domingo, 31 de outubro de 2010


O vento

(Manoel de Barros - Ensaio Fotográfico)

Queria transformar o vento
Dar ao vento uma forma concreta e apta à foto
Eu precisava pelo menos de enxergar uma parte física do vento:
[uma costela, o olho...
Mas a forma do vento me fugia que nem as formas de uma voz.
Quando se disse que o vento empurrava a canoa do índio para
[o barranco.
Imaginei um vento pintado de urucum a empurrar a canoa do
[índio para o barranco
mas essa imagem me pareceu imprecisa ainda
estava quase a desistir quando me lembrei do menino montado
[no cavalo do vento - que lera em Shakespeare
Imaginei as crinas soltas do vento a disparar pelos prados com
[o menino
Fotografei aquele vento de crinas soltas.


4 comentários:

Janaina disse...

Ursa,tudo bem?
O vento faz-se presente mesmo sem mateiralizar-se.
Beijos floridos e muiot obrigada por se lembrara de mim,eu não me esqueço mesmo.
Eu sei muito bem quem se lembra de mim,das pessoas que não querem comentar e das pessoas que não fazem a mínima questão de me visitar ,entendeu.Beijos.
p.s.:agora estou mais seletiva,você vai ver,abraços.

Angela Ursa disse...

Oi, Janaina! Adorei sua visita! :))
Não consegui uma imagem que pudesse se aproximar desse vento da cor do urucum. Por isso, postei uma foto do urucum. Beijos floridos da Ursa!

MARCOS DHOTTA disse...

Ah! o VENTO... E Depois de mim, o VENTO! Já dizia o poeta portuga.

Angela Ursa disse...

Marcos, obrigada pelo comentário poético! :)) Beijos floridos da Ursa