasil. Suas idéias e convicções estão amparadas em mais de 40 anos de estudo e de vivência entre as etnias do Xingu.Capa dura, muitas fotos, mapas e ilustrações enriquecem o livro.
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Assista a um vídeo sobre Orlando Villas Bôas: CLIQUE AQUI ou acesse essa página do site da TV Cultura
É a autobiografia do indigenista Orlando Villas Bôas, falecido em 2002. Ele relembra a trajetória de sua vida, especialmente o extraordinário mergulho no mundo dos índios brasileiros, a Expedição Roncador-Xingu, que liderou com seus irmãos Cláudio e Leonardo, em meados do século passado.Orlando faz pela primeira vez um registro sistemático de suas lembranças e histórias, muitas delas já disponíveis de maneira dispersa em livros, entrevistas e reportagens. Parte substancial da obra é dedicada à discussão da política indigenista no Brasil. Suas idéias e convicções estão amparadas em mais de 40 anos de estudo e de vivência entre as etnias do Xingu.Capa dura, muitas fotos, mapas e ilustrações enriquecem o livro.
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Assista a um vídeo sobre Orlando Villas Bôas: CLIQUE AQUI ou acesse essa página do site da TV Cultura
Manaus -AM
Manaus, que na língua nativa significa "Mãe de Deus" é uma homenagem à tribo manaós. O Ciclo da Borracha das seringueiras foi um dos mais importantes ciclos econômicos da cidade . Uma época e importante para surgir melhorias na cidade. Uma rede de esgotos, água encanada, luz elétrica, o Porto, e bondes elétricos contribuiriam para o desenvolvimento. Muitos destes serviços nem mesmo existia no restante do país. Um tempo de muito luxo, onde comerciantes mandavam seus filhos estudarem na Europa, aonde os prédios eram construídos com material todo europeu. Destaque para o famoso Teatro Amazonas e o Mercado Municipal. E que ainda hoje ganham destaque na arquitetura local. (Fonte)
Manaus, que na língua nativa significa "Mãe de Deus" é uma homenagem à tribo manaós. O Ciclo da Borracha das seringueiras foi um dos mais importantes ciclos econômicos da cidade . Uma época e importante para surgir melhorias na cidade. Uma rede de esgotos, água encanada, luz elétrica, o Porto, e bondes elétricos contribuiriam para o desenvolvimento. Muitos destes serviços nem mesmo existia no restante do país. Um tempo de muito luxo, onde comerciantes mandavam seus filhos estudarem na Europa, aonde os prédios eram construídos com material todo europeu. Destaque para o famoso Teatro Amazonas e o Mercado Municipal. E que ainda hoje ganham destaque na arquitetura local. (Fonte)
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Culinária Regional do Amazonas (Fonte)
Pudim de Cupuaçu
Ingredientes
Polpa de um cupuaçu, 1 colher de sopa de manteiga, 500g de açúcar, 4 ovos, ½ xícara de chá de farinha de trigo.
Preparo
Corte com a tesoura a polpa de um cupuaçu grande.Leve a polpa ao fogo com bastante água até ferver. Após coar, pese a polpa e adicione o mesmo peso em açúcar. Leve ao fogo e mexa sem parar até dourar a massa.Retire do fogo e misture a manteiga e o açúcar. Deixe esfriar e misture os ovos e a farinha de trigo.
Leve ao fogo em forma caramelada, vire-a quente e deixe a forma em cima até esfriar.
Capitão-da-mata/Screaming Piha (Lipaugus vociferans) (Fonte)
Vive só. Possui um retumbante canto que ecoa na floresta, centenas de metros de distância. Arisca, vive na copa da mata de terra firme. Para cantar a ave ergue o corpo à frente, emite dois grunhidos baixos e pronuncia o canto: “ui-uiiiu”. Na época reprodutiva vários machos cantam para atrair a fêmea. Alimenta-se de frutos.
Para ouvir o canto deste pássaro, CLIQUE AQUI
Vive só. Possui um retumbante canto que ecoa na floresta, centenas de metros de distância. Arisca, vive na copa da mata de terra firme. Para cantar a ave ergue o corpo à frente, emite dois grunhidos baixos e pronuncia o canto: “ui-uiiiu”. Na época reprodutiva vários machos cantam para atrair a fêmea. Alimenta-se de frutos.
Para ouvir o canto deste pássaro, CLIQUE AQUI
sábado, 21 de janeiro de 2006
(Fonte da imagem)
Divagações da Ursa
Se as esquadrilhas fossem apenas de fumaça branca, brincando seus desenhos no céu como crianças, não haveria bombardeios, apenas flocos de nuvens caindo sobre as florestas e cidades. E as pessoas não precisariam se esconder ou se jogar no chão petrificadas de medo. Apenas olhariam curiosas para cima, acompanhando, com um sorriso, o rastro deixado pelo balé dos pássaros de metal.
Divagações da Ursa
Se as esquadrilhas fossem apenas de fumaça branca, brincando seus desenhos no céu como crianças, não haveria bombardeios, apenas flocos de nuvens caindo sobre as florestas e cidades. E as pessoas não precisariam se esconder ou se jogar no chão petrificadas de medo. Apenas olhariam curiosas para cima, acompanhando, com um sorriso, o rastro deixado pelo balé dos pássaros de metal.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2006
(Fonte da imagem)
A Iara (Fonte)
Muitas vezes confundida com a Mãe-d'água, a Iara, Uiara ou Ipupiara é um dos seres mitológicos mais populares da Amazônia. Seu poder de sedução é tão forte sobre os homens quanto o do boto sobre as mulheres. Por isso, às vezes é chamada de boto-fêmea. A Iara é descrita como uma mulher muito bonita e de canto maravilhoso que aparece banhando-se nas águas dos rios, ou sobre as pedras nas enseadas. Para quem viaja pelos rios da Amazônia, a Iara pode ser um perigo, pois encanta o navegador e puxa os barcos para as pedras. Atônito, o pobre homem só se dá conta da tragédia quando já é tarde demais para se desviar.Quem vê a Iara nunca mais a esquece. A sabedoria cabocla diz que o caçador que no meio da mata ouve um canto irresistível de mulher deve rezar muito e tentar sair logo do local. Mas poucos seguem a orientação dos mais sábios. Ao ouvir a Iara, não há homem que não a busque nas matas até a beira do rio onde a mitológica mulher pode ser vislumbrada. Ao vê-la, os homens enlouquecem de desejo e são capazes de segui-la para onde for. Há os que contam terem sido levados para as profundezas, nos braços da Iara. Vêm de lá descrevendo o reino das águas como sendo de infinita beleza e de riquezas intocadas de onde nada se pode trazer. Quem se aventura a trazer algo de lembrança, é castigado com doença que só se cura com os trabalhos de alguma benzedeira poderosa das redondezas. Há entre os índios a lenda do Jaguarari, índio forte e guerreiro da tribo Tuxaua que apaixonou-se pela Iara. Na tribo não havia ninguém mais forte e de bom coração do que Jaguarari. Todos o admiravam, tanto os homens, quanto as mulheres. Até que um dia, quando Jaguarari saiu em sua igara para pescar avistou uma bela morena nua a se banhar e cantar na margem do rio, na sombra de um Tarumã. Jaguarari ficou paralisado e de pronto se apaixonou.Desde então, saia para caçar ou pescar, mas sua única intenção era mesmo encontrar a Iara. Voltava tarde da noite da pescaria sempre triste. Nem parecia mais o belo índio de antes de visão. Sua mãe perguntava, o pai aconselhava, mas nada de Jaguarari voltar a ser como era antes. Até que um dia, de tanto a mãe insistir em saber o motivo de sua tristeza, Jaguarari confessou estar apaixonado pela visão que tivera aos pés do Tarumã. Disse que à noite quando tentava dormir, a única coisa que ouvia era o inebriante canto da Iara.Ao ouvir a revelação, a mãe desesperou-se! Jogou-se aos pés do filho e pediu-lhe chorando que nunca mais voltasse lá. Mas a promessa nunca pôde ser cumprida, pois Jaguarari já estava enfeitiçado. Numa noite de luar, ela cantou tão forte que o belo índio levantou-se e correu para a margem do rio. As águas então se abriram e desde então Jaguarari desapareceu para sempre nos braços da Iara.
A Iara (Fonte)
Muitas vezes confundida com a Mãe-d'água, a Iara, Uiara ou Ipupiara é um dos seres mitológicos mais populares da Amazônia. Seu poder de sedução é tão forte sobre os homens quanto o do boto sobre as mulheres. Por isso, às vezes é chamada de boto-fêmea. A Iara é descrita como uma mulher muito bonita e de canto maravilhoso que aparece banhando-se nas águas dos rios, ou sobre as pedras nas enseadas. Para quem viaja pelos rios da Amazônia, a Iara pode ser um perigo, pois encanta o navegador e puxa os barcos para as pedras. Atônito, o pobre homem só se dá conta da tragédia quando já é tarde demais para se desviar.Quem vê a Iara nunca mais a esquece. A sabedoria cabocla diz que o caçador que no meio da mata ouve um canto irresistível de mulher deve rezar muito e tentar sair logo do local. Mas poucos seguem a orientação dos mais sábios. Ao ouvir a Iara, não há homem que não a busque nas matas até a beira do rio onde a mitológica mulher pode ser vislumbrada. Ao vê-la, os homens enlouquecem de desejo e são capazes de segui-la para onde for. Há os que contam terem sido levados para as profundezas, nos braços da Iara. Vêm de lá descrevendo o reino das águas como sendo de infinita beleza e de riquezas intocadas de onde nada se pode trazer. Quem se aventura a trazer algo de lembrança, é castigado com doença que só se cura com os trabalhos de alguma benzedeira poderosa das redondezas. Há entre os índios a lenda do Jaguarari, índio forte e guerreiro da tribo Tuxaua que apaixonou-se pela Iara. Na tribo não havia ninguém mais forte e de bom coração do que Jaguarari. Todos o admiravam, tanto os homens, quanto as mulheres. Até que um dia, quando Jaguarari saiu em sua igara para pescar avistou uma bela morena nua a se banhar e cantar na margem do rio, na sombra de um Tarumã. Jaguarari ficou paralisado e de pronto se apaixonou.Desde então, saia para caçar ou pescar, mas sua única intenção era mesmo encontrar a Iara. Voltava tarde da noite da pescaria sempre triste. Nem parecia mais o belo índio de antes de visão. Sua mãe perguntava, o pai aconselhava, mas nada de Jaguarari voltar a ser como era antes. Até que um dia, de tanto a mãe insistir em saber o motivo de sua tristeza, Jaguarari confessou estar apaixonado pela visão que tivera aos pés do Tarumã. Disse que à noite quando tentava dormir, a única coisa que ouvia era o inebriante canto da Iara.Ao ouvir a revelação, a mãe desesperou-se! Jogou-se aos pés do filho e pediu-lhe chorando que nunca mais voltasse lá. Mas a promessa nunca pôde ser cumprida, pois Jaguarari já estava enfeitiçado. Numa noite de luar, ela cantou tão forte que o belo índio levantou-se e correu para a margem do rio. As águas então se abriram e desde então Jaguarari desapareceu para sempre nos braços da Iara.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
Exemplo de um jovem (Fonte: site Índios On Line )
O jovem Pankararu, Jorgivaldo Soares da Silva, 19 anos, residente na aldeia Saco dos Barros, povo Pankararu, e um, exemplo para os outros jovens Pankararu, Jorgivaldo tem uma paixão, por animais das matas do seu povo. Em suas caminhadas até a mata para retira lenha, ou para o roçado da mandioca, sempre que encontra animais machucados ou desgarrados, de seus bandos sempre leva os animais, para sua casa, para curá-los, e quando os animais estão curados, são soutos novamente ao seu meio ambiente. Jorgivaldo tem essa preocupação, já há uns quatro anos, desde que encontrou uma cobra preta machucada, e sentiu na responsabilidade, de cuidar da cobra. E então Jorgivaldo cuida de todos os animais machucados que encontra.
O último animal que ele cuidou foi um caçaco, que encontrou em sua plantação de mandioca, na Serra Grande; o caçaco estava com um ferimento na barriga, Jorgivaldo acha que o ferimento, foi causado, na disputa por alimento, com outro caçaco. Com o objetivo de curar os ferimentos do animal, Jorgivaldo leva para sua casa o caçaco, dando o nome do animal de Dedui, que quer dizer “menino” na língua Pankararu. Hoje Dedui está curado, então Jorgivaldo, com a satisfação de mais uma missão cumprida, então soltou o pequeno caçaco no mesmo local onde o encontrou. Jorgivaldo então diz, “Enquanto eu tiver vida, todos os animais que encontrar necessitados de cuidados, vou cuidá-los, e depois soltá-los em seu meio ambiente”. Esse é mais um exemplo de um jovem que se preocupa com os seres que envolvem seu povo.
(Solange Monteiro dos Santos)
O jovem Pankararu, Jorgivaldo Soares da Silva, 19 anos, residente na aldeia Saco dos Barros, povo Pankararu, e um, exemplo para os outros jovens Pankararu, Jorgivaldo tem uma paixão, por animais das matas do seu povo. Em suas caminhadas até a mata para retira lenha, ou para o roçado da mandioca, sempre que encontra animais machucados ou desgarrados, de seus bandos sempre leva os animais, para sua casa, para curá-los, e quando os animais estão curados, são soutos novamente ao seu meio ambiente. Jorgivaldo tem essa preocupação, já há uns quatro anos, desde que encontrou uma cobra preta machucada, e sentiu na responsabilidade, de cuidar da cobra. E então Jorgivaldo cuida de todos os animais machucados que encontra.
O último animal que ele cuidou foi um caçaco, que encontrou em sua plantação de mandioca, na Serra Grande; o caçaco estava com um ferimento na barriga, Jorgivaldo acha que o ferimento, foi causado, na disputa por alimento, com outro caçaco. Com o objetivo de curar os ferimentos do animal, Jorgivaldo leva para sua casa o caçaco, dando o nome do animal de Dedui, que quer dizer “menino” na língua Pankararu. Hoje Dedui está curado, então Jorgivaldo, com a satisfação de mais uma missão cumprida, então soltou o pequeno caçaco no mesmo local onde o encontrou. Jorgivaldo então diz, “Enquanto eu tiver vida, todos os animais que encontrar necessitados de cuidados, vou cuidá-los, e depois soltá-los em seu meio ambiente”. Esse é mais um exemplo de um jovem que se preocupa com os seres que envolvem seu povo.
(Solange Monteiro dos Santos)
domingo, 15 de janeiro de 2006
Vênus papa-mosca (Dionaea muscipula) planta carnívora com armadilhas ativas, ou seja, com movimento, nativa dos EUA. (Fonte: Digiforum - Foto tirada por Alex Kawazaki)
Brigitte Bardot protesta contra caça no Alasca
(notícia publicada em 13/01/2006, Fonte: ambientebrasil)
A ex-atriz e ambientalista francesa Brigitte Bardot, enviou uma carta de protesto às autoridades do Alasca, Estados Unidos, na qual pediu ao governador, Frank Murkoski, que acabe com a caça de lobos. Na carta, a ex sex-symbol francesa se disse "chocada por ser o terceiro ano consecutivo que se realiza esta caçada aérea contra os lobos e que se assusta com a "permissão" dada pelas autoridades deste Estado. Famosa pelo seu ativismo político e social, Brigitte reclamou, em setembro passado, do uso de cães e gatos como iscas vivas usadas na pesca de tubarões em la Réunion, ilha francesa do oceano Índico. (Folha Online)
______________________________________
Reaberta caça aos lobos no Alasca com avião
(Fonte: Defenders of Wildlife, Maio de 2004 - matéria publicada AQUI)
O Alasca alberga a maior população que resta de lobos cinzentos nos Estados Unidos da América com cerca de 7000 a 9000 indivíduos. Mas, ao contrário do que acontece nos 48 estados mais abaixo, os lobos no Alasca não são protegidos pela "Endangered Species Act". A caça do lobo é permitida na maior parte deste estado e quase 7500 lobos foram mortos nos últimos cinco anos.
Actualmente, uma das maiores ameaças aos lobos do Alasca deve-se à caça aérea. Foi em Junho de 2003 que o governador do Alasca, Frank Murkowski, assinou uma lei permitindo a matança dos lobos utilizando aviões apesar de ir contra a vontade dos habitantes deste estado.
Para ver mais pormenores e assinar a petição contra esta prática visite:
http://www.savealaskawolves.org/ (site em inglês)
(notícia publicada em 13/01/2006, Fonte: ambientebrasil)
A ex-atriz e ambientalista francesa Brigitte Bardot, enviou uma carta de protesto às autoridades do Alasca, Estados Unidos, na qual pediu ao governador, Frank Murkoski, que acabe com a caça de lobos. Na carta, a ex sex-symbol francesa se disse "chocada por ser o terceiro ano consecutivo que se realiza esta caçada aérea contra os lobos e que se assusta com a "permissão" dada pelas autoridades deste Estado. Famosa pelo seu ativismo político e social, Brigitte reclamou, em setembro passado, do uso de cães e gatos como iscas vivas usadas na pesca de tubarões em la Réunion, ilha francesa do oceano Índico. (Folha Online)
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Reaberta caça aos lobos no Alasca com avião
(Fonte: Defenders of Wildlife, Maio de 2004 - matéria publicada AQUI)
O Alasca alberga a maior população que resta de lobos cinzentos nos Estados Unidos da América com cerca de 7000 a 9000 indivíduos. Mas, ao contrário do que acontece nos 48 estados mais abaixo, os lobos no Alasca não são protegidos pela "Endangered Species Act". A caça do lobo é permitida na maior parte deste estado e quase 7500 lobos foram mortos nos últimos cinco anos.
Actualmente, uma das maiores ameaças aos lobos do Alasca deve-se à caça aérea. Foi em Junho de 2003 que o governador do Alasca, Frank Murkowski, assinou uma lei permitindo a matança dos lobos utilizando aviões apesar de ir contra a vontade dos habitantes deste estado.
Para ver mais pormenores e assinar a petição contra esta prática visite:
http://www.savealaskawolves.org/ (site em inglês)
sábado, 14 de janeiro de 2006
(Fonte da imagem)
Sobre o significado da palavra guaraná segundo os Maué
(Fonte)
O guaraná maduro tem polpa branca e sementes escuras que parecem os olhos abertos de uma pessoa. Algumas versões da lenda Maué contam que "guará" significa "gente" e "ná", "semelhante", "igual". Traduzida, a palavra "guaraná'' quer dizer "bagos iguais a olhos de gente''. Os Maué chamavam o guaraná verdadeiro de "uaraná-cecé", o que também lembra a palavra "guaraná". O nome científico dessa planta é Paullinia cupana.
Sobre o significado da palavra guaraná segundo os Maué
(Fonte)
O guaraná maduro tem polpa branca e sementes escuras que parecem os olhos abertos de uma pessoa. Algumas versões da lenda Maué contam que "guará" significa "gente" e "ná", "semelhante", "igual". Traduzida, a palavra "guaraná'' quer dizer "bagos iguais a olhos de gente''. Os Maué chamavam o guaraná verdadeiro de "uaraná-cecé", o que também lembra a palavra "guaraná". O nome científico dessa planta é Paullinia cupana.
Índia e criança Yanomami (Fonte da imagem)
Representante do povo Yamomami cobra a retirada de garimpeiros - 11/01/2006
(Local: Boa Vista - RR, Fonte: Folha de Boa Vista - matéria publicada no site Amazonia.org.br)
O representante dos povos Yanomami do Amazonas e Roraima, Davi Kopenawa Yanomami, disse que os indígenas querem o cumprimento das promessas por parte do Governo Federal. “Não queremos deixar os índios morrerem por falta de dinheiro para a melhoria da prestação de saúde por parte das conveniadas. Queremos um plano imediato para a retirada dos garimpeiros, que são os maiores causadores da malária entre os índios”, ressaltou.
Conforme ele, o Governo Federal tem que manter os profissionais na área para cuidar da saúde dos povos indígenas. Ele reconheceu que houve queda na qualidade dos serviços prestados pelas conveniadas a partir do atual governo Lula. Relacionou esses fatos ao atraso no repasse de verba.
“A saúde indígena não está muito boa. As doenças estão aumentando no Estado do Amazonas, por causa da falta de apoio por parte do Governo Federal”, disse Davi Kopenawa, ao informar que o principal motivo para a conferência é a cobrança da regularização dos serviços.
Hoje acontecerá plenária temática para discussão das propostas apresentadas pelos grupos. Amanhã será realizada a apresentação final com aprovação das propostas de cada um dos cinco temas abordados durante os três dias de conferência.
Durante o encerramento serão escolhidos 24 delegados para participar da Conferência Nacional de Saúde Indígena. Desse total, 12 são usuários indígenas, seis profissionais de saúde e seis representantes de instituições que atuam na área indígena. (Leandro Freitas)
Representante do povo Yamomami cobra a retirada de garimpeiros - 11/01/2006
(Local: Boa Vista - RR, Fonte: Folha de Boa Vista - matéria publicada no site Amazonia.org.br)
O representante dos povos Yanomami do Amazonas e Roraima, Davi Kopenawa Yanomami, disse que os indígenas querem o cumprimento das promessas por parte do Governo Federal. “Não queremos deixar os índios morrerem por falta de dinheiro para a melhoria da prestação de saúde por parte das conveniadas. Queremos um plano imediato para a retirada dos garimpeiros, que são os maiores causadores da malária entre os índios”, ressaltou.
Conforme ele, o Governo Federal tem que manter os profissionais na área para cuidar da saúde dos povos indígenas. Ele reconheceu que houve queda na qualidade dos serviços prestados pelas conveniadas a partir do atual governo Lula. Relacionou esses fatos ao atraso no repasse de verba.
“A saúde indígena não está muito boa. As doenças estão aumentando no Estado do Amazonas, por causa da falta de apoio por parte do Governo Federal”, disse Davi Kopenawa, ao informar que o principal motivo para a conferência é a cobrança da regularização dos serviços.
Hoje acontecerá plenária temática para discussão das propostas apresentadas pelos grupos. Amanhã será realizada a apresentação final com aprovação das propostas de cada um dos cinco temas abordados durante os três dias de conferência.
Durante o encerramento serão escolhidos 24 delegados para participar da Conferência Nacional de Saúde Indígena. Desse total, 12 são usuários indígenas, seis profissionais de saúde e seis representantes de instituições que atuam na área indígena. (Leandro Freitas)
sexta-feira, 13 de janeiro de 2006
Índia jaminawa (Fonte da imagem)
Jaminawas querem demarcação de terras
(Trecho de matéria publicada no site Amazônia.org.br - Fonte )
Índios alegam que Funai e PPTAL estão com o dinheiro e até agora não foram visitar as aldeias
Um povo abandonado Dentre as 16 etnias indígenas acreanas, a jaminawa é a mais desprotegida, tanto do ponto de entidades que as atende, como também de não possuírem terras que os abriguem, exceto uma no igarapé São Lourenço em Assis Brasil. Além dos fatores externos, os desentendimentos internos entre as várias famílias acaba fazendo que elas migrem e, sem áreas alternativas para viverem, vêem se jogados nas ruas das cidades.
“Estranhamos essa demora para o início da demarcação de nossas terras, até porque o dinheiro para isso está liberado desde 2003, tanto que deveria ter sido executado no Plano Operativo Anual (POA) de 2004”, afirma o documento. Nele segue o relato de que: “Nosso povo jaminawa tem sofrido muito com esses atrasos nos estudos e a identificação de nossas terras. Em decorrência disso, muitos de nossos parentes estão migrando e mendigando nas ruas de algumas das principais cidades acreanas como rio Branco, Brasiléia, Sena Madureira e Assis Brasil. Queremos saber porque isso está acontecendo já que dinheiro não falta para que o trabalho seja realizado”.
A terra indígena do Caeté abriga 126 índios e a do Guajará 120. Embora o dinheiro para a demarcação das terras já esteja à disposição da Funai, há mais de dois anos, até agora nenhum grupo técnico de identificação e delimitação de terras se deu ao trabalho de visita-los. Quanto ao dinheiro, não se sabe o que foi feito, alegam as lideranças. (Juracy Xangai)
Jaminawas querem demarcação de terras
(Trecho de matéria publicada no site Amazônia.org.br - Fonte )
Índios alegam que Funai e PPTAL estão com o dinheiro e até agora não foram visitar as aldeias
Um povo abandonado Dentre as 16 etnias indígenas acreanas, a jaminawa é a mais desprotegida, tanto do ponto de entidades que as atende, como também de não possuírem terras que os abriguem, exceto uma no igarapé São Lourenço em Assis Brasil. Além dos fatores externos, os desentendimentos internos entre as várias famílias acaba fazendo que elas migrem e, sem áreas alternativas para viverem, vêem se jogados nas ruas das cidades.
“Estranhamos essa demora para o início da demarcação de nossas terras, até porque o dinheiro para isso está liberado desde 2003, tanto que deveria ter sido executado no Plano Operativo Anual (POA) de 2004”, afirma o documento. Nele segue o relato de que: “Nosso povo jaminawa tem sofrido muito com esses atrasos nos estudos e a identificação de nossas terras. Em decorrência disso, muitos de nossos parentes estão migrando e mendigando nas ruas de algumas das principais cidades acreanas como rio Branco, Brasiléia, Sena Madureira e Assis Brasil. Queremos saber porque isso está acontecendo já que dinheiro não falta para que o trabalho seja realizado”.
A terra indígena do Caeté abriga 126 índios e a do Guajará 120. Embora o dinheiro para a demarcação das terras já esteja à disposição da Funai, há mais de dois anos, até agora nenhum grupo técnico de identificação e delimitação de terras se deu ao trabalho de visita-los. Quanto ao dinheiro, não se sabe o que foi feito, alegam as lideranças. (Juracy Xangai)
quinta-feira, 12 de janeiro de 2006
Não dá para esquecer - Despejo Guarani Kaiowá Nhanderu Marangatu - Dez/2005 - Foto: Egon Heck/Cimi
CD dos Guarani Kaiowá: "Guaru´i Güyra" (Fonte)
Povo sofrido pela invasão de sua terra e de sua cultura, os Kaiwá-Guarani resistem a essas forças destrutivas através das rezas, cantos e danças, que são as formas de manter o diálogo com os deuses e buscar forças para continuar sobrevivendo. Faz parte desta resistência a gravação deste CD, no qual estão registrados dez de seus cânticos ritualísticos. Os participantes das gravações são líderes espirituais da Aldeia de Amambaí, com 5.000 habitantes, situada na fronteira de Brasil e Paraguai.
Contato:aldear@onix.com.br, Telefax (61)33491954
Comprar CD: aldear@onix.com.br, Telefax (61)33491954
Guaru' i Güyra (Se não conseguir abrir os links das mp3, acesse a página original AQUI )
Eju Chereraha che Ha'i
Indígena
(Etnia Kaiwá)
MP3 3500 Kb
Vem levar minha mãe.
Voz, taquá e maracás: Kunhã Nbo'y Rendy'i, Kunhã Vwera Hendy e Kunhã Nbo'y Rendi Vwera Yvyra'ija; Voz e maracás: Hawá Pa'i Tiririju'y; Taquá: Hawa'hu'y Vwera e Kunhã Jeguaka Vwera.
Guaru' i Güyra
Indígena
(Etnia Kaiwá)
MP3 4160 Kb
Grito dos pássaros.
Voz, taquá e maracás: Kunhã Nbo'y Rendy'i, Kunhã Vwera Hendy e Kunhã Nbo'y Rendi Vwera Yvyra'ija; Voz e maracás: Hawá Pa'i Tiririju'y; Taquá: Hawa'hu'y Vwera e Kunhã Jeguaka Vwera.
Purahei i Marãny Guasu
Indígena
(Etnia Kaiwá)
MP3 3658 Kb
Cântico do grande redemoinho.
Voz, taquá e maracás: Kunhã Nbo'y Rendy'i, Kunhã Vwera Hendy e Kunhã Nbo'y Rendi Vwera Yvyra'ija; Voz e maracás: Hawá Pa'i Tiririju'y; Taquá: Hawa'hu'y Vwera e Kunhã Jeguaka Vwera.
CD dos Guarani Kaiowá: "Guaru´i Güyra" (Fonte)
Povo sofrido pela invasão de sua terra e de sua cultura, os Kaiwá-Guarani resistem a essas forças destrutivas através das rezas, cantos e danças, que são as formas de manter o diálogo com os deuses e buscar forças para continuar sobrevivendo. Faz parte desta resistência a gravação deste CD, no qual estão registrados dez de seus cânticos ritualísticos. Os participantes das gravações são líderes espirituais da Aldeia de Amambaí, com 5.000 habitantes, situada na fronteira de Brasil e Paraguai.
Contato:aldear@onix.com.br, Telefax (61)33491954
Comprar CD: aldear@onix.com.br, Telefax (61)33491954
Guaru' i Güyra (Se não conseguir abrir os links das mp3, acesse a página original AQUI )
Eju Chereraha che Ha'i
Indígena
(Etnia Kaiwá)
MP3 3500 Kb
Vem levar minha mãe.
Voz, taquá e maracás: Kunhã Nbo'y Rendy'i, Kunhã Vwera Hendy e Kunhã Nbo'y Rendi Vwera Yvyra'ija; Voz e maracás: Hawá Pa'i Tiririju'y; Taquá: Hawa'hu'y Vwera e Kunhã Jeguaka Vwera.
Guaru' i Güyra
Indígena
(Etnia Kaiwá)
MP3 4160 Kb
Grito dos pássaros.
Voz, taquá e maracás: Kunhã Nbo'y Rendy'i, Kunhã Vwera Hendy e Kunhã Nbo'y Rendi Vwera Yvyra'ija; Voz e maracás: Hawá Pa'i Tiririju'y; Taquá: Hawa'hu'y Vwera e Kunhã Jeguaka Vwera.
Purahei i Marãny Guasu
Indígena
(Etnia Kaiwá)
MP3 3658 Kb
Cântico do grande redemoinho.
Voz, taquá e maracás: Kunhã Nbo'y Rendy'i, Kunhã Vwera Hendy e Kunhã Nbo'y Rendi Vwera Yvyra'ija; Voz e maracás: Hawá Pa'i Tiririju'y; Taquá: Hawa'hu'y Vwera e Kunhã Jeguaka Vwera.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2006
Lixo tóxico cria ursos polares hermafroditas
(Fonte: notícia da Folha Online no ambientebrasil )
Pesquisadores descobriram novas evidências de que os ursos polares, já gravemente ameaçados devido ao derretimento do gelo no Ártico devido ao efeito estufa, estão sendo envenenados por compostos químicos usados na Europa e na América do Norte para reduzir a inflamabilidade de tecidos e tapetes.O grupo de cientistas de quatro países árticos disse que depósitos significativos desses compostos, os PBDEs (difenis poilibrominados), foram achados em tecidos adiposos de ursos polares. Há também evidências de que compostos similares aos PBDEs contribuíram para uma taxa alta de hermafroditismo entre os animais - uma em cada 50 fêmeas na ilha de Svalbard, na Noruega.
(Fonte: notícia da Folha Online no ambientebrasil )
Pesquisadores descobriram novas evidências de que os ursos polares, já gravemente ameaçados devido ao derretimento do gelo no Ártico devido ao efeito estufa, estão sendo envenenados por compostos químicos usados na Europa e na América do Norte para reduzir a inflamabilidade de tecidos e tapetes.O grupo de cientistas de quatro países árticos disse que depósitos significativos desses compostos, os PBDEs (difenis poilibrominados), foram achados em tecidos adiposos de ursos polares. Há também evidências de que compostos similares aos PBDEs contribuíram para uma taxa alta de hermafroditismo entre os animais - uma em cada 50 fêmeas na ilha de Svalbard, na Noruega.
terça-feira, 10 de janeiro de 2006
Documentário polêmico sobre ursos
O Homem-Urso (Grizzly Man)
(dirigido pelo cineasta alemão Werner Herzog, responsável por Fitzcarraldo, O Enigma de Kaspar Hauser e Aguirre – A Cólera dos Deuses, entre outros).
A vida e a morte de Timothy Treadwell, ecologista e especialista em ursos cinzentos. Por 13 verões consecutivos, Treadwell foi para o Alasca viver desarmado entre esses animais. Nas últimas 5 vezes, ele documentou sua viagem com uma câmera. Em outubro de 2003 os restos mortais de Treadwell e de sua namorada Amie Huguenard foram encontrados pelo piloto que deveria trazê-los de volta.
O Homem-Urso (Grizzly Man)
(dirigido pelo cineasta alemão Werner Herzog, responsável por Fitzcarraldo, O Enigma de Kaspar Hauser e Aguirre – A Cólera dos Deuses, entre outros).
A vida e a morte de Timothy Treadwell, ecologista e especialista em ursos cinzentos. Por 13 verões consecutivos, Treadwell foi para o Alasca viver desarmado entre esses animais. Nas últimas 5 vezes, ele documentou sua viagem com uma câmera. Em outubro de 2003 os restos mortais de Treadwell e de sua namorada Amie Huguenard foram encontrados pelo piloto que deveria trazê-los de volta.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2006
Indígenas de Raposa Serra do Sol lançam CD
(Fonte: matéria divulgada através da Lista de Literatura Indígena)
O CD tem 11 composições, em português, com estilo musical que varia entre forró e xote. Todas as músicas abordam a vida indígena na Raposa Serra do Sol e a luta das comunidades pela conquista da terra.
O Conselho Indígena de Roraima e a Oficina Tobagulê apresentam o CD Caxiri na Cuia – O Forró da Maloca. O lançamento aconteceu Assembléia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, na aldeia Maturuca, TI Raposa Serra do Sol.O CD tem 11 composições, em português, com estilo musical que varia entre forró e xote. Todas as músicas abordam a vida indígena na Raposa Serra do Sol e a luta das comunidades pela conquista da terra.A projeto do primeiro CD com músicas sobre a Raposa Serra do Sol foi possível devido a parceria entre o CIR e a Oficina Tabagulê, a responsável pela produção fonográfica. A Cese – Coordenação Ecumênica de Serviço patrocinou a execução do projeto.
Para adquirir Caxiri na Cuia – O Forro da Maloca, ao custo promocional de R$ 15, contatar com Mário Nicácio, através dos telefones 55 95 224-5761 ou 624-2452 ou pelo e-mail cirfinan@terra.com.br
Toda a arrecadação com a venda será revertido na compra de instrumetos musicais necessários para a gravação de novos CDs.
(Fonte: matéria divulgada através da Lista de Literatura Indígena)
O CD tem 11 composições, em português, com estilo musical que varia entre forró e xote. Todas as músicas abordam a vida indígena na Raposa Serra do Sol e a luta das comunidades pela conquista da terra.
O Conselho Indígena de Roraima e a Oficina Tobagulê apresentam o CD Caxiri na Cuia – O Forró da Maloca. O lançamento aconteceu Assembléia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, na aldeia Maturuca, TI Raposa Serra do Sol.O CD tem 11 composições, em português, com estilo musical que varia entre forró e xote. Todas as músicas abordam a vida indígena na Raposa Serra do Sol e a luta das comunidades pela conquista da terra.A projeto do primeiro CD com músicas sobre a Raposa Serra do Sol foi possível devido a parceria entre o CIR e a Oficina Tabagulê, a responsável pela produção fonográfica. A Cese – Coordenação Ecumênica de Serviço patrocinou a execução do projeto.
Para adquirir Caxiri na Cuia – O Forro da Maloca, ao custo promocional de R$ 15, contatar com Mário Nicácio, através dos telefones 55 95 224-5761 ou 624-2452 ou pelo e-mail cirfinan@terra.com.br
Toda a arrecadação com a venda será revertido na compra de instrumetos musicais necessários para a gravação de novos CDs.
domingo, 8 de janeiro de 2006
Família guarani-caiuá, que foi despejada do acampamento em Antônio João; Cristine, no colo da mãe, perdeu 1,7 kg após o despejo (Ademir Almeida / Folha Imagem)
QUESTÃO INDÍGENA
Para órgão, governo e Judiciário falharam na proteção ao direito à terra
(Fonte: Folha On line - matéria indicada pelo amigo Florêncio do blog Indígena Sim! )
Brasil abandonou índios, diz Anistia
(Fábio Victor - de Londres)
Em comunicado emitido ontem à imprensa mundial, a Anistia Internacional afirmou que o governo e o Judiciário brasileiros fracassaram na proteção ao direito dos índios à terra.
A manifestação foi motivada episódios envolvendo indígenas guaranis-caiuás em Mato Grosso do Sul, na região da fronteira com o Paraguai. Em 15 de dezembro, cerca de 700 índios foram retirados, pela Polícia Federal, de uma terra em disputa na cidade de Antônio João e está acampado à beira da rodovia MS-384. Nove dias depois, o índio Dorvalino Rocha, 39, foi morto com um tiro no peito. O autor do crime foi, segundo a Anistia e membros da Fundação Nacional do Índio, um segurança contratado por fazendeiros.
"No Brasil, a população indígena continua a sofrer violência e severa situação de pobreza como resultado do fracasso do governo e do Judiciário em proteger seu direito constitucional à terra", afirma a nota, intitulada "Brasil: Governo e Judiciário abandonam povos indígenas mais uma vez".
A Anistia diz que a PF, apoiada por fazendeiros, usou violência na retirada dos índios de sua "terra ancestral" (uma mulher teria sofrido aborto) e que os guaranis-caiuás acampados estão sem comida nem abrigo. Os guaranis-caiuás são uma das etnias mais afetadas pela miséria no Brasil. Em 2005, ao menos 15 crianças morreram de desnutrição.
O Judiciário é responsabilizado por ter determinado o despejo -a PF atendeu a uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim. A área de 9.300 hectares disputada com os fazendeiros foi homologada como terra indígena em março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a decisão judicial mantém os guaranis-caiuás fora das terras.
Citando um relatório do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), a Anistia informa que Rocha foi o 38º ativista indígena morto em 2005, o maior número em mais de uma década. Vinte e oito mortes aconteceram em MS.
A Anistia disse ter alertado o governo que o despejo traria mais violência aos guaranis-caiuás. "Havia grandes expectativas em relação ao governo Lula, que começou prometendo homologar todas as terras indígenas. Apenas parte das terras foi homologada, e verificamos que os problemas continuam os mesmos de outros governos", disse à Folha Patrick Wilcken, pesquisador da Anistia para a questão indígena no Brasil.
QUESTÃO INDÍGENA
Para órgão, governo e Judiciário falharam na proteção ao direito à terra
(Fonte: Folha On line - matéria indicada pelo amigo Florêncio do blog Indígena Sim! )
Brasil abandonou índios, diz Anistia
(Fábio Victor - de Londres)
Em comunicado emitido ontem à imprensa mundial, a Anistia Internacional afirmou que o governo e o Judiciário brasileiros fracassaram na proteção ao direito dos índios à terra.
A manifestação foi motivada episódios envolvendo indígenas guaranis-caiuás em Mato Grosso do Sul, na região da fronteira com o Paraguai. Em 15 de dezembro, cerca de 700 índios foram retirados, pela Polícia Federal, de uma terra em disputa na cidade de Antônio João e está acampado à beira da rodovia MS-384. Nove dias depois, o índio Dorvalino Rocha, 39, foi morto com um tiro no peito. O autor do crime foi, segundo a Anistia e membros da Fundação Nacional do Índio, um segurança contratado por fazendeiros.
"No Brasil, a população indígena continua a sofrer violência e severa situação de pobreza como resultado do fracasso do governo e do Judiciário em proteger seu direito constitucional à terra", afirma a nota, intitulada "Brasil: Governo e Judiciário abandonam povos indígenas mais uma vez".
A Anistia diz que a PF, apoiada por fazendeiros, usou violência na retirada dos índios de sua "terra ancestral" (uma mulher teria sofrido aborto) e que os guaranis-caiuás acampados estão sem comida nem abrigo. Os guaranis-caiuás são uma das etnias mais afetadas pela miséria no Brasil. Em 2005, ao menos 15 crianças morreram de desnutrição.
O Judiciário é responsabilizado por ter determinado o despejo -a PF atendeu a uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim. A área de 9.300 hectares disputada com os fazendeiros foi homologada como terra indígena em março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a decisão judicial mantém os guaranis-caiuás fora das terras.
Citando um relatório do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), a Anistia informa que Rocha foi o 38º ativista indígena morto em 2005, o maior número em mais de uma década. Vinte e oito mortes aconteceram em MS.
A Anistia disse ter alertado o governo que o despejo traria mais violência aos guaranis-caiuás. "Havia grandes expectativas em relação ao governo Lula, que começou prometendo homologar todas as terras indígenas. Apenas parte das terras foi homologada, e verificamos que os problemas continuam os mesmos de outros governos", disse à Folha Patrick Wilcken, pesquisador da Anistia para a questão indígena no Brasil.
sábado, 7 de janeiro de 2006
II JOGOS ESCOLARES PANKARARU
(Fonte: site Índios On line)
O II Jogos Escolares Indígenas Pankararu, que este ano foram realizados nos dias 19 e 20 de Dezembro, nas aldeias Brejos dos Padres e Saco dos Barros, tiveram presentes cerca de duzentos e cinqüenta alunos e trinta professores das Escolas Indígenas Pankararu.Os Jogos Escolares Indígenas Pankararu foram realizados pela COEP – Central de Organização das Escolas Pankararu e pelos alunos das escolas Pankararu.
Foram idealizados e coordenados pelo professor de Educação Física Diferenciada Pankararu Alexandre dos Santos, com a intenção de, através do esporte e as manifestações culturais do povo, preservar a cultura e valorizar a identidade étnica fortalecendo os jovens alunos Pankararu em suas tradições e ritos. Os jogos escolares tiveram modalidades esportivas tradicionais Pankararu como, 1) Luta dos Guerreiros Pankararu, 2) Bate Gancho, 3) Puxada do Cipó, 4) Arremesso de Lança e 5) Arco e Flecha, bem como as modalidades não tradicionais: Futebol de Campo, Futebol de Salão, Corrida de 100m e Corrida de 2.000m, todas as modalidades com exceção da Luta dos Guerreiros Pankararu e Bate Gancho, tiveram a participação de índias e índios.
(Fonte: site Índios On line)
O II Jogos Escolares Indígenas Pankararu, que este ano foram realizados nos dias 19 e 20 de Dezembro, nas aldeias Brejos dos Padres e Saco dos Barros, tiveram presentes cerca de duzentos e cinqüenta alunos e trinta professores das Escolas Indígenas Pankararu.Os Jogos Escolares Indígenas Pankararu foram realizados pela COEP – Central de Organização das Escolas Pankararu e pelos alunos das escolas Pankararu.
Foram idealizados e coordenados pelo professor de Educação Física Diferenciada Pankararu Alexandre dos Santos, com a intenção de, através do esporte e as manifestações culturais do povo, preservar a cultura e valorizar a identidade étnica fortalecendo os jovens alunos Pankararu em suas tradições e ritos. Os jogos escolares tiveram modalidades esportivas tradicionais Pankararu como, 1) Luta dos Guerreiros Pankararu, 2) Bate Gancho, 3) Puxada do Cipó, 4) Arremesso de Lança e 5) Arco e Flecha, bem como as modalidades não tradicionais: Futebol de Campo, Futebol de Salão, Corrida de 100m e Corrida de 2.000m, todas as modalidades com exceção da Luta dos Guerreiros Pankararu e Bate Gancho, tiveram a participação de índias e índios.
Relato da visita a uma aldeia Guajajara no Maranhão
(por Luiz Rosado Costa)
O autor do site Nheengatu Tupi com os índios Guajajaras da aldeia Morro Branco
Viajando de férias em janeiro fui visitar um tio em Grajaú e já na estrada vi várias reservas indígenas, a maioria com nomes em português, o que me fez pensar que já eram índios totalmente aculturados. No dia seguinte consegui uma autorização para visitar a aldeia Morro Branco dos índios guajajaras, ao chegar na aldeia aquele pensamento que tive ao passar pelas aldeias da estrada me voltou a cabeça; as “ocas” eram na maioria feitas de tijolos ou pau a pique, a aldeia em sua grande parte tinha luz elétrica, fui muito bem recebido pelos índios que falavam um português muito fluente sem sotaque nenhum, após algum tempo de conversa tomei coragem de perguntar sobre a língua deles se alguém ainda se lembrava da primitiva língua dos guajajaras, não tive como resposta um sim ou não mas uma animada conversa entre eles em seu próprio dialeto, arrisquei algumas palavras usando o pouco que sei do Tembé que é uma língua muito parecida mas era muito difícil a comunicação pois eles falam extremamente rápido, o que dificulta o entendimento de quem não tem o hábito de ouvir o tupi todos os dias. Notei que eu tinha visto quase todos da aldeia, menos o pajé. Enquanto eu tentava identificar essa singular figura das tribos indígenas brasileiras o cacique foi me ensinando algumas palavras do Guajajara me mostrando os objetos e dizendo seus nomes em tembé ou ensinando algunmas frases como “y emure hé pá” (eu quero água), antes que eu pudesse perguntar sobre o pajé a minha dúvida já foi prontamente esclarecida quando ele retirou um terço do bolso e disse: isso é “karaí ma´é” (coisa de branco)... Na saída da aldeia o que senti foi uma centenária cultura agonizante que tenta resistir, mesmo que discretamente, às “karaí ma´é” que os circundam e os invadem cada vez mais.
(por Luiz Rosado Costa)
O autor do site Nheengatu Tupi com os índios Guajajaras da aldeia Morro Branco
Viajando de férias em janeiro fui visitar um tio em Grajaú e já na estrada vi várias reservas indígenas, a maioria com nomes em português, o que me fez pensar que já eram índios totalmente aculturados. No dia seguinte consegui uma autorização para visitar a aldeia Morro Branco dos índios guajajaras, ao chegar na aldeia aquele pensamento que tive ao passar pelas aldeias da estrada me voltou a cabeça; as “ocas” eram na maioria feitas de tijolos ou pau a pique, a aldeia em sua grande parte tinha luz elétrica, fui muito bem recebido pelos índios que falavam um português muito fluente sem sotaque nenhum, após algum tempo de conversa tomei coragem de perguntar sobre a língua deles se alguém ainda se lembrava da primitiva língua dos guajajaras, não tive como resposta um sim ou não mas uma animada conversa entre eles em seu próprio dialeto, arrisquei algumas palavras usando o pouco que sei do Tembé que é uma língua muito parecida mas era muito difícil a comunicação pois eles falam extremamente rápido, o que dificulta o entendimento de quem não tem o hábito de ouvir o tupi todos os dias. Notei que eu tinha visto quase todos da aldeia, menos o pajé. Enquanto eu tentava identificar essa singular figura das tribos indígenas brasileiras o cacique foi me ensinando algumas palavras do Guajajara me mostrando os objetos e dizendo seus nomes em tembé ou ensinando algunmas frases como “y emure hé pá” (eu quero água), antes que eu pudesse perguntar sobre o pajé a minha dúvida já foi prontamente esclarecida quando ele retirou um terço do bolso e disse: isso é “karaí ma´é” (coisa de branco)... Na saída da aldeia o que senti foi uma centenária cultura agonizante que tenta resistir, mesmo que discretamente, às “karaí ma´é” que os circundam e os invadem cada vez mais.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2006
Rio Olho D´Água no Pantanal (Fonte da imagem)
Relatório revela que o Pantanal pode desaparecer caso o desmatamento continue
Danielle (Jordan / Fonte: AmbienteBrasil)
A Rede Globo que se apresse, caso seja confirmada a informação divulgada em vários sites no final de 2005, de que a emissora teria adquirido os direitos para uma refilmagem da novela Pantanal, exibida na Rede Manchete em 1990. Segundo um levantamento feito recentemente pela ONG Conservação Internacional, CI-Brasil, analisando a vegetação nativa ainda existente na Bacia do Alto Rio Paraguai - BAP -, e do Pantanal brasileiro (nela inserido), o Pantanal pode desparecer até 2051, caso o desmatamento não seja freado.A “Estimativa de perda da área natural da Bacia do Alto Paraguai e Pantanal Brasileiro” foi feita a partir de comparações das imagens por satélites entre a porção de vegetação ainda nativa e a área que teve sua vegetação original suprimida. Segundo o estudo, a agropecuária e as carvoarias são os principais fatores de risco à conservação da região.O objetivo do levantamento foi estimar qual a área da Bacia do Alto Paraguai já teve sua vegetação suprimida, segundo Sandro Menezes Silva, gerente do Programa do Pantanal Conservação Internacional, CI-Brasil. Os dados revelaram que cerca de 44,5% da área total, aproximadamente 161.845 km2, da BAP já foi desmatada, incluindo os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Levando em consideração as regiões de planaltos e planícies, “as partes onde se localizam as nascentes dos rios que formam o Pantanal”, de acordo com Menezes, o maior percentual de área desmatada fica nos planaltos, representando 63% desta região, enquanto na planície o valor estimado foi de 17,5%. Os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram os percentuais de 45% e 55%, respectivamente.Um dado preocupante, segundo Menezes, é o número de licenças para desmatamento expedidas no Mato Grosso durante o levantamento. Foram mais de 1.200 licenças entre janeiro de 2002 e setembro de 2004, segundo ele, o que representa uma área pouco maior que 250.000 ha de área licenciada para desmate. Diante desta situação, Menezes faz o alerta: “estima-se que o Pantanal desaparecerá dentro dos próximos 45 anos”. O ritmo atual de supressão da cobertura vegetal, de 2,3% ao ano, será fatal para a região. Juntamente com a vegetação, será vitimado um conjunto de ambientes e de espécies animais e vegetais, “que fazem desta região uma das mais importantes áreas úmidas do planeta” - conforme ele destaca.Menezes alerta para as conseqüências, caso nada seja feito para reverter tal situação. Segundo ele, haverá a completa descaracterização dos rios que formam o Pantanal. “Com conseqüências severas sobre os ciclos hidrológicos da região, sobre o clima regional e, principalmente, sobre a biota relacionada”, diz ele. “E com perdas de biodiversidade que dificilmente poderão ser reparadas ou minimizadas”, completa.Espécies ameaçadas como a arara-azul, o cervo-do-pantanal e a ariranha, que encontrariam condições de boa qualidade ambiental, também serão afetadas pelo desmatamento no Pantanal. O relatório sugere algumas recomendações para que o desmatamento na região da BAP seja ao menos minimizado, a exemplo da revisão da legislação referente às áreas de proteção permanente e reservas legais. “Considerando suas características ambientais ímpares e que fazem dele uma área única no mundo, o Pantanal merece atenção especial de todos”, exorta Menezes. Segundo ele, seria necessária uma série de medidas, entre elas a unificação das ações e políticas públicas dos estados que têm áreas no Pantanal (MT e MS) e a intensificação da fiscalização por parte dos órgãos públicos, coibindo ações irregulares.
Relatório revela que o Pantanal pode desaparecer caso o desmatamento continue
Danielle (Jordan / Fonte: AmbienteBrasil)
A Rede Globo que se apresse, caso seja confirmada a informação divulgada em vários sites no final de 2005, de que a emissora teria adquirido os direitos para uma refilmagem da novela Pantanal, exibida na Rede Manchete em 1990. Segundo um levantamento feito recentemente pela ONG Conservação Internacional, CI-Brasil, analisando a vegetação nativa ainda existente na Bacia do Alto Rio Paraguai - BAP -, e do Pantanal brasileiro (nela inserido), o Pantanal pode desparecer até 2051, caso o desmatamento não seja freado.A “Estimativa de perda da área natural da Bacia do Alto Paraguai e Pantanal Brasileiro” foi feita a partir de comparações das imagens por satélites entre a porção de vegetação ainda nativa e a área que teve sua vegetação original suprimida. Segundo o estudo, a agropecuária e as carvoarias são os principais fatores de risco à conservação da região.O objetivo do levantamento foi estimar qual a área da Bacia do Alto Paraguai já teve sua vegetação suprimida, segundo Sandro Menezes Silva, gerente do Programa do Pantanal Conservação Internacional, CI-Brasil. Os dados revelaram que cerca de 44,5% da área total, aproximadamente 161.845 km2, da BAP já foi desmatada, incluindo os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Levando em consideração as regiões de planaltos e planícies, “as partes onde se localizam as nascentes dos rios que formam o Pantanal”, de acordo com Menezes, o maior percentual de área desmatada fica nos planaltos, representando 63% desta região, enquanto na planície o valor estimado foi de 17,5%. Os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram os percentuais de 45% e 55%, respectivamente.Um dado preocupante, segundo Menezes, é o número de licenças para desmatamento expedidas no Mato Grosso durante o levantamento. Foram mais de 1.200 licenças entre janeiro de 2002 e setembro de 2004, segundo ele, o que representa uma área pouco maior que 250.000 ha de área licenciada para desmate. Diante desta situação, Menezes faz o alerta: “estima-se que o Pantanal desaparecerá dentro dos próximos 45 anos”. O ritmo atual de supressão da cobertura vegetal, de 2,3% ao ano, será fatal para a região. Juntamente com a vegetação, será vitimado um conjunto de ambientes e de espécies animais e vegetais, “que fazem desta região uma das mais importantes áreas úmidas do planeta” - conforme ele destaca.Menezes alerta para as conseqüências, caso nada seja feito para reverter tal situação. Segundo ele, haverá a completa descaracterização dos rios que formam o Pantanal. “Com conseqüências severas sobre os ciclos hidrológicos da região, sobre o clima regional e, principalmente, sobre a biota relacionada”, diz ele. “E com perdas de biodiversidade que dificilmente poderão ser reparadas ou minimizadas”, completa.Espécies ameaçadas como a arara-azul, o cervo-do-pantanal e a ariranha, que encontrariam condições de boa qualidade ambiental, também serão afetadas pelo desmatamento no Pantanal. O relatório sugere algumas recomendações para que o desmatamento na região da BAP seja ao menos minimizado, a exemplo da revisão da legislação referente às áreas de proteção permanente e reservas legais. “Considerando suas características ambientais ímpares e que fazem dele uma área única no mundo, o Pantanal merece atenção especial de todos”, exorta Menezes. Segundo ele, seria necessária uma série de medidas, entre elas a unificação das ações e políticas públicas dos estados que têm áreas no Pantanal (MT e MS) e a intensificação da fiscalização por parte dos órgãos públicos, coibindo ações irregulares.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2006
Entre os índios Nambikwara, que habitam a divisa dos estados de Mato Grosso e Rondônia, alguns pajés possuem um cetro de madeira, que é um símbolo de sua qualificação especial. Os índios traduzem o nome dessa peça para português como "espada do pajé". Na língua Nambikwara ela se chama "Ualukatu". Acima, uma foto de uma dessas peças (Fonte: Boletim Iandé)
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