quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Tupinambás (Fonte da imagem: Blog do Dez)

Ano Novo Indígena
(texto extraído do site
Índios On line)

Nós, Povos Indígenas vivenciamos o Natal e o Ano Novo a cada dia que amanhece!

A renovação do nosso espírito, e a satisfação da vida material, se dá com o nascer do sol: com uma planta que nasce, com o brotar da flor, com o aparecimento do fruto, com cada folha que renova, com o canto dos pássaros, com as matas povoadas de animais, com o encanto das florestas, com os rios, lagos, ou lagoas cheios de peixes, com o barulho das cachoeiras, com a água pura que mata a nossa sede, e que nos banha, com as nossas roças produzindo alimentos, para saciar nossa necessidade de perpetuação, com o entardecer, com a lua que surge para nos encantar, com as estrelas, que servem para nos guiar, com o novo amanhecer, com o nascer de uma criança, com o respeito e, o cuidado com os nossos semelhantes, com o direito de viver, e, com a nossa partida para o mundo espiritual. Enfim, com o amor e a proteção que nos relacionamos com a Mãe Natureza.
Somos parte da Terra, pedaços de torrões!
Não queremos um Natal e Próspero Ano Novo, que é medido de ano em ano, onde as pessoas são levadas a acreditarem que é só nesses momentos, que o espírito precisa de renovação e paz, que se redime de todos os tipos de atrocidades cometidos ao longo de um ano, que deve se colocar a melhor roupa, o melhor sapato, ter o melhor alimento, amar, sonhar, tolerar, perdoar, presentear, reunir os membros da família, e que depois de passado surgem as incertezas, o desespero, o egoísmo, o orgulho, a prepotência, a vaidade, o rancor, o ódio, a desesperança, a ganância, a sede do poder, a cegueira, a desilusão etc.;.
Que transforma o homem, em um ser avilte.
Não queremos um Feliz Natal, e um Próspero Ano Novo de quem faz parte de um Sistema, ou aceita ser dominado por conveniência, e que deixa seus próprios irmãos: com fome, com sede, sem teto, sem pátria, sem direito a uma boa educação, à saúde, a um trabalho digno, sem acesso ao conhecimento dos direitos e deveres de cidadania, sem rosto e sem voz, que fomentam a guerra (a disputa e a discórdia),
Queremos sim, comungar sempre, com aqueles, que enxergam a humanidade como um todo, que não precisam de retórica, e nem se dizem intelectuais para seduzir e enganar seus irmãos, que não possuem olhos vendados, e que tem a plena consciência de que somos todos iguais perante a Natureza. A diferença é unicamente cultural. E, acima de tudo possuem a consciência de que precisamos preservar e cuidar do meio em que vivemos, se deseja para nossas futuras gerações uma vida digna!

Auere!
Yakuy Tupinambá

sábado, 22 de dezembro de 2007

A Ursa ganhou essa foto natalina carioca do amigo Jôka, do Av. Copacabana. Uma linda homenagem!!
BOAS FESTAS FLORESTAIS PARA TODOS OS QUERIDOS AMIGOS !!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

D. Luiz Cappio às margens do São Francisco (Foto: Reuters)

STF decide liberar obras de transposição do Rio São Francisco
(informações extraídas do Estadão )

BRASÍLIA - Em duas decisões nesta quarta-feira, 19, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu liberar imediatamente a retomada das obras de transposição do Rio São Francisco. Com o resultado do julgamento, o bispo de Barra (BA), d. Luiz Flávio Cappio, deve dar continuidade à greve de fome contra o projeto iniciada no último dia 27. Antes da decisão, os movimentos que apóiam o bispo tinham a esperança de que um resultado favorável no Supremo colocasse fim ao jejum, que já dura 23 dias.
__________________________

Após 23 dias, bispo em greve de fome desmaia e é internado
D. Cappio teria ficado 'muito abalado' com a liberação das obras do Rio São Francisco pelo STF
(Fonte das informações: Estadão )

Na noite de terça, o bispo enviou ao presidente Lula, em Brasília, uma contraproposta para interromper sua greve de fome. A primeira de oito exigências listadas no documento é a suspensão das obras de transposição do Rio São Francisco, com a retirada das tropas do Exército.
No entanto, o Palácio do Planalto rejeitou as duas principais exigências feitas pelo bispo. Por volta de 17 horas, a assessoria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou por telefone à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que o governo rejeitava a suspensão das obras de transposição do rio São Francisco e a mudança no projeto oficial, com a redução do volume de água para os Estados de Pernambuco e Paraíba.

AS 8 REIVINDICAÇÕES:
1. Manter a suspensão das obras, com retirada imediata do Exército
2. Adução de 9 m³ por segundo de água para áreas de PE e PB
3. Realização de obras previstas pela ANA
4. Apoio a projetos de armazenamento de água para consumo
5. Revitalização da Bacia do Rio São Francisco
6. Revitalização dos Rios Jaguaribe, Piranhas-Açu e Parnaíba
7. Apoio técnico na elaboração do Pacto das Águas
8. Plano de Desenvolvimento Sustentável para o semi-árido

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

(Fonte da imagem)

Usina movida a energia solar na Espanha
(Fonte: Ambiente Brasil)

Um projeto gigante, que gera tanto eletricidade quanto resultados positivos para o meio ambiente, foi inaugurado no sul da Espanha: a primeira usina do mundo movida inteiramente pela energia do Sol.No meio do terreno árido da região, a usina se destaca pela magnitude e imponência. Do chão brotam os raios que convergem no topo da torre de 160 metros, mais alta que um prédio de 50 andares. É radiação solar em estado puro, concentrada em um único ponto. Calor natural que aquece a água que corre para dentro da torre até virar vapor a 400ºC, para mover as turbinas que produzem energia elétrica sem poluir o meio ambiente.Novecentos espelhos gigantes se movem lentamente como girassóis. Nem dá para perceber a mudança de posição, mas eles estão sempre alinhados com o Sol para refletir o máximo de luz, direto para a torre de captação. É a maior usina solar com produção de energia em escala comercial do mundo. Daqui sai eletricidade para abastecer 180 mil casas, uma cidade do tamanho de Sevilha, que fica a 30km.A construção ocupa uma área do tamanho de 60 campos de futebol. E custou o equivalente a meio bilhão de reais. Cada centavo saiu da iniciativa privada, um consórcio de empresas espanholas que planeja recuperar o investimento em apenas dois anos.“Trocamos o gás, o carvão e o petróleo pelo Sol, que brilha 240 dias por ano na região sul da Espanha. E é de graça”, diz o engenheiro responsável pela produção de energia.A segunda usina, ainda maior, já está em construção. Outras sete completarão o projeto da plataforma solar de Sevilha até 2014. O plano é fornecer eletricidade para todo o sul da Espanha. E o melhor de tudo: evitar que sejam despejadas 600 mil toneladas de dióxido de carbono por ano na atmosfera.“É um tecnologia que pode servir a sociedade, em qualquer parte do planeta”, diz o engenheiro. “Inclusive no nordeste do Brasil, onde o que não falta é Sol”. Trata-se da fonte de energia mais antiga do mundo, mas ainda considerada por muita gente um negócio do futuro. Não na Espanha, onde já é, claramente, um sucesso. (Globo Online)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Amigos, não estranhem se a Ursa escrever menos nos próximos dias. Ela está num corre-corre de final de ano, com muitas coisas para fazer na Floresta :))

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

As baleias e os golfinhos dormem?
(Fonte: site HSW)
Baleias e golfinhos são mamíferos; portanto, em vários aspectos, eles são como os humanos. Entre outras coisas, eles têm estrutura óssea similar à nossa, sangue quente, e dão à luz a "bebês". As maiores diferenças entre estes animais e os seres humanos estão relacionadas aos seus respectivos ambientes. Baleias e golfinhos têm um sistema respiratório diferente que permite que passem longos períodos de tempo (às vezes 30 minutos ou mais) debaixo d'água, sem inalar oxigênio.
Em terra, os seres humanos e outros mamíferos respiram involuntariamente: Se não decidirmos respirar ou não, nosso corpo captará o ar automaticamente. Como vivem em um ambiente submarino, baleias e golfinhos precisam ser respiradores conscientes: Têm de decidir quando respirar. Conseqüentemente, para respirar precisam ser conscientes. O problema está aí, já que cérebros de mamíferos precisam entrar em um estado inconsciente de tempos em tempos para funcionar corretamente (veja Como funciona o sono para descobrir o porquê).
Os golfinhos têm muito tempo para tirar uma soneca entre suas viagens à superfície do oceano, claro, mas não é uma opção viável. Quando se é um respirador consciente, é impossível ficar completamente inconsciente - e se você não acorda a tempo? A solução para baleias e golfinhos é deixar metade do cérebro dormir enquanto a outra permanece acordada. Assim, o animal nunca está completamente inconsciente, mas ainda assim tem o repouso necessário.
Cientistas estudaram este fenômeno em golfinhos, usando a eletroencefalografia. Neste processo, eletrodos presos à cabeça medem os níveis de eletricidade no cérebro. Os eletroencefalogramas (EEGs) dos cérebros dos golfinhos mostram que no ciclo do sono, metade do cérebro do golfinho de fato "desliga" enquanto a outra metade ainda está ativa. Os pesquisadores observaram que os golfinhos ficam neste estado por aproximadamente oito horas por dia.
Não sabemos como eles se sentem neste estado de repouso, mas podemos adivinhar. É provavelmente algo como o estado de semiconsciência que experimentamos quando começamos a dormir. Ficamos muito próximo da falta de consciência, mas ainda estamos cientes o bastante do que acontece à nossa volta para acordarmos por completo se precisarmos.
E onde as baleias e os golfinhos dormem? Eles provavelmente poderiam dormir em qualquer lugar, mas faz mais sentido se eles dormirem próximos à superfície do oceano para que possam subir para respirar com mais facilidade. É comum ver os golfinhos nadando devagar na superfície, com muito pouco movimento. Aparentemente, estes golfinhos estão em repouso.

domingo, 25 de novembro de 2007

(Fonte da imagem)

Nem tudo está perdido
(Trechos de crônica de Alcione Araújo, publicada originalmente no site IBASE )

Em conversa vadia, Darcy Ribeiro contava histórias de sua convivência com os índios, não me lembro se Kadiweu, Terena on Kaigang – uma das tribos do Xingu, onde viveu.

Na tribo, ele observava o índio pai brincando com o filho indiozinho. O pai trabalha o barro com paciência e minúcia indígenas e conforma o vasilhame, espécie de bule, com bico, tampa, asa e adornos. Põe junto ao índiozinho que, com uma paulada, destroi todo o trabalho e se diverte – com a aprovação afetuosa do pai que, serenamente, inicia nova peça. O mesmo capricho e a mesma dedicação para o bico, a asa, a tampa e os adornos. Outra vez entrega ao indiozinho que outra vez a destrói a pauladas. E, assim, inumeras vezes.
Querendo ajudá‑lo na brincadeira, Darcy se aproxima e sugere: "Já que ele vai mesmo destruir, por que não simplifica, tira os adornos, o bico e a alça? Fica mais rápido". O índio estranha a sugestão: "Não estou com pressa. Brinco com meu filho, coisa mais bonita que fiz na vida, que vai ficar quando eu for, e quer brincar com o bico e a alça. Se não for com tudo direito, não vai querer brincar, vai achar que engano ele. Não vou ser honesto, ele vai achar que nenhum é honesto e que não há honestidade". Para o índio, brincar era jogo com regras que não admitiam trapaças, que infundiam valores, princípios de vida, e refluíam memória, cultura e religiosidade. Por isso, índio não ensina, índio educa. Verbos no passado refletem a contaminação do branco.
Em palestra para professores e estudantes em São Paulo, narrei o episódio do índio pai educando o filho e ressaltei a perdida magia da transmissão do saber. Hoje, entregue à sabença de educadores, forma os jovens para serem mais produtivos do que humanos – vai ver sabem o que ignoramos: por que e para que viemos ao mundo!
Ao final, fui procurado por um jovem que queria contar a história que ouviu, parecida com a que narrei. Na versão dele, o índio pai faz para o filho jarros completos e acabados, que a criança também destrói com uma pedra. E tudo se repete: novo jarro, nova destruição, inúmeras vezes. Até que a criança, por vontade própria, em vez de destruir, imita o pai: e, com as próprias mãos, conforma o jarro com asas, tampas e adornos. Com o mesmo barro e a mesma técnica. faz novo jarro, mais sólido, mais útil, mais bonito que o do pai.
Ele entendeu o que Darcy quis dizer, o que culturas antigas vêm dizendo: que a aprendizagem, sem deixar de ser dor e prazer nem inibir o modelo individual de felicidade, é pedra de toque na evolução da espécie humana. Nem tudo está perdido.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O amigo Léo, do Blog Suite Blog, convidou a Angela Ursa para uma entrevista. A Ursa ficou emocionada com o convite. A entrevista está na seção Gente do Bem do blog do Léo.
Agradeço também o incentivo da amiga Saramar.

domingo, 18 de novembro de 2007

Casa do pintor Monet em Giverny, França
Jardim do pintor Monet
Reflexos na água do Jardim de Monet em Giverny, França (Fonte das imagens)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Índios fazem funcionários da Funasa reféns no PA
(Fonte: UOL)

Belém - Um grupo de 154 índios tembés vindos de três aldeias do nordeste paraense invadiram hoje o prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em Belém e manteve funcionários do órgão retidos por cerca de uma hora e meia.Eles protestam contra os cortes no repasse de verbas à saúde. A Polícia Federal (PF) invadiu a sede do órgão e libertou os funcionários, mas os índios se recusaram a deixar o local.
Os índios tentaram impedir a libertação dos servidores, mas os agentes da PF agiram com rigor. Ninguém saiu ferido. O cacique Edinaldo Tembé disse que a invasão é um protesto contra uma portaria do Ministério da Saúde que reduziu o repasse de recursos, além de municipalizar a saúde indígena. "Isto é um absurdo total. As prefeituras não têm compromisso com a saúde dos índios. Quem deve prestar este serviço é a Funasa", disse.
Segundo o cacique, a desocupação do prédio só irá ocorrer quando representantes do governo federal sentarem com os índios para negociar suas reivindicações. Para a Funasa, nada pode ser feito porque a portaria foi discutida com as lideranças indígenas e a maioria se mostrou favorável à mudança. "A portaria gerou insatisfação em apenas 10% da população dos tembés, que é de 18.905 índios no Pará", informou a Funasa.

sábado, 10 de novembro de 2007

Desenho de Zéca Kaxinawá (Fonte da imagem: site Rede Povos da Floresta)

História indígena

(Fonte: site Roda de Histórias Indígenas)
Ouça A origem da noite – mito Desana/Amazonas.
(Arquivo do Windows Media Player – 7Mb)

domingo, 4 de novembro de 2007

Os Poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro
que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem
.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

(Mario Quintana - Esconderijos do Tempo)

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

(Fonte da imagem)


Reciclagem e economia

(Fonte: site Radiobras )

A adoção de medidas recicláveis gera não apenas vantagens para a economia mas grandes ganhos na qualidade ambiental que têm reflexos na população das cidades. Eis alguns exemplos:

- Cada tonelada de papel reciclado representa 3 m³ de espaço disponível nos aterros sanitários.
- A energia economizada com a reciclagem de uma única garrafa de vidro é suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 W durante quatro horas.
- Com a reciclagem de uma lata de alumínio economiza-se o suficiente para manter ligado um aparelho de televisão durante 3 horas.
- 1 tonelada de papel reciclado significa economia de três eucaliptos e 32 pinus, árvores usadas na produção de celulose.
- Na fabricação de 1 tonelada de papel reciclado são necessários apenas 2 mil litros de água, ao passo que no processo tradicional esse volume pode chegar a 100 mil litros por tonelada.
- O Brasil só recicla cerca de 30% de seu consumo de papel.
- O vidro é 100% reciclável e o Brasil só recicla cerca de 14,2% do vidro que produz e consome.
- Cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 Kg de minério de ferro, 454 Kg de carvão e 18 Kg de cal, sem perda da qualidade.

(Fontes: Limpurb e Programa de Educação Ambiental do Projeto Metropolitano de Salvador.)

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Amazônia à venda ameaça tribos
(Trechos de matéria publicada no: JB on line - divulgada na lista de literatura indígena por Ras Adauto )

Clara Cavour Especial para o JB

LONDRES. Compre 4 km² de floresta amazônica por R$ 200 e ajude a salvar o planeta. A campanha vem ganhando adesão de organizações que vendem a idéia como solução contra o aquecimento global. Cool Earth, World Land Trust e Amazon International Rainforest Reserve são ONGs à frente do projeto polêmico que levou a Londres o xamã Davi Kopenawa, líder da tribo ianomami, para protestar e pedir apoio ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
- Vim de muito longe para mandar uma mensagem: estou lutando pelo direito do povo ianomami de defender a própria terra - disparou Kopenawa, numa coletiva de imprensa organizada pela ONG Survival International. Kopenawa e a organização internacional lutam pela ratificação da convenção 169 da Organizaçao Internacional do Trabalho (OIT), que delega aos povos indígenas o direito à terra onde vivem. O Reino Unido não assinou o documento da ONU com o argumento de que não há povos indígenas em seu território. Mas o líder ianomami lembrou a Brown que projetos britânicos como os da Cool Earth afetam a vida de quem mora na floresta:
- Se vocês assinarem essa lei, essas organizações vão ter de segui-la - disse. - A floresta não pode ser comprada. É a nossa vida e sempre cuidamos dela.
A fórmula é simples: através de ONGs locais, geridas por brasileiros, mas em muitos casos de mesmo nome da matriz estrangeira, as gigantes internacionais apóiam projetos de reflorestamento e financiam a compra de terras com o compromisso de acompanhar o manejo da área. A campanha está nos jornais britânicos: "Compre. Sim, compre enquanto é possível fazer negócio", diz matéria do The Times.
Quatro km² de floresta amazônica pode custar de R$ 200 a R$ 280, dependendo da ONG que vende. A Cool Earth detém cerca de 128 km² no Brasil e no Equador, enquanto a World Land Trust já comprou 1,4 milhão de km² de habitats que, alega, estão ameaçados no Brasil, Paraguai, Argentina, Belize e Índia. Já a americana Amazon International Rainforest Reserve diz ter como objetivo "comprar e proteger 160 milhões de km² na floresta amazônica nos próximos 20 anos".
Segundo a Cool Earth, uma área estimada em 200 milhões de km² é desmatada anualmente, acelerando o aquecimento global. A ONG afirma que cada 4 km² preservados deixam de liberar 260 toneladas de gás carbônico, ou "a mesma quantidade produzida por 10 famílias britânicas durante um ano". A organização defende, ainda, que o desmatamento da floresta amazônica "libera mais gás carbônico do que os Estados Unidos inteiros".

terça-feira, 23 de outubro de 2007


Florestas da artista naïf Rosina Becker do Valle (1914 - 2000) - (informações e imagens enviadas pelo amigo Jôka, do blog Avenida Copacabana)

ROSINA BECKER DO VALLE
Nasceu no Rio de Janeiro em 1914.
Foi uma pacata dona de casa até 1955, quando começou a pintar por puro prazer.
Suas pinturas integram o acervo do Mam, o Museu da Caixa Econômica, no Rio, o Masp de São Paulo, o Musée d’Art Naif de l’île de France, perto de Paris, o Musée Anatole Jakovski em Nice, o Musée de Arte Moderna de Hambourgo e o Museu de Arte Moderna de Buenos Aires.

Em 1987, o crítico de arte Walmir Ayala escreveu:
"Rosina Becker do Valle se coloca entre os maiores pintores naifs do Brasil em todos os tempos. Sua visão é de inocência, vibração e fidelidade às ambiências populares.
Desde cedo foi compreendida pela crítica, admitida em bienais, premiada e vista com respeito e, em nenhum momento, se duvidou da sua autenticidade e da riqueza visual de sua pintura."

domingo, 21 de outubro de 2007



Correio da Ursa:
Sobrevivência

Uma gaivota na Escócia desenvolveu o hábito de roubar "Chips" de uma loja. Ela espera o atendente se distrair, entra na loja e agarra um pacotinho de "Doritos Queijo". Lá fora, o pacote é rasgado e ela divide com os outros pássaros. O episódio começou no início do mês quando ela entrou pela primeira vez na loja em Aberdeen, Escócia. Desde então, ela é um "cliente" assíduo. Sempre pega o mesmo tipo de salgadinho. Os clientes começaram a pagar pelos pacotinhos roubados por acharem o fato muito engraçado.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Dança cerimonial (fonte da foto: RMN - publicada no site RFI )
Índios Yanomami na fronteira do Brasil e Venezuela

terça-feira, 16 de outubro de 2007


Em 15 de setembro - Índia celebrou festival do deus elefante Ganesh
(trechos de matéria - Fonte)

Com o desfile de carruagens de uma das divindades hindus mais populares, o deus elefante Ganesh, a Índia inicia hoje a realização de um festival religioso de dez dias que este ano ocorre em meio a fortes medidas de segurança.
Cidades como Mumbai e Pune, também situada no estado de Maharashtra (leste), realizam esta animada festa que inclui a instalação de tendas para a adoração do deus, a fabricação de efígies de Ganesh em barro e o som dos tambores que acompanha a dança das multidões.
Diz a mitologia hindu que Ganesh, divindade da sabedoria e da prosperidade, filho dos deuses Shiva e Parvati, impediu a passagem de seu pai enquanto sua mãe tomava banho, como ela o tinha ordenado.
Enfurecido, Shiva cortou a cabeça de Ganesh. Para reparar seu erro, colocou no filho uma cabeça de elefante, fisionomia com a qual é adorado ainda hoje na Índia.
(Agência EFE)

sábado, 13 de outubro de 2007

Espirradeira - Foto: Daniel Camara Barcellos

O perigo das plantas tóxicas que enfeitam casas por todo o Brasil
(trechos de matéria publicada no site ambientebrasil)
Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Divulgação das 16 plantas que mais causam intoxicação no Brasil. Algumas já tiveram seus riscos bastante divulgados, como o tinhorão e a comigo-ninguém-pode. Mas outras, que continuam a cativar pela beleza, prosseguem desconhecidas no aspecto do perigo que representam para crianças e animais domésticos (confira relação das 16 espécies clicando aqui
A série Prevenindo Intoxnhecimento científico ao grande público, em especial aos estudantes. “Animais Peçonhentos e Venenosos: lagartas, escorpiões, aranhas e serpentes”, “Medicamentos”, “Plantas Tóxicas” e “Produtos Potencialmente Tóxicos” são os temas tratados de forma simples e completa nas cinco publicações da série. O material é distribuído gratuitamente às escolas ou qualquer outra instituição interessada na difusão de
informações em saúde. (Os interessados podem baixar as informações em HTML ou PDF clicando aqui

Como evitar acidentes com plantas tóxicas (Fonte: Sinitox)
Ensine às crianças que não se deve colocar plantas na boca;
Conheça as plantas que tem em casa e arredores pelo nome e características;
Não coma plantas desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade das plantas;
Quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas ou lave bem as mãos após esta atividade;
Não faça remédios ou chás caseiros preparados com plantas, sem orientação médica.

Em caso de acidente com plantas tóxicas
Retire da boca o que resta da planta, cuidadosamente;
Enxágüe a boca com água corrente;
Guarde a planta para identificação;
Ligue para o Centro de Controle de Intoxicação (veja a relação deles por Estado AQUI )


terça-feira, 9 de outubro de 2007

Peça: Representação de Tõpu, sobrenatural responsável pelos raios e trovões. Material: cêra de abelha - Feito por índios: Tapirapé - local: Mato Grosso

sábado, 6 de outubro de 2007

Amazônia 'queima' e América do Sul 'sufoca', diz jornal
(Fonte: BBC Brasil)

Uma reportagem do jornal britânico The Independent afirma nesta sexta-feira que "várias áreas do Brasil e do Paraguai, e a maior parte da Bolívia estão sufocando sob espessas camadas de fumaça", por causa de incêndios que se multiplicam pela Amazônia.

Segundo o jornal, imagens de satélite mostraram "grandes nuvens de fumaça" causadas pela disseminação das queimadas.
"A cada ano, no fim da estação seca, em antecipação às primeiras chuvas do inverno, fazendeiros e pecuaristas em toda a América do Sul fazem queimadas para 'renovar' as áreas de pasto", escreve o repórter do diário.
"Mas esse ciclo histórico saiu do controle, porque o desflorestamento e a mudança climática criaram um barril de pólvora."
Uma ONG ouvida pelo Independent estima que há mais de 10 mil focos de incêndio em uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados nos lados brasileiro e boliviano da Amazônia, e que "90% deles" resultam da expansão da criação de gado.
Além disso, afirma o jornal, a atividade pecuária tem se expandido para dentro de áreas de floresta, levando consigo a técnica de "limpar" a terra com as queimadas.
O diário nota que a atividade econômica na Amazônia se expande com o apoio e os benefícios do governo brasileiro, e que o país não tem metas de redução de emissões de gases que causam o efeito estufa, embora esteja entre os primeiros em emissões de gás carbônico por causa do desflorestamento.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Raladores de mandioca, índios Wai Wai, rio Mapuera, Pará

A origem do Amendoim, segundo os índios Macurap
(Fonte: boletim Iandé)
Doinmã era um menino pequeno. Ele fazia cocô de amendoim. Não saía bosta, saía amendoim mesmo.
Ele gritava para sua mãe: "Mãe, estou com vontade de fazer cocô". Aí a mãe lhe dava uma panela de barro, Doinmã sentava e enchia de amendoim.
A mãe cozinhava aquele amendoim para todos.
Um dia a mãe saiu e deixou o menino com seu tio. O menino gritou: "Tio, quero fazer cocô"
- "Vá lá fora" - disse o tio
Mas o menino pegou a panela e fez seu amendoim ali mesmo. O tio ficou com raiva ao descobrir de onde vinha o amendoim e bateu no menino. Bateu tanto que a criança morreu.
Mas depois acabou pegando de novo a criança e mandou-a ressuscitar, para aumentar o número de pessoas.

Para saber mais:
- Terra Grávida; de Betty Mindlin e narradores indígenas (a história "O amendoim", resumida acima, foi contada por Überiká Sapé Macurap e traduzida por Biweiniká Atiré Macurap)

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Semana de Proteção à Fauna - 4 a 10 de Outubro
(informações extraídas do blog da Hanah - Sobretudo)
O Brasil é considerado o mais rico país em diversidade de espécies animais do planeta e um dos mais importantes bancos de biodiversidade. Mais de 218 espécies de animais silvestres já se encontram na lista dos animais em extinção e pelo menos 7 dessas espécies são consideradas extintas, não sendo registradas suas presenças nos últimos 50 anos....
Continua em Ambiente Brasil
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Apoie o povo e os monges de Mianmar. Assine a Petição!

domingo, 30 de setembro de 2007

Inseto homóptero achado na região entre rios Purus e Madeira (Foto: Pedro Lage Viana/Geoma/Divulgação)

Impacto de usinas na biodiversidade do Madeira é imprevisível, diz biólogo

(Daniel Gallas, de São Paulo - fonte da imagem e da matéria: BBC Brasil)

O cientista Mario Cohn-Haft, que recentemente liderou uma expedição que descobriu espécies diferentes de animais e plantas na região próxima ao rio Madeira, na Amazônia, disse que o impacto da construção de usinas no rio é "imprevisível".
Em abril e julho deste ano, Mario Cohn-Haft, biólogo do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA), encontrou variedades diferentes de animais e plantas na região entre os rios Purus e Madeira.
No mês passado, o governo federal aprovou as licenças prévias para a construção de duas usinas no rio Madeira.
Veja fotos dos animais diferentes achados na região
As usinas de Santo Antônio e Jirau – cujos editais estão em fase de elaboração – gerariam 6,5 mil megawatts, o equivalente a metade da potência de Itaipu, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo em potência.

Rio barrento
Cohn-Haft explica que a região onde foram encontradas novas espécies não será diretamente afetada, pois está fora da área que será inundada para a construção das barragens.
Mas o impacto indireto das barragens pode ser grande o suficiente para afetar a biodiversidade local.
"O impacto de barragens em um rio com teor sedimentar muito grande como o Madeira é imprevisível. Nós não temos precedentes para saber", disse o biólogo à BBC Brasil.
"O rio Madeira é o quarto maior e um dos mais barrentos do mundo. Então, colocar barragem em um rio como esses e dizer que nós sabemos o que vai acontecer é muita ousadia."
Cohn-Haft diz que até mesmo o rio Amazonas pode ser afetado pelas barragens.
"Se isso causar uma diminuição no teor sedimentar do rio, isso pode impactar a fertilidade e a produtividade da várzea todinha. Então se você faz isso no alto do rio Madeira, impacta o sistema biológico do resto do rio inteiro, e o próprio rio Amazonas, ao qual o Madeira é o maior contribuinte de sedimentos."
O cientista também afirma que a colonização e o aumento no número de habitantes na região também podem ter impacto no local.
"Uma vez que você tem grandes projetos que estão empregando gente, atraindo gente de outras partes do país, encorajando investimento, agricultura, agropecuária, rapidinho a área toda é colonizada, é desmatada, é convertida permanentemente."

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

(Fonte da imagem: blog da autora Glória Perez da série Amazônia)

Vídeo do Uirapuru - O tenor da floresta

(Fonte: Globo Repórter)
Para assistir o vídeo do Uirapuru, clique aqui

As vozes da floresta. Em tantos dias de caminhada silenciosa, a equipe do Globo Repórter acabou ouvindo o mais misterioso dos cantos. Ele se esconde na parte mais fechada da mata. Encontrá-lo é o sonho de todos os seres humanos que andam pela floresta. Ouvi-lo é um privilégio. Ele tem o canto mais belo e harmonioso de todas as aves brasileiras. Diz a lenda, que quando o uirapuru canta, até as outras aves se calam.
Uma ave tão pequena com um canto tão poderoso. É como um tenor, que solta a voz para deixar a platéia extasiada. Na mata, a platéia era a equipe do Globo Repórter e os pesquisadores. Meia dúzia de privilegiados em um teatro de extensão ilimitada aproveitando um raro espetáculo.
“É um dos cantos de pássaros mais bonitos do Brasil”, ressalta o ornitólogo inglês Andrew Whitakker.
Mas o uirapuru tem um segredo que só os especialistas conhecem. Não é verdade que todos os pássaros se calam quando ele canta: ele é que solta a voz quando os outros estão calados.
“Tem épocas que ele não canta nada. Quando está começando a chover, ele canta mais”, revela o pesquisador.
É esse o mistério que a lenda encobre. Por que o uirapuru não faz como as outras aves, que ficam mais silenciosas quando as chuvas chegam?
Enigmas da Amazônia: o macaco compenetrado, o falcão desconhecido, o consagrado uirapuru. Personagens do grande espetáculo da vida selvagem. Na floresta, o homem é apenas um admirador.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

(Foto: Ricardo Leoni - O Globo)

Primavera
(Fonte da imagem e das informações: site de O Globo)
O início da estação foi comemorado no Jardim Botânico com plantio de mudas de mogno e seringueira. A ocasião marcou também o alerta de defensores da natureza contra a exploração da reserva de mogno da tribo indígena Ashaninca, que vive na fronteira da floresta amazônica brasileira com a peruana. O evento, no sábado, contou com a presença da atriz Camila Pitanga, do cantor Milton Nascimento, de Paulo Jobim, filho de Tom Jobim e da apresentadora Regina Casé, que plantaram mudas acompanhadas de Benky, um dos líderes da tribo.

domingo, 23 de setembro de 2007

Lançamento de livro de Graça Graúna
"Acreditando na alma e na força da palavra de amigos(as) e leitores(as) acerca dos meus escritos; procurei reunir alguns poemas dos livros Canto Mestizo e Tessituras da Terra e outros inéditos para festejar os 18 anos de Mulheres Emergentes. O lema da editora é “levar ao público a expressão poética contemporânea, em especial a feminina” (conforme as palavras de T. Diniz, na Coleção Milênio 2001).
Sendo assim, com licença poética, apresento este Tear da palavra que sugere o direito de sonhar e tecer a vida; o respeito às diferenças e o direito de cultivar a liberdade de expressão, sempre."
Graça Graúna - Nordeste do Brasil, jan. 2007.

(*) Dia do lançamento: sábado, 13 de outubro de 2007.
Local e hora: Centro de Convenções, as 16h, no stand da UBE União Brasileira de Escritores em Pernambuco.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Urutau - pássaro raro
(informações e imagem extraídas do site Overmundo)


O urutau é um pássaro raro, conhecido como ave-fantasma, é um dos pássaros mais cultuados na literatura fantástica. Ele também aparece em lendas, poesias e raramente é observado na área urbana. Espécie em extinção, o urutau existe há pelo menos 20 milhões de anos, muito antes do ?Homo sapiens? surgir na Terra.
O urutau foi observado essa semana (em abril de 2007) na área urbana de Natal, em pleno centro da cidade, no final da tarde. A ave estava imóvel, no alto de um velho poste, na praça Senador Guerra, localizada por trás da Igreja do Galo. Quando essa ave surge na área urbana causa estranheza tanto pelo fato de ser espécie noturna, como por sua aparência: tem cabeça larga e achatada, bico e pernas pequenas, enormes olhos e penas com coloração especial para a camuflagem.
Depois de analisar as fotografias, o ornitólogo afirmou que se trata de uma espécie brasileira das mais comuns: o ?Nyctibius griseu?, que vive tanto nas florestas densas quanto nas bordas de mata, capoeiras e até mesmo em árvores isoladas das grandes cidades. Conforme David, o urutau pertence à família da coruja e é um primo distante do bacurau por ter hábitos parecidos.
É muito difícil ver essa ave porque ela não voa com facilidade e depende da camuflagem para se proteger dos predadores?, disse o ornitólogo, ressaltando que o bacurau se camufla no chão ou numa toca, enquanto as corujas procuram torres de igrejas e copas de árvores para esconderijos. Conforme David Hasset, o urutau é uma ave rara porque para se camuflar procura uma extremidade de um galho, se adaptando de uma forma que se toma o aspecto de prolongamento do galho.
Possui a cabeça chata, olhos grandes e vivos, a boca rasgada de tal maneira que seus ângulos alcançam a região posterior dos olhos. Sua cor é parda acanelada. Isso lhe permite adaptar-se a cor do galho onde pousa. Esse seu disfarce associado a sua perfeita imobilidade o protegem da vista dos caçadores. O urutau não constrói ninho. No período de reprodução, depositam um único ovo em alguma forquilha de galho grosso a grande altura ou numa cavidade natural de seu poleiro noturno, onde permanecem em atividade de choco.
O urutau habita o Norte e Nordeste da Argentina, as matas do Paraguai, o Norte do Uruguai e no Brasil, onde toma vários nomes: jurutaui na Região Amazônica; ibijouguaçú entre os tupis e Mãe da Lua entre o mineiros. O urutau é uma ave noturna que, em noites de luar, desliza nas alturas, entretendo-se em perseguir e devorar mariposas e besouros?, completou David Hasset.

Mitos de um pássaro mágico
Segundo o ornitólogo, o grito do urutau é um ?hu-hu-hu?, que se faz ouvir após o anoitecer, quando a ave procura a solidão mais espessa das matas, de onde faz solta um assobio de profunda lamentação. Para alguns, parece semelhante ao lamento de uma mulher. Em outras pessoas, o canto do urutau provoca espanto e piedade aos que possam ouvi-lo.
A quase invisibilidade do urutau confere-lhe o caráter de um ente misterioso. Muitos não o tomam por uma verdadeira ave, senão por um ser fantástico, inacessível à mão e aos olhos humanos. Já outros, porém, não duvidam de sua existência, mas consideram-no como um ente enigmático e superior, dotado de muitas qualidades fora das leis naturais, entre elas, a de preservar a pureza das moças.
As qualidades sobrenaturais deste pássaro se destacam nas crendices populares. As penas e a pele do urutau são milagrosas. Conta-se que antigamente, matavam um urutau e tiravam-lhe a pele. A pele seca servia para assentarem as filhas das famílias influentes, nos três primeiros dias, do início da puberdade. No término deste tempo, a jovem saía ?curada?, isto é, invulnerável à tentação das paixões desonestas que pudessem surgir.
Apesar de seu grito de lamentação, o urutau não era tido entre os indígenas como uma ave de mau agouro. Conta-se que os tupinambás consideravam o canto desta ave como saudações de antigos parentes mortos que gritavam para excitá-los à guerra contra os inimigos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Falta de chuva mudou a paisagem nas Cataratas do Iguaçu, no Paraná; fluxo de água atual é de 470 mil litros por segundo, enquanto a vazão normal é de 1500 mil litros por segundo (Fonte: UOL últimas notícias)

Mosquitinho virtual :)) ZZZZZZZ!!!!!!

sábado, 15 de setembro de 2007

No coração do sertão de Pernambuco, entre os municípios de Inajá e Ibimirim, vivem os índios Kambiwá. O termo Kambiwá significa “retorno à Serra Negra”, a tão sonhada terra dos mais de 2.400 índios*. A Serra Negra é a área sagrada para esta e outras populações indígenas da região, sendo nela realizados importantes rituais da cultura destes povos. (* dados da FUNASA concedidos pelas lideranças da comunidade)

Ritual Kambiwá
(Fonte: site do povo Kambiwá)
Dentre os rituais religiosos dos Kambiwá, destacam-se o Toré, cerimônia religiosa aberta, onde os índios dançam nos terreiros das aldeias e costumam ingerir uma bebida extraída da juremeira – a jurema ou anjucá – e o Praiá, que é um dos mais importantes rituais cujo seu sentido religioso não é totalmente revelado. O nome Praiá designa tanto o ritual como os personagens, que são homens vestidos com máscaras de corpo inteiro, feitas com a fibra do caroá. No âmbito do segredo e do sagrado, os Praiá atuam como elemento de comunicação com os ancestrais.
É comum nessas cerimônias cantarem toantes formados de pequenas quadras, geralmente em português. Estes toantes falam sobre o tempo em que os antepassados habitavam a Serra Negra e a sua autoria é dada aos “antigos”:

Urubu de Serra Negra
De velho não cai a pena
De comer mangaba verde, cunhã
Beber água na Jurema
Sou índio de Serra Negra
Eu sou Caboclo-de-Pena
Eu venho fazer penitência
Tomando o vinho da jurema

quinta-feira, 13 de setembro de 2007


Festa caiçuma, saudação à natureza
(informações extraídas do site Kaxi - Comunicação - Marketing)

Guerreiros, altivos, nômades, bons caçadores, que se vestem em belos kusmas, se pintam com os mais variados desenhos e cores, enfentando-se com pulseiras, colares e cocares coloridos, dando um toque especial à riqueza natural de sua terra. Eles são os Ashaninka, povo indígena originário dos Incas peruanos que hoje habita diversas aldeias espalhadas ao longo do Rio Amônia, no município de Marechal Thaumaturgo, no extremo-oeste do Acre, próximo à fronteira do Brasil com o Peru.
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No final da tarde, finalmente, chegamos à aldeia central dos Ashaninka. Depois de um esforço para subir os barrancos enlameados e muito lisos, o cacique Antônio Pianco nos deu as boas-vindas e nos conduziu para o grande alojamento de visitantes, construído há alguns anos na aldeia com o apoio do governo do estado. “Sintam-se à vontade, porque vocês são bem-vindo para conhecer a nossa terra e o nosso povo”, disse o cacique, esbanjando simpatia.
Refeitos do temporal que nos pegou no rio, nos dirigimos ao outro lado do Rio Amônia, onde a grande maioria dos índios estreava na casa de Benke Pianco, filho do cacique Antônio, a festa da caiçuma — bebida inebriante feita de mandioca fermentada — que leva os índios a tocar, a dançar e cantar durante dias seguidos músicas que retratam o seu cotidiano na floresta. A festa havia começara na manhã daquele mesmo dia e duraria até acabar a caiçuma, feita por algumas famílias da aldeia central. Pela tradição, a festa da caiçuma só termina depois de consumida toda a bebida preparada, o que pode demorar até quatro dias.

sábado, 8 de setembro de 2007

quinta-feira, 6 de setembro de 2007


(Fonte das imagens)

Aranhas tecem teia duas vezes maior do que campo de futebol
(Fonte: BBC Brasil)

Uma gigantesca teia de aranha foi encontrada no Parque Estadual Lake Tawakoni, no Estado do Texas (Estados Unidos).
A teia foi criada por milhões de pequenas aranhas, que conseguiram fazer com que ela ficasse com o dobro do tamanho de um campo de futebol.
A teia cobre uma distância de 180 metros, uma área de árvores e arbustos do parque.
Guardas florestais não sabem a razão das aranhas terem juntado suas forças e descrevem a teia gigante como um "fato raro".
A superintendente do parque, Donna Garde, convidou especialistas em insetos e aracnídeos para estudar a teia.
Os guardas florestais dizem esperar que a teia resista até o outono no hemisfério norte, quando as aranhas começarão a morrer.

sábado, 1 de setembro de 2007

Juruna - o espírito da floresta
Armando Lacerda - Cineasta

O Filme Juruna o espirito da floresta conta a trajetória do Cacique político Xavante e será exibido no Festival de Cinema de Brasília.
“É à luta de Mário Juruna que se deve hoje maior proteção à questão indígena no cenário nacional”, aponta Lacerda, lembrando a importância da criação da Comissão Permanente do Índio, hoje oculta em subcomissão; da 1ª Conferência Nacional dos Povos Indígenas; e de maior celeridade na demarcação das terras indígenas, mesmo após o mandato do Cacique.

Assista entrevista sobre o filme, feita por Fernanda Sarkis

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A vida política do cacique
(Fonte)
Juruna ficou famoso por andar em Brasília com um gravador em punho para gravar as promessas feitas pelos políticos - segundo ele, mentirosos - para as reivindicações indígenas.
Suas andanças pelos corredores do Congresso começaram em meados da década de 1970, quando veio à Brasília pedir roupas e calçados para sua aldeia. Em 1980, ele ficou conhecido mundialmente ao ser o delegado dos índios do Brasil no Quarto Tribunal Bertrand Russel, realizado na Holanda.
Quando foi eleito deputado federal pelo PDT do Rio de Janeiro, Juruna tornou-se ainda mais combativo e foi uma importante voz a defender a gestão de índios em assuntos indígenas. Para ele, a administração da Funai deveria estar sob os cuidados dos maiores interessados no trabalho da instituição, os próprios índios.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Aldeia Yawalapiti
Xingu - a terra ameaçada. Uma nova série de documentários de Washington Novaes
(Fonte: site Xingu - a terra ameaçada...)

O novo “Xingu”

Tessea e Kreton continuam a liderar seu povo. Têm sido objeto de filmes e livros de fotografias. Até ganharam na Justiça ação em que a União teve de indenizá-los pela remoção de suas terras.
Raoni já não é o líder absoluto de seu povo, que tem vivido muitos conflitos. Mas ainda tem enorme poder de representá-lo.
A documentação pretende também mostrar os muitos conflitos que envolvem esses grupos:
As pressões internas e externas para que modifiquem sua cultura, produzam excedentes, entrem na sociedade de consumo;
Os problemas gerados pelas mudanças culturais, de relações, de geração de lixo etc.;
Os problemas decorrentes do "cerco" do Parque por fazendas, que derrubam as matas e comprometem os rios que correm para dentro dele: o próprio Xingu, o Kuluene, o Batovi, o Ronuro. As queimadas. A poluição por agrotóxicos;
A visão de futuro dos índios e sua visão da cultura branca.
Como uma das questões centrais está na relação dessas comunidades com a cultura externa, do homem branco as vantagens e conflitos que implica -, pretende-se também documentar o contrário:
levar para os quatro grupos duas crianças brancas, uma menina (em torno de 3 anos de idade) e um menino (de 5 a 6 anos) e documentar, do ponto de vista deles, o que significa o encontro com culturas tão diferentes e suas relações com as crianças indígenas.