Espécie conhecida de macaco-prego encontrada no MS (fonte da imagem)
Nova espécie de macaco-prego é identificada em Pernambuco
Animal pode receber o título de menor e mais ameaçado do planeta
(trecho de matéria do Diário de Pernambuco, publicada no site CEPAN )
Júlia Kacowicz DA EQUIPE DO DIARIO
Uma nova espécie de macaco-prego foi encontrada nos resquícios de mata atlântica de Pernambuco e - antes mesmo de ser registrada - encontra-se à beira da extinção. O grupo de 18 primatas foi identificado sobrevivendo numa área de apenas 200 hectares, entre mata e alagados, por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A população não foi batizada, mas já pode receber o título de menor e mais ameaçada do planeta. As características que diferenciam o tipo descoberto das outras 15 espécies já conhecidas são o corpo todo amarelo-dourado e uma tiara branca ao redor da cabeça. A descoberta foi feita pelo professor do Departamento de Zoologia da UFPE e doutor pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), Antônio Rossano, após um levantamento de cinco anos realizado em 23 fragmentos de mata atlântica de Pernambuco e Alagoas. O trabalho tinha o objetivo de analisar a situação dos mamíferos no ecossistema mais degradado da terra. "Nunca imaginei que iria encontrar uma espécie nova num ecossistema que já desapareceu em 98%. Estamos vivendo uma crise de biodiversidade e muitos animais têm sido extintos. Alguns nem chegaram a ser registrados", afirmou. O grupo de macacos foi visto pela primeira vez no final de novembro do ano passado, em Ipojuca, litoral sul do estado, pelo professor e seu aluno Alexandre Malta. Eles iniciaram o monitoramento dos animais e, há 20 dias, conseguiram gravar um filme amador. "Com o filme conseguimos confirmar as características do animal, que não possui nenhum registro na literatura", disse Rossano. Segundo ele, o primata encontrado trata-se de uma espécie nova de macaco-prego pelas semelhanças com as já conhecidas, como tamanho e estrutura do corpo, forma da cauda e comprimento da cabeça. "Os macacos-pregos são muito parecidos, diferindo apenas nos padrões de forma e coloração da pelagem", ressaltou. Adaptação - Os animais estão ocupando três trechos isolados de mata, com 90 hectares, que são interligados por um alagado. "Eles se adaptaram aos alagados pois as matas são pequenas, mas também se sentem seguros porque o acesso é difícil", esclareceu Rossano. A presença dos animais na área, pertencente à Usina Salgado, ainda surpreende por ser uma região urbanizada e rodeada de cana-de-açúcar. O pesquisador ressaltou que os macacos se adaptaram inclusive na alimentação, considerando que restos de cana foram encontrados em cima das árvores. Dezoito indivíduos foram contados, mas Rossano acredita que possam existir cerca de 30 na região.
domingo, 26 de março de 2006
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6 comentários:
E com um misto de alegria e tristeza que lemos notícias como esta. Alegria pela descoberta de poucos que conseguiram de adaptar à devastação das matas e tristeza por quantos não sobreviveram nos pequenos espaços em que ficaram confinados. Algumas reservas ficaram como pequenas ilhas sem interligação, o que favoreceu o desaparecimento de espécimes da flora e da fauna. Outras, como a Reserva Biológica de Sooretama no ES, são cortadas por estradas e é frequente a morte de animais por atropelamento.
Beijos e ótima semana.
Nunca entendi porque alguns se ofendem quando comparados a macacos.
Ursa: deveriam se ofender com o ataque à Natureza!
Boa semana pra vc minha amiga protetora da mãe Natureza!
Beijos bem carinhosos pra ti.
Bom dia..,....
Mesmo com a devastação a natureza se manifesta.....
Bjs...
Amigos leitores do Antes que Anoiteça!
Obrigado pelas visitas na primeira parte do conto.
A partir de amanhã, 28/03/06, o conto passa para uma nova fase, quando os olhos de Marília assumem a condução da narrativa, juntando os retalhos deixados por seu pai.
Novamente, agradeço as visitas constantes e deixo, por enquanto as portas abertas, porque antes que anoiteça, elas se fecharão.
Sílvio
Daia, eles precisaram ficar numa região isolada para sobreviverem. Espero que, agora, depois de descobertos, não desapareçam. Beijos!
Jôka, pois é, a palavra macaco já tem um sentido negativo na nossa cultura, difícil de mudar. Beijos!
Lia, carinho da Ursa para você também. Beijos!
Diana, esses macaquinhos ficaram protegidos nesse isolamento. Beijos!
Silvio, amanhã, então, vou ler a nova fase do seu conto. Beijos da Ursa
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