sábado, 30 de setembro de 2006


Fotos: por Rosa Gauditano

ALDEIAS GUARANIS EM PLENA SÃO PAULO
Rosa Gauditano mostra resultado de dois meses com índios da selva urbana
(Fonte: Fotosite Terra)

Entre os meses de março e abril deste ano, a fotógrafa Rosa Gauditano conviveu com a cultura das aldeias indígenas Guarani Mbya, que vivem em plena cidade de São Paulo. O período de interação permitiu que a fotógrafa, juntamente com o desenhista Paryat Frota e a educadora Maria Cristina Troncarelli desenvolvessem com jovens índios um exercício de documentação de suas próprias realidades. No dia 29 de setembro, o resultado deste processo será apresentado ao público no evento Aldeias Guarani Mbya na Cidade de São Paulo, do qual fazem parte exposição e livro homônimos.
A mostra é formada por 20 fotografias em p&b de Rosa Gauditano, em formato 66 x 76 cm, além de desenhos de Paryat, fotos e desenhos concebidos pelos alunos que participaram das oficinas realizadas nas aldeias Tekoa Ytu, Tekoa Pyau, Tekoa Tenonde Porá e Tekoa Krukutu. Já a publicação (Ed. Studio RG; 80 págs.; R$ 80) é trilíngue - português, guarani e inglês – e traz cerca de 170 fotos de Gauditano e dos alunos.
Segundo Rosa, o trabalho de edição realizado por ela exigiu dedicação. “Foi difícil selecionar as fotos porque havia um material muito rico produzido pelas crianças e pelos jovens, que são muito observadores e muito sensíveis", diz.
Da Redação

Local da exposição
: Caixa Cultural, Edifício Sé (Praça da Sé, 111), Galeria Nobre, Centro, São Paulo - SP
Período: de 30 de setembro até 26 de novembro.
Entrada franca.
Visitação: terça a dom., das 9h às 21h
Informações: tel. (11) 3107-0498

quinta-feira, 28 de setembro de 2006


Estes são os novos moradores da Floresta da Ursa. Como parecem gêmeos ainda está díficil identificar os dois. Mas a dupla sertaneja, ou melhor, florestal, se chama King e Sheik. Eles têm pouco mais de 1 mês de idade.

(Fonte da imagem)

Tarântula usa teia nas patas para subir paredes

(Fonte: ambientebrasil)

Um grupo de cientistas descobriu que tarântula-zebra (Aphonopelma seemanni) segrega teia pelas patas para aderira superfícies lisas e verticais e caminhar por elas, segundo explicou um dos autores do trabalho, Stanislav N. Gorb. Encontrada na Costa Rica, essa vistosa aranha negra é caracterizada por pequenas listras brancas nas patas e pela capacidade de se mover e escalar com grande rapidez.
Os cientistas, cujo trabalho aparece no número mais recente da revista Nature, comprovaram que a Aphonopelma seemanni se vale de minúsculos dutos nas patas para produzir fluidos que se solidificam em contato com o ar e grudam em superfícies lisas durante a locomoção. Além disso, a tarântula também segrega a teia comum pelo abdome, que usa para capturar insetos.
As demais aranhas escalam superfícies por meio de filamentos "secos" localizados nas extremidades, que funcionam como minúsculos ganchos, e só segregam teia pelo abdome.
Gorb, do Instituto Max Planck na Alemanha, garantiu que a descoberta poderá levar a uma reavaliação da história evolutiva do processo de produção de teia nas aranhas.
"Nosso estudo faz pensar que as aranhas usaram a teia, inicialmente, para se locomover", diz ele. A pesquisa foi realizada com a observação do movimento da Aphonopelma seemanni sobre um cristal vertical. (Efe/ Estadão Online)

terça-feira, 26 de setembro de 2006


Poema " Retrato de Um Povo"
(Fonte: Índios Online)

A roupa de croá
Que oculta o seu rosto
Balançando o maracá
Com muita fé, com muito gosto.

Com um penacho que reluz
Cores que traduz
Toda fé, toda esperança.
Neles nossa confiança

O som da gaita convida
O povo todo a dançar
Pisando, rodando e cantando.
Ao som do maracá

domingo, 24 de setembro de 2006

Biraci Nixiwaka colhendo folhas de kene kawa, chacrona especial para temperar o cipó uni do vinho sagrado da ayahuasca, no baixo Buriti, situado nas cabeceiras do paranã Paturi, na TI Rio Gregório

Pajés relatam como nasceram os índios da grande floresta amazônica

(Notícia divulgada no blog Tupiniquim - Fonte: KaxiANA )

"A floresta amazônica é um imenso tesouro ainda muito pouco conhecido. Quem mais a conhece são os índios, mais precisamente os pajés, que sabem como ninguém para que servem partes de sua flora e de sua fauna. Mesmo assim, estima-se que o máximo que os índios conhecem são 10% de tudo que existe na maior floresta tropical do planeta. Dentro desse conhecimento, ainda limitado da floresta, os pajés indígenas são os que tudo ensinam na floresta. Ensinam desde a arte da cura, mostram a importância da proteção espiritual para a aldeia e contam as histórias, passadas de geração em geração, que explicam as razões dos acontecimentos atuais. E é uma dessas histórias antigas, de tempos imemoriais, que nos fala o cacique Biraci Brasil Nixiwaka, que lidera o povo indígena Yawanawá, habitante da Terra Indígena do Rio Gregório, no distante município de Tarauacá, no interior do Acre. Em texto que enviou ao antropólogo Txai Terri Aquino, que o publicou na coluna "Papo de Índio", do jornal Página 20 (Rio Branco-AC), o cacique Biraci conta a história passada por muitas gerações de pajés que explicam a origem de seu povo e da maioria dos povos indígenas da língua Pano, hoje habitantes do Acre e do Sul do Amazonas." [notícia completa]

sábado, 23 de setembro de 2006



O que FURNAS não revela sobre a construção das usinas (Fonte: site da campanha Rio Madeira VIVO )

Por Luciana Oliveira

O Ibama aprovou o estudo de impacto ambiental no rio Madeira feito para garantir a viabilidade da construção de duas usinas hidrelétricas. Daí para o início das obras é só uma questão de tempo. O próximo passo é a realização de audiências públicas para que a população conheça os detalhes desse estudo que até então foram superficialmente comentados. Já participei de várias palestras e audiências sobre esse mega empreendimento e nunca consegui arrancar dos técnicos de Furnas informações concretas sobre a proporção do impacto ambiental. Tive a oportunidade de consultar em primeira mão quando trabalhava na prefeitura de Porto Velho o compacto dos relatórios.
Finalmente pude tirar algumas dúvidas e confesso que fiquei escandalizada e triste. Não só pelos impactos ambientais apontados, mas principalmente pela inconsistência das medidas mitigadoras, ou seja, pelas alternativas apontadas por Furnas para amenizar os prejuízos.
Um quadro do relatório mostrava lado a lado quais seriam os impactos e o que Furnas propunha para compensar ou corrigir os estragos. Uma seqüência de perguntas e respostas esclarecia como a construção das usinas vai afetar o patrimônio histórico, o aspecto geográfico, a fauna e flora e a vida das pessoas. A casa dos ingleses (construída pelos americanos) símbolo da nossa lendária ferrovia Madeira Mamoré será atingida pela construção, mas Furnas garante que vai erguer outra igual em local próximo. A praia de Jacy-Paraná vai desaparecer? Sim, será inundada pelas águas, mas outra artificial será construída em local indicado pela população, li no estudo. E a cachoeira do Teotônio, aquele paraíso ecológico? Também será inundada. Em outras questões pontuadas consta que não há medidas mitigadoras previstas, mas apenas a intenção de futuramente corrigir o dano causado. Os sítios arqueológicos presentes no local onde serão construídas as usinas de Jirau e Santo Antônio, mais de 20 em cada, vão simplesmente ser apagados da história.
Esses são alguns exemplos do pouco que pude folhear no relatório, mas o suficiente para me fazer questionar se essa obra que até então só mostraram dados fantasiosos deve ser tocada da forma como é proposta. Milhares de empregos e royalties são prometidos tal como em Coari, cidade do Amazonas de onde sai o gás e óleo extraídos das reservas de Urucu, base da Petrobras. Quando estive lá, fiz questão de ampliar a matéria encomendada pela empresa ouvindo a população sobre o que foi prometido e o que de fato ocorreu. Nem emprego como agente de serviços gerais foi preenchido com mão de obra local na base da Petrobras, uma estrutura gigantesca em pleno coração da Amazônia. Nutricionistas, engenheiros, técnicos especializados e demais funcionários são de Estados bem distantes de Manaus, a 700 km da reserva.
Não sou contra o progresso e sei que fatalmente ele tem um preço, mas condeno a forma como está sendo conduzido o processo para a construção da usinas. Porto Velho tem o privilégio de ter um rio majestoso como o Madeira, as pessoas convivem com ele e milhares tiram dali o sustento. Os escombros da ferrovia Madeira Mamoré estão por toda a parte, mas temos que fazer questão de cada palmo onde se encontram. É como se fosse um retrato velho, meio apagado, mas que lembra um fato importante da nossa vida e por isso fazemos questão de guardar até a morte.

(Fonte: TudoRondonia.com.br)

sexta-feira, 22 de setembro de 2006



Suco de fruta pode reduzir risco de Alzheimer em até 76%

(Texto: Cassiano Sampaio, Fonte: Redação Saúde em Movimento )

Ingerir sucos de frutas e vegetais com freqüência pode reduzir em até 76% o risco de se contrair o Mal de Alzheimer, segundo estudo publicado no American Journal of Medicine por pesquisadores estadunidenses e japoneses da Fundação para Pesquisa de Alzheimer.
Quase duas mil pessoas foram acompanhadas ao longo de uma década. Aquelas que beberam sucos pelo menos três vezes por semana, apresentaram uma redução significativa nas chances de desenvolver a doença.
Essa conclusão reforça a tese de que substâncias antioxidantes presentes nas frutas e vegetais - os chamados polifenóis - evitam a acumulação, no cérebro, de proteínas que estão ligadas ao mal de Alzheimer.

Estatísticas
Uma em cada 10 pessoas maiores de 80 anos será portadora da Doença de Alzheimer. A mesma probabilidade vale para 1 a cada 100 pessoas maiores de 70 e 1 a cada 1000 pessoas maiores de 60 anos. Esta é a avaliação de 1999, feita pela Federação Espanhola de Associações de Familiares de Enfermos de Alzheimer (AFAF). Ao todo, a Doença de Alzheimer acomete de 8 a 15% da população com mais de 65 anos (Ritchie & Kildea, 1995).
Atualmente, existem em todo o mundo, entre 17 e 25 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer, o que representa 70% do conjunto das doenças que afetam a população geriátrica.
Assim, a Doença de Alzheimer é a terceira causa de morte nos países desenvolvidos, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e para o câncer. Os pacientes de Alzheimer já são quatro milhões, nos Estados Unidos. No Brasil, não há dados precisos, mas estima-se que a confusão mental atinge por volta de meio milhão de idosos.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Hoje, tem festa em Copacabana!!! Porque é aniversário do querido amigo Jôka!! A festa será no Copacabana Palace. A tribo toda vai comparecer junto com a Ursa para abraçar e festejar junto com o Jôka. Beijos!!! Parabéns!!
Índios Terena, Cachoeirinha, RS, 1955. (Fonte: Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), Fundo Roberto Cardoso de Oliveira, pasta 5.)
Banksy faz da polêmica uma constante em seu trabalho

Elefante colorido causa furor em exposição nos EUA
(Fonte: BBCBrasil.com)

Uma elefanta pintada de vermelho e dourado pelo polêmico artista plástico Banksy causou furor em uma exposição em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O animal fazia parte da mostra Barely Legal (algo como “Legal por pouco”, ou “Quase ilegal”), que abordava o tema da pobreza e da injustiça social.
Para simbolizar como o mundo ignora o problema da pobreza, Bansky colocou a elefanta indiana Tai, de 38 anos, pintada como se fosse um papel de parede, dentro de uma casa montada no armazém onde se realizava a mostra.
Não se sabe a identidade de Banksy. Ele não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo.
Recentementem, ele trocou 500 CDs da cantora Paris Hilton por cópias adulteradas em lojas de Londres, e colocou no parque de diversões Disney uma estátua-réplica de um prisioneiro de Guantánamo.
A proprietária da elefante, Kari Johson, disse que a pintura não é tóxica e que está de acordo com as regras de saúde animal."Tai já fez vários, vários filmes. Ela está acostumada a maquiagem", disse Kari.
Críticas
Mesmo assim, a iniciativa foi criticada pelas autoridades locais responsáveis por lidar com assuntos envolvendo animais.O chefe do departamento responsável, Ed Boks, disse que jamais concederá novamente autorização para propostas "frívolas".
"Autorizações nunca mais serão concedidas para abusos frívolos de animais no futuro", ele afirmou à agência Associated Press.
"Creio que (o trabalho) envia a mensagem equivocada de que abusar de animais não apenas está OK, mas é uma forma de arte."
Boks disse que ainda tentou cancelar a autorização do artista para exibir seu trabalho, mas o período de exposição era curto para tentar reverter a autorização. A exposição terminou no domingo. O artista não comentou as críticas.

sábado, 16 de setembro de 2006

Tucunaré

(Fonte: Portal Amazônia.com)
Nome popular : Tucunaré
Nome cientifico: Cichla monoculus
Predador por excelência, o Tucunaré é considerado símbolo da pesca esportiva no Brasil. Sua voracidade é tamanha que ele é capaz de atacar anzóis mesmo sem isca. Os índios já o pescavam com iscas artificiais antes mesmo da modalidade ser praticada pelos pescadores esportivos. Vários tipos de Tucunaré freqüentam os rios da Amazônia, os mais conhecidos são chamados de Açu, Paca, Pitanga, e Borboleta, tem como características em comum a pele amarelada e um circulo no rabo semelhante a um olho. Atingem cerca de 1,20 mts de comprimento e até 15 a 16Kg. Seguramente, o Tucunaré proporciona uma das mais emocionantes brigas na pesca esportiva
Habitat: Durante a época da seca, habitam principalmente as lagoas marginais, partindo para a mata inundada (igapó) durante as cheias. Nas lagoas, durante o início da manhã e final do dia, quando a água já está mais fria, se alimentam próximo às margens. Quando a água esquenta, passam para o centro das lagoas; na ausência de lagos, o Tucunaré abriga-se em remansos, pois não são apreciadores de águas de forte correnteza .
Distribuição geográfica: Bacias amazônicas, Araguaia - Tocantins, mas já foram introduzidas em algumas áreas do Pantanal, na região do baixo rio São Francisco e nos açudes do Nordeste. Descrição: Peixes de escamas. Existem pelo menos 14 espécies de tucunarés na Amazônia, sendo cinco espécies descritas: Cichla ocellaris, C. temensis, C monoculus, C. orinocensis, C. intermedia. O tamanho ( exemplares adultos podem Ter 30cm ou mais de 1m), o colorido ( pode ser amarelado, esverdeado, avermelhado, quase preto etc.) e a forma e número de manchas( podemser grandes, pretas e verticais; ou pintas brancas distribuidas regulamente pelo corpo e nadadeiras; etc) variam bastante de espécie para espécie. Todo os tucunarés apresentam uma mancha redonda (ocelo) no pedúculo caudal.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Índio brasileiro protesta em frente ao portão da fábrica alemã Procter&Gamble na cidade de Neuss. Eles protestam contra uma das fornecedoras da fábrica alemã, a Aracruz Celulose, que segundo eles teria invadido terras brasileiras pertencentes aos povos indígenas Tupiniquim e Guarani, no Estado do Espírito Santo (Notícia de 05/05/2006, Fonte: Terra)


Guaranis e Tupinikins protestam por demarcação de terras no Espírito Santo
Da Agência Brasil
07/09/2006 - (Fonte: Correio Web)

Brasília - Cerca de 200 índios das etnias Tupinikim e Guarani derrubaram cerca de três hectares de terra plantados com eucaliptos, próximos ao viveiro de mudas da empresa Aracruz Celulose, ao norte do Espírito Santo.
A derrubada começou ontem, como forma de cobrar da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério da Justiça agilidade nos atos administrativos para garantir a demarcação de 11.009 hectares atualmente ocupados pela empresa.
A região em disputa fica no município de Aracruz (ES). A empresa, maior produtora de celulose de mundo, afirma ter comprado o terreno na década de 60. A Funai não reconhece os documentos e alega que, naquela época, a área já estava identificada como território indígena.
De acordo com o integrante da Comissão de Caciques e Lideranças Tipinikim-Guarani, Antonio Carvalho Guarani, encerrou no dia 20 de agosto o prazo para que a Funai entregasse ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o relatório final com a conclusão de estudo que comprova que a área pertence aos índios.
“As comunidades não ficaram satisfeitas com essa informação [de que a Funai não enviou os documentos no prazo], então decidimos fazer esse protesto contra a Funai e também o ministro da Justiça, que até agora não tomaram as providências", disse, acrescentando que os indígenas só vão parar com a derrubada depois que a Funai estipular uma data para entrega do relatório.

Eucaliptos
Guarani contou que os pés de eucaliptos derrubados estão sendo deixados no local. Ele ressaltou que, se a situação não for resolvida logo, os índios vão queimar a madeira.
“Eles precisam tomar as providencias para acabar com os conflitos em Aracruz. Não queremos continuar com os conflitos, mas o governo não está fazendo a sua parte [demarcando as terras]”, acrescentou.
Em nota divulgada no dia 28 de agosto, a Aracruz afirmou que “está empenhada em buscar uma solução estável no relacionamento com as comunidades indígenas”, desde que “tenha como premissa a segurança jurídica”.
A Aracruz diz, ainda, que confia em “uma decisão favorável” do Ministério da Justiça, já que a contestação que apresentou “contém elementos suficientes para, na visão da empresa, demonstrar que não ocupa e nunca ocupou terras indígenas, que nunca expulsou índios de suas terras e que adquiriu suas terras de forma legal”.
_____________________________
Índios ateiam fogo em eucaliptos da Aracruz, em ES
(trecho de notícia de 12/09/06 - Folha on line)

No terceiro dia de protesto, índios guaranis e tupiniquins do norte do Espírito Santo atearam fogo a eucaliptos numa área que disputam com a Aracruz Celulose, na região de Aracruz (92 km de Vitória).
A madeira queimada faz parte do lote de árvores derrubadas pelos índios no primeiro dia de protesto, na quarta-feira passada. Eles retornaram à área no dia seguinte e prosseguiram com a derrubada, usando motosserras. Segundo a empresa, cerca de 5.000 eucaliptos foram postos abaixo.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Assassinato de pesquisadora marca um trágico dia da Amazônia
(Fonte: site
Amazonia.org.br - 04/09/2006 )

Vanessa Sequeira, pesquisadora portuguesa de 36 anos, foi barbaramente assassinada em Sena Madureira, no Acre. Seu corpo foi encontrado na manhã de ontem, sem roupas, dentro de um igarapé próximo à região de Toco Preto, onde realizava entrevistas para sua pesquisa de doutorado. Há indícios de que tenha sido morta a pauladas e sofrido estupro.
Um acusado foi detido também na segunda. A polícia aguarda os resultado das análises do IML para confirmar a autoria do crime.
É o segundo caso recente de assassinato de um pesquisador na Amazônia. O arqueólogo americano James Petersen foi morto em agosto do ano passado, em Iranduba, no Amazonas, durante um assalto ao qual não reagiu. Três acusados, entre eles um policial militar e um menor, foram presos.
Trabalhos como os realizados por Vanessa e James são de relevância estratégica para o desenvolvimento na Amazônia. Influenciam políticas públicas, denunciam problemas, colocam lugares e povos esquecidos no mapa, apontam caminhos. A comunidade científica com atuação nesta região está de luto e neste 5 de setembro, data inspiradora para fazer balanços de trajetórias e metas, o temor em relação ao futuro das pesquisas de campo na floresta se sobressai.
Christiane Ehringhaus, pesquisadora alemã e amiga de Vanessa, declarou em uma carta enviada ao blog da Rede Resex: "É dificil acreditar que neste Acre que todos nós trabalhamos com bastante tranquilidade durante todos estes anos possa acontecer uma coisa destas". E sobre a amiga considera: "Vanessa tinha paixão por esta vida 'tropical' e tinha um compromisso muito forte com produtores rurais na Amazônia, a conservação das florestas e a melhora da qualidade de vida - apesar dos sacrifícios pessoais e a distância que isto significava".
A antropóloga e também pesquisadora Mary Alegretti deu destaque ao acontecimento no seu blog: "Até pouco tempo atrás a Amazônia se caracterizava pela violência fundiária, mas estava livre daquela típica das grandes cidades. Agora não dá mais para ser pesquisador de campo como manda a tradição de centenas de anos das ciências sociais e naturais. Para onde vamos sem futuro?".
Sequeira estava fazendo doutorado pela Universidade de Wales Banfor, no Reino Unido. Sua pesquisa aborda a comparação de sistemas de produção extrativistas com sistemas agropecuários, para entender a realidade socio-economica dos projetos de assentamento da região. Ela tinha mais de 10 anos de experiência profissional em conservação e desenvolvimento de recursos naturais, com passagens pelo Brasil, Peru, India e Costa Rica.

Leia mais:
http://altino.blogspot.com/
http://maryallegretti.blogspot.com/
http://reservasextrativistas.blogspot.com

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

material: madeira queimada e pintada com tintas naturais
feito por índios: Wayana-Apalay
outros nomes/grafias: Aparaí, Uaiana
local: norte do Pará
peça: Roda de Teto -
colocada no alto da oca principal da aldeia
,
os desenhos representam seres da mitologia Wayana-Apalay
nome indígena: Maruanan (Fonte: Iandé)

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Canção triste
(Fonte: site Índios On Line)

Na minha aldeia tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá
As aves que aqui gorjeavam
Não gorjeiam mais

Nosso céu tem poucas estrelas
Nossa floresta desmatada
Nossos bosques perderam a vida
Nossa vida tristonha

Em cismar sozinho, à noite,
Prazer não encontro eu aqui.
Minha aldeia tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá.

Não permita Deus
Que a nação indígena morra
Sem que resgatemos nossa terra,
Sem que desfrutemos dos primores
Que aqui existiam,
Sem que ainda aviste as palmeiras
Onde cantavam o sabiá.

Paródia da Canção do Exílio (Gonçalves Dias)

Aliana Pataxó (Iata)

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Floresta polar da Ursa Que frio está fazendo aqui!!! O pior é que a Ursa não cabe dentro do iglu.
(Fonte da imagem e da informação)

Lêmure vulnerável
O lêmure sifaka de Verreaux (Propithecus verreaux) vive em Madagascar e é descrito como uma espécie "vulnerável", ou seja, que corre o risco de desaparecer a médio prazo.
Este pequeno primata habita florestas que estão sendo devastadas para a produção de madeira, lenha e carvão. (Foto: T. Inman)

terça-feira, 5 de setembro de 2006

De Yan, o gatinho da Floresta, para Cindy, a gata mais linda de Copacabana, com amor!! Uma pose romântica.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

A Phyllomedusa oreades - conhecida como perereca do cerrado (Fonte da imagem)

Perereca do cerrado pode trazer cura para doença de Chagas

da Revista da Folha

Como qualquer perereca genérica, a Phyllomedusa oreades é verde e tem olhos saltados. Caçula de uma família com mais de 700 espécies, vive nas terras altas do Planalto Central e se destaca no gênero pelo colorido nos flancos do corpinho, forma da cabeça e vocalização.
Mas o que fez da criatura de 3 cm uma celebridade instantânea e um ícone contra a biopirataria foi a substância encontrada em sua pele: testes in vitro mostraram que ela mata o parasita causador da doença de Chagas, sem danificar outras células do sangue. "A Chagas não tem cura, e 4 milhões sofrem da doença no Brasil", lembra Reuber Brandão, pesquisador que descreveu a espécie, quatro anos atrás.
Doutor em ecologia pela UnB e analista do Ibama, ele explica que os anfíbios são importantes indicadores de qualidade dos ecossistemas e que passam por extinção em diversas partes do mundo. "O cerrado está sendo rapidamente convertido em monoculturas e pastagens. Estimativas calculam que, em menos de 30 anos, esse bioma não existirá mais, exceto em unidades de preservação."

sábado, 2 de setembro de 2006

[Fabiano Rodrigues Marques 2002®. (Fonte da imagem)]
Melobô - cacique ikpeng (Xingu)

Ayoyê*
(* Ayoyê, como se diz na língua tupi, eu estou indo de você - despedida)
Trechos de Reportagem de Neide Duarte
(Fonte: site da TV Cultura)

Em 1964 os irmãos Villas Boas encontram os sobreviventes da tribo dos ikpeng. Eram apenas 40 pessoas. Os ikpeng são guerreiros. Se envolveram em várias guerras com tribos inimigas, que depois se uniram para atacá-los. Tiveram que enfrentar os garimpeiros e as doenças que eles traziam.
Quando chegaram nessas terras estavam doentes e famintos. Melobô viu um a um 4 de seus filhos morrerem de malária e outras doenças.
"Eu bravo, Melobô."
— Quando o senhor era bravo?
"Bravo guerreiro... rapaz. Mas, agora é muito velho, né? Eu tá velho, aí mudou o meu nome. Primeiro Melobô quando era rapaz, agora tomou meu neto, tomou meu neto meu nome."
— Ah. Pegou seu nome? E agora como é seu nome?
"Antenú." - Melobô - cacique ikpeng
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Cada tribo tem uma história diferente para contar o aparecimento dos brancos: em quase todas elas, de alguma forma, os índios criaram os brancos. Os índios não se sentem vítimas. São responsáveis pelo próprio destino.

Antigamente não existia branco.

Tinha um homem que era grande pajé. Um dia, a mando do pajé, os brancos desceram do céu. Um barulho muito grande se fez ouvir. Barulho de trovão. Então o pajé falou: O branco não vai descer neste lugar, vai descer no outro lugar, no outro país. Nós não vamos ver, mas os nossos netos vão sofrer nas mãos deles.
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Sabem ter pena de nós ao descobrir que moramos em São Paulo.

"E o Sol, tá fazendo Sol lá em São Paulo?"
— Faz tem dias que faz frio, tem dia que faz calor, né?
"É... já umas 4 vezes que eu fui... lá não faz sol, não." - Xupé Kaiabi

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Antigamente o céu era bem perto das árvores, então os passarinhos decidiram levar o céu mais para cima. Demoraram o dia inteiro nesse trabalho. Amarraram bem duro com cipó, muitas vezes, para durar muitos anos. É assim que o céu se mantém lá no alto até hoje.

Bebê panda completa quatro semanas de vida e passa bem na Base de Pesquisa e Procriação de Pandas Gigantes, em Chengdu, na China (Fonte: Ambiente (Notícias do Terra) - fotos enviadas pela amiga Diana.
A cria de leopardo impõe respeito desde cedo em um zoológico da Alemanha e foi o bicho mais votado do mês no site UOL Bichos
LINDOS FILHOTES!!

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Fonte da imagem

A Lenda da Cestaria
(Fonte)

Há muitos e muitos anos, na profundeza do Rio Paru de Leste, afluente do Amazonas, e mais precisamente na divisa com o rio Axiki, vivia a serpente Tuluperê, conhecida popularmente como a cobra-grande. Ela tinha um comprimento fora do comum. A pele, desde a cabeça até o final do corpo, apresentava as cores vermelha e preta. E reunia características da sucurijue da jibóia. Tuluperê virava embarcações que navegavam nas águas dessa divisa e, quando conseguia pegar uma pessoa, apertava-a até matar e delas e alimentava. Um dia, os índios da nação Wayana, da família lingüística Karib, com a ajuda do Xamã, líder religioso, conseguiram matar Tuluperê, depois que a atingiram com muitas flechas. Nessa ocasião, viram os desenhos da pele da cobra-grande, memorizando-os. A partir daí, passaram a reproduzi-los em todas as suas peças de cestaria.