Homenagem às mães indígenas e todas as mães (Fonte)
Na tribo Xikrin, um subgrupo Kayapó, as mulheres pintam-se uma as outras e os filhos com mistura de jenipapo mascado, carvão e água. Às crianças de 10 e 12 anos já é permitido pintar as menores. As índias Xikrin gastam horas pintando os filhos com desenhos de animais e de formas geométricas. Para elas, o ato de pintar é uma demonstração de carinho e interesse. Entre as Nambiquaras, nas comemorações da Festa da Moça, quando as meninas atingem a puberdade, nos momentos que antecedem o fim do período de reclusão na casa de palha, as moças são pintadas com urucu e enfeitadas com adornos, indicação de que estão preparadas para o casamento. Os índios do Alto Xingú pintam a pele do corpo com desenhos de animais, pássaros e peixes. Estes desenhos, além de servirem para identificar o grupo social ao qual pertencem, são uma maneira de uní-los aos espíritos, aos quais creditam sua felicidade.
A tinta usada por esses índios é preparada com sementes de urucu, que se colhe nos meses de maio e junho. As sementes são raladas em peneiras finas e fervidas em água para formar uma pasta. Com esta pasta são feitas bolas que são envolvidas em folhas, e guardadas durante todo o ano para as cerimônias de tatuagem. A tinta extraída do urucu também é usada para tingir os cabelos e na confecção de máscaras faciais. Pinturas com urucu são feitas desde tempos muito remotos pelos indígenas que habitavam do México até o Paraguai, incluindo América Central e Antilhas. O urucu é usado modernamente para colorir manteiga, margarina, queijos, doces e pescado defumado, e o seu corante principal – a bixina – em filtros solares.
O outro corante muito usado pelos indígenas era obtido da seiva do fruto do jenipapo. As tatuagens de cores pretas usadas pelos índios que tanto impressionaram os colonizadores, feitas com esta rubiácea, cujo nome botânico é Genipa americana deve-se ao iridóide conhecido como genipina. Do fruto maduro e fresco foi isolado a genipina em ~1% de rendimento. Incolor em si, este iridóide produz cor preta após reagir com as proteínas da pele. Hans Staden, o alemão que quase foi comido pelos índios tupinambás do litoral de São Paulo, assim se refere à árvore do jenipapo: "Numa árvore que os selvagens chamam de jenipapo ivá, cresce uma fruta que tem certa semelhança com a maçã. Os selvagens mascam essa fruta e espremem o suco dentro de um vaso. Com ele é que se pintam. Quando esfregam o suco sobre a pele, no início parece água. Mas depois de algum tempo a pele fica tão preta como se fosse tinta. Isso perdura até o nono dia. Depois a cor desaparece, mas não antes desse prazo, mesmo quando eles se lavam muitas vezes".
domingo, 14 de maio de 2006
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12 comentários:
E adorei a Festa das Moças nambiquaras, devem ficar lindas mesmo.
E Feliz Dia das Mães e beijos, :).
Oi, amiga.
Obrigada pela lembrança de meu niver.
Colocando a leitura em dia. E lendo sobre as mães indígenas, mãe é sempre carinho!
Beijos.
Oi, amiga.
Obrigada pela lembrança de meu niver.
Colocando a leitura em dia. E lendo sobre as mães indígenas, mãe é sempre carinho!
Beijos.
Oops! Desculpe. Demorou, cliquei duas vezes! É que sou muito impaciente!
Ursa: que lindo ritual...demonstração de afeto...carinho e muito amor.Sentimentos a cada dia mais raros em nossas tribos ,não é mesmo?Obrigada pelo carinho no meu Cotidiano.
Beijos especiais neste dia das mães.
Nanbiquara, sua triba está muito bonita! :)) Beijos da Ursa!
Daia, adorei o bolo e os doces da sua festa de aniversário. Beijos da Ursa!
Lia, juntar arte e afeto é uma coisa linda! Beijos da Ursa! :))
Que lindo,festas e carinho.
Angela querida,feliz semana
beijossssssssssss
que lindo o teu post e como é importante conhecermos estes aspectos da cultura das tribos indias...
conheci uma mãe de umabebé que apenas lhe dava banho e mudava as roupinhas de oito em oito dias pois dizia não ter tempo para tratar dela!!!!pois chegava a casa ao fim do dia tinha de fazer jantar, arrumar , lavar etc...
e estas mães passam horas a pintar seus filhos em gesto de carinho tal como as mães africanas passam horas a pentear -se umas às outras fazendo entrançados nos seus cabelos , colocando fitas e missangas, o que demora horas ...
São gestos de ternura, tal como os macacos catam as pulgas uns aos outros...
Afagos que se vão perdendo nas culturas chamadas civilizadas...
um beijo para ti.
URSA,
Gigi está aqui ao lado, agradecendo e retribuindo a sua linda mensagem de carinho.
Beijos meus e de minha mãe
JÔKA e GIGI P.
Mae...
Sempre carinho.....
Bjs...
Lindo post, Angela!! Mãe é renúncia, sempre...
Márcia Clarinha, Greentea, Janaína e Diana, beijos da Ursa para vocês!! :))
Jôka, fiquei muito feliz com a visita de Gigi junto com você. Beijos da Ursa! :))
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