terça-feira, 28 de junho de 2011

Um dos micos-leões-de-cara-dourada do grupo invasor de Niterói - Foto; Angelo Antônio Duarte


Grupo formado por mico-leão-de-cara-dourada ameaça mico-leão-dourado no estado

Por Roberta Jansen (roberta.jansen@oglobo.com.br) | Agência O Globo

Ironia das ironias, a tirar o sono de biólogos e especialistas em conservação. Atualmente, uma grande ameaça à sobrevivência do mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é o mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas). Enquanto a área de ocorrência do primeiro é o Norte Fluminense, o segundo vive no Sul da Bahia e, em escala bem menor, no Nordeste de Minas. Ou seja, eles nunca deveriam se encontrar. Mas não se sabe bem como nem quando um grupo de micos-leões-de-cara-dourada chegou a Niterói e, por lá, se multiplicou. Já são 107 indivíduos, segundo a última contagem oficial, e eles estão a menos de 100 km da área do mico-leão-dourado, o mais ameaçado dos micos.
- É uma história muito estranha, que não poderia nunca estar acontecendo - afirma o diretor do Programa Mata Atlântica da ONG Conservação Internacional, Luiz Paulo Pinto. - Mas se trata de um grupo grande. Ele preocupa tanto o Instituto Chico Mendes quanto várias organizações porque está muito próximo da área do mico-leão-dourado, que é uma outra espécie.
Os dois micos são catalogados oficialmente como ameaçados de extinção. Mas enquanto existem pelo menos 6 mil indivíduos do mico-leão-de-cara-dourada na natureza, o número de micos-leões-dourados não passa de 1,2 mil. Especialistas em conservação dizem que o mínimo ideal seria de 2 mil.
- A situação do mico-leão-dou$é muito crítica - afirma Pinto. - Com esse número restrito de indivíduos, se acontecer uma doença, por exemplo, boa parte da população seria dizimada. A única coisa que ameniza um pouco a sua situação é que grande parte deles está em área de conservação, o que garante maior proteção. Mas, mesmo assim, é muito preocupante.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

ISOLADOS
Foto aérea de malocas e roçados, vestígios da presença de índios isolados na Amazônia


Funai encontra indícios da existência de novo grupo de índios isolados na Amazônia
Malocas e roçados no meio da floresta são sinais de que cerca de 200 índios viveriam em tribo sem contato com "não-índios"

Nas últimas décadas, diversas etnias e grupos indígenas brasileiros passaram a participar da vida política do país, levando demandas a governantes, protestando e lutando pela demarcação de suas terras. Apesar dessa crescente participação, ainda existem no Brasil grupos de índios que não querem entrar em contato com o "homem branco", e vivem em estado de isolamento voluntário. Esses povos são conhecidos como índios isolados.

Nesta terça-feira (21), a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou a descoberta de mais um desses grupos, no meio da floresta amazônica. A Frente de Proteção Etnoambiental da Funai encontrou indícios da existência de um grupo de 200 pessoas, provavelmente pertencente à família linguística Pano, na fronteira do Brasil com o Peru.

Os técnicos da Funai primeiro identificaram, em imagens de satélites, três grandes clareiras no meio da floresta, no Vale do Javari, uma terra indígena que fica no sudoeste do Amazonas. Ao sobrevoar o local, encontraram vestígios de presença recente de índios na região, como malocas e roçados. "A roça, bem como as malocas, são novas, datadas de no máximo um ano. O estado das palhas usadas na construção, e a plantação de milho indicam isso. Além do milho, havia banana e uma vegetação rasteira que parecia ser amendoim, entre outras culturas”, explica Fabricio Amorim, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental da Funai.

Segundo a Funai, o Vale do Javari tem maior concentração de grupos isolados da Amazônia, e possivelmente do mundo. Nos últimos cinco anos, técnicos e antropólogos encontraram mais de 90 indícios de ocupação desses grupos, como malocas e roças. A estimativa é que a população total desses povos seja de 2 mil pessoas.

A situação dos índios isolados é bastante delicada.Ao mesmo tempo que é necessário conhecer melhor seus hábitos para protegê-los, é preciso respeitar os limites do isolamento. O contato com não-índios pode disseminar doenças comuns, como a gripe, que pode exterminar povos inteiros, já que esses índios não têm anticorpos para se defender dessas doenças. Além disso, Amorim explica que atividades como a pesca ilegal, a exploração madeireira, o garimpo e narcotráfico também são ameaças ao grupo. "Outra situação que requer cuidados é a exploração de petróleo no Peru, que pode refletir na Terra Indígena do Vale do Javari”, diz o coordenador da Funai.

Em 2008, as primeiras fotografias de uma das quatro etnias que vivem isoladas na fronteira entre o Brasil (no Acre) e o Peru estamparam as primeiras páginas dos jornais e sites. As imagens foram feitas a partir de um pequeno avião. Os índios lançaram flechas contra a aeronave.

BC

terça-feira, 21 de junho de 2011



Dicas de sites para ajudar a fazer um mundo sustentável
(Fonte: site Olhar Digital)

Conheça sites totalmente dedicados a cuidar do planeta. Você se diverte e, de quebra, deixa a Terra mais limpa: TerraCycle - Portal de Artesanato - Ciclo Vivo - Instructables

A idéia é bastante simples e pode ser muito divertida: reaproveitar tudo o que utilizamos e, conseqüentemente, deixar menos lixo no mundo. No TerraCycle o conceito é o seguinte: você troca resíduos por objetos criados com material reciclável. Simples assim e sem sair de casa. Só neste site, já são mais de 180 mil pessoas colaborando com o meio ambiente e se divertido. E você? Vai ficar de fora?

No Portal do Artesanato você aprende passo a passo como fazer objetos bem bacanas com os mais variados tipos de material, seja lata, papel, vidro ou qualquer outra coisa reaproveitável. É só entrar na seção de reciclagem e começar a brincar. Tem muita coisa interessante para deixar a decoração da sua casa pra lá de charmosa...

Dedicado à preservação do meio ambiente e sustentabilidade, o Ciclo Vivo tem notícias, charges, vídeos e, claro, muitas dicas e idéias de coisas que você pode fazer para ser ecologicamente correto. O site é bem completo. Além de criar coisas interessantes a partir de material reciclável, o mais legal talvez sejam as dicas de atitudes que contribuam com um mundo sustentável.

Nosso último escolhido é o “Instructables”. Apesar de estar toda em inglês, essa página é mundialmente famosa. E você aprende a criar muita coisa; de roupas a robôs. São centenas de tutoriais. Tem idéia de sobra pra você passar o tempo, se divertir e ajudar a salvar o planeta.

Prepare idéias e criatividade. Quem se arriscar e criar alguma coisa, envie pra gente, escreva, conte sua experiência. A gente quer saber... afinal, todos juntos podemos, sim, fazer um mundo melhor.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Novo exemplar de abelha da família Euglossa foi encontrada na Colômbia. Especialistas afirmam que a língua do inseto chega a ser duas vezes maior que o tamanho total do corpo (Foto: Divulgação/Universidade Nacional da Colômbia)

Abelha colorida e com língua grande é descoberta na Colômbia
(
Fonte: G1 )

Exemplar foi encontrado em reserva próxima à fronteira com o Equador.
Tamanho da língua chega a ser duas vezes maior que o corpo do inseto.
Do Globo Natureza, em São Paulo

Pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia encontraram um novo exemplar de abelha da família Euglossa que chama a atenção por sua diversidade de cores, mas, principalmente, pelo tamanho de sua língua, que chega a ser duas vezes maior que próprio corpo do inseto
Denominada Euglossa natesi, o espécime foi encontrado na região da floresta Amazônica, próxima à fronteira com o Equador. O exemplar complementa a lista de abelhas de orquídeas, chamadas assim por sua ação polinizadora e relação especial com as flores.

De acordo com Rodulfo Ospina, professor do Departamento de Biologia da universidade colombiana e um dos responsáveis por descrever o novo inseto, a particularidade desta abelha é que por sua língua ser maior, há possibilidade de plantas diferentes serem polinizadas.
Todas as abelhas do gênero Euglossa chamam a atenção por suas cores chamativas (azul, verde, bronze e dourado). O exemplar em questão foi coletado em 2005, na Reserva Natural Privada Rio Nambi, na fronteira com o Equador. Cientistas estimam a existência de 20 mil espécies de abelhas em todo o mundo.

domingo, 12 de junho de 2011

Ratazanas da pradaria são fiéis aos parceiros até depois da morte (Foto: Kyle Gobrogge/Zuoxin Wang Lab)

Dia dos Namorados

Cobaia da ciência, roedor da pradaria vira símbolo de fidelidade nos EUA

Ratazana é uma das poucas espécies com relacionamento monogâmico.
No Valentine's Day, casais dão de presente animal de pelúcia ou porcelana.
Luna D'Alama

Um roedor pouco conhecido no Brasil está virando símbolo de amor e fidelidade nos Estados Unidos. Casais apaixonados aproveitam o Dia dos Namorados, celebrado no restante do mundo em 14 de fevereiro, para presentear seus companheiros com uma ratazana da pradaria (prairie vole, em inglês) de pelúcia ou porcelana.
Isso porque o animal é uma das poucas espécies de ratos que vivem relacionamentos monogâmicos até que a morte os separe – e além dela. Quando o parceiro morre, o “viúvo” não procura acasalar novamente. Pelo contrário: se algum indivíduo se aproxima da ratazana macho ou fêmea com finalidades sexuais, ela o repele.
Os responsáveis por essa postura são dois neurotransmissores, chamados vasopressina e ocitocina. O primeiro age mais nos machos e o segundo, nas fêmeas. Entre outras funções, eles regulam a preferência por um determinado companheiro, em detrimento dos demais, e a amizade com outros indivíduos sem fins eróticos.
Esses roedores intrigam os cientistas desde a década de 1990, e o fascínio por eles é ainda maior porque seus primos – a ratazana da montanha (montane vole) e a ratazana do riacho (meadow vole) – são extremamente promíscuos, independentemente do sexo. No entanto, modificações genéticas nessas espécies, com um aumento das doses dos “neurotransmissores do amor”, tornaram-nas fiéis.
Ainda não se sabe exatamente como essas substâncias atuam, mas acredita-se que a sucessão de encontros prazerosos com o amado fixe na memória características dele, como cheiro, textura, aparência e sinais particulares. A partir de certo ponto, esses sinais se tornam tão complexos e particulares que somente aquele ser é capaz de mobilizar o afeto e o desejo do outro.
Apesar do avanço nos estudos, as bases neuroquímicas da fidelidade ainda intrigam os pesquisadores. Segundo o psiquiatra Hermano Tavares, professor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), esse é um comportamento minoritário na natureza, presente apenas em alguns roedores, pássaros e primatas.
“Nós, humanos, temos tendência à fidelidade, mas ainda não está definido do ponto de vista evolutivo o que é melhor: ter um só parceiro e garantir a segurança e estabilidade da cria ou ser poligâmico e aumentar a variabilidade genética da espécie”, explicou.

Contra as drogas
Outra pesquisa recente feita com ratazanas da pradaria, e publicada na edição de 1º de junho da revista "The Journal of Neuroscience", mostra que animais que tinham um companheiro apresentavam maior resistência para usar anfetaminas.
Machos em relações estabelecidas exibiram menor interesse por drogas se comparados a indivíduos sozinhos. Por outro lado, a exposição repetida à substância desfez o empenho dos animais em formar parcerias ao longo da vida.
Isso indica que ser um casal pode alterar a resposta neurobiológica ao abuso de drogas e diminuir os efeitos de recompensa que elas proporcionam. “As drogas são um mecanismo artificial de gratificação. Quem convive com alguém e é feliz já tem um nível de gratificação satisfatório”, destacou Tavares. Além disso, em humanos, o casamento geralmente reduz comportamentos ilegais e agressivos, além de melhorar a saúde e a expectativa de vida.

segunda-feira, 6 de junho de 2011



FENECO
(informações extraídas do site Saúde Animal)

O feneco é a menor da raposas existentes. Quando o sol se põe sobre o deserto tranqüilo, um pequeno carnívoro bege empina suas orelhas compridas e pontudas. Antes estava observando silenciosamente. Agora chegou a hora de caçar. Se um lagarto chegar perto, o ataque será fatal; a vitima é apanhada de um pulo e morta com uma dentada. A excelente visão do feneco lhe permite atacar rapidamente roedores, aves e répteis que se aventuram em um território. Diversos fenecos de uma mesma região podem comunicar-se por meio de sons que não são audíveis para outros animais.
Essa pequena raposa do deserto tem pelame grosso e espesso, a cauda felpuda. Freqüenta o Saara, no sul da Argélia e da Tunísia. Também é encontrado no Egito, na região do Sinai, e no Oriente Médio. Durante a parte mais quente do dia, ele se abrigada do sol em tocas cavadas nas dunas de areia. Não Ebe quase nada; o orvalho da manhã proporciona todo o líquido de que necessita.

Sua velocidade e agilidade (eles podem saltar quatro vezes o próprio comprimento de corpo), junto com o instinto de perseguição natural que eles possuem, fazem do feneço um potencial fugitivo. Como ele é capaz de cavar 6 metros em uma noite (no ambiente narutal), se for mantido ao ar livre as cercas devem possuir vários metros para debaixo do chão. Se escaparem, os fenecos são extremamente difíceis de se recaturar.

O feneco é considerado a única espécie de raposa que pode ser mantida como pet. Embora não pode ser considerado domesticado, pode ser mantido em ma classificação doméstica semelhante aos cães e gatos. Nos Estados Unidos e Canadá há uma comunidade relativamente estabelecida de criadores e donos de fenecos. Eles são amigáveis com estranhos e com outros pets da casa porém, são extremamente ativos e é preciso muita atividade para que gaste toda energia que possui. Além disso, ele tem o hábito de esconder comida e escavar mobília para construir um ninho.