__________________
Os Aparai e os Wayana são povos de língua karib que habitam a região de fronteira entre o Brasil (rio Paru de Leste, Pará), o Suriname (rios Tapanahoni e Paloemeu) e a Guiana Francesa (alto rio Maroni e seus afluentes Tampok e Marouini).
A comercialização de artesanato é uma das fontes de renda da tribo onde confeccionam a maruanã.
“A cobertura interna da tukuxipan é arremetada por uma roda-de-teto, denominada maruanã, onde podem ser apreciadas pinturas que representam seres sobrenaturais. Externamente, projeta-se da cobertura um longo mastro onde são introduzidas duas ou três vasilhas de cerâmicas, emborcadas, para a água da chuva não molhar a roda. A ponta do mastro ostenta uma figura de argila que representa pete, “pomba trocal” com um vaso nas costas. Essa configuração representa o arremate final da casa cerimonial e é dotada de poderes de embelezamento. Entretanto, o ponto saliente de valoração está centrado na roda-de-teto (Maruanã). Para a fabricação empregam a raiz tubular, sapopena, da samaumeira numa atividade masculina, geralmente coletiva. Depois de cortada e desbastada com terçado, no roçado; a roda é carbonizada, em uma das faces, através de lenta combustão de folhas secas de bacabaçu, enquanto o disco está apoiado em paus. Quando esfria, os padrões, especificados deste artefato, são marcados com faca a partir de moldes recortados em folhas de sororoca. O disco é pintado, na periferia da aldeia, com tinta minerais e pincéis de cabelo humanos. Para esta arte, as mulheres também são convocadas e utilizam os mesmos materiais. A colocação da maruanã na casa cerimonial deve ser ritualizada. Se não o for, as pessoas que a fizeram, assim como o chefe da aldeia, vão ser atingidos pela agressão sobrenatural que é decorrente da visão da e, um ser sobrenatural profusamente pintado.”
2 comentários:
Boa noite amiga,
Como sempre, mais um texto adorável.
boa noite
bjs
Bandeiras, obrigada pelo super apoio e carinho! A Ursa está muito feliz :)) Beijos floridos
Postar um comentário