terça-feira, 29 de novembro de 2005




Aviso da Ursa
Amigos, há alguns dias, o computador da Ursa tem apresentado problemas e corre o risco de parar de funcionar. Ainda não decidi se mando para o conserto ou se aproveito para trocar algumas peças que são antigas. Por isso, peço a vocês que me desculpem se, nos próximos dias, eu não visitar com freqüência os seus blogs ou não puder postar aqui, caso tenha que levar o computador para a assistência técnica.
Povo Yanomami/Aldeia Demini (RR) Foto: Rosa Gauditano/Studio R Banco de Imagens

A Semana dos Povos Indígenas, realizada anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) durante o mês de abril, teve como tema deste ano “Paz, Solidariedade e Reciprocidade nas Relações”.
A questão proposta convida toda a sociedade brasileira a uma reflexão sobre a realidade atual e a necessidade de repensarmos nossos estilos de vida, cultivando valores como a solidariedade e reciprocidade nas relações entre pessoas, famílias, comunidades e povos.
No material de divulgação da Semana, o Cimi afirma que a paz “só se efetiva a partir do respeito aos outros, do respeito à diversidade étnica e do respeito e promoção à vida. Vida plena para todos”. (Fonte das informações: CIMI - em 10/02/2005)

domingo, 27 de novembro de 2005

Araçá-boi (Fonte)
O araçá-boi é planta originária na Amazônia Ocidental, medindo cerca de três metros de altura, possuindo a casca lisa escamosa e copa esparsa. Pertencente a família das Myrtaceae, que é a mesma da goiaba e jabuticaba. É cultivada também no Peru e na Bolívia. Frutifica de janeiro a maio. O fruto arredondado, de cor amarelada quando maduro, contém muitas sementes e é bastante aromático. O araçazeiro é utilizado em várias aplicações. Seus frutos de sabor delicioso são consumidos ao natural ou usados como ingrediente na produção de doces, sorvetes e bebidas. Suas folhas e os brotos novos fornecem matéria corante. Suas raízes são tidas como diuréticas e antidiarréicas. A casca pode ser utilizada para a aplicação em curtumes. Quanto ao aspecto nutritivo, o araçá-boi possui vitamina A, B, C, além de altas taxas de proteína e carboidratos. A espécie apresenta potencial para conquistar um lugar de destaque no mercado nacional e internacional, principalmente como refresco natural, podendo ainda ser comercializada como polpa congelada ou suco engarrafado.
Foto "A Vida na Aldeia" (AM), tirada por leo e publicada no site Portal Amazônia

Viagem com o poeta das águas
(Fonte: site de O Globo Repórter)
Da janela do avião, ele contempla a inspiração de sua poesia e de quase toda sua obra. Mas fica triste quando vê a devastação ameaçando o paraíso. Barreirinha é a terra onde nasceu o poeta mais conhecido do Amazonas, Thiago de Mello. Ele apresenta seu refúgio preferido. O único caminho é pelo Rio Andirá, que transborda beleza e boas lembranças.
"Nas águas do Rio Andirá, minha mãe me deu o primeiro banho. Esse é o rio dos índios maués, que foram os descobridores do guaraná e o cultivam até hoje. Esse é o rio do meu coração, que só não é mar porque não quer", diz o poeta.
Essas águas batizaram vários poemas, versos de amor por uma região. Já dá para avistar a ponta da Gaivota, o endereço do destino. O barco vai se aproximando e ele começa a estranhar: “Por que estão tão distantes da margem direita?”. É que o rio ficou muito raso. O jeito é embarcar na canoa.
Na última seca na Amazônia, no ano passado, o poeta estava no Rio Andirá, em uma de suas casas, trabalhando. O desembarque não era tão distante. A canoa encostava na areia da praia. Ele diz que nunca pôs os pés na lama para chegar em casa. "Atravessei temporadas de muita seca, mas nunca como essa. Nunca houve lama", diz Thiago de Mello.
Esta é a primeira vez que ele vê seu refúgio no campo tão longe do rio. A casa foi construída há 25 anos. Projeto do arquiteto Lúcio Costa. E nesse lugar, para lá de agradável, Thiago sente falta de um companheiro que nunca deixou de circular na varanda.
"Me dei conta neste instante: a essa hora, em tempo de seca, venta o dia todo. É a primeira vez que deixa de haver vento aqui", diz ele.
Praias largas, longas, irreconhecíveis. Sob o sol forte, o calor úmido é quase insuportável. "A atmosfera está com febre. Eu aprendi no ginásio que toda ação produz uma reação igual, em sentido contrário. Nós, habitantes desse lugar tão lindo chamado Terra, queremos sair dele e começamos a agredir a atmosfera, que começou a responder com chuvas ácidas, responder à agressão dos gases que saem pelas chaminés das indústrias, causando o efeito estufa", avalia Thiago de Mello.
A voz do poeta se junta a de milhões de brasileiros que querem salvar uma das maiores florestas do mundo. "A floresta tem a vocação da dádiva, gosta de se entregar, de ser bondosa para com seus filhos. Mas gosta de ser bem tratada e respeitada. Ela gosta de ser usada, mas não de ser abusada", ressalta ele.
Existem várias soluções. “Reflorestar sistemas agroflorestais de alta produtividade, Teríamos uma forma de dar emprego e recuperar as áreas sem precisar avançar na destruição. A usura é que comanda essa destruição”, diz o professor Osório Fonseca.
Seria esta seca tão prolongada um sinal de alerta? Esse precioso patrimônio ecológico não pode deixar de ser o maior depósito de água doce da Terra – para o bem dos brasileiros e de toda a Humanidade.
Índios Parecis - Jogos (Fonte)
Tidymure - Praticado apenas por mulheres, é semelhante ao boliche. Os indígenas montam na areia do pátio central da aldeia uma pista retangular com cerca de 15 metros de comprimento. Nas extremidades de cada lado são fixadas duas pequenas varetas de bambu com uma semente de milho na ponta de cada, que funcionam como os pinos no boliche. No lugar da bola, os Parecis utilizam a fruta do marmeleiro.
A lenda de tamba-tajá (Fonte)
A planta amazônica Tamba-tajá é considerada sagrada pelos índios da região, pela lenda que envolve, segundo a qual um índio macuxi carregava sempre às suas costas uma índia paralítica, por quem era perdidamente apaixonado. Certa vez, os dois foram surpreendidos por uma tribo inimiga, sendo perseguidos. Escaparam, refugiando-se em um igarapé, quando o índio percebeu que sua amada havia morrido. Não vendo mais sentido em continuar a viver, fez uma cova e enterrou-se juntamente com seu grande amor. Dias depois, em noite de lua cheia, nasceu no lugar o Tamba-tajá.

sábado, 26 de novembro de 2005

"Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo."
(Heitor Villa-Lobos)

Ouça o tema do Uirapuru de Villa-Lobos
"Uirapuru" © Associated Music Publishers (uira.mid, 4k)
A despeito de certa influência da música francesa, o "Uirapuru" é das primeiras obras-primas de Villa-Lobos, e dá início a uma linguagem orquestral tipicamente villalobiana. A partitura retrata o ambiente da selva brasileira e seus habitantes naturais - os índios -, com uma impressionante riqueza de detalhes. Aqui, ouviremos o tema que serviu de base para esse poema sinfônico: o canto do uirapuru, pássaro que, dentro da mitologia indígena, representa o rei do amor.

O Capelobo (Fonte 1 e da imagem)
Lenda muito comum na Região dos Rios do Pará e também no Maranhão. O nome Capelobo é uma fusão com um nome de significado possivelmente indígena, onde Capê (osso quebrado, torto ou aleijado) + Lobo .
Características: O Capelobo pode aparecer com duas formas distintas: Forma de animal: Aparece como uma anta, porém com características mais distintas, é maior que uma anta comum, é mais veloz, apresenta um focinho mais parecido com o de um cão ou porco, e longos cabelos. Forma Humana: Aparece com o corpo metade homem , com focinho de tamanduá, e corpo arredondado.Costuma sair a noite, rondando as casas e acampamentos que ficam dentro das florestas, costuma apanhar cães e gatos recém nascidos, mas quando captura um animal maior, ou um homem, ele quebra o crânio e come o cérebro, ou bebe o sangue. Só é morto com um ferimento no umbigo.
Outra versão: (
Fonte 2) O Capelobo reside nas matas. É uma figura negra bem cabeluda e de grande estatura. Os caçadores contam de é imune à ação de tiros de espingardas e revólveres e que para matá-lo, é necessário que atinjam a boca ou o umbigo. No lugar Porto Paiol, no município de Parnarama, contam os moradores, que o Capelobo sai de uma grande gruta, profunda, a cada 45 dias para tomar banho no rio. Seus banhos noturnos são acompanhados de muitos gritos e de um movimento nas águas produzidos por suas mãos, que produz barulho escutado de muito longe.A ela é associada uma figura indígena ou um macaco de dimensões maiores e extremamente raros.
Conheça ARUANÃ - a ONG da transformação e suas histórias (Site)

A FESTA DE ARUANÃ marca através do Rito de Passagem a entrada da Menina e do Menino na puberdade. Após o período de reclusão, os homens que vão homenageá-los vêem do Rio Araguaia dançando com sons e vozerios, narrando feitos amorosos, de guerras e transcendentais. As mulheres e as Moças do Rito acompanham-nos com meneios sensuais e vibrativos. Esses jovens estão adornados e pintados não por causa de uma linguagem estética, como também por todos os simbolismos que a rigor são escritas dos seus momentos na vida, situação social da tribo, assim como são, os relatos e vínculos cósmicos. Os adornos e pinturas corporais são de exuberantes cores das penas de pássaros, fios de algodão tingidos com urucum e jenipapo.Como ARUANÃ, podemos compreender também, as máscaras sagradas. Enfim, todos esses rituais além celebrarem seu cotidiano, e a íntima relação junto à Natureza-Mãe, são momentos de convivência e aproximação com O Sagrado, rogando-O, fartura nas caças e pescas, a transmutação, transformação e a manutenção da fertilidade da Natureza-Mãe...
Índios caingangues plantam muda de cedro em forma de cruz junto ao túmulo de um grande líder, em Chapecó (Foto de 1999 - Fonte da imagem)

A língua portuguesa no processo de escolarização na Educação Indígena
(Resumo do artigo do amigo
Florencio Rekayg Fernandes e de Maria Joana Bueno. Para ler o artigo completo, clique AQUI )

Resumo: Trabalhar com a questão da Língua Portuguesa em alunos indígenas kaingangues, deve-se ao fato de que em algumas comunidades indígenas onde a cultura indígena é preservado e devido a esse tipo de cultura predominante, às escolas se encontram diante de um dilema: Como proceder metodologicamente com crianças que vão a escola somente falando a língua materna, cabendo ao docente indígena proporcionar a essas crianças formas para o desenvolvimento do português sem comprometer a língua, mas sim meios de adaptação à um cultura que se vêem comprometidas em virtude do intenso contato com a população "branca", e para evitar o processo de perda, se faz necessário uma política educacional que efetivamente reconheça a diversidade em todos os campos, não como um problema, mas como um enriquecimento para as gerações, seja elas indígenas ou não, mas que no conjunto das diferenças que realmente encontramos nossa própria identidade e dessa forma outras sociedades devem ressaltar que a escola sempre leve o aluno a valorizar, conservar e conhecer uma cultura indígena distante de sua realidade. A língua portuguesa pode ser para os povos indígenas um instrumento de defesa de seus direitos legais econômicos e políticos e um meio para ampliar o seu conhecimento e o da humanidade para que sejam reconhecidos e respeitados em sua diversidade.
Aroeira Vermelha (Schinus terebinthifolius) (Fonte)
(Para a amiga nanbiquara)
Entre as Aroeiras existem algumas que atacam a pele de quem ter alergia, porém não esta, também conhecida como Aroeira mansa. É muito utilizada em arborização urbana, por sua beleza com pequenos frutos vermelhos. É uma árvore de pequeno a médio porte. Floresce varias vezes ao ano, principalmente por volta de Novembro. Flores brancas, frutos vermelhos.

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

(Foto de Claudia Andujar)

Brasil: Índios ianomamis invadem sede da Funasa em Boa Vista
Na Folha Online: "Índios ianomamis invadiram nesta quarta-feira a sede da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) em Boa Vista em protesto contra a falta de atendimento médico que, segundo eles, está ocorrendo dentro de sua reserva, no noroeste de Roraima. A invasão foi confirmada pelo coordenador ambiental da ONG CCPY (Comissão Pró-Yanomami) Edmilson Pereira Macuxi. De acordo com ele, 60 índios - usando pinturas de guerra e armados com arco-e-flecha - estavam no prédio em reunião com a coordenação da Funasa em busca de melhores condições de acesso à Saúde." [notícia completa]
(Fonte: Tupiniquim e divulgação pelo Indígena Sim!)
(Fonte da imagem: site ASERG)
Efeitos: o marsupial cuíca (no alto e à dir.) foi um dos 12 mamíferos que voltaram à fazenda reflorestada com dois milhões de mudas (esq.)

Luz no fim do túnel
(Fonte: IstoÉ On line - dica da amiga Janaína)
Em Mato Grosso, o que antes era devastação virou floresta jovem
com potencial para sugar milhares de toneladas de poluentes
Luciana Sgarbi – Cotriguaçu

Em uma iniciativa que a princípio parece desencargo de consciência, a sexta maior montadora do mundo, a francesa Peugeot, investiu dez milhões de euros (R$ 27 milhões) em uma devastada região amazônica. Para uns era só mais um buraco em um dos Estados que mais desmatam no País, Mato Grosso. Para os franceses, a área se transformou em um promissor poço de seqüestro de carbono, um dos gases poluentes que agravam o efeito estufa.
A mesma Amazônia que é palco de tragédias é também cenário de um projeto que visa amenizar as conseqüências do aquecimento global. “Quando se investe em uma área devastada, a comunidade local aprende que é possível reverter a situação”, diz Peter May, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ele coordenou o estudo que avaliou os resultados obtidos na Fazenda São Nicolau, em Cotriguaçu, no noroeste de Mato Grosso. Desde setembro de 1998, ali são conduzidas experiências para medir a quantidade de carbono absorvida pela atmosfera em uma área desmatada de dez mil hectares, uma vez e meia a cidade de Paris.
Após cinco anos de pesquisa, a Peugeot começa a colher resultados. Foram dois milhões de mudas plantadas, o que resultou em 100 mil toneladas de carbono fixadas. “É uma evolução. Antes, cada árvore absorvia 1,5 tonelada de carbono; agora passou para 5,5 toneladas”, diz May. Isso acontece porque as árvores em fase de crescimento absorvem mais carbono do que as florestas maduras, explica o engenheiro agrônomo Paulo César Nunes, coordenador de conservação das florestas de Mato Grosso.
Em áreas onde o terreno servia apenas para pastagem, foram cultivadas espécies nativas como a figueira-branca, a aroeira, o ipê-rosa, a paineira e a exótica teca. “Percebemos que os animais foram aos poucos migrando para esse novo cenário”, conta Nunes. O marsupial cuíca, da família do canguru, é uma das 12 espécies de mamíferos que voltaram a viver na fazenda após o reflorestamento. “O auge do projeto é a volta dos animais a uma área antes tão degradada”, diz May. Desde 2000, os cientistas acompanham 500 espécies de vertebrados da região. A iniciativa da Peugeot é uma espécie de mecenato ecológico. “Não vamos negociar os créditos de carbono com outros países. Temos apenas interesse científico”, promete Jean-Martin Folz, presidente mundial da montadora.
A empresa distribuiu 80 mil mudas aos fazendeiros da redondeza. Uma árvore absorve em média três toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, enquanto uma pequena queimada pode emitir 350 toneladas. “Não se pode dar um passo para a frente e dez para trás”, diz Peter May. A experiência não foi sempre um sucesso. Na fase inicial, as mudas plantadas não resistiam à concorrência do vigoroso capim brachiaria. Para superar essa barreira, tentou-se pulverizar a aérea com herbicida, o que contaminou as águas da região. “Encontramos no gado a solução. Eles ao mesmo tempo controlam o capim e adubam a terra”, diz Folz.
O projeto, com duração até 2038, pretende alcançar 1,2 milhão de toneladas de carbono fixadas. Nada mau para uma montadora que emite 50 gramas de CO2 por quilômetro rodado de seus carros. A indústria automobilística é apenas uma das vilãs responsáveis pela emissão de quatro bilhões de toneladas de poluentes que formam um cobertor na atmosfera da Terra. E o poço de carbono é um primeiro passo para combater o aquecimento global.
A Ursa ganhou este bonito desenho da amiga Lia

Criação do Mundo num Copo d´Água (Fonte: site Universidade da Água)
Para assistir esta criativa animação ao som de "We Will Rock You", cantado por crianças, faça o download do filme clicando na figura acima. O arquivo pode ser assistido no Windows Media Player, tem 1,8 MB.
Participe da campanha 'Em defesa do Pantanal' (Fonte)
Participe da campanha virtual "Em defesa do Pantanal" enviando uma mensagem para o presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e ao governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, pedindo que a industrialização no Pantanal seja discutida amplamente com a sociedade organizada.
Francelmo Vive (Fonte)

Conheça as manifestações sobre Anselmo

"Meus queridos pares,
Pioneiros no Brasil na questão do meio ambiente, hoje somos passados para trás por interesses de maus políticos, maus empresários e PhD’s de aluguel. Em termos de Brasil, estamos vendo o barco afundar e ninguém diz nada.
São transgênicos entrando de contrabando pelo Sul, e o governo apoiando. São queimadas da Amazônia, e o governo impassível. Gente com terra do tamanho de um Estado, e a gente sem terra. É transposição do rio São Francisco, no lugar de revitalização.
No Pantanal, querem fazer do rio Paraguai um canal de navegação com portos para grandes embarcações e grandes comboios. É pólo siderúrgico, é pólo gás-químico. Agora, querem fazer usinas de álcool na Bacia do Alto Paraguai. Um terço dos deputados estaduais são a favor. Um terço contra. E um terço sem saber o que é. Já que não temos votos para salvar o Pantanal, vamos dar a vida para salva-lo”. (Francisco Anselmo de Barros)

"O que o nosso querido
Francelmo fez, a mim e a
Stella e a todos nós chocou
tanto, que ficamos um pouco
a parvalhados com a notícia.
Foi uma imolação pela Pátria
que na terra do mensalão
destoa. Mas até pode corrigir,
o que o nosso Francelmo fez
é mais do que um protesto.
Para mim tem o componente
maior do heroísmo.
Francelmo o último herói do Brasil.
Meus sentimentos Iracema".
- Seu velho amigo
Manoel de Barros -

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Parabéns ao blog Tupiniquim!! (blog sobre povos indígenas)

Na Folha Online: "O blog em português Tupiniquim venceu a categoria "Melhor Weblog" do concurso internacional The BOBs (The Best Of The Blogs), segundo a escolha dos internautas. Esta é a segunda edição da competição organizada pela Deutsche Welle, que no Brasil conta com o apoio da Folha Online. Apesar de ter como foco notícias de índios brasileiros, o Tupiniquim é feito por internautas de Portugal. Os portugueses Luís Galrão e Fernando Sousa reúnem diversas notícias sobre questões indígenas e links para outros endereços virtuais que tratam do assunto. Segundo Galrão, a participação no concurso foi muito importante, pois ajudou na divulgação dos assuntos citados no blog. "Como activistas dos direitos humanos nos interessamos muito pela temática indígena", afirmou o internauta por e-mail.
Ponte entre povos
(por Ana Miranda - Correio Brasiliense, 17/11/2005 (
Fonte)
“Era, simplesmente, a música de nossos índios. Bela, arrebatadora, ela arranca de uma escuridão histórica sons que compõem nossa alma mais primitiva”
Eu, como quase todo mundo, achava que a música indígena era monótona, que não ia muito além de rufares repetitivos ao bater do pé no chão. Até que ouvi o primeiro disco de minha irmã, Marlui Miranda, sobre o tema: Ihu, todos os sons. Havia ali uma fantástica riqueza sonora, rítmica, de significados e representações. As músicas lembravam ora John Cage, ora um blues, ora uma sinfonia de Villa-Lobo s ou Strawinski na floresta. Ora um canto de fadas, ora ninfas crianças a banhar-se no rio, vozes de espíritos, o vôo de um pássaro mítico. Ou, então, cerimônias assustadoras, por desconhecidas. Mas era, simplesmente, a música de nossos índios. Bela, arrebatadora, ela arranca de uma escuridão histórica sons que compõem nossa alma mais primitiva.
Desde então, a cada trabalho que minha irmã realiza me surpreendo mais. A fresta aberta por Mário de Andrade é, com o trabalho de Marlui, uma demolição no muro de esquecimento levantado pelo trabalho colonial de extermínio da cultura e dos povos índios.
Marlui costuma dizer: “O índio é indestrutível. Ele jamais deixa de ser índio”. E ele jamais deixará de existir como nossa origem. Por isso, devemos compreender e amar nossos índios, iluminar seu valor. Marlui criou-se em Brasília e hoje mora numa floresta, perto de São Paulo. Tantas vezes nos despedimos e, com um aperto no coração, eu a vi partir, levando sua imensa mochil a e equipamentos, entusiasmada, rumo a alguma aldeia... Ela tomava um avião, depois um avião menor, depois um barco, um barco menor, uma canoa, viajava por travessias perigosas, corredeiras e finalmente caminhava pelas matas, subindo e descendo barrancos, carregando nas costas aquilo de que precisava. Passava dias num lugar que, dizia ela, era um misto de paraíso e inferno. Convivia com índios. Voltava com os pés e mãos desenhados com riscos geométricos. Parecia uma índia, os cabelos vermelhos trançados. Com sua belíssima voz, aprendera a cantar as músicas daquela tribo, a tocar seus instrumentos, a entender seus significados, modos, seus sentimentos, suas razões. Marlui tem, hoje, depois de décadas de contatos com pakaa-nova, jabuti, suruí, panará, tuyuka, entre outras tribos, um acervo precioso. Se não fosse sua iniciativa, muitas músicas estariam perdidas.
Ela vem realizando arduamente seu trabalho, que é uma recriação dessas músicas, mais reconhecido e valorizado no exterior do que no Brasil. Marlui vive viajando para fora, vai a universidades, salas de concerto, fundações culturais... Fez discos, livros com partituras e letras, explicações, fotos, desenhos de índios, compôs uma fantástica missa indígena, que foi apresentada na catedral da Sé, de São Paulo, rezada por dom Paulo Evaristo Arns, em tupi, com a presença de índios em lágrimas. E vai a escolas, mostrando a jovens e crianças esse lado nosso. Seu último trabalho, Ponte entre povos, nasceu de um convite de Janete e João Capiberibe, então governador do Amapá, para que aproximasse, por meio de uma experiência sonora, índios e moradores de Macapá. Numa escola de música erudita, encontraram-se índios e não-índios. Povos do Tumucumaque, Wayana e Apalai e Palikur, Tiriyó, Katxuyana ensinaram suas músicas aos alunos da escola. Ao longo de dois anos, os estudantes aprenderam a tocar instrumentos indígenas, um violinista tocava usando bastante breu na ponta da cravelha, para imitar o som do casco do jabuti, outro tentava aproximar suas cordas do timbre dos turés palikur, enquanto os índios ouviam, pela primeira vez, uma orquestra e viam seus instrumentos. Essa Ponte foi apresentada aos moradores de Macapá num concerto noturno à beira do Rio Amazonas.
O mesmo concerto foi mostrado recentemente em Brasília e, não por mera coincidência, no Teatro Claudio Santoro, Sala Villa-Lobos. Esses dois grandes músicos, com certeza, estiveram presentes em espírito, ao lado de Mário de Andrade e dos brasilienses, com toda a sua sensibilidade exposta a nossa música indígena brasileira, tão única e universal.

terça-feira, 22 de novembro de 2005


A Ursa está muito chique com esse banner personalizado que ganhou da amiga Renata (Taia). E mais umas gifs animadas fofas!
Correio da Ursa - Clique aqui para relaxar com a natureza!
Pataxós (Fonte da imagem)

SOLIDARIEDADE URGENTE COM OS PATAXÓ HÃ HÃ HÃE
(tópico publicado no blog do amigo Florêncio,
Indígena Sim!)

Parentes e companheiros,
Este é um pedido de apoio sério e urgente. Sei que podemos contar com vocês. O mais prático: divulgação do fato e mensagens para a FUNAI, cobrando solução. Mas têm que ser muitas mensagens. Para isso, temos que também divulgar para que outros cobrem da FUNAI. Quem tem blogs, portais ou está em listas, vamos levar adiante este pedido de SOCORRO. Sebastian Gerlic (Presidente da THYDEWA: 71 3375-1441 / 9123-6699), que está divulgando este pedido, disse que “o pouco com Deus é muito”. Apoiado.
Existe um grupo de PATAXÓ HA HA HÃE que neste momento está resistindo a RETOMADA de uma área que já foi legitimamente reconhecida como indígena pela FUNAI, que até já depositou a INDENIZAÇÃO da mesma. Mas os ocupantes não-índios se recusam a sair da terra. E ainda intimidam e ameaçam os índios de morte. Leiam vocês mesmos esta carta
CHOCANTE.

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Mundo Pequeno
(do livro "O Livro das Ignorãças", trecho de poema de Manoel de Barros - Fonte)
I
O mundo meu é pequeno, Senhor.
Tem um rio e um pouco de árvores.
Nossa casa foi feita de costas para o rio.
Formigas recortam roseiras da avó.
Nos fundos do quintal há um menino e suas
latas maravilhosas.
Todas as coisas deste lugar já estão comprometidas
com aves.
Aqui, se o horizonte enrubesce um pouco, os
besouros pensam que estão no incêndio.
Quando o rio está começando um peixe,
Ele me coisa
Ele me rã
Ele me árvore.
De tarde um velho tocará sua flauta para inverter
os ocasos.
Manifestação dos artistas do Pantanal contra as usinas de álcool. Foto Arquivo Ecoa (Fonte)
Campanha contra as Usinas de Álcool no Pantanal!

SOS Mata Atlântica fará ato por ambientalista morto (Fonte: site ambientebrasil )
A Fundação SOS Mata Atlântica fará neste sábado (19) um ato ecumênico nas escadarias da Catedral da Sé, em São Paulo, em homenagem ao ambientalista Francisco Anselmo de Barros, que morreu domingo (13), em Campo Grande (MS), depois de atear fogo ao próprio corpo para protestar contra o projeto de lei prevendo a instalação de usinas de álcool e açúcar na Bacia do Alto Paraguai, no Pantanal.Barros, que era presidente da Fuconams - Fundação para a Conservação da Natureza de Mato Grosso do Sul, participava, no sábado (12), de uma manifestação no centro de Campo Grande contra o projeto. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu 22 horas depois, na Santa Casa.Segundo o diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, o ato ecumênico deve reunir cerca de mil pessoas, entre ecologistas e políticos ligados às causas ambientais. Logo após a celebração, marcada para às 13h00, deverão ser realizadas manifestações a favor do Pantanal e contra as usinas. O poeta pantaneiro Manoel de Barros enviou um poema à viúva do ambientalista, Iracema Sampaio, lamentando o ato extremo do amigo. Num dos trechos, Manoel de Barros escreve: "Foi uma imolação pela Pátria que na terra do mensalão destoa". Em outro trecho, acrescenta: "Para mim tem o componente maior do heroísmo. Francelmo o último herói do Brasil". (Estadão Online)

Seu Gago é conhecido como o homem que foi atacado pelo biatatá.

Lenda viva
(
Ciro Brigham - Repórter, Correio da Bahia, 20.11.2005. Informações enviadas por Ras Adauto para a Lista de Literatura Indígena)
No povoado de São Braz, que faz parte do município de Santo Amaro, o ex-pescador Vivaldo Bispo Oliveira, 92 anos, conhecido como Seo Gago - apelido que desmente a notável habilidade na oratória - é famoso pelo prodígio de não ter sucumbido à luz ameaçadora que surgiu das profundezas da baía. Há 60 anos, passaria a ser conhecido como o homem que foi atacado pela biatatá.
Sentado num rústico banquinho de madeira em frente à sua biboca, ele conta que foi numa noite de sábado, quando retornava de canoa da `vila de São Francisco do Conde´ (onde diariamente entregava o jogo do bicho) para São Braz. Perto de chegar, viu uma luz que fugia da água e esculpia os ares, um feixe que ia e vinha, como que uma rede de pesca incandescente. Recordando-se de, na ida, topar com um amigo que mariscava, aproximou-se clamando por fogo para acender um cigarro, e xingando, na brincadeira, o companheiro. "Eu não devia ter xingado", lembra.
Era uma luz de vida própria, que na fúria de ser provocada, ficou enorme e ganhou a companhia de outro feixe mais adiante. As duas aparições passaram a travar um embate por sobre o amedrontado canoeiro. "Uma quentura medonha, que eu tava vendo a hora da carne largar do corpo"... Cercado o barco, não havia mais o que fazer. Gago abaixou-se, colocou a cabeça entre as pernas e só voltou a si depois de nove dias fechado numa casa, deitado sobre folhas de mandioca "pra não morrer de assombro".
A imaginação criadora deste estado de espírito é coletiva. O amigo Antônio Argolo reforça que já viu no Moacho, de longe, a `coisa´ no mato. O povoado inteiro reforça. O povoado dos descendentes daqueles que acudiram o pescador em apuros. A biatatá de São Braz ainda hoje aparece, na força que o popular confere às manifestações da natureza, desconhecidas, incompreensíveis. Desde que seja à noite. Ela tem medo da luz elétrica, e do fósforo, assassinos do mistério.

domingo, 20 de novembro de 2005

Capa do livro "O Saci Verdadeiro", de Olívio Jekupé
Olívio Jekupé nascido em 1965 é natural do Paraná, aos 15 anos começou escrever poesia. Em 1988 entrou para cursar filosofia na “Pontifícia Universidade Católica”do Paraná mas não terminou o curso por problemas financeiros. No ano 1992 foi para a "Universidade de São Paulo" continuar seus estudos de filosofia onde depois de 03 anos mais uma vez teve que abandonar...
Hoje é morador da aldeia Krukutu, casado e tem três filhos, participa da divulgação da cultura guarani com seus livros, paletras e cursos. (Fonte: Site Cultura Guarani)

Um dos livros de Olívio: O Saci Verdadeiro (ISBN: 85-7216-220-8, Ed. Eduel: eduel@uel.com.br (Fonte)
Este livro foi publicado no ano 2000, não fala do "saci neguinho" de uma perna só, que é mau e bagunceiro. Tenta mostrar como este personagem, no costume guarani é um índio, tem duas pernas é o protetor da mata e que faz o bem ajudando a quem precisa quando citam seu nome. Só não gosta de quem destrói a natureza ou mata os animais.
Cachimbo da Paz (Fonte: site Cultura Guarani)
O fumo é utilizado por muitos povos indígenas.
Nos filmes de Bang Bang dos Estados Unidos da América, ficaram famosas a imagens dos índios e o cachimbo da paz.
Nós guarani também utilizamos um cachimbo da paz e chamamos ele de petynguá.
Utilizamos o fumo para viver bem espiritualmente, deste modo desde todas as crianças logo pequenas já ganham seu petynguá de seus pais, assim elas estarão protegidas.
Utilizamos o fumo no dia a dia mais ele adquire um aspecto especial a noitinha na opy, nossa casa de rezas.
Não concordamos que as pessoas comprem cigarros pois sabemos que ele faz mal para saúde mas fumamos no petynguá porque ele é diferente, tem poderes porque é feito com a mão do índio!
Publicação indígena: Série Artesanato: Varai Para'i Regua, O Balaio Enfeitado Edição bilíngüe de uma história para crianças sobre a manufatura de um balaio. Foi escrita em Guarani Mbyá, por Lídia Krexu Rete Veríssimo, autora Guarani.Tamanho: 158mm x 216mm; 34 páginas; cor.» Clique aqui para fazer seu pedido.

Projeto 'Tecas Indígenas: videotecas e bibliotecas (Fonte: Associação Mundo Indígena)
Ajuda providenciar para as aulas indígenas livros, videos, jogos educacionais, quebra-cabeças, etc. Aquele livro que seus filhos não querem mais, o video que já assistiram tantos vezes, podia alegrar muitas crianças indígenas.
Aceitamos materiais em boa condição, de qualidade boa e educativa, que servem para alunos de pré até ensino médio. Pode incluir jogos e aplicativos informáticas tambem, ou até aparelhos como televisão e tocador de vídeo.
Uma sala de aula ou classe de Escola Dominical pode fazer uma campanha para levantar materiais das suas casa, e de amigos de parentes ou podem fazer um projeto para levantar dinheiro para comprar seu video ou livro predileto para dar as crianças indígenas. Se quiser fazer uma campanha na sua escola, nos avisa e nos mandamos até 4 exemplares gratis, de um poster de propaganda.
Atenção Indígenas : Se quiser matricular a sua escola indígena para receber um projeto de videoteca e biblioteca, manda um e-mail ou ligue para 042-637-1477 e fale com Anderson.

sábado, 19 de novembro de 2005

LETAL O dendrobata azul venenoso só é encontrado sob as árvores das florestas do Suriname (Fonte)

Rãs, untanhas, sapos e pererecas (Fonte)
Untanha, sapo, rã, perereca - bichos diferentes? Sim e não. A untanha e os sapos são bichos da mesma família, embora a untanha possua dentes cartilaginosos e os sapos sejam desdentados. Em termos amplos, a diferença entre os sapos e as rãs deriva do habitat: o sapo é mais terrícola, as rãs são mais aquáticas, as pererecas são mais arborícolas. Mas não é uma distinção muito nítida. Na classificação científica, todos pertencem à mesma ordem dos anfíbios: os Anura - que significa os "sem-rabo". Alguns zoológicos preferem chamar de sapos só os bichos do gênero Bufus, em que se salienta o Bufus marinus, voraz insetívoro que alguns agricultores criam para controlar os insetos daninhos. Um deles, em cativeiro, devorou uns 10 000 insetos diferentes no prazo de dez meses, o que dá a média de uns 100 insetos por dia, alguns bem grandes.
Rãs venenosas: Muitas rãs podem ser perigosas, mesmo ao tato. Conhecidas popularmente como rãs venenosas, elas não têm necessidades de alguma camuflagem em seus habitats na América Central e do Sul. Seus matizes de néon advertem os outros animais dos mortíferos produtos químicos que secretam através de seus poros. Os caçadores e índios envenenam a ponta de seus dardos ou lanças, esfregando-as na pele da rã conhecida como Phyllobates terribilis. O veneno, que provoca contrações musculares e paradas cardíacas, mantém seu poder por mais de um ano. Apesar do nome, somente 55 das 135 espécies de rãs venenosas são tóxicas e apenas 3 são usadas por caçadores para untar suas lanças. Algumas substâncias secretadas (que são combinações de produtos químicos) são benéficas, sendo utilizadas como calmantes ou estimulantes cardíacos. Quando rãs são criadas em cativeiro, podem não produzir veneno.
O feneco possui orelhas enormes que captam os mais leves ruídos da movimentação dos ratinhos, um pequeno rumor, que você não conseguiria ouvir. Graças a este seu sentido agudo é que o feneco consegue sobreviver. No deserto, a comida não é abundante para bicho nenhum. O faro dele também é muito eficiente.
Além disso, há muitos inimigos por perto, inclusive chacais e víboras venenosas. O pêlo é outra proteção. De dia, a temperatura do ar é maior que a do corpo. À noite, faz muito frio no deserto. Nos dois casos, o pêlo funciona como isolante, que mantém equilibrada a temperatura do organismo.

O feneco é um animal que se adapta facilmente a novas situações, assim, podendo ser domesticado com facilidade. Quando capturado, o feneco cria uma afeição por quem cuida de seus ferimentos e lhe dá o que comer. Torna-se manso e agradável como qualquer outro animal doméstico.
Quando o feneco está satisfeito em comer sua caçada e até ficam sobras, esconde os restos num buraco perto de sua toca, para quando a fome voltar.
Na África Oriental, no Congo e na África so Sul, o feneco, parente da raposa-do-deserto, é chamado de "cão-orelhudo". (Fonte)

Mauês (Amazônia) (Fonte das fotos)

sexta-feira, 18 de novembro de 2005

Cerâmica marajoara
A cerâmica é milenária e tem características próprias em cada região aonde é realizada. Até hoje ela é realizada pelas várias tribos indígenas como utilitárias, porém, alguns estilos foram comercializados por sua exótica elaboração e desenhos. Este é o caso da ceâmica marajoara. (Fonte)

RENCTAS alerta sobre o risco biológico
(trecho de matéria do Informativo Especial RENCTAS - Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres)

Brasília – 18/11/05 – Em manifestação realizada na manhã de ontem, na rampa de acesso da Câmara Federal, a Renctas divulgou o seu primeiro alerta sobre risco biológico no país. Uma centena de crianças vestindo camisas com o símbolo da ameaça biológica entregaram aos parlamentares um documento da Renctas com diversas sugestões ao governo federal para prevenir o risco da Gripe Aviária e outras zoonoses no país.
Segundo o Coordenador Geral da Renctas, Dener Giovanini, “o objetivo da Renctas é alertar a sociedade sobre o risco de se comprar um animal silvestre ilegalmente, pois o mesmo não passa por nenhum tipo de controle sanitário, podendo assim transmitir diversas doenças ao ser humano e causar graves riscos à saúde pública”.
Além das crianças, a apresentação da atriz circense Manuela Castelo Branco, com enormes pernas de pau e vestida com uma roupa representando a morte, chamou a atenção. A performance incluía ainda efeitos de fumaça e canções medievais.
O alerta da Renctas foi encaminhado ao governo federal através do Ministério do Meio ambiente e pode ser consultado no site da organização:
www.renctas.org.br
Índios Matis, que participam dos Jogos dos Povos Indígenas.

VIII Jogos dos Povos Indígenas (Fonte)
Fortaleza - A praia de Iracema, uma das mais belas do litoral nordestino brasileiro, será palco da VIII edição dos Jogos dos Povos Indígenas. O evento este ano acontece entre os dias 18 e 26 de novembro e contará com a participação de cerca de 1.300 atletas de 42 diferentes povos indígenas nacionais, além de algumas tribos estrangeiras convidadas. Serão disputadas 15 modalidades esportivas divididas em três categorias: indígenas demonstrativas, indígenas competitivas e não-indígena competitiva.
Realizados desde 1996, os Jogos dos Povos Indígenas buscam a integração de comunidades por meio da prática de seus esportes tradicionais, celebrando a cultura de diversos povos, valorizando os costumes e estimulando a auto-estima dos índios. O resgate da identidade cultural também é exercitado com a realização de manifestações como danças, cantos e pinturas corporais.Este ano, o tema dos Jogos Indígenas representa a essência da sabedoria milenar desses povos com a frase: “O importante não é ganhar e sim, celebrar”. Além da comunidade indígena nacional, participam dos jogos deste ano lideranças internacionais que atuarão como observadores, promovendo um intercâmbio cultural muito amplo. Representantes de tribos da Guiana Francesa, do Equador e dos Estados Unidos já confirmaram presença no evento brasileiro.
Povos participantes - Aikewara (PA), Apiterewa ou Parakanã (PA), Assurini do Xingu (PA), Assurini (PA), Awetí (MT), Bakairi (MT), Bororo (MT), Enawenê-Nawê (MT), Gavião Kyitatêje ou Parkatejê (PA), Guarani M´bia ou Nhandevá (SP), Javaé (TO), Kaiwá (MS), Kalabassa (CE), Kalapalo (MT), Kamayurá (MT), Kanela Ramkokamekra Apaniekra (MA), Kanidé (CE), Karajá (TO), Kayabi (MT), Kayapó (PA), Krahô (TO), Kuikuro (MT), Matis (AM), Manoki (MT), Nambikwara (MT), Paresi Halílti (MT), Pataxó (BA), Potiguara (CE), Pitaguari (CE), Rikbaktsa (MT), Suruí (RO), Tabajara (CE), Tabeba (CE), Tapirapé (MT), Tembé (PA), Terena (MS), Tremembé (CE), Xavante (MT), Xerente (TO), Xikrin (PA), Wai Wai (PA) e Yawalapití (MT), além de povos canadenses e aborígenes australianos.

Índios parakanã - Pará (Fotos tiradas por Carlos Terrana - Fonte)
St. Louis, Missouri, 1988 - Foto tirada por James P. Blair (Fonte: site National Geographic )