Betsy Border Collie - Entende um vocabulário crescente e equivalente ao de uma criança pequena.Viena, Áustria. Quanta inteligência há por trás destes olhos? Muita, no caso deste cão. Com 6 anos de idade, “Betsy” consegue associar nomes a objetos com mais rapidez que um grande primata, e por enquanto já entende nada menos que 340 palavras.
Mentes que brilham
(Trechos de matéria com 11 páginas, por: Virginia Morell, publicada na Revista National Geographic Brasil )
Os animais são mais espertos do que você imagina.
Em 1977, a psicóloga Irene Pepperberg resolveu descobrir o que passava pela cabeça dos animais. Para tanto, decidiu conversar com eles. Começou levando ao laboratório um papagaio cinzento com 1 ano de idade, a quem batizou de Alex, a fim de ensiná-lo a reproduzir os sons da língua inglesa. "Imaginei que, se ele aprendesse a se comunicar, eu poderia lhe perguntar como ele via o mundo."
Certas habilidades são consideradas sinais típicos de capacidade mental superior: boa memória, entendimento de gramática e símbolos, percepção de si, compreensão de motivos alheios, imitação de comportamento e criatividade. Pouco a pouco, por meio de experimentos engenhosos, os pesquisadores conseguiram documentar exemplos de tais talentos em outras espécies. Os gaios Aphelocoma, por exemplo, sabem que outras aves da mesma espécie costumam roubar alimentos e que a comida armazenada corre risco de estragar; as ovelhas conseguem distinguir rostos; os chimpanzés usam várias ferramentas distintas para escarafunchar ninhos de cupim e até dispõem de armas para abater pequenos mamíferos; os golfinhos imitam posturas humanas. E o papagaio Alex revelou ser um conversador muito animado.
Chimpanzés, bonobos e gorilas já participaram de experimentos nos quais aprenderam sinais e símbolos para se comunicar conosco, por vezes com resultados impressionantes. O bonobo Kanzi, por exemplo, costuma levar consigo sua pasta de símbolos a fim de "conversar" com os pesquisadores humanos, e chegou até a inventar combinações de símbolos para exprimir suas idéias. Todavia, ainda não se trata de nenhum animal que se volta para nós, abre a boca e diz algo.