quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Arroz preto é rico em fibras exclusiva de imperadores

IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na China, onde surgiu há mais de 4.000 anos, ele era o "arroz proibido". Pretos e raros, seus poucos grãos brotados -cerca de dez para cada hectare de arroz branco- eram reservados apenas ao imperador. Acreditava-se que o arroz preto tinha poderes afrodisíacos, além de garantir longevidade ao soberano e a todos os seus descendentes.
Dos palácios reais da Antigüidade, ele chegou aos templos da gastronomia contemporânea. Caiu no gosto dos chefs: o apelo visual e a origem asiática vão muito bem com os conceitos de comida "fusion", na qual são valorizadas as misturas de ingredientes e influências de diferentes origens.
A tudo isso, são somadas suas propriedades nutricionais. "O arroz preto é mais rico em fibras e em proteínas e tem muito mais compostos antioxidantes do que o arroz integral", diz Candido Bastos, pesquisador do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) e diretor do Polo Regional do Vale do Paraíba, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.
Foi idéia de Bastos iniciar as pesquisas para desenvolver o arroz preto no Brasil. "Já era um produto valorizado por chefs na Europa e nos EUA. No Brasil, os que queriam utilizá-lo tinham de comprar o arroz importado, ainda mais caro."
As pesquisas foram iniciadas em 1992, mas só em 2005 a variedade foi lançada oficialmente. A aceitação foi boa, segundo Bastos, mas isso não quer dizer que o arroz preto caminhe para se tornar um tipo popular. Não é mais um ingrediente vetado aos simples mortais por decretos imperiais, mas o preço chega a ser proibitivo: cerca de R$ 20 o quilo. A produção atual, concentrada no Vale do Paraíba, em São Paulo, é estimada em 200 toneladas por ano.
"Não é um ingrediente para uso em alta escala, mas é muito interessante para a alta gastronomia. Tem sabor intenso, boa textura e uma cor ótima para trabalhar em misturas com ingredientes como aspargo, alho-poró, salmão, pimentões etc.", diz Marcelo Malta, professor de gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi.
A cocção do arroz preto é feita da mesma forma que a do branco. O resultado é um arroz do tipo mais "soltinho" -ele não adquire naturalmente uma cremosidade como a do arroz arbóreo, utilizado para risotos. "É muito bom em saladas e como recheio de lula. Também pode ser misturado a outros grãos e servido como guarnição", sugere Malta.

8 comentários:

Anônimo disse...

Minha querida amiga, nunca ouvi falar no arroz preto, não duvido de suas qualidades mas não me encheu a boca d'água,rss.
Lindo seja seu dia
beijosss
*vir aqui é sair cheia de boas informações

Anônimo disse...

Ursa querida,
adoro comidas diferentes, exóticas. Deu vontade de provar esse arroz.
Beijos!

Luma Rosa disse...

O arroz preto, é preto mesmo!! Nunca vi!! (rs*) deve ser gostoso com feijão branco! Beijus

Angela Ursa disse...

Márcia Clarinha, pelo que li esse arroz tem mesmo mais vitaminas que o arroz integral. Beijos floridos! :))

Gená, se você encontrar o arroz preto, depois conta se gostou. Beijos! :))

Luma, a cor dele é preta mesmo. Achei ótima a sua sugestão de comer com feijão branco, que é uma delícia! :)) Beijos!

Lucinéia, para o íntimos disse...

Oi, Angela! Eu já vi um arroz marrom chamada "arroz selvagem". Não era nem de longe tão escuro quanto esse da foto. Aliás, quando olhei a foto já pensei em feijão.
Beijo pra ti.

Anônimo disse...

Vi uma vez no Jornal da Band, que tinha esse arroz preto num restaurante em Campos do Jordão.
acho interessante comidas diferentes.
Beijos e bom fim de semana.

Angela Ursa disse...

Luciane, esse arroz é preto mesmo. Não consigo imaginar o gosto. Estou curiosa. Beijos!

Janaína, se você encontrar aí no Rio, experimente e me conte! :)) Beijos!

Anônimo disse...

Voce pode encontrar o arroz preto no emporio xingu, proximo ao mercado municipal

(11)3313-5318
contato@emporioxingu.com.br
Av. Mercurio, 224 - Sao Paulo SP