quarta-feira, 30 de agosto de 2006
MANGAVA BRAVA CONTRA PROBLEMA GÁSTRICO
(Fonte: Folha Equilíbrio)
Uma pesquisa realizada na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) concluiu que a Lafoensia pacari, conhecida popularmente como mangava brava, trouxe alívio para 74% dos entrevistados com problemas gástricos, como azia, refluxo gastroesofágico, vômito e má digestão. Em 42% das pessoas, os desconfortos desapareceram completamente. A planta não foi eficiente, no entanto, na erradicação da bactéria Helicobacter pylori, responsável por úlceras, gastrites e tumores no estômago. Foram acompanhados cem pacientes para o estudo.
domingo, 27 de agosto de 2006
Protesto: Manifestação do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal em São Paulo pede o fim do massacre de cães na China (Fonte da imagem e mais informações no site UOL BICHOS)
sábado, 26 de agosto de 2006
A cerimônia de encerramento da terceira edição dos Jogos Indígenas começou da maneira que ninguém, entre índios e organização esperava. Marcos Terena, um dos coordenadores do evento, pediu um minuto de silêncio aos mais de cinco mil presentes na arena montada na praia das Gaivotas, em Conceição do Araguaia, no sul do Pará. O pedido era uma homenagem à índia Tembé Maria de Lourdes, que morreu na penúltima noite do evento, aos 35 anos.
Terena ainda leu uma carta em solidariedade ao povo Tembé do Guamá. Maria de Lourdes era esposa do cacique Sérgio Tembé. Ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) após participar da abertura dos Jogos, no sábado, dia 19. Imediatamente, foi levada para o hospital de Araguaína, recebeu tratamento, mas não resistiu. 'É um sentimento de tristeza e de solidariedade com o povo Tembé. Mas o índio acredita na vida, pois a gente não sabe quando vai morrer e acabar tudo. A vida de quem ainda está aqui continua. Sente a tristeza, mas a alegria do povo tem que prevalecer', explica Terena, contando um pouco da cultura indígena em relação à morte.
Provas agitam público
Os Jogos reuniram mais de 600 índios de 16 etnias, sendo três convidadas dos Estados do Amazonas, Mato Grosso e Tocantins. Mais de 30 mil pessoas acompanharam o evento. Depois da homenagem à índia Tembé Maria de Lourdes, esposa do cacique Sérgio Tembé, que morreu na penúltima noite dos Jogos Indígenas, a festa de encerramento da competição seguiu com os índios saudando o público. A programação, que teve ainda ritual de pajelança, terminou com a famosa queima de fogos, que deslumbrou índios e não-índios presentes por cerca de dez minutos.
A comissão das modalidades esportivas realizou as provas que tinham sido canceladas em função da morte da índia Maria de Lourdes Tembé. No último dia de competição ainda foram realizadas as provas de cabo de guerra (masculino e feminino), sendo os Wai-Wai, vencedores em prova bastante equilibrada. Na corrida rústica de mil metros, o guerreiro Pay Aikewara, venceu a prova. No feminino, a índia Porriré Gavião, de 12 anos, venceu com certa facilidade. Ela disse que treinou forte todos os dias e esperava mesmo ganhar a corrida.
Antes da cerimônia, o público vibrou com a corrida rupestre. No feminino, a jovem Porreiré Gavião, de 12 anos, disparou e percorreu com tranqüilidade os mil metros de prova, mesmo na areia fofa. 'Sou nova e corro bastante na aldeia, brincando mesmo. Quando vi as outras mulheres, vi também que tinha chance de vencer', disse. No masculino, a vitória ficou com Kauí, da etnia Aikewara. Ele foi seguido de perto por três Munduruku: Eduardo, Sandro e Leandro.
Outra disputa que animou foi o cabo de guerra. A etnia Wai Wai não deu chance e faturou no masculino e feminino. As mulheres mostraram toda força ao derrotar a etnia Asurini do Tocantis. Afinal, eram oito contra dez guerreiras Wai Wai. Após as competições e o momento de homenagem aos Tembé, as etnias entraram para receber troféus e medalhas de participação.
Nos Jogos Tradicionais se cultiva a idéia que todos saem vencedores. 'É uma festa de integração, de valorização da cultura indígena, de nossa origem. E é uma forma de trazer um evento grande como esse para o sul do Pará, dando destaque também para diferentes regiões de nosso estado', comentou o secretário de Esporte e Lazer, José Ângelo Miranda.
sexta-feira, 25 de agosto de 2006
Curiosidades sobre cristais-de-rocha
(Fonte das informações e da imagem)
Além de seu emprego em jóias, o cristal-de-rocha, ou simplesmente quartzo, é muito usado pelos terapeutas que empregam cristais. Importante como matéria-prima na indústria eletrônica, como abrasivo, nas indústrias de vidro e cerâmica.
É utilizado também no campo da técnica para a obtenção de ultra-sons (por causa de suas propriedades piezoeléctricas) e para o controle de emissores e relógios. Na fabricação de vidros de alta qualidade, esses vidros são chamados de cristal, o que vem aumentar ainda mais a confusão de nomes envolvendo o quartzo...
Copos de cristal, lustres de cristal, entre outros, são feitos de vidro, que não é matéria cristalina. Por isso, quando se fala de quartzo incolor, deve-se usar o nome correto, cristal-de-rocha, e não cristal apenas.
No Cazaquistão, foi encontrado um cristal, em 1958, com a altura de uma casa de dois andares, pesando 70 toneladas. As drusas, agregados de cristais desenvolvidos sobre uma base plana, podem conter, no caso do quartzo incolor, milhares de cristais, totalizando centenas de quilogramas. A maior já encontrada tinha 784 kg!
O Brasil é o maior produtor mundial de quartzo, com jazidas principalmente em Minas Gerais, Goiás e Bahia, particularmente na região do Planalto Central, próximo ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Mordida de formiga chega a 100 km/h
Formigas da espécie Odontomachus bauri, mais conhecidas como formigas-de-estalo, mordem a uma velocidade de 100 km/h – ou 2,3 mil vezes mais rápido que um piscar de olho, revelaram imagens digitais em alta velocidade.
A nova medição deu a essas criaturas, nativas da América do Sul e Central, o recorde de rapidez com que um animal move suas partes do corpo.
As fotos mostraram ainda que as formigas usam a mandíbula para outros fins além de proferir mordidas com uma força 300 vezes maior que o peso do seu corpo.
Mordendo o chão, elas são capazes de arremessar a si mesmas para fugir de perigos iminentes.
Física
A pesquisadora Sheila Patek, da Universidade da Califórnia, Berkeley, disse que é tudo uma questão de "física simples".
"As mandíbulas destas formigas são relativamente curtas. Desferem mordidas poderosas porque conseguem acelerar muito rapidamente", disse a pesquisadora, que fez suas pesquisas de campo na Costa Rica e as publicou na revista Proceedings of the National Academy.
O co-autor do estudo, Andy Suárez, da Universidade de Illinois, explicou o mecanismo pelo qual as formigas se "auto-arremessam" para fugir de algum perigo.
"Se elas mordem alguma coisa muito dura para ser esmagada, o impacto as precipita para cima", disse o cientista.
Este efeito rebote projeta o inseto em um vôo breve e acidental, que termina em um pouso forçado alguns centímetros adiante.
A jornada pode parecer caótica e desconfortável, mas as formigas são leves demais para se ferirem nesta desventura.
Na verdade, a doutora Patek e sua equipe agora comprovaram que elas às vezes realizam vôos voluntariamente.
A manobra permite às formigas escapar de predadores como lagartos, que atacam rapidamente e não se intimidam com as ferroadas.
Além disso, o “efeito-pipoca” de várias formigas pulando ao mesmo tempo pode servir para confundir outros animais.
"Os resultados nos mostram maneiras surpreendentes e interessantes como um único sistema mecânico pode ser usado para comportamentos tão distintos", afirmou a pesquisadora.
(Fonte: site BBC ) CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR VÍDEO QUE MOSTRA ESSA FORMIGA.
terça-feira, 22 de agosto de 2006
(proposta pela Laura e com participação de diversos blogs amigos)
O Que foi Feito Deverá
(Milton Nascimento e Fernando Brant)
O que foi feito, amigo,
de tudo que a gente sonhou
O que foi feito da vida,
o que foi feito do amor
Quisera encontrar aquele verso menino
Que escrevi há tantos anos atrás
Falo assim com saudade,
falo assim por saber
Se muito vale o já feito,
mas vale o que será
Mas vale o que será
E o que foi feito é preciso
conhecer para melhor prosseguir
Falo assim sem tristeza,
falo por acreditar
Que é cobrando o que fomos
que nós iremos crescer
Nós iremos crescer,
outros outubros virão
Outras manhãs, plenas de sol e de luz
Alertem todos alarmas
que o homem que eu era voltou
A tribo toda reunida,
ração dividida ao sol
E nossa Vera Cruz,
quando o descanso era luta pelo pão
E aventura sem par
Quando o cansaço era rio
e rio qualquer dava pé
E a cabeça rolava num gira-girar de amor
E até mesmo a fé não era cega nem nada
Era só nuvem no céu e raiz
Hoje essa vida só cabe
na palma da minha paixão
Devera nunca se acabe,
abelha fazendo o seu mel
No pranto que criei,
nem vá dormir como pedra e esquecer
O que foi feito de nós
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
(Fonte: Brasil 500 pássaros)
Presente em toda a Amazônia, Mato Grosso, Goiás, do Pernambuco ao sul da Bahia, e em outros países amazônicos: Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
domingo, 20 de agosto de 2006
(Trecho de matéria publicada no site da Revista Época )
Quando Maria morrer, a língua de seus ancestrais estará morta. Dá para salvar um
idioma da extinção?
Tânia Nogueira (texto)
Frederic Jean (fotos), De Altamira
Na língua dos índios xipaia não há uma palavra para designar "ano". Essa unidade de tempo não existe na cultura da tribo. Por causa disso, Maria Xipáya nem sabe quantos anos tem. Na carteira de identidade que ganhou da Funai, a data de nascimento é 19 de abril de 1928. (Quando não se sabe o dia do aniversário, é padrão na entidade atribuir uma data aproximada. No caso dela, o Dia do Índio.) Maria mora numa casa localizada num bairro simples da cidade paraense de Altamira. Ela é a última falante viva de um idioma que está morrendo. Não tem ninguém com quem conversar em sua língua materna. Os demais xipaias já esqueceram boa parte do idioma.
"Quando eu morrer, morre comigo um certo modo de ver", escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade em um de seus poemas mais famosos, "Desfile". A frase, válida para seres humanos, serve também para idiomas. Quando morre uma língua, grande parte da cultura associada a ela desaparece. "Cada língua é uma cultura e uma visão de mundo", diz Aryon Dall'Igna Rodrigues, coordenador do laboratório de Línguas Indígenas da Universidade de Brasília (UnB) e um dos maiores especialistas brasileiros no assunto. Não é à toa que, em grego, uma mesma palavra - logos - significa linguagem e pensamento.
As línguas costumam morrer em silêncio. O principal sinal de envelhecimento é deixarem de ser ensinadas às novas gerações. Quando isso acontece, o final é quase irreversível. "Qualquer língua que não seja mais transmitida às crianças está em situação crítica", diz Aryon Rodrigues. Antropólogos e lingüistas acreditam que, se nada for feito, algo entre 50% e 90% das cerca de 6 mil línguas faladas no planeta vão desaparecer neste século. Quando Cabral chegou ao Brasil, a população de índios era de 6 milhões a 10 milhões segundo estimativas. Hoje, calcula-se que são 170 mil. Em 1500, os índios falavam cerca de 1.300 línguas. Sobraram 181.
As línguas deixam de ser usadas quando seus falantes não precisam mais dela. Quem impede o desaparecimento completo de uma língua salva toda uma cultura e uma visão de mundo. s Os esquimós usam palavras diferentes para se referir a tonalidades de branco imperceptíveis para quem não vive na região Ártica. Se eles desaparecessem, essa diversidade cultural também sumiria. Por isso, um idioma salvo da extinção é motivo para comemorar.
No Brasil, salvar idiomas é especialmente importante dada a biodiversidade lingüística do país. Enquanto na Austrália os 200 idiomas indígenas catalogados são todos variações de uma única família, por aqui há várias famílias independentes. A maior parte delas pertence a dois troncos principais, o tupi e o macro-jê. A língua xipaia pertence ao tronco tupi.
Os xipaias deixaram de utilizar seu idioma quando abandonaram a tribo para viver na cidade. Recentemente, a Funai demarcou as terras dos xipaias e alguns deles voltaram a morar no mato. A aldeia fica a dez dias de barco de Altamira. Para lá seguiram 36 índios da etnia, nenhum deles com fluência no idioma nativo.
Alguns lembram de uma palavra ou outra, como os parentes mais próximos de Maria. Duas de suas primas, Izabel e Odete, se recordam de algumas frases em xipaia. Um amigo, João, conhece nomes de bichos e plantas na floresta. Mas isso seria insuficiente para manter um diálogo, caso eles se encontrassem com freqüência. Como são idosos, os quatro dificilmente saem de casa e se vêem pouco. Os filhos, netos e bisnetos de Maria não falam o idioma ancestral.
Embora seja difícil impedir a morte de uma língua, é possível evitar sua extinção. O latim é uma língua morta, pois não é mais falado. Mas não está extinto. Restam textos latinos que ainda são estudados e preservam a cultura que deu origem a vários idiomas vivos. Da mesma forma, o xipaia pode morrer, mas não será extinto. Desde 1988, a professora de Lingüística da Universidade Federal do Pará (UFPA) Carmen Lúcia Reis Rodrigues trabalha ao lado de Maria Xipáya. Ela registra o vocabulário, presta atenção a nuances fonéticas, tenta entender as regras gramaticais e está criando uma ortografia para o idioma. Ainda neste ano, Carmen pretende finalizar um dicionário. O xipaia era dado como extinto até os anos 80. Foi quando Carmen, então estagiária do Museu Paraense Emílio Goeldi, e o lingüista americano Denys Moore descobriram Maria e viram uma oportunidade de salvar o idioma de seus ancestrais.
O nome xipaia aparece em relatos dos primeiros missionários e viajantes que chegaram à região dos rios Xingu, Iriri e Curuá, no Pará, no século XVII. Em 2002, eram apenas 595 pessoas. A família de Maria parece pertencer a um grupo que se manteve relativamente afastado dos costumes dos brancos. Ela afirma que, até o dia s de seu primeiro casamento, jamais tinha entrado numa igreja e que, até então, não era batizada. O tio de Maria, Durica, era o pajé da tribo. Sua filha, Izabel, prima de Maria, afirma que costumava vê-lo incorporando espíritos e fazendo suas curas. Uma vez Maria diz que passava muito mal do estômago. O pajé foi chamado e disse que ela tinha ingerido a comida de uma panela que ficara aberta durante a noite. "O bicho da escuridão tinha cuspido lá dentro", diz ela. Ela afirma que, depois das rezas e dos remédios do tio, ficou boa.
Na época do Ciclo da Borracha, no século XIX, e durante a Segunda Guerra Mundial, os seringueiros usaram os xipaias e os curuaias, outra tribo da região, como guardas dos assentamentos de seringueiros na selva. Foi aí que começou o contato com a cultura dos brancos. Quando criança, Maria diz que se fascinava com o modo de vida dos que falavam português: "Eu achava bonito. Aquelas roupas limpinhas, branquinhas, tudo arrumado. As meninas me chamavam para ajudar a lavar roupa. Eu adorava. Queria que minha mãe fosse como a mãe delas, que não comesse na folha de bananeira e depois jogasse no meio do mato".
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
"Parece que foi ontem" - novo livro de Daniel Munduruku, lançamento em agosto - Global Editora
(Fonte: Grumin - Rede de Comunicação Indígena - texto enviado pela Lista de Literatura Indígena)
“Os velhos são sábios. Sábios não porque ensinam através das palavras,
Nesta obra,
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Mudanças climáticas, perda de áreas alagadas, infra-estruturas inadequadas e mau gerenciamento dos recursos têm promovido o tema a "problema verdadeiramente global", disse a organização.
"Riqueza econômica não se traduz em abundância de água", afirmou o supervisor do levantamento, Jamie Pittock.
"Escassez e poluição estão se tornando mais comuns, e a responsabilidade por encontrar soluções cabe tanto a países ricos como pobres."
O WWF alertou os países em desenvolvimento para que não desperdicem a chance de "aprender com os erros do passado" cometidos pelos países ricos.
Desperdício e escassez
Desperdício e escassez de água são dois lados da mesma moeda, indica o relatório.
Algumas das cidades mais ricas do mundo, como Houston, no Texas, e Sidney, na Austrália, consomem mais água do que são capazes de repor.
Nos Estados Unidos e no Japão, o uso diário de água per capita alcança os 350 litros, enquanto cada europeu consome 200 litros por dia, afirmou o relatório.
Na África subsaariana, o consumo diário per capita é de no máximo 20 litros.
Em Londres, a infra-estrutura ultrapassada gera um volume de perdas equivalente a 300 piscinas olímpicas por dia.
Segundo o levantamento, regiões áridas da Europa, como a maior parte da Espanha e Portugal, devem sofrer "severamente" com a escassez de água em 2070.
Agricultura
Apesar disso, práticas agrícolas continuam insustentáveis.
Uma análise do WWF determinou que a água usada anualmente para produzir excedentes em colheitas espanholas de milho, algodão, arroz e alfafa seria suficiente para abastecer mais de 16 milhões de habitantes do país.
"Colheitas estão se expandindo não como resposta à demanda do mercado, mas como resposta à disponibilidade de subsídios", critica a organização, que destacou ainda a má qualidade da água restante.
A Espanha foi o destaque do relatório, registrando o pior resultado de freqüência de nitratos em águas subterrâneas e em águas potáveis.
Uma conseqüência da pior qualidade da água doce é a perda de biodiversidade, apontou o documento.
Desde 1970, houve declínio nas populações de mais da metade de 200 espécies de águas doces analisadas pelo índice "Planeta Vivo", medido pela organização.
"O custo de recuperar ecossistemas prejudicados é de dez a cem vezes maior que o de mantê-los", alertou o WWF.
"Governos devem encontrar soluções tanto para os (países) ricos como para os pobres, o que inclui reparar infra-estrutura antiga, reduzir contaminantes e mudar práticas de irrigação."
O relatório antecede a Semana Mundial da Água, evento que será realizado em Estocolmo, na Suécia, de 20 a 26 de agosto.
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Bororos afirmam viver em condições críticas
(Fonte: Diário de Cuiabá)
A Comissão Interinstitucional de Apoio ao Povo Bororo irá levar ao Ministério Público Federal a situação crítica vivida pelas famílias da etnia que há dois meses retornaram à Terra Indígena Jarudóri. Invadida e colonizada desde a década de 1950, a área abriga hoje a sede do distrito de Jarudore, no município de Poxoréo.
A Aldeia Nova, aberta em junho por cerca de 32 representantes da etnia, foi tema de reportagem publicada pelo Diário. À ocasião, já era possível perceber a falta de infra-estrutura da área de aproximadamente 10 hectares escolhida pelos índios para iniciar a retomada da área original – 4,6 mil hectares.
O relatório a ser encaminhado ao MPF foi produzido a partir de uma visita de campo da qual participaram representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), um antropólogo e um estudante da UFMT. A situação relatada é de risco para as oito famílias que permanecem no local.
“Atualmente as pessoas moram em seis casas de palha, feitas por eles mesmos em um antigo sítio abandonado por seus antigos invasores. O córrego escasso de água no período de seca serve de água aos índios e fica há aproximadamente 300 metros do grupo de casas”, diz um trecho do documento.
A terra é improdutiva e faltam áreas de pastagens para as 36 cabeças de gado trazidas pelos índios até o local. Os bororo possuem ainda quatro porcos e uma horta que pouco produziu até o momento. Há crianças entre os ocupantes da área.
Outro risco, de acordo com o relatório, diz respeito à proximidade com a vila erguida pelos brancos. O clima é de tensão. “Após a reocupação, criou-se uma insegurança na população ‘invasora’ do local pelo medo de perder as terras para os seus verdadeiros donos. Isso fez com que eles se mobilizassem”.
A Funai, até o momento, não visitou a nova área e nem tampouco a reconheceu oficialmente. “Também não foram concedidas assistências, embora as reivindicações tenham sido feitas pessoalmente”.
No documento, a comissão pede a colocação de placas oficiais de identificação de áreas indígenas na entrada da área e da aldeia Nova. “A Funai (deve) reconhecer o grupo e a reocupação e dar-lhes assistência que lhe é devida”.
Entre as reivindicações, estão a instalação de uma bomba d’água e o início de um atendimento à saúde pela Funasa. Também é pedida a instalação da aldeia na área tradicional, com a posse imediata de todos os sítios e chácaras desocupados. (Rodrigo Vargas)
Veneno sintético de escorpião é usado contra tumor
(Fonte: BBC Brasil)
Pesquisadores desenvolveram uma espécie de veneno de escorpião sintético para ser usado no combate a tumores no cérebro. O veneno é um portador de material radioativo que atua em células que continuam no corpo depois de cirurgias de remoção de tumores.De acordo com artigo publicado na revista científica norte-americana Journal of Clinical Oncology, a técnica foi testada em 18 pacientes e outros casos ainda serão estudados.Resultados preliminares indicam que o tratamento é bem tolerado e pode ser eficiente no combate a tumores.O tratamento é sugerido para casos de glioma, uma forma grave de tumor cerebral. Pacientes com glioma têm apenas 8% de chances de sobreviver nos dois anos após o diagnóstico. Em cinco anos, a probabilidade é de 5%.
Sobrevivência
Apesar dos avanços nas técnicas de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, houve poucas vitórias da ciência no campo dos gliomas.Cientistas do Cedars-Sinai Medical Center, na Califórnia (Estados Unidos), fizeram suas pesquisas usando TM-601, uma versão sintética de um peptídio que é encontrado no escorpião gigante amarelo israelense.O peptídio tem a capacidade singular de ir da corrente sangüínea diretamente para o cérebro, e consegue afetar células de glioma.Todos os pacientes submetidos aos testes haviam passado anteriormente por cirurgias de remoção de tumor.A dose de TM-601 foi administrada entre 14 e 28 dias depois de cada operação através de injeção. Seis pacientes receberam doses extras da droga.Um dos principais objetivos do estudo era avaliar a tolerância das pessoas às doses. A pesquisa registrou poucos efeitos colaterais.A média de tempo de sobrevivência dos casos analisados foi de 27 semanas, mas dois pacientes resistiram por 33 e 35 meses após as cirurgias.Análises de laboratório mostraram que a maior parte da radioatividade transmitida pela droga desapareceu depois de 24 horas.O pouco de radiação que sobrou ficou localizada na cavidade do tumor, o que sugere que a droga reagiu com células do tumor, e não com as células normais do cérebro."Nós estamos usando o TM-601 principalmente como uma substância para conduzir o material radioativo para as células de glioma, mas dados sugerem que ele também pode diminuir o ritmo de crescimento de células de tumores", afirmou neurocirurgião do Cedars-Sinai Medical Center, Adam Mamelak, um dos autores do estudo.
domingo, 13 de agosto de 2006
Cientista fotografa rara formação de nuvens na Antártida
As nuvens são produzidas quando a luz do crepúsculo passa por cristais de água congelada, soprados pelo forte jato de ar estratosférico (AP - Estadão)
HOBART, AUSTRÁLIA - Algumas das temperaturas mais baixas na Terra trouxeram uma rara formação de nuvens aos céus da Antártida, disseram cientistas nesta terça-feira.
O cientista Renae Baker capturou imagens espetaculares de nuvens-de-madrepérola, também conhecidas como nuvens estratosféricas polares, na semana passada, na estação australiana Mawson na Antártida. As nuvens ocorrem apenas em altas latitudes polares no inverno, necessitando de temperaturas menores que 80 graus Celsius negativos. Um balão meteorológico registrou temperaturas em menos 87 °C no dia em que as fotos foram tiradas.
As nuvens são produzidas quando a luz do crepúsculo passa por cristais de água congelada, soprados pelo forte jato de ar estratosférico, a mais de 9.000 km do solo. "Os ventos nessa altitude estavam soprando a mais de 230 km/h", disse Baker, segundo o website da Divisão Antártica do governo australiano.
sexta-feira, 11 de agosto de 2006
(Fonte: Índios On line)
"Esta campanha é muito importante para nós para transmitir a realidade do nosso povo para a sociedade.
Com a meta de demostrar nosso sofrimento, passamos em algums lugares. A campanha na realidade é um diálogo cultural que nós levamos para as salas de aula, tirando algumas duvidas que algumas pessoas têm em referencia a nós indios, nos discriminando pelo fato de nao ter conhecimento. É a partir do dialogo que abordamos os assuntos refentes aos indios, tirando todas as curiosidades. O nosso povo Pataxo hahahae, aproveitando esta oportunidade, explica nosso sofrimento: discriminação, ódio, violação de direitos feita por grileiros, e por algumas pessoas da nossa sociedade brasileira.
Esta campanha que nós estamos fazendo tem como objetivo combater o racismo nas cidade do sul da Bahia, pois a primeira campanha que fizemos vimos um grande efeito reduzindo um pouco a violência contra o indio. Nesta campanha pedimos a colaboração de algumas pessoas de autoridade para nos ajudar nesta luta, pois até agora esta dando tudo certo.
A nossa campanha se iniciou em 07/08/06, começando no municipio de Camacan, indo primeiro nas escolas, onde fomos recebido por direitores, professores, secretários. Contamos também com a presença da Prefeita Debora e de vereadores, e nos sentimos felizes com essa união pelo apoio que está nos dando.
Depois de tirarmos todas as dúvidas que os alunos tem referentes à gente, finalizamos a palestra com um grande toré simbolizado a nossa cultura.
O que me deixou mais comovido foi em vê a curiosidade das criancas. Querem saber a nossa cultura, o insetivo de coragem que tinham em querer ajudar o meu povo. Desde já nós agadecemos a todos pela atencao que tivemos conosco, em receber nos indigenas nos seus colegio; a etnia pataxo hahahae agradece.
Anteciosamente: Geraldo"
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
Xavante de Marãiwatsede
(Fonte: Lista de literatura Indígena)
A língua Xavante pertence à família lingüística Jê do tronco Macro-Jê e é falada pelo povo de mesmo nome, que vive em várias aldeias localizadas em 8 reservas indígenas, no estado de Mato Grosso. As primeiras referências ao povo Xavante encontradas na literatura datam de 1788 e os localizavam a leste do Araguaia, a 50º de longitude e 15º de latitude. No século XVIII os Xavante localizavam-se desde o sul do Maranhão até o centro de Goiás. No século XX eles foram encontrados não mais em Goiás, mas a oeste do Rio Araguaia,
O contato definitivo deste povo com os não índios foi estabelecido na década de 60, principalmente por padres salesianos e, desde então, os Xavante têm estado submetidos a uma forte política de aculturação e dominação por parte da sociedade envolvente, seja através da ação missionária, seja pela ação de fazendeiros, grileiros, madeireiros e outros, que visam à exploração econômica das terras indígenas.
Marãiwatsede é um território Xavánte, cuja população foi transferida contra sua vontade, há cerca de 40 anos, pelos funcionários do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), com a colaboração da Força Aérea Brasileira (FAB), para a Missão Salesiana São Marcos, localizada a mais de
Em 10 de agosto de 2004, finalmente os Xavante de Marãiwatsede puderam retomar sua terra, concretizando o direito reivindicado, agora reconhecido pela justiça brasileira.
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Já houve uma lei que isentava de impostos quem erguesse engenhos de cana no Brasil. Isto porque, naquela época, o açúcar constituía mercadoria preciosa, servindo inclusive para ativar o comércio internacional. Os engenhos precisavam de muitas terras e essas eram, na grande maioria, ocupadas pelos índios.
domingo, 6 de agosto de 2006
A partir da esquerda: Pares de Brincos dos índios Kuikuro, Yawalapiti e Kamayurá: foto de peças expostas no Fresno Art Museum, EUA, em 1991/92
Cocar dos índios Waurá: foto de peça exposta no Fresno Art Museum, EUA, em 1991/92
Adornos indígenas do Alto Xingu (Fonte: Boletim Iandé)
O Parque do Xingu foi criado em 1961. É uma área na região nordeste do estado do Mato Grosso onde vivem quinze grupos indígenas diferentes.
Na parte sul do Parque fica a região chamada de Alto Xingu, mais próxima da área onde nasce o rio Xingu. No Alto Xingu, vivem dez, dos quinze grupos indígenas diferentes de todo o Parque. Esses dez grupos falam línguas distintas entre si; porém praticam os mesmos costumes, rituais e utilizam adornos semelhantes. O Kuarup é um dos rituais praticados por esses grupos.
As dez etnias que vivem no Alto Xingu são: Kamayurá, Aweti, Kuikuro, Kalapalo, Matipu, Nafukwá, Waurá, Mehinaku, Yawalapiti e Trumai.
Um dos mais belos adornos, característico de todos esse grupos, é o cocar feito de uma base trançada de palha e recoberta de plumas de diversas aves. Essa é uma peça de uso cerimonial, equivalente a uma roupa de gala.
Outro adorno típico do Alto Xingu, são os brincos masculinos. As orelhas dos adolescentes são perfuradas em uma cerimônia que marca o fim de um período de reclusão.
Outro ornamento típico do Alto Xingu é o colar de placas de caramujo. É um adorno obrigatório em toda ocasião social. Como alguns índios não o possuem, e outros possuem vários, há um complexo sistema de empréstimos nessas ocasiões. Os colares com placas maiores são usados pelos homens e os menores são femininos. Na ornamentação do tronco do Kuarup, os índios utilizam uma versão de uso cerimonial, onde o algodão que amarra as diversas placas é montado sobre uma haste de madeira.