domingo, 28 de setembro de 2008


Fórum Social de Ivry, França
"Primeiro dia em França.
Fomos acolhidos pelo FORUM SOCIAL de IVRY (Ivry é o nome de município que fica do lado de Paris…Uma espécie de Lauro de Freitas para Salvador). O FORUM é uma associação de associações… São 24 associações ( ATTAC, VIE, Emmaus, FIT…) que se reagrupam em REDE para lutar juntar-se em objetivos comuns. Como todas as associações lutam pelos direitos humanos… A causa indígena esta sendo muito bem acolhida. Chegamos e fomos muito bem acolhidos… Chantal, Guillaume, Jaques, Français, Jean Gui…
E fomos para PARIS para nossa primeira CONFERENCIA DE PRENSA…Tivemos 3 jornalistas:
1)Athur SILVA – Chefe de Redação da RADIO ALFA – uma rádio em português para Franca….Existem 1.500.000 pessoas na Franca falam português… De vários paises de áfrica, de Portugal… www.radioalfa.net
2)Fernando FERNANDEZ-FLORES – Jornalista responsável de assuntos internacionais para a AGENCIA FRANCE-PRESSE (AFP)
3) Annet da Radio LIBERTER
Que durante duas horas ouviram aos indígenas e fizeram perguntas…e gravar entrevistas.
Ayrá: “Quando um índio luta pelos seus direitos leva bala, mas ainda assim nós continuamos lutando”

Atiã: “Nós Pankararu somos a favor da revitalização do Rio São Francisco e não da transposição… A transposição seria só em beneficio só dos políticos, matando o povo: indígenas, riberinhos, quilombolas…” Nós moramos na margem do rio, a três quilômetros, mas não temos água potável e nem irrigação, não temos nenhum projeto de sustentabilidade funcionando, temos os índios passando fome…”
Yakuy: “Nós indígenas estamos cuidando do Planeta mas estamos muitos preocupados com o rumo das coisas, esperamos ter a solidariedade da Franca para revitalizar a Natureza. E no nosso Brasil o governo quer nos tratar como crianças, acham que nos dando um bom-bom vão calar nossas bocas. Para nós os “brancos”são como arvores sem raiz mas cheios de verniz e a justiça é como as cobras só pega quem anda com os pés descalços.”

quinta-feira, 25 de setembro de 2008


Fotos: Lídia Pantoja - enviadas para a Lista de Literatura Indígena por Altamiro, do blog Impressões Amazônicas - Abaixo segue um texto escrito por ele)

Yanomami
"Quando falamos em Yanomami, na verdade estamos falando de quatro grupos distintos, que partilham a mesma área geográfica, línguas do mesmo tronco (como o português, o espanhol e o francês) e hábitos parecidos: os Yanomami, Yanomáim, Sanumã e Xiriana. Alguns laços unem todos estes grupos, um é o estranho hábito de usar fumo mascado na gengiva, de forma que vá soltando seu sabor aos poucos. As pessoas ficam com aspecto diferente, parecem que tem os lábios inchados. As mulheres usam enfeites no rosto, espetos longos, que não são usados pelos homens. Elas também usam flores em lugar de brincos, o que é muito bonito. Usam muito menos enfeites que os Kaiapó e se pintam muito pouco. Recentemente atendi no pronto-socorro um indiozinho que vinha pintado, com a mãe pintada e com muitas miçangas, mas isto é bastante raro. Nada como as cores dos Kaiapó. Por outro lado, diferente do vestido Kaiapó, ela vinha com os seios de fora e somente uma tanga, bem mais genuíno. Eles ainda praticam muito infanticídio, sendo esta uma importante causa morte. Se a criança é fraca, defeituosa ou com algum problema, a mãe pode simplesmente parar de cuidar ou até objetivamente matá-lo. Parece algo cruel, mas vivendo em uma selva, com dificuldade de recursos, isso nada mais é do que instinto de sobrevivência. Por este motivo, como comentei, as crianças só tem nome quando "vingam", isto é, ficam mais velhos. Até lá são tratadas simplesmente por "filhos". Descobri outra coisa interessante. Embora eles já tenham seus nomes "de branco", a maioria tem outros nomes, que são "ocultos". Isto porque uma das maiores ofensas para um Yanomami é ter seu nome proferido em voz alta. Quando o nome é falado, um espírito que esteja próximo pode se apoderar do nome e fazer mal a pessoa. Assim, eles só falam seus nomes em voz baixa e em situações especiais. Falar o nome de alguém alto é uma ofensa gravíssima, pior do que xingar a mãe. Por este motivo, quando os brancos lhes deram nomes, eles com certeza agradeceram, pois não precisaram usar seus nomes tão bem protegidos. Entre eles é comum chamarem-se de "amigos", "irmão" e outros nomes carinhosos." (Altamiro)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

sábado, 20 de setembro de 2008

Gisele Bündchen fica nua pelo reflorestamento
(Fonte:
Abril)

A top estréia campanha de sua grife de sandálias no domingo (21)
Da Redação

Depois de aparecer vestida com um “roupa de água” para divulgar suas sandálias da grife Grendene, a top Gisele Bündchen vira ecológica e estréia campanha nestes domingo, 21, com um visual parecido ao de hera venenosa, a vilã do herói dos quadrinhos Batman - confira a imagem ao lado. Mas de maldade o anúncio não tem nada: Gisele aparece nua e envolta por plantas para pedir que as brasileiras ajudem no reflorestamento do país. Comprando sandálias da marca, afirma a campanha, parte do dinheiro arrecadado vai para o programa Florestas do Futuro, da Fundação SOS Mata Atlântica.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A música dos índios tabajaras - violonistas que se tornaram lendários
(
Fonte)
Mussapere e Herundi são os nomes indígenas Natalício e Antenor Lima (o sobrenome Lima foi adotado em reverência ao tenente Moreyra Lima). Ambos são índios da tribo dos Tabajaras e que falavam apenas Tupi e aprenderam português apenas a partir dos 10 anos de idade. Natalício (também conhecido como Nato) provavelmente tem 88 anos de idade agora (2007), mas ninguém sabe com certeza, uma vez que os índios brasileiros não tiravam certidão de nascimento. Eles nasceram no interior do Ceará.Os irmãos nunca haviam visto instrumentos de "homem branco" até que a primeira expedição militar chegou ao acampamento da tribo e o primeiro instrumento que eles ouviram foi a corneta tocada por um dos soldados. Depois que o exército seguiu adiante, eles decidiram deixar a tribo e seguir viagem pelo país, primeiro indo até Fortaleza a pé. Eles continuaram a caminhada, parando em muitos lugares até chegarem ao Rio de Janeiro (um total de aproximadamente 2,700km, que eles levaram mais de 3 anos para completar). Foi durante essa longa viagem que eles primeiro pegaram num violão e começaram a aprender o básico do instrumento.Uma vez chegando ao Rio de Janeiro, eles começaram a tocar violão e cantar músicas indígenas nas ruas da cidade e conseguiram sobreviver decentemente com essa atividade, chegando até mesmo a comprar uma casa. À medida em que foram ficando conhecidos, eles começaram a tocar no rádio, o que os teria levado ao Chile, onde ouviram música clássica pela primeira vez. Eles se apaixonaram pela música de Chopin e decidiram aprender a ler partitura e transcrever peças para o violão.Musicalmente falando, é muito difícil encontrar uma explicação para os Tabajaras. Eles são auto-didatas, com uma velocidade e precisão impressionantes. Nato Lima aprendeu a tocar de palheta e de dedos, mas no final misturou ambos, ele tinha uma pequena palheta amarrada ao polegar e conseguia alternar ambos os estilos de maneira extremamente eficiente. Em 1953, os irmãos chegaram aos EUA e acabaram sendo contratados pela RCA Victor através de um amigo que eles encontraram acidentalmente em Nova Iorque quando estava brincando de arremessar bolas de neve um contra o outro.Nos EUA, os Tabajaras não chamaram muito a atenção logo no início. O fator "exotismo" acabou se revelando importante no desenvolvimento de suas carreiras e assim que eles começaram a aparecer na TV, eles se tornaram um sucesso retumbante, vendendo milhões de LP que misturavam uma variedade de estilos como jazz, bossa nova, clássico, bolero, e também música folclórica. Eles também se aventuraram a cantar em inglês, espanhol e português.
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CLIQUE AQUI para assistir um raro vídeo que mostra os Tabajaras tocando O Vôo do Besouro, de Rimsky-Korsakov:

sábado, 13 de setembro de 2008

(Fonte da imagem)

Projeto Café com Floresta
(Fonte das informações:
Ipê - Instituto de Pesquisas Ecológicas)

O Projeto Café com Floresta, realizado desde 2001 com agricultores assentados pelo processo de reforma agrária no Pontal do Paranapanema, é baseado na implementação de um sistema diversificado, que associa o café (Coffea arábica L.) com o cultivo de culturas anuais como feijão, milho, mandioca, entre outras, e que, além disso, implanta na mesma área de cultivo, espécies de árvores nativas da Mata Atlântica, como Ingá, Louro Pardo, Timburi, Ficheira e tantas outras.

• Promover a conservação e o reflorestamento da Mata Atlântica por meio do cultivo sustentável do café orgânico, aliado ao plantio de árvores nativas da floresta, que funcionam como trampolins ecológicos, ajudando na movimentação dos animais de um fragmento de mata a outro;
• Introduzir uma nova maneira de plantar café, que foge ao processo tradicional, sem uso de agrotóxicos, colhido quando maduro e que é importante para a conservação da região - replantam árvores nativas que dão sombra e protegem a plantação de geadas e outros impactos naturais;
• Oferecer uma alternativa de renda que pode vir a ser significativa aos assentados do Pontal, com práticas que enriquecem a paisagem e promovem a valorização da natureza da região;
• Oferecer ao mercado um café de qualidade, que pode atingir a classificação gourmet, sem produtos químicos e com o valor agregado por beneficiar famílias de assentados que enfrentam desafios para a sua sobrevivência.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008



Recebi de presente da amiga Márcia Clarinha estes lindos peixinhos e as borboletas que estão voando na Floresta :))

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Algumas comidas da tribo Bakairí. Esses índios estão localizados nos municípios de Nobres, localizada à 300 km de Cuiabá, e Paranatinga à 500 km de Cuiabá (Clique aqui para saber mais sobre os Bakairí)

Alimentos Indígenas
(Fonte das informações: Iandé - Boletim de Histórias)
O escritor paraense Abguar Bastos realizou uma extensa pesquisa sobre a preferência alimentar de vários grupos indígenas. Para descrever o resultado de seus estudos ele usou o termo "pantofagia", ou seja, o ato de comer de tudo.
Ele propôs uma divisão dos alimentos consumidos pelos índios em certas categorias: de resguardo, interditos, compensatórios, privativos e sagrados.
Os alimentos de resguardo são aqueles incentivados ou proibidos de serem consumidos durante um período ligado a um rito de passagem. Os alimentos probidos, se forem absorvidos durante esse período, podem trazer consequências graves, tanto para a pessoa que os comeu quanto para seus parentes próximos. Entre os índios Bororo, do Mato Grosso, as mães que davam à luz não comiam carne de tatu nem de tartaruga, senão seus bebês podiam ficar raquíticos. Entre os Urubu-Kaapor, do Maranhão, as meninas que estão prestes a menstruar pela primeira vez tomam uma sopa de aipim - "para esquentar a vagina" - e apenas podem comer tartaruga-branca, os peixes mandi e aracu, e chibé (farinha seca diluída na água).
Os alimentos interditos são aqueles proibidos a toda a comunidade indígena, como fêmeas grávidas ou animais considerados mágicos. Os Kaingang, do sul do Brasil, e os Rikbaktsa, do norte do Mato Grosso, não comem tamanduás. Os Kaingang dizem que são gratos ao tamanduá, que ensinou alguns cantos e danças para os índios. Entre outros exemplos: os índios Xikrin (do Pará) não comem o peixe jaú, os Karajá (do Tocantins) não comem tatu, os Tapirapé (do Mato Grosso) não comem preguiça... É comum que os índios comam a carne de macacos, mas há sempre alguma espécie que não é consumida. Geralmente o motivo é - segundo as lendas - que aquela espécie já foi um humano que se transformou em tempos passados.
Alimentos recompensatórios são geralmente reservados aos homens que realizam alguma atividade muito trabalhosa. Era habitual entre os índios Bakairi, do Mato Grosso, que os homens ganhassem alimentos de todos da aldeia, antes de partirem para a caça. Entre os índios Krahò, do Tocantins, persiste um costume realizado de tempos em tempos, que fortalece a amizade entre as famílias: todos os homens saem para a mata em busca de um alimento. Quando voltam à aldeia, oferecem esse alimento a uma mulher que não seja sua própria esposa, que retribui a gentileza com uma comida preparada por ela própria. Uma espécie de troca de presentes.
Os alimentos privativos são aqueles reservados a certos indivíduos ou grupos. Entre os índios Suyá, do Mato Grosso, apenas os homens podem comer os miúdos da anta. Também só os homens, entre os Rikbaktsa, comem a cabeça de macacos e porcos-do-mato.
Por fim, o escritor Abguar Bastos chama alguns alimentos de "sagrados". Ele reúne nessa categoria os alimentos que sofrem uma influência espiritual, antes de serem consumidos. Por exemplo: os pajés dos índios Marubo, do sudoeste do Amazonas, usam o canto para curar as doenças. Há casos em que esses pajés cantam sobre um pote de mingau, que depois é oferecido ao índio doente. Isso ocorre também entre os índios Baniwa, do norte do Amazonas. Durante a festa Kariana, um rito de passagem feminino, os pajés benzem e jogam fumaça sobre a comida que será consumida pelas meninas; normalmente beiju com molho de pimenta, peixe cozido e uma cabeça de peixe. Entre os índios Wanana, do alto Rio Negro - noroeste amazônico, os pajés benzem também o leite materno que é oferecido às crianças durante a cerimônia de batismo.

domingo, 7 de setembro de 2008

O macaco “BoonLua”, de 6 anos, que há três anos sofreu amputação das pernas e de um braço após ser atacado por cães em Bangcoc, convive agora, harmoniosamente, com o coelho “Toby”. Ao quase ser destroçado, ele se arrastou para um templo da província de Ayuthaya, foi acolhido, recebeu tratamento médico e sobrevive com a ajuda de seu “novo amigo”. (Foto: Sukree Sukplang/Reuters - Fonte: G1) (Essa bela história foi indicada pela amiga Ana de Toledo)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008


O urso pardo é o maior da espécie e um dos carnívoros mais agressivos do planeta. Mas as caretas e brincadeiras destes dois animais do Zoológico de Augsburg, no sul da Alemanha, explicam bem porque eles são inspiração para os brinquedos de pelúcia. (Fonte: Época - Blog Animal)