terça-feira, 31 de agosto de 2010

O novo macaco sauá, também conhecido como macaco titi (Callicebus Catequensis)
- Crédito: Javier García -

Nova espécie de macaco é descoberta na Amazônia
(Fonte:
Revista Galileu - matéria publicada em agosto/2010)

Expedição científica na Amazônia colombiana revelou um novo tipo de macaco sauá próximo da extinção

A descoberta da nova espécie de sauá, ou macaco titi (como é conhecido em inglês), foi anunciada nesta quarta-feira pela ONG Conservation International (CI). Thomas Defler, Marta Bueno e Javier García, pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia, encontraram o primata na floresta amazônica da região.
Apesar da alegria de registrarem mais uma animal desconhecido pela ciência, eles consideram que o animal está seriamente ameaçado graças à diminuição da floresta onde vive a pequena população, de acordo com a CI.
O sauá, encontrado no departamento colombiano de Caquetá, próximo à fronteira entre Equador e Peru, ganhou o nome científico de
Callicebus caquetensis. O macaco foi avistado pela equipe científica em 2008, quase 30 anos depois que um especialista anunciou observações de uma possível nova espécie na região. Mas explorar a região era muito complicado por causa da presença de grupos guerrilheiros. Só há três anos, com uma queda na violência, García, estudante nativo da região, conseguiu adentrar na mata e começar a procurar pistas do macaco.
O estudante viajou, com ajuda de GPS, pelo Rio Caquetá e encontrou 13 famílias destes macacos, seguindo as pegadas e o barulho emitido por eles, um dos mais complexos do reino animal, usado toda manhã para marcar território, segundo a ONG. "A descoberta é animadora porque já havíamos escutado sobre o animal, mas por muito tempo não podíamos confirmar se era diferente dos demais sauás. Sabemos que é uma espécie única, e mostra a diversidade ainda a ser descoberta na Amazônia", afirmou Thomas Defler, pesquisador da Universidade Nacional da Colômbia.
O novo macaco é do tamanho de um gato, e como a maioria dos primatas, é monogâmico. Quando um bebê novo nasce, geralmente uma vez por ano, os pais forçam a saída do filhote mais velho para dedicarem-se ao caçula. Cada família tem cerca de 4 indivíduos e vivem em árvores próximas aos rios.
A maioria das informações vem de dados de outros tipos de macacos titi. Os cientistas estimam que restem apenas 250 exemplares deste sauá na floresta, porque seu habitat é cada dia mais reduzido pela atividade humana, como a agricultura. Por isso, o Callicebus caquetensis deve entrar na categoria dos animais em crítico risco de extinção, segundo os pesquisadores. A pesquisa foi financiada pela Conservation International e Fundação Omacha.

sábado, 28 de agosto de 2010

Ursa troca cachimbo por umidificador

Representação do risco de queimadas com base em imagem de satélite capturada nesta sexta-feira (27) (Foto: Reprodução/Inpe - site G1)

Cuidados em época de baixa umidade:
(
Fonte das informações)

Em condições de baixa umidade, é comum a ocorrência de complicações respiratórias devido ao ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.

Por isso, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para dias como estes é evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h; umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água; regar os jardins, e sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas.

Além dessas medidas, é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Índios hopis

Os hopis são uma nação indígena dos Estados Unidos da América, que vivem principalmente na Reserva Hopi, no noroeste do estado de Arizona, com 1,5 milhões de acres (6 000 km²), e que está rodeada pela reserva navajo. Alguns hopis vivem na reserva indígena do rio Colorado, no oeste do Arizona (ver Mohave).

Os hopi estão organizados em clãs e, quando um homem se casa, os filhos ficam membros do clã da mulher. O Clã do Urso é um dos mais conhecidos e Tom Banyanca, membro deste clã, foi escolhido para transmitir ao mundo a profecia hopi (ver abaixo).

Este povo continua a praticar a sua cultura tradicional, num grau mais elevado que a maioria dos outros nativos americanos mas, como acontece com as restantes tribos, eles foram severamente influenciados pelo modo de vida estadunidense.

Tradicionalmente, os hopis eram agricultores bem dotados, apesar de produzirem apenas para a sua subsistência mas, com a chegada da electricidade e a necessidade de terem os restantes produtos de consumo à sua disposição, os hopis adoptaram actividades mais próprias da economia de mercado com muitos dos seus membros trabalhando nas indústrias existentes, mas também vivendo do seu artesanato tradicional. Apesar de terem sido muito influenciados pelo trabalho missionário e terem adoptado, em grande medida, os problemas do consumismo e do alcoolismo, os hopis continuam a manter o núcleo das suas tradições a que a maioria adere. O New York Times relatou que os jovens hopi apreciam o reggae e que há frequentemente concertos desta música na sua reserva.

Aparentemente, os hopis têm uma relação espiritual muito forte com o Tibete e o Dalai Lama visita a sua reserva com frequência. Diz-se que, da primeira vez que ele ali chegou, os velhos hopi o saudaram: "Bem-vindo ao lar". Os hopis consideram-se parentes de todas as raças, mas especialmente dos tibetanos e há uma profecia hopi que diz que o seu povo e os “homens-vestidos-de-vermelho” do outro lado do oceano serão reunidos como irmãos. Por outro lado, uma profecia tibetana diz que “quando o pásssaro-de-ferro voar e os cavalos correrem sobre rodas, o povo do Tibete espalhar-se-á pelo mundo e a sabedoria do Buddha chegará aos “peles-vermelhas” do outro lado do oceano”.

domingo, 15 de agosto de 2010

Maria Gorda, o famoso baobá da Ilha de Paquetá (RJ), plantada em 1917 (clique na imagem para ampliar)


Baobá em Paquetá tombado pelo patrimônio histórico é ameaçado por vazamento de esgoto
(Fonte: O Globo. Matéria publicada em 09/06/2010)

RIO - Em 1967, dez árvores da bucólica Ilha de Paquetá foram tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para garantir que não fossem derrubadas no futuro. Depois de resistir à passagem de mais de quatro décadas, a árvore mais famosa do bairro, o famoso baobá conhecido como Maria Gorda, corre o risco de tombar, não por causa naturais, mas pela poluição. Plantado há mais de um século na Praia dos Tamoios, o exemplar da espécie de origem africana, com quase três metros de diâmetro, está sendo, pouco a pouco, envenenado por um vazamento na rede de esgotos. Segundo moradores, o problema já se arrasta há cerca de quatro meses sem que haja uma solução.
A Cedae informa que só tomou conhecimento do vazamento nesta quarta, através de um e-mail enviado pelo superintendente regional do Instituto Nacional do Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Fernando Andrade. A companhia encaminhou uma equipe ao local para identificar a origem do vazamento e informou que já está com técnicos trabalhando no local com o objetivo de solucionar o caso e tentar salvar a árvore.

A solidariedade à arvore fez com que fosse formada uma rede de pessoas envolvidas na ajuda à Maria Gorda, que tem grossas raízes e galhos imensos. Um morador do bairro entrou em contato com a gerente de monumentos e chafarizes da Fundação Parques e Jardins, Vera Dias, que, por sua vez, pediu a ajuda de Carlos Fernando Andrade

- Esse morador contou que as folhas da árvores estão ficando amareladas e que o esgoto é visível, passa pela superfície e forma uma língua negra, a menos de dois metros das raízes. Não adianta a Fundação Parques e Jardins fazer nada, caso não seja interrompido o vazamento - disse Vera.

Conta o folclore local que os gestos de carinhos ao tronco e galhos de Maria Gorda serão recompensados com sorte eterna. Se a sorte de Maria Gorda melhorar e o vazamento for contido, ela pode chegar a viver 300 anos e alcançar 25 metros de altura, com diâmetro de até oito metros. Um das características da espécie é a capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode comportar até 120 mil litros. O baobá não é a única espécie protegida pelo pelo Inepac. A lista inclui ainda amendoeiras, jaqueiras, mangueiras, algodoeiras e tamarineiras.

domingo, 8 de agosto de 2010


Polêmico, novo Código Florestal não deve ser aprovado este ano
(Fonte: Bom Dia Brasil - Assista o vídeo sobre a matéria no site)

O clima foi de bate-boca e muita discussão na Câmara dos Deputados. O novo Código Florestal dividiu opiniões. O ponto mais polêmico é o que trata das áreas de preservação ambiental às margens dos rios.

Os ambientalistas não gostaram das mudanças. Os deputados ligados à causa ambiental dizem que as mudanças podem provocar mais desmatamento.

Já para a bancada ruralista, não. O projeto, segundo eles, garante o equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação do meio ambiente. Nesse clima, e em ano eleitoral, a estratégia dos dois lados ficou clara. Ambientalistas querem empurrar, adiar a votação do projeto. Os ruralistas querem agilizá-la.

Ambientalistas e ruralistas lotaram o plenário da comissão. A sessão começou tensa. Houve bate-boca. Finalmente o relatório começou a ser lido.

Pelo texto, fica mantida a exigência da reserva legal nos limites atuais: 20% na Mata Atlântica, 35% no cerrado e 80% na Amazônia. As pequenas propriedades ficam isentas dessa obrigação.

As autorizações de novas áreas de desmatamento ficam suspensas por cinco anos. As multas e sanções nas áreas devastadas até julho de 2008 também serão suspensas, por cinco anos.

Cada estado terá autonomia para decidir sobre o uso da terra e quanto deve ser preservado do meio ambiente.

O relator ainda estava lendo o texto e já dividia opiniões. Para os ambientalistas, o projeto é um retrocesso.

“É um retrocesso muito grande na nossa legislação ambiental e vai permitir mais desmatamento e talvez o fim dos nossos biomas”, alerta o deputado Sarney Filho (PV-MA).

Para os ruralistas, o código dá equilibro à produção e a preservação ambiental.

“O importante é viabilizar a atividade econômica. Você não pode pensar só na questão ambiental, tem que pensar na questão social e econômica”, diz o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

O relator reconhece a polêmica do assunto. “A matéria é de fato controversa, não faltará algum grau de razão a quem pondera as ações que transformam a natureza e não faltará algum grau de razão àqueles que ponderam o interesse social, econômico ou cultural na mesma ação e na mesma medida”, afirma o relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

A sessão acabou suspensa e a leitura do relatório deve continuar nesta quarta-feira. Mas votação mesmo é difícil. Um tema tão polêmico em período eleitoral, dificilmente o novo código será aprovado este ano.

A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, disse que é possível promover a expansão da fronteira agrícola sem destruir mais áreas verdes. Ela pediu cautela nas negociações do novo código.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

(Fonte da imagem e da matéria: site Olhar Digital)

Chineses desenvolvem ônibus que circula acima dos carros

Além de desobstruir trânsito, cada ônibus é capaz de acomodar 1.200 pessoas e economizar 860 toneladas de combustível por ano

Basta por os pés para fora de casa pra perceber que grandes cidades, como São Paulo, já não comportam mais carros. E não é que os chineses criaram uma solução, no mínimo, inusitada?

Trata-se de um ônibus absurdamente grande que passa por cima dos carros. Mas, nada de atropelamento de automóveis. O conceito aqui é um ônibus em formato de arco que utiliza o espaço acima dos carros para transitar. Os criadores são do Huashi Future Parking Equipament, em Shenzen.

Além de utilizar um espaço vazio nas ruas e avenidas, o protótipo faz uso de painéis solares e eletricidade para se mover. O ônibus pode chegar a 60 km/h, mas viaja a 40 km/h em média, diminuindo o congestionamento de vias principais em cerca de 30%.

O veículo possui 6 metros de largura e 4 metros de altura, ocupando duas pistas e permitindo que carros de até 2 metros passem por baixo. O comprimento dos vagões ainda não foi divulgado.

Agora, se você está espantado só com esses números, imagine quantas pessoas podem ser acomodadas dentro do ônibus. De acordo com os chineses, cada vagão comporta 300 pessoas num total de 1.200 por veículo. Cada ônibus seria capaz de economizar até 860 toneladas de combustível por ano, com redução de 2.640 toneladas de emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

O custo de implantação dos ônibus ainda é mais atraente, pois eles utilizam apenas 10% do que seria gasto para a construção de metrôs.

A aprovação do projeto será feita ainda no fim desse mês. Caso dê tudo certo, os chineses afirmam que a implantação inicial de 186 km está prevista para acontecer até o fim do ano.

Confira o vídeo do projeto (em chinês) no site da matéria