quarta-feira, 30 de julho de 2008


Índios Kamayurá
Conheça o site sobre os Kamayurá
Segundo os Kamaiurá, seus antepassados vieram de Wawitsa, região situada no extremo norte do Parque (precisamente onde desembocam os principais formadores do Rio Xingu para constitui-lo) e ao lado de Morená, palco central das ações míticas e “centro do mundo” para eles. É possível que essa ainda seja a principal referência para se definirem enquanto grupo no espaço e no tempo. A história do contato dos Kamaiurá com a sociedade não indígena remonta a 1884, com a expedição de Karl Von den Stein. Daí por diante, várias expedições percorreram a região em visitas intermitentes e de curtas. Em 1942, com a criação do órgão federal Fundação Brasil Central, inicia-se a abertura de estradas e o estabelecimento de acampamentos na área. Em 1946, são os Kamaiurá atingidos por essa penetração e passam a ter contatos regulares com os membros da expedição Roncador-Xingu, liderada pelos irmãos Villas-Bôas. Finalmente, em 1961, o território que habitam converte-se e Parque Nacional, hoje subordinado à Funai (Fundação Nacional do Índio).
Na frente, Manuel Guedes, pai dos índios Marcenio Guedes (de branco) e Natalício (ao fundo, de azul), que assumiram ser gays (Kátia Brasil /Folha Imagem)

Índios gays são alvo de preconceito no AM

(Kátia Brasil da Agência Folha, em Tabatinga (AM)

Entre os índios ticuna, a etnia mais populosa da Amazônia brasileira, um grupo de jovens não quer mais pintar o pescoço com jenipapo para ter a voz grossa, como a tradição manda fazer na adolescência, nem aceita as regras do casamento tradicional, em que os casais são definidos na infância.Esse pequeno grupo assumiu a homossexualidade e diz sofrer preconceito dentro da aldeia, onde os gays são agredidos e chamados de nomes pejorativos como "meia coisa". Quando andam sozinhos, podem ser alvos de pedras, latas e chacotas.
Três ticunas da aldeia Umariaçu 2, na região do Alto Solimões, em Tabatinga (1.105 km de Manaus), contaram para a *Folha* como é a vida dos homossexuais indígenas na fronteira com a Colômbia e o Peru.A população ticuna no Alto Solimões soma 32 mil índios. Na aldeia Umariaçu 2, que fica no perímetro urbano de Tabatinga, vivem 3.649 índios ticunas, 40% com menos de 25 anos. Entre esses jovens, pelo menos 20 são conhecidos como homossexuais assumidos. Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), há registros de gays também nas aldeias de Umariaçu 1, Belém do Solimões, Feijoal e Filadélfia."Isso é novo para a gente. Não víamos indígenas assim, agora rapidinho cresceu em todas as comunidades. São meninos de 10, 15 anos", disse Darcy Bibiano Murati, 40, que é indígena da etnia ticuna e administrador substituto da Funai.Marcenio Ramos Guedes, 24, e seu irmão, Natalício, 22, pintam o cabelo e as unhas e fazem as sobrancelhas. Trabalham como dançarinos em um grupo típico ticuna que se apresenta nas cidades da região.Marcenio diz que brigava muito com o pai e que saiu de casa aos 15 anos. "Fui para Tabatinga trabalhar como "empregada doméstica". Eu fazia comida, passava roupa, lavava."Ao voltar para casa, uma construção de madeira com dois cômodos, onde mora com quatro dos sete irmãos e os pais, Marcenio resolveu cuidar dos afazeres domésticos. O grupo de dança foi criado em 2007, com apoio da família."Não sofro discriminação por dançar, todo mundo respeita, assiste. Sofro preconceito [de outros jovens] na aldeia. Se falo alguma coisa, querem me bater, jogar pedra, garrafa."Natalício diz que tem medo de andar sozinho. "Vou sempre com um colega", afirma.O ticuna Clarício Manoel Batista, 32, é professor do ensino fundamental e estuda pedagogia na UEA (Universidade Estadual do Amazonas), em Tabatinga. Ele foi um dos primeiros a assumir a homossexualidade na aldeia Umariaçu 2. "Alguns me discriminam --indígenas daqui, não-indígenas também. Fico calado, não falo nada. Eu não ligo para eles", diz.Clarício disse que contou aos pais que era gay aos 16 anos. "Meu pai não me maltratava porque sempre gostei de estudar, sempre fiz tudo em casa: limpeza, comida, lavar louça."Questionado se foi pelo trabalho doméstico que ganhou respeito em casa, ele confirmou. "Na verdade, eles [os pais] não queriam que eu fosse assim [gay]. Eles não gostam. Dizem: ninguém gosta desse jeito." O antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) escreveu que há registros de homossexualidade entre índios desde ao menos o século 19. Em Mato Grosso, ele estudou os cadiuéus, que chamavam o homossexual de kudina --que decidiu ser mulher. O cientista social e professor bilíngüe (português e ticuna) de história Raimundo Leopardo Ferreira afirma que, entre os ticunas, não havia registros anteriores da existência de homossexuais, como se vê hoje.Ele teme que, devido ao preconceito, aumentem os problemas sociais entre os jovens, como o uso de álcool e cocaína."Isso [a homossexualidade] é uma coisa que meus avós falavam que não existia", afirmou.

domingo, 27 de julho de 2008


Os três novos filhotinhos de tigre siberiano do Zoológico de Amneville, no leste da França, fizeram sua primeira aparição para as câmeras nesta sexta-feira (25), com apenas quatro dias de idade. Em homenagem à raça - a de maior porte entre os tigres - eles receberam nomes russos: Yvan, Nikita e Amur (região da Sibéria onde vivem esses animais). (Fonte: Época - Blog Animal )

quinta-feira, 24 de julho de 2008


Angra 3 só opera quando houver destino seguro para lixo, diz Minc
(trechos de matéria publicada no site
G1)


Licença prévia para construção foi concedida na quarta-feira pelo Ibama. Ministro voltou a afirmar que não defende a construção da usina nuclear.

O ministro voltou a afirmar que não defende a construção da usina nuclear. "Essa decisão já estava tomada pelo governo. Quem fez todo o licenciamento foi a Marina Silva (antecessora de Minc no ministério)". "Sou um defensor das energias alternativas", disse.

Licença
No documento da licença concedida pelo Ibama há 60 condicionantes que devem ser cumpridas pela Eletronuclear. Minc classificou na terça-feira (22) as exigências como "brutais". Entre as exigências, estão o monitoramento indepentente da radiação, a solução para o armazenamento do lixo nuclear, a realização de obras de saneamento básico em Angra dos Reis e em Paraty e a "adoção" o Parque Nacional da Serra da Bocaina, no estado do Rio. Segundo a Eletronuclear, para que as obras tenham início, no entanto, ainda faltam a licença de instalação da usina, que deve ser concedida também pelo Ibama, e a de construção, de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
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Enquanto isto, na França:

Casos de contaminação nuclear aumentam na França
(Veja a matéria completa no site da
ABRIL )
Reuters - 24/07/2008, 14:59
Por Muriel Boselli
PARIS (Reuters) - Muitos funcionários de instalações nucleares da França estão sendo contaminados por pequenas doses de radiação, afirmou na quinta-feira um grupo independente que avalia a segurança do setor.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

(Fonte da imagem)

Lagos para melhorar a umidade do ar

(Fonte das informações:
Casa e Cia. Paisagismo)
Águas em repouso, com pouca profundidade, espelhos d'água que nos convidam à contemplação e que se destacam por seus reflexos. Causam contrastes e podem virar pontos de destaques discretos nos jardins. É possível trabalhar junto à água, com espécies apropriadas a alagados como o papiro na foto ao lado, ou com espécies aquáticas como as ninféias e sagitárias.
A finalidade na maioria das vezes pode parecer meramente estética e esse já seria um nobre e justificável motivo para sua presença nos jardins. Mas a questão é que a água também contribui para melhorar as condições de umidade no ambiente a sua volta. Por isso é presença praticamente obrigatória em regiões de clima mais seco, onde as prefeituras de grandes e pequenas cidades, mandam implantar lagos municipais para melhorar as condições de umidade do ar e permitir algum lazer de qualidade para a população.

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Cuidados com a saúde
(Fonte: BOL Notícias)

Para tentar evitar danos à saúde durante o período de ausência de chuvas e frio, o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde e o CGE recomendam cuidados com a alimentação, hábitos e dicas simples que podem ser colocadas em prática em casa.
Alimentação - comida: a dica é substituir alimentos fritos pelos assados, que facilitam o processo de digestão e consumir frutas e verduras ricas em vitamina C
- líquidos: é recomendada a ingestão freqüente de líquidos --como água, sucos naturais e água de coco-- e de alimentos saudáveis --principalmente frescos
Limpeza de casa - faxina: é eficaz para evitar o acúmulo de poeira. Se a pessoa tiver alergia, é recomendável evitar tapetes e cortinas- vassoura: evite. É melhor usar aspirador e pano úmido
Umidade - bacias com água: elas melhoraram a umidade do ar, assim como o uso de toalhas molhadas- vaporizadores: também são eficazes
Higiene pessoal - banhos quentes: apesar do frio, evite banhos muito quentes. Eles ressecam a pele.
- cremes: auxiliam na hidratação
- olhos e narinas: uso de soro fisiológico evitam o ressecamento
Roupas - boné e roupas leves: protegem contra os efeitos do sol e do calor da seca- roupas de frio: peças feitas com lã podem conter ácaro. Antes de tirá-las dos armários, a dica é lavá-las
Exercícios físicos - horário: o mais recomendável é evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 16h
- intensidade: modere. o tempo seco reduz a capacidade do corpo para a prática de atividades
Hábitos e vícios - aglomerações: evite ao máximo, principalmente em ambientes fechados. Prefira locais arejados, mas protegidos do sol
- fumo: não fume. Os alérgicos devem evitar locais com ambientes de cigarro
(Fontes: Ministério da Saúde, secretarias Estadual e Municipal de Saúde)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Nesta floresta de sonhos, as árvores não são feridas e os animais não são maltratados, porque a natureza é amada.
E seus habitantes são os nossos queridos irmãos índios, com suas belas danças, seus cantos, suas histórias, sua importante cultura.
Aqui é um lugar em que cada grito de protesto contra as injustiças pode ser ouvido, e onde o afeto e o amor respiram e vivem em paz. (Angela Ursa)

domingo, 20 de julho de 2008



Dia da Amizade - uma mensagem indígena especial e papéis de parede florestais de presente para todos os amigos :))

sábado, 19 de julho de 2008

Incêndio atinge ocas em praia de Niterói e fere um índio
Grupo indígena está em Camboinhas desde abril, mas enfrenta resistência por parte de alguns moradores
(Clarissa Thomé - O Estado de S.Paulo)

RIO - Ocas de índios instalados na Praia de Camboinhas, um dos endereços mais valorizados de Niterói, foram incendiadas no início da tarde desta sexta-feira, 18. O índio Joaquim Caraibenipe, de 43 anos, ficou ferido durante incêndio de ocas na praia de Camboinhas, em Niterói. Segundo a índia Jurema Nunes de Oliveira, de 27 anos, um homem correu por entre as ocas, gritando: "Olha o fogo!".
O advogado Arão da Providência Araújo Filho, que é integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ e índio guajajara, foi ao local. Os índios estão em Camboinhas desde abril e enfrentam a resistência de alguns moradores do bairro, que temem a desvalorização da área com a presença deles.
O incêndio destruiu as seis ocas em que 43 índios moravam desde abril. "A gente perdeu tudo. A roupa do corpo, dinheiro, fogão, mas a gente não vai embora, vai lutar e ficar aqui", disse Jurema. Eles estão abrigados numa casa onde funcionava um projeto de Windsurf, perto da aldeia, e fizeram um apelo por colchonetes, cobertores e roupas, principalmente para as 22 crianças da tribo.
O presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF), André Ilha, disse que vinha negociando a retirada pacífica dos índios porque a aldeia foi erguida em área do Parque Estadual da Serra da Tiririca. A legislação não permite a ocupação permanente em área de preservação. "Eu estava numa reunião e, quando fui avisado, tive a certeza de que esse incêndio é criminoso. Existe fortíssima pressão da especulação imobiliária em torno das áreas não edificadas da Lagoa de Itaipu. Minha preocupação imediata é garantir o bem-estar mínimo deles", disse Ilha.
O cacique Darci, filho da líder, dona Lídia, disse que a tribo sofreu três ameaças nos últimos meses. A última delas ocorreu em 4 de julho, quando os homens da tribo participavam de uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Niterói. Três homens armados ameaçaram as mulheres e disseram que matariam todo mundo se não deixassem a área. "Não vamos desistir. Guerreiro nunca desiste da luta. Se em 500 anos de contato com os brancos, nós conseguimos resistir, por quê desistiríamos agora?", afirmou.
Peritos da Polícia Civil estiveram no local e informaram que o incêndio foi criminoso porque havia vários focos e não um só. Se tivesse ocorrido um acidente, observaram, o fogo se alastraria a partir de um único ponto. A delegacia de Itaipu (81.º DP) abriu inquérito para investigar o caso.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Fonte da imagem (blog do Mesquita)

Desmatamento na Amazônia atingiu 1.096 km² em maio
(Fonte:
G1)

Nesse período, 46% da Amazônia Legal esteve coberta por nuvens. Em abril, foram detectados 1.123 km² desmatados com 53% de cobertura de nuvens.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta terça-feira (15) os dados do sistema Deter, sigla de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, sobre o desmatamento da Amazônia em maio. Foram 1.096 km² da floresta mapeados como corte raso ou degradação progressiva durante o mês, período em que 46% da Amazônia Legal esteve coberta por nuvens. Esta área é semelhante à verificada em abril, quando foram detectados 1.123 km² desmatados com 53% de cobertura de nuvens. Do total verificado pelo Deter em maio, 646 km² correspondem a Mato Grosso , número 19% menor ao verificado em abril, que mostrou 794 km². Também foram identificados 262 km² no Pará , ante 1,3 km² no mês anterior. O aumento no Pará se explica pela área coberta por nuvens - enquanto em abril apenas 11% do Pará pôde ser visto pelos satélites, em maio a observação aumentou para 41% da área do estado.

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Leia também: Devastação da Amazônia aumenta em áreas de preservação ambiental
Segundo pesquisadores, em maio, 19% do desmatamento ocorreu em locais de proteção. Levantamento da Ong Imazon aponta que Pará foi o estado que mais desmatou.
- Operação fecha carvoarias clandestinas no Pará
Mais de 500 fornos estavam funcionando sem licença ambiental em Tomé-Açu.Carvoeiros também são acusados de manter trabalhadores em condições de escravidão.
(por Fernanda Odilla Lucas Ferraz, da Folha de S.Paulo, em Brasília)
Corretores brasileiros e estrangeiros anunciam na internet terras na Amazônia a preços milionários. Por US$ 60 o hectare, o italiano Giovanni Caporaso oferece terras em Lábrea (AM), onde há anos grileiros e madeireiros ignoram as leis. De Miami, a corretora brasileira Denise French vende área preservada com praia paradisíaca às margens do rio Negro e tribos indígenas dos séculos 17 e 18 por US$ 99 mil.

domingo, 13 de julho de 2008

A árvore de pedidos feita de ramos de bambus (sassa-dake)
Ikebanas na Festa Tanabata

A LENDA
"... era uma vez , uma linda princesa de nome Orihime e um belo jovem a quem muito amava, de nome Kengyu, como eram conhecidos pelos japoneses. O jovem casal não faziam outra coisa, a não ser dedicarem todo o seu tempo a aquele amor, às paixões, e tão completamente, que se esqueciam por completo das obrigações mais rotineiras. Por essa razão, os dois jovens foram transformados em estrelas e separados pela Via-Láctea. Contudo, permite-se aos amantes, que se encontrem apenas uma vez ao ano, no mês de julho, com a ajuda dos pássaros. Em retribuição ao carinho dos terrenos, Veja e Altair atendem os pedidos que chegam até eles, pela fumaça dos pedidos queimados, na manhã seguinte após as comemorações, pedidos esses que se evolatizam,como tules ou véus miraculosos, levantados do chão e guiados pelos pássaros até às alturas. Somando-se ainda as dádivas das boas colheitas, representadas pelo verde e pelo pipocar das cores, na alegria da compensação do esforço no cultivo da terra."

No Japão - Os chineses criaram a história; mas entre os japoneses, a festa foi introduzida, há 1.300 anos com o nome de TANABATA MATSURI. Sendai, capital da província de Myiagui, é a cidade onde se realizam essas festividades; e onde se manifesta como uma das mais belas e maiores significações do folclore oriental. Massamune Date, governante da região, incentivava o povo a participar delas, no sentido de aprimorar o seu conhecimento técnico e artístico, numa contribuição para o seu crescimento interior.
Costume: No Dia do Festival TANABATA, os "tanzaku" (papeletas) são amarrados nos "sassa-dake" (ramos de bambu) e colocados junto aos enfeites típicos. Nessas papeletas, as pessoas escrevem seus pedidos, seus sonhos, suas esperanças, que serão levados até às estrelas pelos pássaros, os ajudadores alados, belos, graciosos e solidários, para que sejam atendidos. Imagens e seus significados, doando e iluminando espaços a serem viajados...

sábado, 12 de julho de 2008

A maruanã, roda-de-teto com pinturas que representam lagartas sobrenaturais, está presente em todas as casas wayana. Desenho de Yeyé. Foto: Lúcia Hussak Van Velthen, 1984.
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Os Aparai e os Wayana são povos de língua karib que habitam a região de fronteira entre o Brasil (rio Paru de Leste, Pará), o Suriname (rios Tapanahoni e Paloemeu) e a Guiana Francesa (alto rio Maroni e seus afluentes Tampok e Marouini).
A comercialização de artesanato é uma das fontes de renda da tribo onde confeccionam a maruanã.
“A cobertura interna da tukuxipan é arremetada por uma roda-de-teto, denominada maruanã, onde podem ser apreciadas pinturas que representam seres sobrenaturais. Externamente, projeta-se da cobertura um longo mastro onde são introduzidas duas ou três vasilhas de cerâmicas, emborcadas, para a água da chuva não molhar a roda. A ponta do mastro ostenta uma figura de argila que representa pete, “pomba trocal” com um vaso nas costas. Essa configuração representa o arremate final da casa cerimonial e é dotada de poderes de embelezamento. Entretanto, o ponto saliente de valoração está centrado na roda-de-teto (Maruanã). Para a fabricação empregam a raiz tubular, sapopena, da samaumeira numa atividade masculina, geralmente coletiva. Depois de cortada e desbastada com terçado, no roçado; a roda é carbonizada, em uma das faces, através de lenta combustão de folhas secas de bacabaçu, enquanto o disco está apoiado em paus. Quando esfria, os padrões, especificados deste artefato, são marcados com faca a partir de moldes recortados em folhas de sororoca. O disco é pintado, na periferia da aldeia, com tinta minerais e pincéis de cabelo humanos. Para esta arte, as mulheres também são convocadas e utilizam os mesmos materiais. A colocação da maruanã na casa cerimonial deve ser ritualizada. Se não o for, as pessoas que a fizeram, assim como o chefe da aldeia, vão ser atingidos pela agressão sobrenatural que é decorrente da visão da e, um ser sobrenatural profusamente pintado.”

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Tofu pode elevar risco de demência, diz estudo
(Fonte: BBC Brasil - 05/07/2008, publicado na
Folha on line)

Comer grandes quantidades de alguns produtos à base de soja --entre eles o tofu--- pode aumentar o risco de demência, sugere um estudo realizado no Reino Unido.
Os pesquisadores da Universidade de Loughborough analisaram 719 idosos que moram em regiões urbanas e rurais da cidade de Java, na Indonésia.
Segundo os resultados, publicados na revista científica Dementias and Geriatric Cognitive Disorders, o consumo de tofu, uma vez ao dia, estaria relacionado com perda de memória, principalmente entre os idosos com mais de 68 anos.
Os produtos à base de soja são ricos em nutrientes chamado de fitoestrogênios, que funcionam de forma parecida ao estrogênio feminino.
Segundo os pesquisadores, é possível que o consumo de grandes quantidades deste nutriente possa ser a causa do aumento do risco de demência.
Impacto
De acordo com Eef Hogersvorst, que liderou o estudo, pesquisas anteriores já haviam demonstrado que o estrogênio está relacionado com um aumento no risco de demência entre mulheres com mais de 65 anos.
No entanto, os pesquisadores ainda não determinaram qual substância presente no tofu poderia prejudicar as células e nem de que forma.
Hogersvort explica que, o estrogênio --e possivelmente o fitoestrogênio-- promovem crescimento nas células, o que pode ser prejudicial ao cérebro dos mais idosos.
Outra hipótese levantada pela pesquisadora é que altas doses de estrogênio poderiam afetar as células por causa de partículas chamadas de radicais livres, produzidas quando o organismo luta contra infecções.
O estudo sugere ainda que o dano às células pode ser causado não pelo tofu, mas por uma substância chamada de formaldeído --usado na Indonésia como conservante.
Os pesquisadores admitiram que são necessárias mais pesquisas para afirmar que os mesmo efeitos também podem ser registrados em outros grupos étnicos.
No entanto, estudos anteriores já haviam relacionado o consumo de grandes quantidades de tofu ao aumento no risco de demência entre idosos americanos de origem japonesa.
Complexidade
De acordo com o professor David Smith, da Universidade de Oxford, o tofu é um alimento complexo com muitos ingredientes que podem causar impacto nas células.
No entanto, ele afirmou que pode haver uma relação com o estrogênios.
"Ao envelhecermos, parece que alguma coisa acontece no cérebro que o faz reagir aos estrogênios de uma maneira oposta à que esperávamos", disse.
Segundo Hogersvort, não há nenhum indício de que o consumo moderado de tofu possa causar problemas.
Para Rebecca Wood, da ONG Alzheimer Reserch Trust, que trabalha com pesquisas sobre a doença e financiou o estudo, é necessário que os pesquisadores façam ainda mais estudo para avaliar os potenciais riscos e benefícios dos chamados super alimentos.
"Esse tipo de pesquisa sobre as causas do Alzheimer podem levar os cientistas a descobrirem novas formas de prevenir essa doença devastadora", afirmou.
"Com mais de meio milhão de pessoas com Alzheimer no Reino Unido atualmente, há uma necessidade urgente em encontrar uma nova prevenção ou cura", concluiu Wood.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Floresta Amazônica (Fonte da imagem)

Coleção de árvores
(trechos de matéria por Marcelo Leite, Folha de SP, dia 06/07/08)

A Amazônia é muito mais que uma coleção de árvores. Também é mais que uma coleção de hidrelétricas, mais que uma coleção de governadores e mais que uma coleção de votos.
A Amazônia é uma coleção de ambientes. Tem grandes áreas de campos naturais e de cerrado, que Lula e seu ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, prefeririam ver cobertos de soja, capim e cana.
A Amazônia é uma coleção de campinaranas, capoeiras, matas de igapó, florestas densas e florestas abertas. Cada um desses ambientes constitui uma coleção única de plantas.
Em matéria de vegetais, a Amazônia tem a maior coleção do planeta. Não em número de árvores individuais, provavelmente, porque as florestas boreais do hemisfério Norte, conhecidas como taiga, são mais extensas. Em quantidade de espécies de plantas, porém, a Amazônia é uma coleção sem rival: 40 mil, estima-se. Vale dizer, uns 13% do total do planeta.
A Amazônia é uma coleção de espécies peixes de água doce: entre 3.000 e 9.000 (quase um terço dos que existem na Terra). Uma coleção de borboletas: 1.800 (24%). Uma coleção de aves: 1.300 (13%). Uma coleção de abelhas: 2.500 a 3.000 (10%).
A Amazônia é uma coleção de gentes: 180 aikanãs, 94 ajurus, 6 akunsus, 192 amanaiés, 87 amondawas, 182 anambés, 317 aparais, 278 apolimas-araras, 3.256 apurinãs, 569 arapaços, 271 araras-ukaramãs, 332 araras-shawanawas, 339 arauetés, 29 aricapus, 69 aruás, 969 ashaninkas, 384 asurinis do Tocantins e 124 asurinis do Xingu. Isso na letra A, de Amazônia.
Na Z, há 177 zo'és e 144 zuruahãs. Só esses povos de A e de Z falam uma coleção de famílias lingüísticas: aikanã, tupari, tupi-guarani, karib, aruak, tukano, pano, jabuti e mondé. Os dados são do Instituto Socioambiental.
A Amazônia é uma coleção de culturas. Só a ignorância pode enxergar ali uma coleção de índios aculturados reconvertidos em nações originais por uma coleção de organizações multiculturalistas.
A Amazônia é também uma coleção de terras indígenas: ali estão 99% de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados em quase 600 áreas identificadas, demarcadas ou homologadas. Isso dá uns 13% do Brasil, que a frente ofensiva não quer ver nas mãos de apenas 480 mil índios. Grandes latifundiários, já se vê, com seus 200 hectares por pessoa de uma terra que, na verdade, pertence à União e da qual eles só têm o usufruto.
É essa a maior ameaça à integridade nacional que os militares e seus comandantes reais ou imaginários conseguem detectar?
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MARCELO LEITE é autor de "Promessas do Genoma" (Editora da Unesp, 2007) e de "Brasil, Paisagens Naturais - Espaço, Sociedade e Biodiversidade nos Grandes Biomas Brasileiros" (Editora Ática, 2007). Blog: Ciência em Dia.
E-mail: cienciaemdia.folha@uol.com.br

domingo, 6 de julho de 2008

Sagui da cara branca (White-faced Saki Monkey): É um macaquinho que pode ser encontrado na Amazônia Brasileira, Guiana Francesa e na Venezuela
Sagui Imperador (Emperor Tamarin): Pode ser encontrado na zona sudoeste da Amazônia entre Peru e Bolívia (Fonte das imagens: site Curiosidades na Net )

sábado, 5 de julho de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Peça: Máscara representando o sobrenatural Kuhãhãlu. Feita por índios: Waurá. Localização: Alto Xingu, Mato Grosso. Material: fibra, algodão, cêra. Dimensões: 140cm (altura)
Peça: Máscara. Nome indígena: na're'ii. Feita por índios: Tikuna. Localização: rio Solimões, Amazonas. Material: madeira, fibras, entrecasca de árvore. Dimensões: 26cm (altura) - (Fonte das imagens: Iandé )

terça-feira, 1 de julho de 2008

Banquinho-baú de madeira e palha de buriti
Buriti
(Fonte das informações: Plantas do Cerrado e Emater-RO)
Buriti na língua indígena significa árvore que emite líquidos; ou árvore da vida. Considerada sagrada pelos índios por dela se fazer tudo o que é necessário para a sobrevivência, a casa, os objetos e a alimentação.

No bioma Cerrado é a espécie que caracteriza as veredas, marcante fitofisionomia da região, ocorrendo também em matas de galeria e ciliares, podendo formar densos buritizais. Para além dos domínios do Cerrado, corre em toda a Amazônia e Pantanal, sobre solos mal drenados, em áreas de baixa altitude até 1000m, sendo considerada a palmeira mais abundante do país.
Produz anualmente grande quantidade de frutos, que podem ser consumidos ao natural, na forma de sucos, sorvetes, doces ou desidratados.
Segundo Rafael Teixeira, guia na Chapada dos Veadeiros, especializado em flora e avifauna do Cerrado, os frutos integram a dieta de mamíferos como a cutia, a capivara e a anta, e de aves como a arara.
Os pecíolos (talos) e a palha de suas folhas são muito utilizados na cobertura de casas e ranchos, bem como no artesanato regional, para a confecção de cestos e móveis.
O uso medicinal está associado ao óleo extraído da polpa dos frutos, com propriedades energéticas e vermífugas.
Rico em pró-vitamina A (500 000 UI), com índice de 300mg/100g, o óleo é usado contra queimaduras na pele, provocando alívio imediato e auxiliando na cicatrização. O óleo absorve radiações no espectro ultra-violeta, sendo um eficiente filtro solar Tem sido empregado recentemente pela indústria cosmética entrando na composição de sabonetes, cremes e xampus.