O humor é um elemento de equilíbrio para os índios krahôs
A atriz e diretora Letícia Sabatella com os krahôs durante a produção do seu filme
Hotxuá, palhaço sagrado - documentário sobre os índios krahôs
(Fonte das informações)
A atriz Letícia Sabatella e o ex-marido Ângelo Antônio estavam, há 14 anos, na preparação de uma peça de teatro quando sentiram a necessidade de conhecer a fundo uma cultura ancestral brasileira. Com a ajuda do indigenista Fernando Schiavini chegaram aos krahôs. A tribo de Tocantins tem, entre as peculiaridades, costumes baseados no equilíbrio entre opostos. São conhecidos como “os senhores do cerrado” e também mantêm um traço peculiar: riem muito. “Durante 10 dias vivemos os rituais, fui batizada de Tokwe, ganhei família lá, criei vínculo. Conheci a cultura riquíssima e fiquei embevecida”, lembra ela. A tribo na época não gozava de prestígio entre os brancos próximos: “Eram vistos de maneira pejorativa, como aqueles que bebiam e só pediam. Quando percebi aquela cultura milenar, repleta de pilares que, na crença deles, sustentam o equilíbrio do universo, comecei a chorar”. O impacto permaneceu nos anos seguintes e se potencializou no instante em que voltou ao lugar para as filmagens do documentário Hotxuá, palhaço sagrado, atração de quarta à noite na Mostra de Cinema de Tiradentes.
Veja fotos do documentário Hotxuá, Palhaço Sagrado
O filme, de 70 minutos, dirigido pela atriz em parceria com o diretor de arte Gringo Cardia, surgiu quando foi procurada por um dos líderes dos krahôs pedindo ajuda para o resgate das tradições. Letícia chamou Lúcia Hipólito para co-dirigir o projeto, mas a parceria não foi adiante. “O produtor acabou me incentivando a procurar um bom fotógrafo e assumir eu própria a missão. Resolvi chamar o Gringo para me dar segurança.” Ainda sem saber ao certo por onde começar, a atriz foi ao encontro dos índios. A solução surgiu quando percebeu a importância do riso para a manutenção da ordem e do equilíbrio entre os krahôs. Aquele povo considera a alegria um elemento básico da sua sociedade e designa entre os líderes um sacerdote do riso: o hotxuá. Espécie de palhaço, sua função é brincar e animar o espírito da aldeia, dissipar disputas, atritos, ensinar o certo ao agir de modo errado e, com isso, desmitificar o erro. Usam como armas a força do sorriso e da doçura. “Cada cultura ri de determinadas situações, e sentia que as pessoas tinham que entrar no universo da tribo para depois compreender como o riso lá se estabelece”, explica.
domingo, 5 de julho de 2009
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8 comentários:
Olá Angela Ursa!
Excelente! Muito obrigada por este post!
Um grande abraço
almariada, seja sempre bem-vinda! :)) Beijos da Ursa
Adorei! A cultura é realmente riquíssima. E ainda há gente que não respeita...
Ângela, só o fato deles rirem muito, já gostei!! Humor é tudo!! Tomara que seja sucesso e que muitas pessoas possam saber da existência para também saber respeitar a tribo! Beijus
Janaina, é verdade. A gente tem muito o que aprender com eles. Beijos! :))
Luma, é muito interessante o uso do humor para harmonizar os membros da tribo e mostrar os erros. Beijos da Ursa
Humor vicia,Ursa.O bom da pessoa é quando ela consegue rir de si prórpia, beijos floridos.
Janaina, o mais difícil mesmo é rir da gente mesmo em determinadas situações. Beijos floridos!
arrepiei completamente!
q riquissima informação Ursa, obrigada!!
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