Índios querem trocar Funai por ministério (Fonte)
Em janeiro deste ano, os indíos ocuparam a sede da Funai, em Manaus durante vários dias para forçar a substituição dos dirigentes do órgão
A proposta de uma nova política indígena para o Brasil substitui a “velha e ultrapassada Funai” (Fundação Nacional do Índio) por um ministério ou uma secretaria, coloca os pajés na equipe de saúde, contempla um programa de desenvolvimento sustentável e garante aos índios representatividade no Legislativo. Desde ontem, aproximadamente 350 lideranças do Amazonas e Roraima estão reunidas numa conferência regional discutindo a proposta que será levada à conferência nacional marcada para março do ano que vem, em Brasília.
Comparando com os avanços dos povos indígenas, a Funai está ultrapassada, em pelo menos 50 anos, e precisa ser atualizada, dizem as lideranças. O modelo proposto é de um órgão com autonomia política, administrativa e orçamentária.
Durante muitos anos uma das principais reivindicações era a demarcação das terras, hoje os índios sabem que é preciso ir mais além, tendo em vista às invasões que ocorrem. O presidente da Confederação das Organizações indígenas e Povos do Amazonas (Coiam), Estevão Barreto, 41, acha que um programa de desenvolvimento sustentável poderá criar condições para manter o homem na área, evitando a migração para os centros urbanos em busca de melhores condições de vida. Manter os índios na área também será uma forma de conter as invasões. Barreto, da etnia tucano, diz que o Programa Amazonas Indígena lançado pelo Governo com a promessa de dar sustentabilidade à população indígena ainda não saiu do papel.
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
Sábia natureza!
Grupo descobre por que brócolis protege contra câncer
(trecho de matéria publicada no site ambientebrasil )
O consumo de repolho, brócolis e outras verduras da mesma "família" pode reduzir o risco de câncer de pulmão em até 72%, indica um estudo da Iarc - Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer, publicado no jornal científico The Lancet. Esta proteção depende, entretanto, da presença ou não de determinados genes nas pessoas. Estes alimentos, incluindo o broto de feijão, são ricos em substâncias químicas chamadas isotiocianatos, tidos como protetores naturais contra o câncer de pulmão. Mas, para que elas façam efeito, é preciso que o corpo não as elimine, e aí está a descoberta dos pesquisadores.A equipe francesa constatou que os isotiocianatos deixam de ser eliminados quando a pessoa tem as versões inativas dos genes GSTM1 e GSTT1. Nas versões ativas, estes genes produzem enzimas "limpadoras" que removem determinadas toxinas do organismo, levando junto os isotiocianatos.
(BBC Brasil/ Estadão Online)
domingo, 30 de outubro de 2005
Homenagem ao aniversário de 336 anos de Manaus-AM (23 de outubro)
BOI BUMBÁ (Fonte)
A festa do Bumba-meu-boi ou Boi-bumbá tem suas origem no Nordeste do país, mas disseminou-se por quase todos os estados da Amazônia, em especial o Amazonas, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.
Na maioria das versões de boi-bumbá existentes em cada Estado, o enredo encenado é geralmente o mesmo. O tripa do boi é uma das peças mais importantes da brincadeira. É o homem que dança embaixo da “carcaça” do boi. O som fica por conta das toadas, com batuques de tambores, repiques, caixinhas e surdos. Esse é o boi em sua forma, digamos, mais original, que em muitas localidades da Amazônia ainda é reproduzido de forma eminentemente folclórica. Tanto que para muitos, esse boi original e primitivo em pouco ou nada se assemelha à grandiosa festa dos bois de Parintins, realizada no mês de julho, a cerca de 400 Km de Manaus, no Amazonas.
Garantido e Caprichoso
O imaginário indígena e figuras mitológicas como pajés e feiticeiros foram incorporados às tradições do boi. Por isso, durante o Festival Folclórico de Parintins, a cidade é chamada de “ilha Tupinambarana”. As cores vermelho e azul, que representam respectivamente os bois Garantido e Caprichoso, tomam conta do bumbódromo, espécie de arena construída especialmente para a realização da festa que acontece de 28 a 30 de julho.
Enredo
As apresentações dos bois em Parintins desenvolvem-se de acordo com um enredo que conta a história do negro Francisco, funcionário de uma fazenda e cuja mulher, Catirina, estava grávida. O estado “interessante” da mulher causou-lhe o desejo de comer a língua do boi mais estimado pelo dono da fazenda. Para que o filho não nascesse com cara de língua de boi, o jeito foi satisfazer o desejo da mulher.
Então, segundo o enredo, Francisco mata o boi preferido do patrão. O amo descobre e manda os índios caçarem Pai Francisco, que busca um pajé para fazer ressuscitar o boi. O boi renasce e tudo vira uma grande festa.
Para desenvolver o tema, cada boi leva cerca de 3 horas. São verdadeiros espetáculos de luzes e cores incluindo show pirotécnico nas aberturas de cada apresentação. Os bonecos gigantescos representando cada personagem da trama são um show à parte.
Cada uma das agremiações leva ao bumbódromo cerca de 5 mil brincantes a cada ano. Cerca de 35.000 pessoas prestigiam o espetáculo anualmente.
Curiosidades
A explicação mais corrente para a origem dos nomes dos bois Garantido e Caprichoso remonta a um amor proibido que o poeta Emídio Vieira teria cultivado pela mulher do repentista Lindolfo Monteverde. Ambos apresentavam seus bois todos os anos.
Como não podia ter a mulher de Monteverde, Emídio lançou o desafio: "Se cuide que este ano eu vou caprichar no meu boi". Ao que o repentista respondeu: "Pois capriche no seu que eu garanto o meu". A rivalidade cresceu entre os dois e, a cada ano, um queria ser melhor do que o outro. Os outros grupos de apresentação de bois foram ficando pelo caminho e apenas os Garantido de Monteverde e o Caprichoso de Vieira chegaram aos nossos dias.
Por falar em rivalidade, essa é uma das principais características da festa dos bois de Parintins. Apesar do respeito que é regra no bumbódromo onde as torcidas jamais devem vaiar a apresentação do boi adversário, há algumas nuances que demonstram a rivalidade das torcidas. Quando um torcedor do Garantido quer se referir ao Caprichoso, por exemplo, ele jamais menciona o nome do adversário, diz apenas “o contrário”. E vice-versa. Os músicos que tocam no Caprichoso formam a Marujada, enquanto os do Garantido são a Batucada. E por aí vai.
O fato é que, seja Garantido ou Caprichoso, ambos representam uma das maiores manifestações folclóricas de nosso povo.
BOI BUMBÁ (Fonte)
A festa do Bumba-meu-boi ou Boi-bumbá tem suas origem no Nordeste do país, mas disseminou-se por quase todos os estados da Amazônia, em especial o Amazonas, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.
Na maioria das versões de boi-bumbá existentes em cada Estado, o enredo encenado é geralmente o mesmo. O tripa do boi é uma das peças mais importantes da brincadeira. É o homem que dança embaixo da “carcaça” do boi. O som fica por conta das toadas, com batuques de tambores, repiques, caixinhas e surdos. Esse é o boi em sua forma, digamos, mais original, que em muitas localidades da Amazônia ainda é reproduzido de forma eminentemente folclórica. Tanto que para muitos, esse boi original e primitivo em pouco ou nada se assemelha à grandiosa festa dos bois de Parintins, realizada no mês de julho, a cerca de 400 Km de Manaus, no Amazonas.
Garantido e Caprichoso
O imaginário indígena e figuras mitológicas como pajés e feiticeiros foram incorporados às tradições do boi. Por isso, durante o Festival Folclórico de Parintins, a cidade é chamada de “ilha Tupinambarana”. As cores vermelho e azul, que representam respectivamente os bois Garantido e Caprichoso, tomam conta do bumbódromo, espécie de arena construída especialmente para a realização da festa que acontece de 28 a 30 de julho.
Enredo
As apresentações dos bois em Parintins desenvolvem-se de acordo com um enredo que conta a história do negro Francisco, funcionário de uma fazenda e cuja mulher, Catirina, estava grávida. O estado “interessante” da mulher causou-lhe o desejo de comer a língua do boi mais estimado pelo dono da fazenda. Para que o filho não nascesse com cara de língua de boi, o jeito foi satisfazer o desejo da mulher.
Então, segundo o enredo, Francisco mata o boi preferido do patrão. O amo descobre e manda os índios caçarem Pai Francisco, que busca um pajé para fazer ressuscitar o boi. O boi renasce e tudo vira uma grande festa.
Para desenvolver o tema, cada boi leva cerca de 3 horas. São verdadeiros espetáculos de luzes e cores incluindo show pirotécnico nas aberturas de cada apresentação. Os bonecos gigantescos representando cada personagem da trama são um show à parte.
Cada uma das agremiações leva ao bumbódromo cerca de 5 mil brincantes a cada ano. Cerca de 35.000 pessoas prestigiam o espetáculo anualmente.
Curiosidades
A explicação mais corrente para a origem dos nomes dos bois Garantido e Caprichoso remonta a um amor proibido que o poeta Emídio Vieira teria cultivado pela mulher do repentista Lindolfo Monteverde. Ambos apresentavam seus bois todos os anos.
Como não podia ter a mulher de Monteverde, Emídio lançou o desafio: "Se cuide que este ano eu vou caprichar no meu boi". Ao que o repentista respondeu: "Pois capriche no seu que eu garanto o meu". A rivalidade cresceu entre os dois e, a cada ano, um queria ser melhor do que o outro. Os outros grupos de apresentação de bois foram ficando pelo caminho e apenas os Garantido de Monteverde e o Caprichoso de Vieira chegaram aos nossos dias.
Por falar em rivalidade, essa é uma das principais características da festa dos bois de Parintins. Apesar do respeito que é regra no bumbódromo onde as torcidas jamais devem vaiar a apresentação do boi adversário, há algumas nuances que demonstram a rivalidade das torcidas. Quando um torcedor do Garantido quer se referir ao Caprichoso, por exemplo, ele jamais menciona o nome do adversário, diz apenas “o contrário”. E vice-versa. Os músicos que tocam no Caprichoso formam a Marujada, enquanto os do Garantido são a Batucada. E por aí vai.
O fato é que, seja Garantido ou Caprichoso, ambos representam uma das maiores manifestações folclóricas de nosso povo.
sábado, 29 de outubro de 2005
Crédito: Edward Truter (Fonte: site Thaimaçu)
Origem da Bacia Amazônia (Fonte)
A Bacia Amazônica surgiu a partir de uma seqüência de eventos geológicos, de mais de 420 milhões de anos, quando a América do Sul ainda era unida à África. A separação e a elevação dos Andes inverteram a corrente dos grandes lagos, que deram origem ao rio Amazonas.
Com o tempo, esses lagos foram recebendo sedimentos e a rede de drenagem foi ganhando a conformação atual.
Hoje, temperaturas constantes e chuvas intensas favorecem a flora amazônica. As diferenças no grau de umidade, no regime de inundação dos rios, na qualidade de solos, nos ventos e nas chuvas criaram um grande mosaico de formações vegetais bem distintas, ainda pouco conhecidas. É a somatória de todas as espécies que compõem a biodiversidade florística da Amazônia.
Origem da Bacia Amazônia (Fonte)
A Bacia Amazônica surgiu a partir de uma seqüência de eventos geológicos, de mais de 420 milhões de anos, quando a América do Sul ainda era unida à África. A separação e a elevação dos Andes inverteram a corrente dos grandes lagos, que deram origem ao rio Amazonas.
Com o tempo, esses lagos foram recebendo sedimentos e a rede de drenagem foi ganhando a conformação atual.
Hoje, temperaturas constantes e chuvas intensas favorecem a flora amazônica. As diferenças no grau de umidade, no regime de inundação dos rios, na qualidade de solos, nos ventos e nas chuvas criaram um grande mosaico de formações vegetais bem distintas, ainda pouco conhecidas. É a somatória de todas as espécies que compõem a biodiversidade florística da Amazônia.
sexta-feira, 28 de outubro de 2005
Panda Cam
Veja uma ursa panda com seu filhotinho no site do Animal Planet.
ou este lindo urso panda através da Web Cam do San Diego Zoo.
Veja uma ursa panda com seu filhotinho no site do Animal Planet.
ou este lindo urso panda através da Web Cam do San Diego Zoo.
Alma-de-gato Segundo uma lenda amazônica, a alma-de-gato possui um canto fatídico: quando canta à porta da casa de alguém, este está com os dias contados. Claro que isto não passa de lenda. Aliás, essa ave deve ser protegida, pois é muito útil ao agricultor. O exame de 155 estômagos de almas-de-gato evidenciou que estas aves são insetívoras e que 50% do conteúdo era de lagartas que atacam as nossas culturas.
A alma-de-gato é uma ave da família dos cucos; mede 50 cm de comprimento, dos quais2/3 pertencem à cauda, daí também ser conhecida como rabilonga. A cor é castanho-parda no dorso e cinza-ardósia na barriga. O pescoço e o peito são vermelho-acinzentados e a cauda tem penas escuras de pontas brancas. No norte do país é ainda conhecida como chincoã, tinguaçu e rabo-de-escrivão. Existem 7 subespécies ou raças geográficas dessa ave, encontrada na Venezuela, Guiana, em quase todo o território nacional, no Paraguai, Uruguai e norte da Argentina. Em outros Estados do Brasil são atribuídos à alma-de-gato ainda os seguintes nomes: meia-pataca, crocoió, alma-de-caboclo, atingaú, tincoã e rabo-de-palha.
(Lúcia Helena Salvetti De Cicco, Diretora de Conteúdo e Editora Chefe - do site: Saúde Animal )
A alma-de-gato é uma ave da família dos cucos; mede 50 cm de comprimento, dos quais2/3 pertencem à cauda, daí também ser conhecida como rabilonga. A cor é castanho-parda no dorso e cinza-ardósia na barriga. O pescoço e o peito são vermelho-acinzentados e a cauda tem penas escuras de pontas brancas. No norte do país é ainda conhecida como chincoã, tinguaçu e rabo-de-escrivão. Existem 7 subespécies ou raças geográficas dessa ave, encontrada na Venezuela, Guiana, em quase todo o território nacional, no Paraguai, Uruguai e norte da Argentina. Em outros Estados do Brasil são atribuídos à alma-de-gato ainda os seguintes nomes: meia-pataca, crocoió, alma-de-caboclo, atingaú, tincoã e rabo-de-palha.
(Lúcia Helena Salvetti De Cicco, Diretora de Conteúdo e Editora Chefe - do site: Saúde Animal )
quinta-feira, 27 de outubro de 2005
Boa notícia!!
Desmontado novo esquema de comércio ilegal de madeira na Amazônia
(Fonte site Ambientebrasil)
O governo desmantelou nesta quarta-feira (26) mais uma quadrilha envolvida com o desmatamento ilegal da Floresta Amazônica com a operação Ouro Verde, deflagrada na madrugada desta quarta e que já levou à prisão de 34 pessoas envolvidas com a fabricação, distribuição e venda de ATPFs falsas na região. A operação foi anunciada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e também integra o Plano de Combate ao Desmatamento na Amazônia. Uma ATPF é um "certificado de origem", emitida pelo Ibama e por estados conveniados como Acre e Amazonas para atestar a legalidade da madeira que circula no País.
Desmontado novo esquema de comércio ilegal de madeira na Amazônia
(Fonte site Ambientebrasil)
O governo desmantelou nesta quarta-feira (26) mais uma quadrilha envolvida com o desmatamento ilegal da Floresta Amazônica com a operação Ouro Verde, deflagrada na madrugada desta quarta e que já levou à prisão de 34 pessoas envolvidas com a fabricação, distribuição e venda de ATPFs falsas na região. A operação foi anunciada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e também integra o Plano de Combate ao Desmatamento na Amazônia. Uma ATPF é um "certificado de origem", emitida pelo Ibama e por estados conveniados como Acre e Amazonas para atestar a legalidade da madeira que circula no País.
Muriqui
Araçari castanho
Entrada da pousada Salve Floresta
Pousada Salve Floresta (Fonte)
(Informação enviada pela amiga Margaret do blog Anna Karenina - Segundo ela, o dono é um sociólogo envolvido em projetos ecológicos.)
Há 500 anos atrás, quando os portugueses chegaram pela primeira vez a esta região, uma floresta colossal estendia ao longo da costa brasileira. 12% do Brasil era coberto por esta mata maravilhosa. Hoje restam apenas 4,4% com proteção ambiental e aqui no Salve Floresta você vai encontrar ainda uma mata primária, com lugares inesqueciveis.
Todo esforço que estamos fazendo em preservar esta mata, só poderá trazer beneficios para todos nós. Ajude a preservar esta natureza, pois com bom senso e sabedoria teremos chance de preservar algo de seu antigo esplendor. Preservando a Mata Atlantica vamos garantir a sobrevivência de muitos animais que estão ameaçados de extinção.
Atualmente a preservação da diversidade faunística causa séria preocupação mundial.
Na Mata Atlântica, os mamiferos são os elementos da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos.
Somente com a implantação de medidas de educação ambiental, junto com um trabalho rigido de controle é que poderiamos preservar o que restou dessa fauna brasileira.
Em nossas matas, se encontram hoje os muriquis, os maiores macacos da América que estão sob total controle ecológico. Assim como eles, devido ao contrôle que fazemos, muitos animais voltaram a viver nessas matas.
Araçari castanho
Entrada da pousada Salve Floresta
Pousada Salve Floresta (Fonte)
(Informação enviada pela amiga Margaret do blog Anna Karenina - Segundo ela, o dono é um sociólogo envolvido em projetos ecológicos.)
Há 500 anos atrás, quando os portugueses chegaram pela primeira vez a esta região, uma floresta colossal estendia ao longo da costa brasileira. 12% do Brasil era coberto por esta mata maravilhosa. Hoje restam apenas 4,4% com proteção ambiental e aqui no Salve Floresta você vai encontrar ainda uma mata primária, com lugares inesqueciveis.
Todo esforço que estamos fazendo em preservar esta mata, só poderá trazer beneficios para todos nós. Ajude a preservar esta natureza, pois com bom senso e sabedoria teremos chance de preservar algo de seu antigo esplendor. Preservando a Mata Atlantica vamos garantir a sobrevivência de muitos animais que estão ameaçados de extinção.
Atualmente a preservação da diversidade faunística causa séria preocupação mundial.
Na Mata Atlântica, os mamiferos são os elementos da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos.
Somente com a implantação de medidas de educação ambiental, junto com um trabalho rigido de controle é que poderiamos preservar o que restou dessa fauna brasileira.
Em nossas matas, se encontram hoje os muriquis, os maiores macacos da América que estão sob total controle ecológico. Assim como eles, devido ao contrôle que fazemos, muitos animais voltaram a viver nessas matas.
"Manual de Educação para o Consumo Sustentável" (Fonte: site do Idec)
Produzido pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em parceria com o MMA (Ministério do Meio Ambiente), aborda questões como água, energia, alimentos, transportes, florestas, publicidade e lixo, sempre do ponto de vista do consumo. Para cada assunto, o manual apresenta informações, dicas práticas de mudança de comportamento e guia didático de atividades educativas para fomentar e disseminar a promoção do consumo sustentável. Esta publicação visa a capacitar educadores e líderes comunitários a serem agentes multiplicadores, que o utilizarão em escolas públicas e privadas, organizações comunitárias, prefeituras e instituições focadas na educação, no consumidor e meio ambiente. Abaixo você encontra o conteúdo do manual, dividido em capítulos, em arquivos PDF (necessário Acrobat Reader): Manual de Educação - Consumo Sustentável:
Apresentação
Água
Alimentos
Florestas
Transportes
Energia elétrica
Lixo
Publicidade
Glossário
Produzido pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em parceria com o MMA (Ministério do Meio Ambiente), aborda questões como água, energia, alimentos, transportes, florestas, publicidade e lixo, sempre do ponto de vista do consumo. Para cada assunto, o manual apresenta informações, dicas práticas de mudança de comportamento e guia didático de atividades educativas para fomentar e disseminar a promoção do consumo sustentável. Esta publicação visa a capacitar educadores e líderes comunitários a serem agentes multiplicadores, que o utilizarão em escolas públicas e privadas, organizações comunitárias, prefeituras e instituições focadas na educação, no consumidor e meio ambiente. Abaixo você encontra o conteúdo do manual, dividido em capítulos, em arquivos PDF (necessário Acrobat Reader): Manual de Educação - Consumo Sustentável:
Apresentação
Água
Alimentos
Florestas
Transportes
Energia elétrica
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Glossário
quarta-feira, 26 de outubro de 2005
Escultura de Lorenzo Quinn (Fonte)
__________________________
OS POEMAS (Mário Quintana)
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Curumim Yanomami montando seu arco
Brinquedo tipiti
Jogos Infantis: a influência indígena (Fonte)
O sentido do jogo como conduta típica de crianças não se aplica ao cotidiano de tribos indígenas. Atirar com arco e flecha não é uma brincadeira, é um treino para caça. Imitar animais são comportamentos místicos tanto de adultos como de crianças, reflexos de símbolos totêmicos antigos. Adultos e crianças dançam, cantam, imitam animais, cultivam suas atividades e trabalham para sua subsistência. Mesmo os comportamentos descritos como jogos infantis não passam de formas de conduta de toda a tribo. As brincadeiras não pertencem ao reduto infantil. Os adultos também brincam de peteca, de jogo de fio e imitam animais. Não se pode falar em jogos típicos de criança indígena. Existem jogos dos indígenas e o significado de jogo é distinto de outras culturas nas quais a criança destaca-se do mundo adulto.
Brincando, as crianças índias aprendem diversas atividades do cotidiano.
Entre os taulipáng, são encontrados piões que zunem, elaborados em forma graciosa, com uma pequena totuma (fruto) redonda e oca, com uma abertura mais ou menos redonda de um lado. Em ângulo reto é atravessado por um palito de madeira, duro e vermelho, que é fixado com um pouco de cera negra. Variantes de totuma como as que fazem zumbidos não funcionam com cordão. No alto do Rio Negro, são giradas com as duas mãos, em área plana, produzindo um som opaco.
Outro brinquedo para meninos é uma matraca, confeccionada com um disco de totuma, com muitas concavidades na borda e uma cavidade no centro, por onde passa um fio, unido nas extremidades. O movimento de virar e esticar o fio produz um ronronar que diverte os meninos. Entre os wapischana, Grünberg encontra um brinquedo também presente no alto do Rio Negro, no Amazonas. Trata-se de uma pequena mangueira, trançada elasticamente, como uma prensa para mandioca (tipiti). Aberta por um lado, a outra extremidade desemboca em um aro trançado e a ele ligado. Quando se põe o dedo na abertura e se estica a mangueira pelo aro, esta se contrai e o dedo fica enroscado no trançado. O dedo só fica livre quando a mangueira se dilata. Ainda para se divertir, os meninos taulipáng sopram sobre uma folha dobrada, tal como fazem os caçadores para atrair veados. Outro jogo observado entre eles é o enigma. Um pedaço de cana cortado de modo artístico, em três partes independentes, e que somente com muita força se pode separá-las.
Brinquedo tipiti
Jogos Infantis: a influência indígena (Fonte)
O sentido do jogo como conduta típica de crianças não se aplica ao cotidiano de tribos indígenas. Atirar com arco e flecha não é uma brincadeira, é um treino para caça. Imitar animais são comportamentos místicos tanto de adultos como de crianças, reflexos de símbolos totêmicos antigos. Adultos e crianças dançam, cantam, imitam animais, cultivam suas atividades e trabalham para sua subsistência. Mesmo os comportamentos descritos como jogos infantis não passam de formas de conduta de toda a tribo. As brincadeiras não pertencem ao reduto infantil. Os adultos também brincam de peteca, de jogo de fio e imitam animais. Não se pode falar em jogos típicos de criança indígena. Existem jogos dos indígenas e o significado de jogo é distinto de outras culturas nas quais a criança destaca-se do mundo adulto.
Brincando, as crianças índias aprendem diversas atividades do cotidiano.
Entre os taulipáng, são encontrados piões que zunem, elaborados em forma graciosa, com uma pequena totuma (fruto) redonda e oca, com uma abertura mais ou menos redonda de um lado. Em ângulo reto é atravessado por um palito de madeira, duro e vermelho, que é fixado com um pouco de cera negra. Variantes de totuma como as que fazem zumbidos não funcionam com cordão. No alto do Rio Negro, são giradas com as duas mãos, em área plana, produzindo um som opaco.
Outro brinquedo para meninos é uma matraca, confeccionada com um disco de totuma, com muitas concavidades na borda e uma cavidade no centro, por onde passa um fio, unido nas extremidades. O movimento de virar e esticar o fio produz um ronronar que diverte os meninos. Entre os wapischana, Grünberg encontra um brinquedo também presente no alto do Rio Negro, no Amazonas. Trata-se de uma pequena mangueira, trançada elasticamente, como uma prensa para mandioca (tipiti). Aberta por um lado, a outra extremidade desemboca em um aro trançado e a ele ligado. Quando se põe o dedo na abertura e se estica a mangueira pelo aro, esta se contrai e o dedo fica enroscado no trançado. O dedo só fica livre quando a mangueira se dilata. Ainda para se divertir, os meninos taulipáng sopram sobre uma folha dobrada, tal como fazem os caçadores para atrair veados. Outro jogo observado entre eles é o enigma. Um pedaço de cana cortado de modo artístico, em três partes independentes, e que somente com muita força se pode separá-las.
terça-feira, 25 de outubro de 2005
Museu espanhol usa madeira brasileira de empresas envolvidas em ilegalidade (Manaus (AM), 20/10/2005 - trecho de matéria do site do Greenpeace Brasil )
Ativistas do Greenpeace escalaram hoje a fachada do Museu Nacional Reina Sofia, em Madri, na Espanha, para abrir um banner denunciando o uso de 6 mil m2 da madeira amazônica jatobá nas obras de ampliação do Museu. A madeira – que agora decora pisos, divisórias, forro e prateleiras do prédio, projetado pelo badalado arquiteto francês Jean Nouvel – foi extraída na região de Altamira, no Pará, por madeireiras envolvidas em ilegalidades e desmatamento. A empresa Dragados, responsável pela obra, pertence ao grupo ACS (Actividades de Construción y Servicios) e tem como presidente Florentino Perez, também presidente do time de futebol Real Madrid. Várias faixas foram abertas dentro e fora do museu por 41 ativistas. O Greenpeace entregou o relatório ‘Crime no Museu’ (veja íntegra em espanhol) às autoridades e empresas espanholas. O texto descreve a fragilidade dos documentos oficiais apresentados por empresas de países produtores e a necessidade de normas mais rígidas para evitar a entrada de madeira predatória e ilegal na Europa. O Reina Sofia, de 84 mil m2 , é o mais importante museu de arte contemporânea da Espanha e abriga obras famosas como o ‘Guernica’ de Picasso. As obras da expansão, concluídas no último dia 26 de setembro, duraram três anos. O jatobá foi utilizado nas salas de acervo, nos salões de exibição e até mesmo nos escritórios do novo prédio.
Superdesmatador do Pará é solto
(Trechos de matéria publicada no site Amazonia.org.br - Fonte: O Estado de S.Paulo )
Desembargadores suspendem prisão preventiva de José Dias Pereira, que derrubou 2 milhões de árvores em dois anos
Acusado de derrubar 2 milhões de árvores na Terra do Meio, sudoeste do Pará, o fazendeiro José Dias Pereira foi solto por decisão unânime dos desembargadores da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, na semana passada. Eles entendem que não há comprovação de que ele desmatou terras da União e, portanto, a Justiça Federal é incompetente para processá-lo.
O desembargador federal Cândido Ribeiro, relator do pedido de habeas-corpus impetrado por advogados do fazendeiro, conseguiu convencer seus colegas de que Pereira deveria ser solto por não haver provas.
Pereira desmatou 9 mil hectares de floresta amazônica
HISTÓRICO: No dia 31 de agosto, agentes da Polícia Federal, cumprindo decreto de prisão preventiva assinado pelo juiz Fabiano Verli, prenderam o fazendeiro José Dias Pereira, o Zezinho, em Ourilândia do Norte (PA), onde mora.
Pereira é processado por crimes contra o ambiente. Seus homens foram flagrados por fiscais do Ibama, no dia 25 de julho, durante sobrevôo de helicóptero na fazenda JD e LA, em Altamira. O solo foi limpo com queimada após a derrubada de 6.852 hectares de floresta. A ordem do fazendeiro era plantar capim para o gado. O Ibama aplicou multa de R$ 10 milhões.
Não foi a primeira vez que o acusado praticou o crime. Em 2004, Zezinho já havia sido multado em R$ 3 milhões por derrubar 2.053 hectares de mata nativa.Carlos MendesCristina Amorim
(Trechos de matéria publicada no site Amazonia.org.br - Fonte: O Estado de S.Paulo )
Desembargadores suspendem prisão preventiva de José Dias Pereira, que derrubou 2 milhões de árvores em dois anos
Acusado de derrubar 2 milhões de árvores na Terra do Meio, sudoeste do Pará, o fazendeiro José Dias Pereira foi solto por decisão unânime dos desembargadores da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, na semana passada. Eles entendem que não há comprovação de que ele desmatou terras da União e, portanto, a Justiça Federal é incompetente para processá-lo.
O desembargador federal Cândido Ribeiro, relator do pedido de habeas-corpus impetrado por advogados do fazendeiro, conseguiu convencer seus colegas de que Pereira deveria ser solto por não haver provas.
Pereira desmatou 9 mil hectares de floresta amazônica
HISTÓRICO: No dia 31 de agosto, agentes da Polícia Federal, cumprindo decreto de prisão preventiva assinado pelo juiz Fabiano Verli, prenderam o fazendeiro José Dias Pereira, o Zezinho, em Ourilândia do Norte (PA), onde mora.
Pereira é processado por crimes contra o ambiente. Seus homens foram flagrados por fiscais do Ibama, no dia 25 de julho, durante sobrevôo de helicóptero na fazenda JD e LA, em Altamira. O solo foi limpo com queimada após a derrubada de 6.852 hectares de floresta. A ordem do fazendeiro era plantar capim para o gado. O Ibama aplicou multa de R$ 10 milhões.
Não foi a primeira vez que o acusado praticou o crime. Em 2004, Zezinho já havia sido multado em R$ 3 milhões por derrubar 2.053 hectares de mata nativa.Carlos MendesCristina Amorim
O povo navajo, dentro os nativos americanos, foi o que melhor soube sobreviver à chegada do homem branco, conservando seus costumes, princípios e história. Seus 250.000 integrantes, que habitam várias reservas no Novo México e Arizona, constituem atualmente a comunidade indígena mais próspera e numerosa dos Estados Unidos (Tradução de texto extraído DAQUI )
______________
Canto Noturno dos Índios Navaho
(texto enviado pela amiga Saramar, citado pelo Prof. Celso Antunes)
Que eu possa andar na trilha marcada com pólen
Que eu possa andar com gafanhotos nos meus pés
Que eu possa andar com orvalho nos meus pés
Que eu possa andar com beleza à minha frente
Que eu possa andar com beleza atrás de mim
Que eu possa andar com beleza atrás de mim
Que eu possa andar com beleza acima de mim
Que eu possa andar com beleza abaixo de mim
Que eu possa andar com beleza à minha volta toda
Que eu possa andar com idade avançada vagando
numa trilha de beleza, com alegria.
Tudo acaba em beleza
Tudo acaba em beleza.
Que eu possa andar com gafanhotos nos meus pés
Que eu possa andar com orvalho nos meus pés
Que eu possa andar com beleza à minha frente
Que eu possa andar com beleza atrás de mim
Que eu possa andar com beleza atrás de mim
Que eu possa andar com beleza acima de mim
Que eu possa andar com beleza abaixo de mim
Que eu possa andar com beleza à minha volta toda
Que eu possa andar com idade avançada vagando
numa trilha de beleza, com alegria.
Tudo acaba em beleza
Tudo acaba em beleza.
segunda-feira, 24 de outubro de 2005
Rios e igarapés da Amazônia, que antes cortavam a floresta, hoje se restringem a estreitos fios d'água.
Estiagem já causou morte de seis crianças
(Da Redação - Fonte: Folha Online, matéria do dia 23/10/2005 )
A seca no Amazonas já matou pelo menos seis crianças, cinco delas indígenas, com diarréia. Segundo a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), as mortes estão diretamente relacionadas à escassez de água potável e também à seca, que está se prolongando desde o mês de agosto.O problema é mais grave entre os índios ticunas, que moram em aldeias da região do alto Solimões, onde os lagos continuam secos. A Funai (Fundação Nacional do Índio) confirmou mortes por diarréia também na aldeia Feijoal, em Benjamin Constant e em São Paulo de Olivença.De acordo com a Funai, 83.966 índios vivem no Amazonas, sendo 35 mil deles no alto Solimões.Desde o agravamento da seca, os índios abriram cacimbas nas margens dos rios para beber água.De acordo com a Funai, as mortes estão acontecendo porque a água está contaminada e porque a maioria dos índios não utilizou o hipoclorito de sódio -que purifica a água- porque o produto não chegou às aldeias.
"Vi boi morrer na lama", diz Thiago Mello (Fonte)
(Fabiane Leite - Da Reportagem local)
Culpa do homem ou castigo do Jurupari, o grande deus da floresta, a seca que atinge o Amazonas é a pior de todos os tempos, afirma Thiago de Mello, 79, amazonense considerado um dos mais importantes escritores brasileiros. "Como essa, jamais", diz o poeta, que, depois de exilado durante a ditadura, vive no Estado há 26 anos.Há seis dias Mello voltou espantado de Barreirinha, a 328 km de Manaus, onde mora em uma casa projetada pelo arquiteto Lúcio Costa, à beira do rio Andirá."Quando há seca, fica uma praia de 500 metros na frente da casa. Agora, vi a seguinte paisagem: mais de um quilômetro de praia e, quando ela termina, mais de 500 metros de lama. O barco não atraca, é uma lama perigosa, cheia de arraias. Você tem de ir em uma canoa rasa, chega a um lugar que nem a canoa adianta e a lama atola até a metade da perna. O dado mais impressionante é o poço artesiano, atrás da casa, que está dando menos de um terço de água. Essa é a realidade hoje em pelo menos 15 municípios do interior", disse Mello na última sexta-feira em conversa por telefone com a Folha. Ele estava em Recife por causa de um compromisso.A paisagem triste descrita pelo poeta tem ainda milhares de peixes mortos, entre peixes-boi e tambaquis. "Nas beiradas dos rios o boi desce e morre atolado na lama. Isso eu vi com os meus olhos pela primeira vez desde que voltei", relata. "O rio mais caudaloso do planeta, neste momento, não tem água para o peixe, não tem água potável, não tem água para passagem de barcos. E lá o povo depende da água", continuou.Mello esteve folheando algumas de suas anotações e percebeu que, na última década, o tempo vinha em mudança. "Diminuiu a friagem, o vento da mata."Dos caboclos ele ouve, e acredita, na versão de que Jurupari quer castigar os madeireiros, pecuaristas e plantadores de soja que fazem incêndios criminosos.Dos institutos de pesquisas e de seus estudos, chegam as informações de que o aquecimento global pode ser a origem da estiagem no Amazonas."Mas, no caso amazônico, é a devastação o motivo, porque a grande causadora de chuva é a evaporação que vem da copa das árvores. Elas retêm água, mandam ao espaço, e formam-se as nuvens, que voltam em forma de chuva. Na minha opinião, do que estudei, toda ação provoca uma reação", afirma Mello.
Estiagem já causou morte de seis crianças
(Da Redação - Fonte: Folha Online, matéria do dia 23/10/2005 )
A seca no Amazonas já matou pelo menos seis crianças, cinco delas indígenas, com diarréia. Segundo a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), as mortes estão diretamente relacionadas à escassez de água potável e também à seca, que está se prolongando desde o mês de agosto.O problema é mais grave entre os índios ticunas, que moram em aldeias da região do alto Solimões, onde os lagos continuam secos. A Funai (Fundação Nacional do Índio) confirmou mortes por diarréia também na aldeia Feijoal, em Benjamin Constant e em São Paulo de Olivença.De acordo com a Funai, 83.966 índios vivem no Amazonas, sendo 35 mil deles no alto Solimões.Desde o agravamento da seca, os índios abriram cacimbas nas margens dos rios para beber água.De acordo com a Funai, as mortes estão acontecendo porque a água está contaminada e porque a maioria dos índios não utilizou o hipoclorito de sódio -que purifica a água- porque o produto não chegou às aldeias.
"Vi boi morrer na lama", diz Thiago Mello (Fonte)
(Fabiane Leite - Da Reportagem local)
Culpa do homem ou castigo do Jurupari, o grande deus da floresta, a seca que atinge o Amazonas é a pior de todos os tempos, afirma Thiago de Mello, 79, amazonense considerado um dos mais importantes escritores brasileiros. "Como essa, jamais", diz o poeta, que, depois de exilado durante a ditadura, vive no Estado há 26 anos.Há seis dias Mello voltou espantado de Barreirinha, a 328 km de Manaus, onde mora em uma casa projetada pelo arquiteto Lúcio Costa, à beira do rio Andirá."Quando há seca, fica uma praia de 500 metros na frente da casa. Agora, vi a seguinte paisagem: mais de um quilômetro de praia e, quando ela termina, mais de 500 metros de lama. O barco não atraca, é uma lama perigosa, cheia de arraias. Você tem de ir em uma canoa rasa, chega a um lugar que nem a canoa adianta e a lama atola até a metade da perna. O dado mais impressionante é o poço artesiano, atrás da casa, que está dando menos de um terço de água. Essa é a realidade hoje em pelo menos 15 municípios do interior", disse Mello na última sexta-feira em conversa por telefone com a Folha. Ele estava em Recife por causa de um compromisso.A paisagem triste descrita pelo poeta tem ainda milhares de peixes mortos, entre peixes-boi e tambaquis. "Nas beiradas dos rios o boi desce e morre atolado na lama. Isso eu vi com os meus olhos pela primeira vez desde que voltei", relata. "O rio mais caudaloso do planeta, neste momento, não tem água para o peixe, não tem água potável, não tem água para passagem de barcos. E lá o povo depende da água", continuou.Mello esteve folheando algumas de suas anotações e percebeu que, na última década, o tempo vinha em mudança. "Diminuiu a friagem, o vento da mata."Dos caboclos ele ouve, e acredita, na versão de que Jurupari quer castigar os madeireiros, pecuaristas e plantadores de soja que fazem incêndios criminosos.Dos institutos de pesquisas e de seus estudos, chegam as informações de que o aquecimento global pode ser a origem da estiagem no Amazonas."Mas, no caso amazônico, é a devastação o motivo, porque a grande causadora de chuva é a evaporação que vem da copa das árvores. Elas retêm água, mandam ao espaço, e formam-se as nuvens, que voltam em forma de chuva. Na minha opinião, do que estudei, toda ação provoca uma reação", afirma Mello.
Curare (Fonte da imagem)
Conhecimento pirateado
(Trecho de artigo de Décio Luiz Gazzoni é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja - Fonte)
Descrever todos os casos já registrados de biopirataria seria enfadonho, portanto restringir-me-ei a alguns exemplos. Lembro o quanto povoava a minha fantasia infantil um veneno poderoso, que os índios colocavam na ponta de suas flechas e que equivalia à sua bomba atômica, tamanho seu poderio e o medo que inspirava nos inimigos. O veneno se chama "curare" e é até hoje utilizado pelos índios. Não apenas como veneno, porém como componente de sua farmacopéia.Ocorre que uma multinacional andou bisbilhotando nas receitas dos pajés e o curare foi surrupiado de nossa biodiversidade e de nosso conhecimento milenar, para ser patenteado lá fora.
Venenos e alucinógenos
Hoje o curare, travestido de relaxante muscular, engorda o lucro da multinacional. E o que dizer da erva do Santo Daime, planta com compostos alucinógenos, que atraiu artistas e curiosos para a seita do santo de mesmo nome? Os índios chamam a planta de "aiausca" e já a utilizavam há séculos, quando a mesma foi patenteada por outra empresa estrangeira. Hoje, os medicamentos dela derivados são comercializados ao abrigo das leis de patentes dos países ricos, sem que caiba qualquer compensação aos verdadeiros descobridores dos seus poderes medicamentosos.
Conhecimento pirateado
(Trecho de artigo de Décio Luiz Gazzoni é Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa Soja - Fonte)
Descrever todos os casos já registrados de biopirataria seria enfadonho, portanto restringir-me-ei a alguns exemplos. Lembro o quanto povoava a minha fantasia infantil um veneno poderoso, que os índios colocavam na ponta de suas flechas e que equivalia à sua bomba atômica, tamanho seu poderio e o medo que inspirava nos inimigos. O veneno se chama "curare" e é até hoje utilizado pelos índios. Não apenas como veneno, porém como componente de sua farmacopéia.Ocorre que uma multinacional andou bisbilhotando nas receitas dos pajés e o curare foi surrupiado de nossa biodiversidade e de nosso conhecimento milenar, para ser patenteado lá fora.
Venenos e alucinógenos
Hoje o curare, travestido de relaxante muscular, engorda o lucro da multinacional. E o que dizer da erva do Santo Daime, planta com compostos alucinógenos, que atraiu artistas e curiosos para a seita do santo de mesmo nome? Os índios chamam a planta de "aiausca" e já a utilizavam há séculos, quando a mesma foi patenteada por outra empresa estrangeira. Hoje, os medicamentos dela derivados são comercializados ao abrigo das leis de patentes dos países ricos, sem que caiba qualquer compensação aos verdadeiros descobridores dos seus poderes medicamentosos.
domingo, 23 de outubro de 2005
Ciclame (Cyclamen persicum) (Fonte) - No finalzinho do outono, já é possível ver essa planta nas lojas de flores. No inverno, ela está em plena floração, expondo seus pendões florais nas cores branca, rosa, vermelha ou roxa; dependendo da variedade. Também conhecido como ciclame-da-pérsia e violeta-dos-alpes, o ciclame pertence à família das Primulácas e é originário da Europa - Ilhas gregas e Mediterrâneas. As flores do ciclame apresentam um formato bem original: as pétalas se distribuem nas pontas das hastes de forma que lembram as asas acetinadas das borboletas. Quando fechadas em botão, a flor, em conjunto com a haste, forma o desenho característico de um cisne, com um longo pescoço e o bico voltado para baixo. A folhagem também é muito ornamental e continua bonita mesmo depois que as flores acabam. As folhas, num tom verde intenso, apresentam manchas esbranquiçadas, resultando num efeito marmorizado.
O pescador Raimundo Ladislau Souza tenta passar com seu barco num mar de peixes mortos no que era o Lago del Rey, no município de Varzea. A seca na Amazônia já atinge cerca de 167 mil pessoas. ( EFE/Raimundo Valentim) (Fonte: Diário da Manhã)
Link enviado pela amiga Saramar do blog Falares
O resto é folha (Gracias de Lunna)
Porque a paz
é como a única gota
da chuva de ontem
que flutua sobre a folha
e não sabe se evapora
ou se cai devagar
***
***
É tão fugaz sua
existência
e tão imperceptível
ao olho pobre, a paz
E, no entanto, a gota
ali está -
Quieta.
Redonda.
Perfeita.
como ínfimas ondas
embaladas no berço
do mar furioso
***
***
Só o coração guarda
o instante precioso
em que ela é gota
Gigante!
Vitoriosa!
Imensa gota!
Presença da alma da planta.
O resto é aparência.
Cenário
de lutas e de enganos
***
Só a gota é a verdade
Nuvenzinha de vapor
Pormenor. Detalhe.
O resto:
***
Só a gota é a verdade
Nuvenzinha de vapor
Pormenor. Detalhe.
O resto:
folhas
secas e amassadas
como mãos enfermas
a tentarem a captura
de um raio de luz
Cena do curta "Origem dos Nomes"
Cena de "Darini, Iniciação Espiritual Xavante"
29a Mostra BR de Cinema - de 21/out e 03/nov, programou alguns filmes sobre povos indígenas. Mais informações nos links abaixo:
- Darini, Iniciação Espiritual Xavante (filmado pelo Xavante Caimi Waiassé)
Darini é o nome de um ritual de iniciação dos índios xavantes que só acontece de 15 em 15 anos. É no Darini que as crianças aprendem pela primeira vez a importância de sua cultura, por meio de músicas e danças repetidas diariamente durante um mês. Foram os próprios jovens xavantes que realizaram as filmagens, a pedido dos anciãos da aldeia onde moram, como forma de documentar a cultura para as futuras gerações.
- 500 almas (documentário sobre os índios Guató, de Mato Grosso do Sul)
A encenação do julgamento de um líder guató, assassinado durante a reocupação da Ilha Ínsua, no Pantanal matogrossense, cujos assassinos nunca foram punidos, é usada para apresentar a cultura deste povo indígena. Considerados extintos nos anos 1960, os guatós foram redescobertos pela missionária Ada Gambarotto, nos anos 1970. O documentário vai também até a Alemanha, pesquisar o acervo do etnólogo Max Schmidt, que fez os primeiros estudos da língua guató, depois retomados pela lingüista brasileira Adair Palácio.
- Deus no Divã (curta-metragem falado em Guarani, com índios dessa etnia)
Deus criou a terra e também o homem. Depois o homem desrespeitou a Terra com sua rebeldia. Um filme falado em guarani que faz pensar e refletir sobre o futuro da humanidade.
- Origem dos nomes (curta-metragem sobre cerimônia dos índios Xikrin, do Pará)
O mito dos Kaiapó-Xikrin, que explica a origem da cerimônia da nomeação, um dos rituais da tribo, é o tema do filme. Os Kaiapó-Xikrin, que ocupam uma vasta área do sudeste do Pará, entre os rios Xingu e Tocantins, usam a pintura corporal para se expressar. Além de uma grande beleza plástica, essa pintura faz parte de um sistema de linguagem visual. O ritual é utilizado para transmitir mensagens de grande importância para a organização social da tribo.
Cena de "Darini, Iniciação Espiritual Xavante"
29a Mostra BR de Cinema - de 21/out e 03/nov, programou alguns filmes sobre povos indígenas. Mais informações nos links abaixo:
- Darini, Iniciação Espiritual Xavante (filmado pelo Xavante Caimi Waiassé)
Darini é o nome de um ritual de iniciação dos índios xavantes que só acontece de 15 em 15 anos. É no Darini que as crianças aprendem pela primeira vez a importância de sua cultura, por meio de músicas e danças repetidas diariamente durante um mês. Foram os próprios jovens xavantes que realizaram as filmagens, a pedido dos anciãos da aldeia onde moram, como forma de documentar a cultura para as futuras gerações.
- 500 almas (documentário sobre os índios Guató, de Mato Grosso do Sul)
A encenação do julgamento de um líder guató, assassinado durante a reocupação da Ilha Ínsua, no Pantanal matogrossense, cujos assassinos nunca foram punidos, é usada para apresentar a cultura deste povo indígena. Considerados extintos nos anos 1960, os guatós foram redescobertos pela missionária Ada Gambarotto, nos anos 1970. O documentário vai também até a Alemanha, pesquisar o acervo do etnólogo Max Schmidt, que fez os primeiros estudos da língua guató, depois retomados pela lingüista brasileira Adair Palácio.
- Deus no Divã (curta-metragem falado em Guarani, com índios dessa etnia)
Deus criou a terra e também o homem. Depois o homem desrespeitou a Terra com sua rebeldia. Um filme falado em guarani que faz pensar e refletir sobre o futuro da humanidade.
- Origem dos nomes (curta-metragem sobre cerimônia dos índios Xikrin, do Pará)
O mito dos Kaiapó-Xikrin, que explica a origem da cerimônia da nomeação, um dos rituais da tribo, é o tema do filme. Os Kaiapó-Xikrin, que ocupam uma vasta área do sudeste do Pará, entre os rios Xingu e Tocantins, usam a pintura corporal para se expressar. Além de uma grande beleza plástica, essa pintura faz parte de um sistema de linguagem visual. O ritual é utilizado para transmitir mensagens de grande importância para a organização social da tribo.
sábado, 22 de outubro de 2005
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
JACARÉ-AÇU (Melanosuchus niger) (Fonte)
O Jacaré-açu é nosso maior jacaré. Cresce até 5 metros e é a única espécie de jacaré perigosa à população da Amazônia. É ameaçado de extinção, pois, além do perigo que representa às pessoas, tem um couro, que antigamente era muito cobiçado, e uma carne saborosa, apreciada por muitos moradores da região. Além do Jacaré-açu, existem mais três espécies de jacaré no Pará: o Jacaré-tinga (Caiman crocodilus) e duas espécies de Jacaré-anão (gênero Paleosuchus). Estes últimos vivem dentro da floresta em pequenos igarapés e muitos confundem com filhotes das outras espécies.
Ameaça ao Amazonas (Fonte 1)
(Trechos de matéria publicada no Correio Braziliense)
Barreira de contenção de mercúrio pode se romper e contaminar rio
Cupixi (AP) – A lama cor de laranja formada por resíduos do garimpo Vila Nova, no distrito de Cupixi, município de Porto Grande, a 180km de Macapá, já se mistura ao verde da Floresta Amazônica ainda intocada. A menos de 600 metros do garimpo corre o rio Vila Nova, afluente do rio Amazonas. O rompimento das barragens de contenção do garimpo ameaça poluir o maior rio do mundo em volume de água com milhares de toneladas de rejeitos, principalmente mercúrio, utilizado pelos garimpeiros da região na coleta de ouro.
A cava principal do garimpo Vila Nova, com mais de 30 metros de profundidade, assemelha-se à do histórico garimpo de Serra Pelada, no sul do Pará, hoje inativo. Não há registro da produção oficial de ouro no local, o que configura indícios de descaminho. A pobreza se espalha por toda a área, onde se amontoam alguns barracos cobertos de lona preta. Não há água tratada e nem esgoto. Apenas algumas casas comerciais e açougues onde carnes são expostas ao ar livre, sem qualquer fiscalização sanitária.
Em uma das barragens de contenção, os garimpeiros escavaram um sangradouro, permitindo que a água contaminada com mercúrio escoe diretamente para o rio Vila Nova, o que aumenta o risco de um grave acidente ambiental. Relatos de pescadores da região dão conta que o rio, naquela área, há muito não tem sinais de vida. Os peixes sumiram.
As atividades no garimpo foram interditadas desde 13 de junho pela Secretaria de Meio Ambiente do Amapá (Sema), mas a decisão oficial de pouco adiantou. Os garimpeiros continuam a atuar na área, utilizando jatos d’água para desmanche dos barrancos. “Em que pese as conseqüências sociais advindas de atividade dessa natureza, infelizmente não vislumbramos, à luz da legislação, especialmente a ambiental, nenhuma outra alternativa que não seja a interdição definitiva das atividades de lavra clandestina por garimpagem”, relata Benedito Nazaré, assessor jurídico da Sema no parecer em que pede a interdição do garimpo Vila Nova.
Exigências
A Cooperativa dos Garimpeiros do Vale da Vila Nova foi autuada pela Sema em 23 de junho por “prosseguir com o funcionamento da atividade poluidora/degradadora sem obter a licença do órgão ambiental competente”. E, mesmo assim, continuou as atividades. “Daqui ninguém nos tira”, resume Reginaldo Freitas de Almeida, secretário-geral da cooperativa, que conta com 283 associados. A cooperativa exige cerca de R$ 9 milhões para abandonar a área e entregá-la à mineradora detentora dos direitos de lavra.
O prefeito de Porto Grande, José Maria Bessa de Oliveira (PP), defende um acordo entre as mineradoras Amapari e São Bento e a Cooperativa de Garimpeiros, onde todos saiam ganhando. “Não há dúvida de que a mineração vai gerar renda e empregos com carteira assinada, além de garantir o aumento da arrecadação do município com o pagamento dos royalties”, defende José Bessa. “Mas é preciso encontrar uma solução para os garimpeiros, que já estão há anos na área e não merecem ser expulsos”, acrescenta. Segundo Bessa, Porto Grande arrecada R$ 500 mil por mês com as transferências constitucionais e impostos municipais, mas teria um grande impulso em sua economia se passasse a receber royalties da exploração de minérios em seu subsolo.
Detentora dos direitos de lavra na área do garimpo, outorgado pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), a Mineração Amapari não conseguiu desenvolver seu projeto na área por causa da invasão garimpeira. Tampouco garantiu investimentos na recuperação ambiental da área, totalmente degradada pela atividade.
“A Mineração Amapari já possui autorização, emitida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá (Sema) para realizar a recuperação da área, conforme comprometimento com o Ministério Público Federal”, afirma Alfredo Dolabela, diretor da Amapari. “Mas, infelizmente, nada podemos fazer porque os garimpeiros não permitem a entrada da empresa na área”, acrescenta.
Riscos iminentes
A barragem de rejeitos montada pela Cooperativa dos Garimpeiros, à margem esquerda do rio Vila Nova para contenção da lama oriunda dos serviços de desmonte hidráulico dos barrancos de terra em busca do ouro, tem sido objeto de preocupação do governo do Amapá há mais de um ano. No relatório técnico de viagem denominado Operação Condor, elaborado ainda em 13 de fevereiro de 2004, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente alertam para os riscos de um grave desastre ecológico.
“A Sema constatou e flagrou despejo de produtos químicos diretamente em um córrego que adentra no rio Vila Nova, entre eles o mercúrio, como também a construção irregular de uma barragem que está causando risco iminente à saúde pública, fauna e flora aquáticas”, diz o relatório.
O relatório da Operação Condor ressalta, ainda, que, “diante deste iminente risco à natureza e as condições irregulares do garimpo, como a contaminação da água por metais pesados (mercúrio) e óleo encontrado visivelmente no córrego do rio, interditamos temporariamente o garimpo por causa da poluição ambiental”.
Na semana passada, diante dos riscos de ter que responder judicialmente por um desastre ambiental de graves proporções, a Mineração Amapari encaminhou ao Ministério Público Federal, à Secretaria do Meio Ambiente e ao Departamento Nacional da Produção Mineral denúncia para prevenção de seus direitos e responsabilidades. A iniciativa veio “tendo em vista a extensão dos danos ambientais que podem ser causados pelo rompimento da barragem”. Uma forma da empresa se eximir das eventuais responsabilidades de ter que reparar o dano ambiental. (Ronaldo Brasiliense)
(Trechos de matéria publicada no Correio Braziliense)
Barreira de contenção de mercúrio pode se romper e contaminar rio
Cupixi (AP) – A lama cor de laranja formada por resíduos do garimpo Vila Nova, no distrito de Cupixi, município de Porto Grande, a 180km de Macapá, já se mistura ao verde da Floresta Amazônica ainda intocada. A menos de 600 metros do garimpo corre o rio Vila Nova, afluente do rio Amazonas. O rompimento das barragens de contenção do garimpo ameaça poluir o maior rio do mundo em volume de água com milhares de toneladas de rejeitos, principalmente mercúrio, utilizado pelos garimpeiros da região na coleta de ouro.
A cava principal do garimpo Vila Nova, com mais de 30 metros de profundidade, assemelha-se à do histórico garimpo de Serra Pelada, no sul do Pará, hoje inativo. Não há registro da produção oficial de ouro no local, o que configura indícios de descaminho. A pobreza se espalha por toda a área, onde se amontoam alguns barracos cobertos de lona preta. Não há água tratada e nem esgoto. Apenas algumas casas comerciais e açougues onde carnes são expostas ao ar livre, sem qualquer fiscalização sanitária.
Em uma das barragens de contenção, os garimpeiros escavaram um sangradouro, permitindo que a água contaminada com mercúrio escoe diretamente para o rio Vila Nova, o que aumenta o risco de um grave acidente ambiental. Relatos de pescadores da região dão conta que o rio, naquela área, há muito não tem sinais de vida. Os peixes sumiram.
As atividades no garimpo foram interditadas desde 13 de junho pela Secretaria de Meio Ambiente do Amapá (Sema), mas a decisão oficial de pouco adiantou. Os garimpeiros continuam a atuar na área, utilizando jatos d’água para desmanche dos barrancos. “Em que pese as conseqüências sociais advindas de atividade dessa natureza, infelizmente não vislumbramos, à luz da legislação, especialmente a ambiental, nenhuma outra alternativa que não seja a interdição definitiva das atividades de lavra clandestina por garimpagem”, relata Benedito Nazaré, assessor jurídico da Sema no parecer em que pede a interdição do garimpo Vila Nova.
Exigências
A Cooperativa dos Garimpeiros do Vale da Vila Nova foi autuada pela Sema em 23 de junho por “prosseguir com o funcionamento da atividade poluidora/degradadora sem obter a licença do órgão ambiental competente”. E, mesmo assim, continuou as atividades. “Daqui ninguém nos tira”, resume Reginaldo Freitas de Almeida, secretário-geral da cooperativa, que conta com 283 associados. A cooperativa exige cerca de R$ 9 milhões para abandonar a área e entregá-la à mineradora detentora dos direitos de lavra.
O prefeito de Porto Grande, José Maria Bessa de Oliveira (PP), defende um acordo entre as mineradoras Amapari e São Bento e a Cooperativa de Garimpeiros, onde todos saiam ganhando. “Não há dúvida de que a mineração vai gerar renda e empregos com carteira assinada, além de garantir o aumento da arrecadação do município com o pagamento dos royalties”, defende José Bessa. “Mas é preciso encontrar uma solução para os garimpeiros, que já estão há anos na área e não merecem ser expulsos”, acrescenta. Segundo Bessa, Porto Grande arrecada R$ 500 mil por mês com as transferências constitucionais e impostos municipais, mas teria um grande impulso em sua economia se passasse a receber royalties da exploração de minérios em seu subsolo.
Detentora dos direitos de lavra na área do garimpo, outorgado pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), a Mineração Amapari não conseguiu desenvolver seu projeto na área por causa da invasão garimpeira. Tampouco garantiu investimentos na recuperação ambiental da área, totalmente degradada pela atividade.
“A Mineração Amapari já possui autorização, emitida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá (Sema) para realizar a recuperação da área, conforme comprometimento com o Ministério Público Federal”, afirma Alfredo Dolabela, diretor da Amapari. “Mas, infelizmente, nada podemos fazer porque os garimpeiros não permitem a entrada da empresa na área”, acrescenta.
Riscos iminentes
A barragem de rejeitos montada pela Cooperativa dos Garimpeiros, à margem esquerda do rio Vila Nova para contenção da lama oriunda dos serviços de desmonte hidráulico dos barrancos de terra em busca do ouro, tem sido objeto de preocupação do governo do Amapá há mais de um ano. No relatório técnico de viagem denominado Operação Condor, elaborado ainda em 13 de fevereiro de 2004, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente alertam para os riscos de um grave desastre ecológico.
“A Sema constatou e flagrou despejo de produtos químicos diretamente em um córrego que adentra no rio Vila Nova, entre eles o mercúrio, como também a construção irregular de uma barragem que está causando risco iminente à saúde pública, fauna e flora aquáticas”, diz o relatório.
O relatório da Operação Condor ressalta, ainda, que, “diante deste iminente risco à natureza e as condições irregulares do garimpo, como a contaminação da água por metais pesados (mercúrio) e óleo encontrado visivelmente no córrego do rio, interditamos temporariamente o garimpo por causa da poluição ambiental”.
Na semana passada, diante dos riscos de ter que responder judicialmente por um desastre ambiental de graves proporções, a Mineração Amapari encaminhou ao Ministério Público Federal, à Secretaria do Meio Ambiente e ao Departamento Nacional da Produção Mineral denúncia para prevenção de seus direitos e responsabilidades. A iniciativa veio “tendo em vista a extensão dos danos ambientais que podem ser causados pelo rompimento da barragem”. Uma forma da empresa se eximir das eventuais responsabilidades de ter que reparar o dano ambiental. (Ronaldo Brasiliense)
A coruja buraqueira (Fonte)
A coruja buraqueira possui este nome pois vive em buracos cavados no solo. Embora ela seja capaz de cavar sua própria cova, vive em buracos abandonados por tatus, cachorro de pradaria e tocas de outros animais. A sua sobrevivência, bem como a dos seus filhotes, depende da plena estabilidade do túnel que leva ao ninho, que não pode desbarrancar... É necessário que as paredes do túnel de areia estejam bem firmes, até o dia final da chocagem dos ovos e a saída das corujinhas. O ninho é construído sob o cordão arenoso, área onde também a coruja caça, enquanto vigia sua toca. O maior inimigo da coruja buraqueira é o homem. O danoso trânsito sobre a vegetação da praia é o principal fator da destruição da coruja buraqueira, juntamente com outras espécies da fauna da praia que compõem a cadeia alimentar. Ao passar sobre a "boca" dos ninhos, os veículos soterram o túnel, matando mãe e filhotes asfixiados, debaixo da camada de areia em que se encontram. Cuidado quando estiver na praia! De porte pequeno, a coruja buraqueira possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhos amarelos e pernas longas. Ao contrário da maioria das corujas, o macho é ligeiramente maior do que a fêmea, e esta é, normalmente, mais escura do o macho. É uma ave tímida e, por isso, vive em lugares sossegados. Durante o dia ela cochila no seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores. Tem vôo suave e silencioso. Por alimentar-se também de insetos, é muito útil ao homem, beneficiando-o na agricultura. A coruja buraqueira come pequenos roedores (ratos), insetos e cobras. Ela anda sem destino enquanto caça e depois de pegar sua presa vai para um poleiro, como uma cerca, ou pousa no próprio solo. São aves principalmente crepusculares (ativo ao entardecer e amanhecer), mas, se preciso, caçam ao longo de 24 horas.
A coruja buraqueira possui este nome pois vive em buracos cavados no solo. Embora ela seja capaz de cavar sua própria cova, vive em buracos abandonados por tatus, cachorro de pradaria e tocas de outros animais. A sua sobrevivência, bem como a dos seus filhotes, depende da plena estabilidade do túnel que leva ao ninho, que não pode desbarrancar... É necessário que as paredes do túnel de areia estejam bem firmes, até o dia final da chocagem dos ovos e a saída das corujinhas. O ninho é construído sob o cordão arenoso, área onde também a coruja caça, enquanto vigia sua toca. O maior inimigo da coruja buraqueira é o homem. O danoso trânsito sobre a vegetação da praia é o principal fator da destruição da coruja buraqueira, juntamente com outras espécies da fauna da praia que compõem a cadeia alimentar. Ao passar sobre a "boca" dos ninhos, os veículos soterram o túnel, matando mãe e filhotes asfixiados, debaixo da camada de areia em que se encontram. Cuidado quando estiver na praia! De porte pequeno, a coruja buraqueira possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhos amarelos e pernas longas. Ao contrário da maioria das corujas, o macho é ligeiramente maior do que a fêmea, e esta é, normalmente, mais escura do o macho. É uma ave tímida e, por isso, vive em lugares sossegados. Durante o dia ela cochila no seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores. Tem vôo suave e silencioso. Por alimentar-se também de insetos, é muito útil ao homem, beneficiando-o na agricultura. A coruja buraqueira come pequenos roedores (ratos), insetos e cobras. Ela anda sem destino enquanto caça e depois de pegar sua presa vai para um poleiro, como uma cerca, ou pousa no próprio solo. São aves principalmente crepusculares (ativo ao entardecer e amanhecer), mas, se preciso, caçam ao longo de 24 horas.
Vitórias-régias em solo seco
Nível das águas do rio Amazonas super baixo.
Retratos da seca na Amazônia
A Renata (mais conhecida como Taia), do blog Pura Magia!! , fez a gentileza de me enviar essas fotos tiradas por uma amiga dela, mostrando a devastação causada pela seca na Amazônia.
Nível das águas do rio Amazonas super baixo.
Retratos da seca na Amazônia
A Renata (mais conhecida como Taia), do blog Pura Magia!! , fez a gentileza de me enviar essas fotos tiradas por uma amiga dela, mostrando a devastação causada pela seca na Amazônia.
quarta-feira, 19 de outubro de 2005
O Verdadeiro Som da Terra
São poucos os artistas com autoridade para difundir as belezas e tradições do lugar onde nasceram. Para que possam se transformar em arautos da terra natal, têm que ter total identificação com suas origens, com sabor das boas lembranças. JANE DUBOC e SEBASTIÃO TAPAJÓS têm essa autoridade. Artistas consagrados internacionalmente, a cantora e o violonista nunca renegaram suas raízes. Onde quer que se apresentem, fazem questão de enaltecer as belezas do Pará, estado que os deu ao mundo. Consequência natural, portanto, seria que eles se reunissem e fizessem um disco com canções que remetessem às origens de suas vidas. Assim nasceu DA MINHA TERRA (2000), lançado pela Jam Music. O Cd foi originalmente produzido para o projeto Pará Instrumental, da secretaria da Cultura daquele estado, mas teve distribuição limitada. Quando criou a gravadora Jam Music, ao lado do empresário Paulo Amorim, Jane Duboc colocou como uma de suas prioridades o lançamento nacional do trabalho. Na verdade, seria injusto que DA MINHA TERRA permanecesse em mãos e ouvidos de uns poucos privilegiados. Trata-se de um dos mais completos e sensíveis mapeamentos musicais de uma região que é, seguramente, uma das culturalmente mais ricas do país. A cantora e o violonista pinçaram maravilhas de alguns dos mais inspirados compositores paraenses, compondo um painel de magia e sensibilidade inquestionáveis. O CD abre com "Da Minha Terra", de Nilson Chaves e Jamil Damous, com a Jane em arranjo à capela, fazendo diversas dobras de voz. A canção seguinte é uma das mais conhecidas do universo musical paraense: "Uirapuru", de Waldemar Henrique, que fez parte das aulas de Educação Musical de muitas gerações. A voz de Jane e o violão de Sebastião Tapajós surgem em perfeita sintonia. "Igapó", do próprio violonista, é um prelúdio emoldurado pela vocalizações da cantora e por uma percussão precisa, do craque Robertinho Silva que, ao lado do baixo Fretless tocado por Arismar do Espírito Santo, outro músico iluminado, reproduz sons da floresta amazônica. O tema, na verdade, é resultado de um profundo estudo feito por Tapajós sobre a obra de Heitor Villa-Lobos. O choro-samba "Roda do Bem Querer", de Alfredo Oliveira, traz Jane acompanhada pelos violões de Tapajós e Marco André, e pela marcação percussiva de Robertinho Silva, novamente com Arismar do Espírito Santo no baixo. "Cabocla Bonita"é uma peça do folclore paraense recolhida por Mário de Andrade. Jane e Tapajós contam com a colaboração de Arismar (aqui também ao violão), Robertinho e de outro mestre, o clarinetista Naylor "Proveta" Azevedo. E por falar em mestre, eis que Dominguinhos dá o ar da graça, com sua sanfona iluminada. O músico faz participação especial em "Luz de Lampião", de Nilson Chaves e Joãozinho Gomes. "Boi Bumbá", de Waldemar Henrique, tem a voz de Jane e o violão de Tapajós acompanhados pela inusitada percussão de Marco André, que inclui surdo de dedo e batuque de unha na madeira. Em "A Flauta", parceria do violonista com Billy Blanco, o instrumento tema da canção é executado por seu maior expoente; Altamiro Carrilho, que dá um show de sensibilidade e técnica, num dos momentos mais belos do disco. "Azulão", de Jaime Ovalle, é outra daquelas melodias que fizeram parte da formação musical de muita gente. Ressurge na voz delicada de Jane, com acompanhamento de Arismar ao violão e Proveta no sax soprano. Os compositores Paulo André e Ruy Barata, responsáveis por vários sucessos do início da carreira de Fafá de Belém, também são reverenciados por Jane Duboc e Sebastião Tapajós. A canção escolhida é "Indauê Tupã", cuja estrutura melódica e rítmica remete ao jazz e às harmonias elaboradas de músicos como Dave Brubeck e Burt Bacharah (lembra "Take Five", de Paul Desmond, que se tornou célebre no arranjo do Brubeck, e "South American Getaway", de Bacharach). As duas faixas seguintes são marcadas pela simplicidade quase franciscana no que tange ao romantismo presente em suas letras. "Pergunte O Que Quiser", de Galdino Penna, é uma canção delicada, onde Jane é acompanhada pelo dedilhado cheio de emoção de Tapajós. "Tempo e Destino", de Vital Lima e Nilson Chaves, traz a intérprete em dueto com Dominguinhos (alguém duvida que o sanfoneiro também é um grande cantor?). Na embolada "Tambor de Couro", de Ronaldo Silva, chamam atenção o violão ponteado de Tapajós e a primeira e segunda vozes feitas por Jane. "Tempo de Amar", de José Guilherme de Campos Ribeiro, é uma singela marcha-rancho que fala da simplicidade do amor. A voz de Jane passeia pela melodia, amparada por um delicioso improviso de Tapajós. "Bom Dia Belém", de Edyr Proença e Adalcinda Camarão, espécie de hino da capital paraense, é interpretado com emoção e reverência por Jane e Tapajós, com participação do baixista Ney Conceição. "Barueri" é uma peça instrumental do violonista com citação de "Juazeiro", de Luiz Gonzaga, e valorizada pelas vocalizações da cantora. DA MINHA TERRA é um disco simples, feito com a intenção de enaltecer uma terra mágica e rica em tradições culturais. Foi gravado no MM Estúdio, no Rio de Janeiro, com produção de Marco André Oliveira. É mais um lançamento da Jam Music, gravadora que tem por objetivo trabalhar com a boa música popular brasileira em todas as suas vertentes.
Faixas (Clique nos links para ouvir ou acesse o site Cafemusic )
1. Da minha terra (Nilson Chaves/Jamil Damous) ... »»
2. Uirapuru (Waldemar Henrique) ... »»
3. Igapó (Sebastião Tapajós) ... »»
4. Roda do bem querer (Alfredo Oliveira) ... »»
5. Cabocla Bonita (Folclore paraense - recolhida por Mário de Andrade) ... »»
6. Luz de lampião (Nilson Chaves/Joãosinho Gomes) ... »»
7. Boi-Bumbá (Waldemar Henrique) ... »»
8. A flauta (Sebastião Tapajós/Billy Blanco) ... »»
9. Azulão (Jaime Ovalle) ... »»
10. Indauê Tupã (Paulo André/ Ruy Barata) ... »»
11. Pergunte o que quiser (Galdino Pena) ... »»
12. Tempo e destino (Nilson Chaves/Vital Lima) ... »»
13. Tambor de couro (Ronaldo Silva) ... »»
14. Tempo de amar (De Campos Ribeiro) ... »»
15. Bom dia Belém (Edyr Proença/Aldacinda) ... »»
16. Barueri (Sebastião Tapajós) ... »»
São poucos os artistas com autoridade para difundir as belezas e tradições do lugar onde nasceram. Para que possam se transformar em arautos da terra natal, têm que ter total identificação com suas origens, com sabor das boas lembranças. JANE DUBOC e SEBASTIÃO TAPAJÓS têm essa autoridade. Artistas consagrados internacionalmente, a cantora e o violonista nunca renegaram suas raízes. Onde quer que se apresentem, fazem questão de enaltecer as belezas do Pará, estado que os deu ao mundo. Consequência natural, portanto, seria que eles se reunissem e fizessem um disco com canções que remetessem às origens de suas vidas. Assim nasceu DA MINHA TERRA (2000), lançado pela Jam Music. O Cd foi originalmente produzido para o projeto Pará Instrumental, da secretaria da Cultura daquele estado, mas teve distribuição limitada. Quando criou a gravadora Jam Music, ao lado do empresário Paulo Amorim, Jane Duboc colocou como uma de suas prioridades o lançamento nacional do trabalho. Na verdade, seria injusto que DA MINHA TERRA permanecesse em mãos e ouvidos de uns poucos privilegiados. Trata-se de um dos mais completos e sensíveis mapeamentos musicais de uma região que é, seguramente, uma das culturalmente mais ricas do país. A cantora e o violonista pinçaram maravilhas de alguns dos mais inspirados compositores paraenses, compondo um painel de magia e sensibilidade inquestionáveis. O CD abre com "Da Minha Terra", de Nilson Chaves e Jamil Damous, com a Jane em arranjo à capela, fazendo diversas dobras de voz. A canção seguinte é uma das mais conhecidas do universo musical paraense: "Uirapuru", de Waldemar Henrique, que fez parte das aulas de Educação Musical de muitas gerações. A voz de Jane e o violão de Sebastião Tapajós surgem em perfeita sintonia. "Igapó", do próprio violonista, é um prelúdio emoldurado pela vocalizações da cantora e por uma percussão precisa, do craque Robertinho Silva que, ao lado do baixo Fretless tocado por Arismar do Espírito Santo, outro músico iluminado, reproduz sons da floresta amazônica. O tema, na verdade, é resultado de um profundo estudo feito por Tapajós sobre a obra de Heitor Villa-Lobos. O choro-samba "Roda do Bem Querer", de Alfredo Oliveira, traz Jane acompanhada pelos violões de Tapajós e Marco André, e pela marcação percussiva de Robertinho Silva, novamente com Arismar do Espírito Santo no baixo. "Cabocla Bonita"é uma peça do folclore paraense recolhida por Mário de Andrade. Jane e Tapajós contam com a colaboração de Arismar (aqui também ao violão), Robertinho e de outro mestre, o clarinetista Naylor "Proveta" Azevedo. E por falar em mestre, eis que Dominguinhos dá o ar da graça, com sua sanfona iluminada. O músico faz participação especial em "Luz de Lampião", de Nilson Chaves e Joãozinho Gomes. "Boi Bumbá", de Waldemar Henrique, tem a voz de Jane e o violão de Tapajós acompanhados pela inusitada percussão de Marco André, que inclui surdo de dedo e batuque de unha na madeira. Em "A Flauta", parceria do violonista com Billy Blanco, o instrumento tema da canção é executado por seu maior expoente; Altamiro Carrilho, que dá um show de sensibilidade e técnica, num dos momentos mais belos do disco. "Azulão", de Jaime Ovalle, é outra daquelas melodias que fizeram parte da formação musical de muita gente. Ressurge na voz delicada de Jane, com acompanhamento de Arismar ao violão e Proveta no sax soprano. Os compositores Paulo André e Ruy Barata, responsáveis por vários sucessos do início da carreira de Fafá de Belém, também são reverenciados por Jane Duboc e Sebastião Tapajós. A canção escolhida é "Indauê Tupã", cuja estrutura melódica e rítmica remete ao jazz e às harmonias elaboradas de músicos como Dave Brubeck e Burt Bacharah (lembra "Take Five", de Paul Desmond, que se tornou célebre no arranjo do Brubeck, e "South American Getaway", de Bacharach). As duas faixas seguintes são marcadas pela simplicidade quase franciscana no que tange ao romantismo presente em suas letras. "Pergunte O Que Quiser", de Galdino Penna, é uma canção delicada, onde Jane é acompanhada pelo dedilhado cheio de emoção de Tapajós. "Tempo e Destino", de Vital Lima e Nilson Chaves, traz a intérprete em dueto com Dominguinhos (alguém duvida que o sanfoneiro também é um grande cantor?). Na embolada "Tambor de Couro", de Ronaldo Silva, chamam atenção o violão ponteado de Tapajós e a primeira e segunda vozes feitas por Jane. "Tempo de Amar", de José Guilherme de Campos Ribeiro, é uma singela marcha-rancho que fala da simplicidade do amor. A voz de Jane passeia pela melodia, amparada por um delicioso improviso de Tapajós. "Bom Dia Belém", de Edyr Proença e Adalcinda Camarão, espécie de hino da capital paraense, é interpretado com emoção e reverência por Jane e Tapajós, com participação do baixista Ney Conceição. "Barueri" é uma peça instrumental do violonista com citação de "Juazeiro", de Luiz Gonzaga, e valorizada pelas vocalizações da cantora. DA MINHA TERRA é um disco simples, feito com a intenção de enaltecer uma terra mágica e rica em tradições culturais. Foi gravado no MM Estúdio, no Rio de Janeiro, com produção de Marco André Oliveira. É mais um lançamento da Jam Music, gravadora que tem por objetivo trabalhar com a boa música popular brasileira em todas as suas vertentes.
Faixas (Clique nos links para ouvir ou acesse o site Cafemusic )
1. Da minha terra (Nilson Chaves/Jamil Damous) ... »»
2. Uirapuru (Waldemar Henrique) ... »»
3. Igapó (Sebastião Tapajós) ... »»
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5. Cabocla Bonita (Folclore paraense - recolhida por Mário de Andrade) ... »»
6. Luz de lampião (Nilson Chaves/Joãosinho Gomes) ... »»
7. Boi-Bumbá (Waldemar Henrique) ... »»
8. A flauta (Sebastião Tapajós/Billy Blanco) ... »»
9. Azulão (Jaime Ovalle) ... »»
10. Indauê Tupã (Paulo André/ Ruy Barata) ... »»
11. Pergunte o que quiser (Galdino Pena) ... »»
12. Tempo e destino (Nilson Chaves/Vital Lima) ... »»
13. Tambor de couro (Ronaldo Silva) ... »»
14. Tempo de amar (De Campos Ribeiro) ... »»
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16. Barueri (Sebastião Tapajós) ... »»
Rio Tapajós
Alter do Chão (Fonte)
Localiza-se na margem direita do rio Tapajós, afluente do Amazonas. É uma vila turística da cidade de Santarém. O Tapajós, na sua foz, em frente de Santarém, proporciona o fantástico espetáculo do encontro de suas águas claras com as barrentas do Amazonas, sem misturar-se. O rio Tapajós possui característica única entre os afluentes do Amazonas - suas águas são cristalinas- e, por capricho da sábia natureza, forma uma lagoa em frente à cidade santuário, denominada "Lago Verde". As águas límpidas e quentes do Lago Verde originaram o apelido carinhoso para a cidade santuário de "O Caribe de água doce". Ele é circundado por extensas praias de areia fina e branca, que ficaram famosas até fora do Brasil. A beleza de Alter do Chão é um exemplo de preservação ambiental.
Alter do Chão (Fonte)
Localiza-se na margem direita do rio Tapajós, afluente do Amazonas. É uma vila turística da cidade de Santarém. O Tapajós, na sua foz, em frente de Santarém, proporciona o fantástico espetáculo do encontro de suas águas claras com as barrentas do Amazonas, sem misturar-se. O rio Tapajós possui característica única entre os afluentes do Amazonas - suas águas são cristalinas- e, por capricho da sábia natureza, forma uma lagoa em frente à cidade santuário, denominada "Lago Verde". As águas límpidas e quentes do Lago Verde originaram o apelido carinhoso para a cidade santuário de "O Caribe de água doce". Ele é circundado por extensas praias de areia fina e branca, que ficaram famosas até fora do Brasil. A beleza de Alter do Chão é um exemplo de preservação ambiental.
terça-feira, 18 de outubro de 2005
Seminário O Brincar dos Povos Indígenas - Santo André, SP (Fonte)
Para difundir o universo lúdico do índio brasileiro, o Departamento de Lazer leva a diversos espaços públicos da cidade, todos os finais de semana deste mês, uma programação diversificada com jogos, brincadeiras e brinquedos praticados por vários povos indígenas.Muitos destes brinquedos já estão incorporados no nosso dia - a - dia, como por exemplo o pião e a peteca.Além da programação infantil, o projeto inclui um seminário, nos dias 26 e 27 de outubro, que pretende refletir e discutir sobre a cultura indígena tendo sempre como foco a questão do lúdico. O evento será realizado no Parque Escola ( r. Anacleto Popote, 46, Valparaíso) e destina-se a educadores formais e informais, profissionais das áreas do Lazer, Esporte, Artes Plásticas, Artes Cênicas, interessados em geral.
Confira a programação:
Dia 26 das 8h30 às 18h Exposição de fotos "Ywalapiti - O Povo do Brasil "; das 8h30 às 9h - Credenciamento e um musical com Denise Coelho e Jefferson Sooma; Das 9h às 11h - Conferência "A influência indígena na construção da cultura brasileira" com Marcos Terena - Presidente do Conselho Intertribal do Brasil;
Oficinas / Workshops
Das 14h às 18h 1. O Corpo indígena: Máscaras e Indumentárias(máscaras e pintura corporal). A oficina proporcionará a criação de indumentárias, máscaras, pinturas corporais baseados em algumas comunidades indígenas, utilizando o papel como principal suporte. Coord.: Maria do Carmo Lima - aderecista, figurinista e cenógrafa, participa de projetos da OCA - Associação da Aldeia de Carapicuiba, Escola Ciranda, Centro de Estudos Casa Redonda.
2. Brinquedos e brincadeiras das crianças do Brasil.A oficina explorará brincadeiras indígenas e confecção de brinquedos, resultado de uma pesquisa realizada desde 1995 em diferentes regiões do Brasil. Coord.: Renata Meirelles - Mestranda da Faculdade de Educação da USP, com projeto sobre o lúdico infantil na Amazônia, idealizadora do Projeto BIRA - Brincadeiras Infantis da Região Amazônica. 3. Contado histórias de índioA oficina proporcionará um contato com a cultura indígena a partir da contação de histórias. Coord.: Daniel Munduruku - escritor, contador de histórias.4. Jogo - história. Vivência com histórias indígenas, através de uma perspectiva lúdica da mesma, da recriação da história por meio da criação de um jogo de tabuleiro. Coord.: Adriana Klisys (escritora, pesquisadora de jogos) e Edi Fonseca (contadora de histórias).
das 15h às 18h 5. A cultura indígena: Reflexões e alternativas para brincar e jogar Vivências lúdicas da cultura indígena compreendendo cantigas infantis, brinquedos, jogos, danças. Coord.: Fabiano Augusto João - Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, Professor da Graduação em Educação Física e Turismo da FEFISA - Faculdades Integradas.
Dia 27 - Das 8h30 às 18hExposição de fotos "Ywalapiti - O Povo do Brasil "Das 8h30 às 9h - Credenciamento e Apresentação musical (Chorinho)Oficinas / Workshops / VivênciasDas 9h às 11h
1. Percussão corporal. Coord.: Barbatuques
2. Kit de Objetos Infantis Indígenas Concebido e desenvolvido pela equipe de educadores do MAE/USP, com o objetivo de formar multiplicadores dos conceitos abordados pelo material. Coord.: Carla Gibertoni - Educadora , Diretora do Serviço Técnico de Musealização - Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
Das 9h às 12h30
3. Vivência corporal e lúdica baseada em danças brasileiras. Com dinâmicas embaladas por instrumentos que figuram no universo lúdico da cultura popular serão experimentados ritmos como caboclinho, maracatu, frevo e coco de roda. Coord.: Adriana Alencar e Luciano Amorim. Pesquisadores da Cultura Popular Brasileira, arte- educadores, participam de projetos no Instituto Brincante.
4. Brincando com as muitas faces da Voz. O workshop visa estimular a percepção e consciência vocal própria e intuitiva dos participantes. Coord.: Carlos Navas - cantor paulistano, revelação vocal expressiva da MPB.
5. O Corpo indígena: Indumentárias (colares, cocar). A oficina proporcionará a criação de indumentárias, baseadas em algumas comunidades indígenas, utilizando o papel como principal suporte. Coord.: Maria do Carmo Lima - aderecista, figurinista e cenógrafa, participa de projetos da OCA - Associação da Aldeia de Carapicuiba, Escola Ciranda, Centro de Estudos Casa Redonda.
À partir das 14h - Mesa de Debate "A ludicidade indígena na cultura brasileira", com Eliana Potiguara - Escritora, uma das 52 brasileiras indicadas ao Prêmio Nobel 2006 e Daniel Munduruku -Escritor , contador de história da etnia Munduruku
Das 15h 30 às 16h - Apresentação musical com Fernando Sardo e Bira Azevedo; Às 16h - Aula - espetáculo - "A contribuição da cultura indígena nos sons do Brasil" com Marlui Miranda.
Para difundir o universo lúdico do índio brasileiro, o Departamento de Lazer leva a diversos espaços públicos da cidade, todos os finais de semana deste mês, uma programação diversificada com jogos, brincadeiras e brinquedos praticados por vários povos indígenas.Muitos destes brinquedos já estão incorporados no nosso dia - a - dia, como por exemplo o pião e a peteca.Além da programação infantil, o projeto inclui um seminário, nos dias 26 e 27 de outubro, que pretende refletir e discutir sobre a cultura indígena tendo sempre como foco a questão do lúdico. O evento será realizado no Parque Escola ( r. Anacleto Popote, 46, Valparaíso) e destina-se a educadores formais e informais, profissionais das áreas do Lazer, Esporte, Artes Plásticas, Artes Cênicas, interessados em geral.
Confira a programação:
Dia 26 das 8h30 às 18h Exposição de fotos "Ywalapiti - O Povo do Brasil "; das 8h30 às 9h - Credenciamento e um musical com Denise Coelho e Jefferson Sooma; Das 9h às 11h - Conferência "A influência indígena na construção da cultura brasileira" com Marcos Terena - Presidente do Conselho Intertribal do Brasil;
Oficinas / Workshops
Das 14h às 18h 1. O Corpo indígena: Máscaras e Indumentárias(máscaras e pintura corporal). A oficina proporcionará a criação de indumentárias, máscaras, pinturas corporais baseados em algumas comunidades indígenas, utilizando o papel como principal suporte. Coord.: Maria do Carmo Lima - aderecista, figurinista e cenógrafa, participa de projetos da OCA - Associação da Aldeia de Carapicuiba, Escola Ciranda, Centro de Estudos Casa Redonda.
2. Brinquedos e brincadeiras das crianças do Brasil.A oficina explorará brincadeiras indígenas e confecção de brinquedos, resultado de uma pesquisa realizada desde 1995 em diferentes regiões do Brasil. Coord.: Renata Meirelles - Mestranda da Faculdade de Educação da USP, com projeto sobre o lúdico infantil na Amazônia, idealizadora do Projeto BIRA - Brincadeiras Infantis da Região Amazônica. 3. Contado histórias de índioA oficina proporcionará um contato com a cultura indígena a partir da contação de histórias. Coord.: Daniel Munduruku - escritor, contador de histórias.4. Jogo - história. Vivência com histórias indígenas, através de uma perspectiva lúdica da mesma, da recriação da história por meio da criação de um jogo de tabuleiro. Coord.: Adriana Klisys (escritora, pesquisadora de jogos) e Edi Fonseca (contadora de histórias).
das 15h às 18h 5. A cultura indígena: Reflexões e alternativas para brincar e jogar Vivências lúdicas da cultura indígena compreendendo cantigas infantis, brinquedos, jogos, danças. Coord.: Fabiano Augusto João - Mestre em Educação, Arte e História da Cultura, Professor da Graduação em Educação Física e Turismo da FEFISA - Faculdades Integradas.
Dia 27 - Das 8h30 às 18hExposição de fotos "Ywalapiti - O Povo do Brasil "Das 8h30 às 9h - Credenciamento e Apresentação musical (Chorinho)Oficinas / Workshops / VivênciasDas 9h às 11h
1. Percussão corporal. Coord.: Barbatuques
2. Kit de Objetos Infantis Indígenas Concebido e desenvolvido pela equipe de educadores do MAE/USP, com o objetivo de formar multiplicadores dos conceitos abordados pelo material. Coord.: Carla Gibertoni - Educadora , Diretora do Serviço Técnico de Musealização - Museu de Arqueologia e Etnologia da USP.
Das 9h às 12h30
3. Vivência corporal e lúdica baseada em danças brasileiras. Com dinâmicas embaladas por instrumentos que figuram no universo lúdico da cultura popular serão experimentados ritmos como caboclinho, maracatu, frevo e coco de roda. Coord.: Adriana Alencar e Luciano Amorim. Pesquisadores da Cultura Popular Brasileira, arte- educadores, participam de projetos no Instituto Brincante.
4. Brincando com as muitas faces da Voz. O workshop visa estimular a percepção e consciência vocal própria e intuitiva dos participantes. Coord.: Carlos Navas - cantor paulistano, revelação vocal expressiva da MPB.
5. O Corpo indígena: Indumentárias (colares, cocar). A oficina proporcionará a criação de indumentárias, baseadas em algumas comunidades indígenas, utilizando o papel como principal suporte. Coord.: Maria do Carmo Lima - aderecista, figurinista e cenógrafa, participa de projetos da OCA - Associação da Aldeia de Carapicuiba, Escola Ciranda, Centro de Estudos Casa Redonda.
À partir das 14h - Mesa de Debate "A ludicidade indígena na cultura brasileira", com Eliana Potiguara - Escritora, uma das 52 brasileiras indicadas ao Prêmio Nobel 2006 e Daniel Munduruku -Escritor , contador de história da etnia Munduruku
Das 15h 30 às 16h - Apresentação musical com Fernando Sardo e Bira Azevedo; Às 16h - Aula - espetáculo - "A contribuição da cultura indígena nos sons do Brasil" com Marlui Miranda.
Rio Nhundiaquara, no Paraná
(pesquisa feita pela amiga Diana do blog Tarde de Chuva!! )
Seu nome tem origem tupi-guarani: "nhundi" quer dizer peixe, e "quara", buraco. Serviu como primeira via natural de penetração, ligando o litoral ao planalto. Era denominado "Cubatão" e considerado um dos mais auríferos da região, contribuindo economicamente para o desenvolvimento da mesma. Uma das mais belas e típicas paisagens morreteanas é a do rio cortando a cidade formando um conjunto com as árvores e edificações existentes em suas margens. É navegável em aproximadamente 12 Km, e permite a prática de esportes como canoagem, bóia-cross e pescarias.
segunda-feira, 17 de outubro de 2005
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