sexta-feira, 28 de julho de 2006

Mairawê Kayabi (ao centro), da Associação Terra Indígena do Xingu, explica projeto de manejo de madeira (Fonte da imagem: site da Unifesp)

Indígenas querem decidir sobre obras que afetem suas terras
(Fonte: Terra)

Os empreendimentos que possam afetar direta ou indiretamente as terras indígenas devem ser consultados pelas comunidades, defendeu nesta quita-feira o cacique Markupa, presidente da Associação Terra Indígena Xingu. "Nós sempre criticamos que o governo esquece dos índios na hora de elaborar os seus planos, seja para hidrelétricas, rodovias, ferrovias ou hidrovias", disse.
Ao lado de outras lideranças de diferentes regiões brasileiras, o cacipe entregou uma carta de reivindicações durante audiência realizada no Ministério Público Federal, em Brasília. Segundo Richard Campos, representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), uma Câmara Técnica deverá ser criada para acompanhar a realização dos projetos que podem trazer impactos socioambientais em terras indígenas.

Ele reconheceu a necessidade de uma lei que regulamente as funções do órgão: "Infelizmente, a discussão com relação a esses empreendimentos, durante a sua elaboração, carece de ouvir não apenas as comunidades indígenas como as menos favorecidas. É necessária a lei para regulamentar a atuação da Funai nos empreendimentos que estão fora das terras indígenas".

A audiência no MPF foi realizada como parte das atividades do Seminário de Articulação Nacional do Movimento Indígena, que até sábado reúne representantes de diferentes etnias e aldeias.

sábado, 22 de julho de 2006

(Fonte da imagem)

A lenda do Muiraquitã
(Fonte: Frutos da Amazônia
)
A Lenda conta que as amazonas ou Icamiabas, as nossas índias guerreiras, encontravam-se uma vez por ano com seus parceiros no lago Jaciunará, conhecido até hoje como Espelho da Lua, para um banho nupcial.
Após todo um ritual de canto e dança, as Icamiabas mergulhavam no lago encantado e traziam das profundezas o barro verde, com que faziam amuletos zoomorfos e os ofereciam aos seus pares.
Denominados Muriaquitãs, esses talismãs trazem boa sorte, protegendo os seus portadores de todos os males e perigos.
De tantos mistérios ocultos em nossa floresta, a Frutos da Amazônia resgatou o lendário Muriaquitã para você ter muita sorte, felicidade e proteção neste novo milênio.
Reza a lenda, vale a pena acreditar.
(Fonte de Pesquisa: Enciclopédia da Amazônia, Carlos Roque / Jesus Pais Loureiro)

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Índio tembé (Fonte da imagem)

Tembés - Madeireiros acusados de ameaça de invasão
(Fonte: Diário do Pará - matéria publicada no site Amazonia.org.br )

Representantes de cinco aldeias da comunidade Tembé estiveram reunidos com o Secretário de Justiça, Marcos Eiró, e com representantes do Programa Raízes, Funai e Polícia Militar, discutindo pleitos e fazendo reclamações provocadas pela ameaça de invasão de madeireiros em terras indígenas localizadas na região Leste do Pará, quase fronteira com o Estado do Maranhão. A principal preocupação dos índios é quanto à permanência do policiamento para evitar que os madeireiros ocupem suas reservas, onde, inclusive, já foi constatada plantação de maconha, mesmo depois de 30 mil pés terem sido retirados pela Polícia “mas tem muito mais”, revelou Joca Tembé, da Aldeia Itahu.
Outra reivindicação dos índios é a complementação de recursos, mas neste aspecto a Coordenadora do Programa Raízes, Adelina Braglia, esclareceu que “já foram tantos os empecilhos, que agora teremos que fazer uma nova licitação, pois esta é a única solução”. O secretário de Justiça, Marcos Eiró, confirmou que vai levar todas as reivindicações dos índios ao Governador do Estado esperando “no menor prazo possível ter uma resposta”.
Os índios estão no aguardo da complementação que será destinada à compra de equipamentos, inclusive gerador de energia. O coronel Antonio Carlos de Brito Azevedo, da Divisão de Polícia Ambiental da PM, reconheceu que neste período (julho a dezembro) “é indispensável a presença de policiais naquela área”, pois os madeireiros aproveitam a ausência do policiamento para invadir e extrair madeiras.

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Leão branco encanta visitantes de zôo argentino (Fonte: Terra)
O zoológico de Buenos Aires, Argentina, recebeu nesta sexta-feira um novo hóspede. O leão branco Siam, originário da África do Sul, já está encantando os visitantes no dia de sua chegada. Em seu país de origem, os habitantes locais atribuem poderes mágicos a este belo e exótico animal. Algumas palavras relacionadas a ele são poder, força, majestade, prosperidade, nobreza, coragem, saúde, liderança, segurança e auto-confiança.
O raro animal não existe mais em habitat natural, apenas em cativeiro. Os leões brancos enfrentam dificuldade para caçar e são incapazes de se misturar à vegetação para garantir sua sobrevivência.
Assista a um vídeo sobre o breu-branco. Clique AQUI

Programa: Quadro Biodiversidade Brasil - Repórter Eco
Tema: Essências e Aromas
(Trechos de artigo publicado no site Projeto Biodiversidade Brasil )
A maior floresta tropical do mundo, a Amazônica, guarda um perfumado tesouro: muitas espécies vegetais têm óleos essenciais, um dos responsáveis pelos aromas e perfumes da floresta.
A palavra perfume vem do latim “per fumum”, e significa por meio da fumaça. Ao longo da história, essa foi umas das formas encontradas, por diversos povos, para se conectarem com os deuses ou com o sagrado. Até hoje no Brasil, essa relação está presente nos cultos de origem africana. Essências como mirra, bálsamo e alecrim, são usadas nos rituais.
Os cheiros das plantas da mata também fazem parte das tradições dos povos indígenas brasileiros. O índio tukano Gabriel dos Santos Gentil explica que o seu povo tem uma relação de respeito com o que vem da floresta. "Não podemos tirar nada enquanto ela dorme, porque quando a gente tira um pedaço de árvore, do galho ou do fruto, ao acordar ela se tornará minha inimiga. Temos que tirar as coisas da mata da mesma forma que chegamos em uma aldeia e pedimos a permissão para casar com uma mulher”.
As essências, retiradas respeitosamente da mata, são usadas para os banhos de cheiro. Esse ritual de perfumação tem diversos significados, segundo Gabriel. "Ou faço para ficar mais bonito, para ser sábio, para a defesa, para encantar as mulheres, para caçar, ou até mesmo para alegrar os deuses. Depende do meu objetivo", explica o índio. O botânico peruano Juan Revilla, um dos grandes conhecedores da flora da região, vive há mais de 30 anos no Brasil e atualmente trabalha no Departamento de Botânica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Ele explica que existe, na região, uma espécie de embaúba, a embaúba vicky, usada por alguns animais para afugentar predadores.
O perfume Channel Nº 5 foi eternizado pela atriz Marilyn Monroe, com a sua revelação de que, ao se deitar, usava apenas duas gotinhas do perfume aplicadas atrás da orelha. Provavelmente, Marilyn não sabia que a fragrância vinha do “linalol”, substância extraída do pau-rosa, ou aniba rosaeodora, uma espécie da floresta amazônica. O “linalol” é um dos mais importantes fixadores usados pelas indústrias de perfume do mundo.
Pesquisadores calculam que, para atender a demanda mundial, de 1930 até os dias de hoje, mais de 2 milhões de árvores do pau-rosa, foram retirados da Floresta. O tronco é a parte usada para a extração do óleo essencial que tem como componente principal o linalol. A técnica tradicional levou o pau-rosa para a lista do IBAMA de espécies ameaçadas de extinção, em 1992.
Na década de 60, o Estado do Amazonas exportava mais de 500 toneladas anuais do óleo. Hoje, esse número chega a 4 toneladas.
Diversas instituições, como a UNICAMP e o INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia tentam salvar o pau-rosa da extinção, buscando formas sustentáveis para a extração do óleo.
O Breu Branco, uma resina aromática que saiu da Amazônia, é conhecida pelas comunidades tradicionais e conquista o exigente mercado internacional de perfumes. Esta árvore da floresta amazônica, que recebe o nome científico de “protium pallidum”, ao sofrer alguma agressão como uma picada de inseto, libera uma seiva branca e brilhante como forma de defesa que também é chamada de Breu-Branco. Com o tempo ela escurece, fica dura e se assemelha a uma pedra que quebra e pega fogo facilmente, liberando um cheiro agradável.
O Breu é utilizado na Amazônia pela maioria das comunidades, para consertar barcos e canoas. Também é usado como remédio e faz defumação junto a outras plantas. O cheiro do Breu-Branco chamou a atenção da indústria de cosméticos Natura, que buscava uma essência da biodiversidade brasileira para um novo perfume destinado ao mercado nacional e internacional.

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Reserva Hopi, Arizona, Estados Unidos
(Fonte) * Este tópico foi feito em resposta ao pedido do amigo Hugo, do blog The Rainbow Warrior )

Para quem gosta de roteiros exóticos a opção é a reserva dos índios hopi, no noroeste do Arizona, nos Estados Unidos, encravada numa região cercada de outras reservas indígenas. Localizadas no alto das chamadas Mesas, platôs escarpados a 2 mil metros de altitude, suas pequenas vilas são seculares e alguns desses platôs chegam a ter não mais de 30 metros de largura. Extremamente tradicionais até hoje, os índios hopi não permitem o uso de máquinas fotográficas em suas terras e, como compensação, vendem aos poucos aventureiros um postcard com a última foto tirada em suas terras, há quase 40 anos, que retrata a vila de Walpi. Esse é o lugar da famosa Dança da Cobra, na qual os índios seguram cobras venenosas com suas próprias bocas. Como curiosidade, uma outra vila da reserva hopi, que infelizmente não pode ser fotografada, é tida como a "cidade" continuamente habitada mais antiga das Américas, com mais de 1.100 anos. Vale pedir o pão de milho azul.
(* João Fernando Camargo é presidente e diretor de criação da Avalanche Propaganda)
_________________________________________________________
Duas palavras da língua dos indios Hopi, simples e profundas ao mesmo tempo, quase conceitos filosóficos. A primeira é Koyaanisqatsi. Seus significados são vários: vida louca; vida confusa; vida desintegradora; vida desequilibrada; e a última e mais interessante, um estado de vida que exige outro modo de viver. A segunda palavra é Powaqqatsi, substantivo composto por powaq, que significa feiticeiro e qatsi, vida. O sentido geral se refere a uma entidade ou modo de vida que consome as forças vitais de outros seres, com o intuito de aumentar suas próprias forças. (Fonte)

Eliasch, empresário: ele já gastou US$ 10 milhões para comprar 160 mil hectares no Amazonas. Agora quer sensibilizar Ted Turner, George Sorose Luciano Benetton

POLÊMICA

Uma fortuna pela Amazônia

(Trechos de matéria publicada na
Revista IstoÉ Dinheiro)

Quem é o sueco Johan Eliasch, o donoda fabricante de raquetes Head, que empreende uma cruzada para arrecadar US$ 18 bilhões e salvar a floresta
(Por Rosenildo Gomes Ferreira)

Os 5,1 milhões de quilômetros quadrados que compõem a Amazônia são responsáveis pela produção de 20% do oxigênio do planeta. A área também abriga 30% das reservas de água doce potável do mundo. Apesar de sua importância para a humanidade, a região vem sendo devastada por queimadas, pela derrubada indiscriminada de árvores e pela poluição de seus rios. Mas o milionário sueco Johan Eliasch, de 44 anos, quer mudar essa situação para melhor. Eliasch está à frente de uma verdadeira cruzada para salvar a Amazônia. Seu objetivo é levantar US$ 18 bilhões, montante que ele considera suficiente para solucionar os problemas da região. “O mundo tem de pagar ao Brasil pelo serviço de proteção da floresta”, disse Eliasch à DINHEIRO. De seu quartel-general em Londres, o empresário controla a grife de material esportivo Head, cuja receita anual soma US$ 640 milhões, e busca financiadores para a causa. A primeira reunião da série de encontros que ele pretende realizar nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia até o final do ano aconteceu há duas semanas na City, o coração financeiro da capital inglesa. Falando a executivos do setor de seguros, Eliasch lembrou que as mudanças climáticas foram as responsáveis por grandes catástrofes naturais no período 2004-2005, como o furacão Katrina (nos EUA) e o tsumani (na Ásia), que custaram indenizações recordes de US$ 83 bilhões no ano passado. “Ações focadas na Amazônia podem reduzir as alterações climáticas em um razoável espaço de tempo, melhorando nossas vidas e o planeta”, defende.
O projeto de Eliasch tem como principal vertente a criação de santuários ecológicos administrados por particulares. Em 2005, ele próprio adquiriu 160 mil hectares (equivalente a quase 200 mil campos de futebol) no Estado do Amazonas, tirando de cena uma madeireira ilegal. Gastou cerca de US$ 10 milhões. A transação teve o aval da noiva, a brasileira Ana Paula Junqueira, de 35 anos, que tentou (sem sucesso) duas vezes se eleger deputada federal: em 1994 (pelo PMDB) e em 1998 (pelo PFL). Filha de fazendeiros, ela é conselheira de Eliasch para assuntos ecológicos. O empresário diz que uma parte dos US$ 18 bilhões seria drenada para programas governamentais de saúde, educação e infra-estrutura para os 20 milhões de habitantes da região.
Se Eliasch é capaz disso tudo? Provavelmente. O empresário tem uma vasta rede de contatos na Europa que reúne empresários e políticos. Na sua base, a Inglaterra, ele é um dos principais doadores do Partido Conservador, do qual integra a comissão de finanças. Freqüenta com desenvoltura a realeza britânica. No mundo dos negócios ele é tido como um financista habilidoso, que fez fortuna recuperando empresas endividadas. Foi assim com a Head. Quando assumiu o negócio, a companhia estava à beira da falência, com prejuízo de US$ 65 milhões.
Sua proposta “verde”, contudo, é vista com desconfiança por empresários e ecologistas brasileiros. “Trata-se de uma idéia simplória, incapaz de alterar a realidade local”, critica Sérgio Amoroso, dono do Grupo Orsa, que controla o Projeto Jari de papel e celulose, situado no Amapá. Amoroso também é contra o uso de recursos privados para financiar o governo. “É preciso criar mecanismos que garantam renda permanente à população.” E é isso que falta na propriedade recém-adquirida por Eliasch. Ao desbaratar a madeireira ilegal, o dono da Head “salvou a floresta”, mas acabou com a fonte de renda de mil pessoas ligadas à madeireira. Como compensação, ele permitiu que eles coletassem castanha e açaí na área. Já Roberto Klabin, herdeiro da fábrica de papel da família e dono do resort Refúgio Ecológico Caiman, situado no Pantanal, apóia Eliasch. “A Amazônia se transformou em terra de ninguém porque o governo não assume suas responsabilidades. A compra de terras já se mostrou uma opção viável no Chile e na Argentina”, avalia. Ted Turner, fundador da CNN, o investidor George Soros e o empresário italiano Luciano Benetton são alguns dos poderosos que compraram terras e as transformaram em santuários ecológicos nos dois países. São esses milionários que Eliasch quer seduzir para a sua causa.
Brasília se mantém alheia à iniciativa. Um integrante do primeiro escalão do governo federal, que pediu para não ser identificado, argumentou que o empresário ainda não procurou formalmente as autoridades. A fonte rebateu as acusações de que o governo Lula abandonou a região, citando a criação das Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), um projeto tocado pela ONG Fundo Brasileiro para a Biodiversidade e que deverá movimentar US$ 391 milhões até 2016. Os recursos virão do Banco Mundial, do Banco Alemão de Desenvolvimento e do governo brasileiro. A meta é implantar e gerir 50 milhões de hectares de reservas florestais, um território maior que a Espanha.
Para o biólogo Paulo Moutinho, coordenador do programa de mudanças climáticas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, atitudes isoladas têm pouca eficácia. Ele diz que o primordial seria a união de ecologistas, empresários e governo na luta antidesmatamento. Sua proposta é que se pague ao governo brasileiro pela redução na taxa de derrubada de árvores. Segundo Moutinho, a queda de apenas 10% no índice médio de destruição da Amazônia (que é de 20 mil km2 por ano) renderia ao País US$ 400 milhões. A conta baseia-se no mercado de créditos de carbono, pelo qual empresas e governos de nações ricas pagam aos países, que ainda têm vastas áreas verdes, compensações por emitir gases danosos na atmosfera. Como a Amazônia tem um estoque de 80 bilhões de toneladas de carbono, a “venda” desse ativo poderia render até US$ 160 bilhões.
A briga de Eliasch está só começando. Porém, antes de conquistar apoio mundo afora, ele precisará provar que é capaz de vencer uma floresta que já “devorou” figuras como Henry Ford e Daniel Ludwig, cujos empreendimentos de extração de borracha e celulose soçobraram diante da realidade amazônica.

domingo, 16 de julho de 2006


PORTALAMAZÔNIA, 14 de julho de 2006 FESTRIBAL
(Fonte: Lista de Literatura Indígena)


De 5 a 9 de setembro acontece o Festribal – Festival Cultural das Tribos do Alto Rio Negro. O evento é considerado a maior festa de São Gabriel da Cachoeira/AM.
Este festival tem como base a cultura das 23 etnias indígenas que povoam a região há milênios. Em primeiro momento as apresentações são realizadas por grupos tradicionais indígenas e em seguida as agremiações culturais Baré e Tukano se apresentam de forma mais alegórica visando o entretenimento.
São apresentadas danças típicas de cada etnia, produzidas para agradar aos turistas e também ao público local.
Também são realizadas atividades paralelas ao evento como: jogos indígenas, lançamentos de livros, palestras, visitas a pontos turísticos etc. Neste ano de 2006 o Festribal comemora onze anos de existência.
Informações no Telefone: (97) 3471-2358
Informações do Evento Cidade: Manaus - Data: 5 a 9 de setembro - Local São Gabriel da Cachoeira/AM

sábado, 15 de julho de 2006

(Fonte da imagem)

(Fonte da imagem)


O maior inseto do mundo vive na floresta Amazônica, é um besouro, o "Titanus Giganteus", com até 22cm de comprimento e aproximadamente 70g (Fonte)

sexta-feira, 14 de julho de 2006

(Fonte da imagem)

Ônibus desenvolvido pela Fatec é o primeiro do mundo movido a óleo de cozinha.
Pesquisa tem como parceiros a Fepaf e a Prefeitura de Botucatu, SP.
(Renato Fernandes, jornal Diário da Serra, 12/07/2006)

Há sete anos, antes mesmo de iniciar as discussões em torno do biocombustível, o coordenador de curso da Fatec de Botucatu e pesquisador, Luís Fernando Nicolosi Bravim, começou a realizar pesquisas em torno de combustíveis ecologicamente corretos e conseguiu desenvolver um motor que funciona movido a óleo de cozinha.
Para desenvolver o projeto, ele conta com o apoio da Pref. Municipal de Botucatu, que forneceu um ônibus e da Fepaf - Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais.
"Estão sendo feitos testes com o sistema em um carro de passeio, barco e no ônibus. O interesse da Prefeitura nesse projeto é adaptar os veículos da frota escolar para esse tipo de combustível", explica.
O sistema permite que o veículo circule com três tipos de combustível: o óleo de cozinha, óleo diesel e biocombustível.
"O interessante desse sistema é que se pode reutilizar o óleo que já foi usado na fritura de alimentos. A economia é grande já que se encontra no mercado óleo a R$ 1,20 e se reutilizar o da cozinha o custo é zero. Para abastecer, o custo do motorista será 3% tomando como base um motor a diesel e 20% maior na comparação com motor a gasolina", coloca.
A conversão é feita através de um kit que é instalado no motor. O equipamento está em processo de patenteamento e segundo o pesquisador, a conversão para esse sistema custará em média R$ 500,00. "Estamos em fase final. O ônibus será pintado para participar de exposições e eventos".

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Igarapé de águas rápidas
Depoimento: Em algumas regiões os igarapés passam por locais de terreno acidentado e, vez por outra, acabam se formando corredeiras e cachoeiras. Os igarapés dentro da floresta costumam atrair grandes mamíferos, como a anta e a onça, que procuram suas águas para se banhar (Foto: Octavio Campos Salles)

Rabo-de-Arame
Depoimento: Pássaro da família dos uirapurus e dançadores. Habita as matas de terra firme e de transição do Oeste da Amazônia. Esse é um macho, e estava dançando pra uma fêmea que com certeza estava por perto. No jogo da conquista ele também usa os longos filamentos de sua cauda para “acariciar” a fêmea. (Foto: Octavio Campos Salles)
- Do ensaio fotográfico "Caminhos do Rio Negro", de Octavio Campos Salles, com registros do povo, da fauna e da flora presentes em diversas localidades do rio Negro (AM)

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Hoje, a floresta está silenciosa e triste, porque a nossa querida mascote e doce guardiã partiu. Ela adorava laranjas. A partir de agora, todas as vezes que eu comer uma laranja, lembrarei dela. Mas vou precisar também me acostumar com a sua ausência na floresta. Seu pêlo prateado brilhava quando ela caminhava ao sol. Ela fazia sempre rondas por todos os cantos da mata e tomava conta de tudo e de todos. Sua fidelidade e doçura ficarão guardadas dentro de mim. Meu querido amigo Jôka tem toda a razão, ela era a rainha da floresta. A floresta perdeu sua rainha.

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Palmeira Tucumã - Nome popular: tucum, Tucumã-açú. Nome científico: Astrocaryum aculeatum - Família: Palmaceae (Fonte)

Sementes e fibras da Floresta

Tucumã
Astrocaryum aculeatum
A casca preta do tucumã vem sendo utilizada tradicionalmente para o artesanato dos Apurinã. Diz-se que ela possui propriedades energéticas e é um protetor espiritual.

Jarina
Phytelephas microcarpa
A semente da jarina, também chamada de marfim vegetal é, devido a sua dureza e cor branca, um excelente material para jóias. recentemente ele se tornou uma alternativa eticamente correta para o marfim.

Anaja
Maximilliana maripa
A semente do Anajá é utilizada para os entalhes marrons das jóias.

Acai
Euterpe precatoria
A polpa dos frutos do Açaí é utilizada para a produção de um nutritivo “vinho de Açaí”. Após a produção do vinho, as sementes passam por um processo de reciclagem, onde são secas e polidas para a produção das jóias.

Carrapicho
O fio das pulseiras e colares é feito da fibra resistente, obtida da casca do arbusto denominado de “carrapicho”.

Amazônia (Fonte da imagem)

Verdades e Mitos
(Informações do site Dermatologia.net)


Os cabelos devem ter as pontas cortadas para ganhar força?

Mito.
O fato de cortar o fio do cabelo não interfere em seu bulbo capilar, responsável por seu crescimento. A crença vem da correlação com a poda das plantas. No entanto, os galhos das plantas são vivos enquanto que o fio do cabelo é composto por células já mortas.

Os cabelos cortados durante a época da lua cheia e crescente crescem mais?
Mito. Mesma justificativa do ítem anterior.

Calvície tem tratamento?
Verdade. Já existe um tratamento com resultados significativos para interromper a queda dos cabelos e, até mesmo, fazê-los crescer novamente. Veja mais informações em Notícias da Pele.

Arrancar 1 fio de cabelo branco faz nascer 2 no lugar?
Mito. Quando os fios de cabelo começam a ficar brancos, o processo ocorre gradativamente e outros fios vão ficar brancos também. A crença vem daí, a pessoa arranca o primeiro fio branco e quando se dá conta já surgiram outros, que iriam aparecer de qualquer forma, não porque aquele primeiro foi arrancado.

Pintar as unhas de vermelho fortalece e acelera o crescimento?
Mito. O uso do esmalte não interfere na formação da unha pela matriz, portanto, não acelera seu crescimento nem a sua qualidade.

A luz da tela de computadores e a "luz fria" de escritórios também causam fotoenvelhecimento?
Mito. A quantidade de radiação ultra-violeta emitida pela tela dos computadores e pela luz fria é muito pequena e insuficiente para causar danos à pele.

Mesmo no dia-a-dia devemos reaplicar o filtro solar a cada 2 horas, como se estivéssemos na praia?
Verdade. Se a pessoa vai ficar exposta ao sol após um intervalo de tempo superior a 2 horas desde a última aplicação do filtro solar, deve reaplicá-lo para obter uma proteção eficaz.

O sol melhora as espinhas?
Mito. Apesar de ocorrer uma aparente melhora, devido ao bronzeamento e ao ressecamento de algumas lesões, a exposição ao sol acabará provocando uma piora alguns dias depois, devido ao aumento da produção de oleosidade e da espessura da epiderme (camada mais superficial da pele), o que contribui para a obstrução dos poros.

sábado, 8 de julho de 2006

As duas flautas escuras nas pontas, foram construídas pelos índios Tukano, um dos povos que vivem na região do rio Uaupés - noroeste do Amazonas - e cuja história tem forte presença do Jurupari.

O Jurupari
(Trechos de artigo publicado no Boletim Iandé)
O Jurupari é um personagem que aparece em inúmeras lendas amazônicas. Em algumas histórias é retratado como um herói que trouxe ordem ao mundo, em outras aparece como um temível demônio. Às vezes chamado de "filho do Sol", outras vezes de "filho do Trovão". O fato é que Jurupari está presente na mitologia de diversos povos indígenas, notadamente os que vivem na região de fronteira entre Brasil e Colômbia.

As flautas sagradas de Jurupari

Jurupari carregava consigo uma bolsa que lhe foi entregue pelo próprio Sol. De dentro da bolsa, Jurupari retirava pedras que eram pintadas com as sombras do céu, e que mostravam tudo o que acontecia pelo mundo. Nessas pedras, Jurupari também podia ver o futuro.
Em uma dessas pedras, Jurupari viu a morte de Ualri. Ele se transportou até a palmeira passiua que havia nascido do corpo de seu enviado. Uma música saía da palmeira quando o vento assoprava. Jurupari pediu às aves que cortassem as folhas da árvore, e usando a mandíbula de um peixe serrou a palmeira, que na verdade eram os ossos de Ualri.
Daquela palmeira, Jurupari construiu um conjunto de flautas sagradas para que fossem utilizadas nos rituais a partir dali. Cada uma das flautas foi batizada com um nome da língua dos diversos povos que viviam no local. E cada flauta possuia um significado. A seguir estão algumas da flautas construídas por Jurupari:
- O instrumento principal tinha a altura de Jurupari e foi chamado Ualri, cuja história já foi contada.
- A flauta Tintabri (nome de uma ave, em uaupés) tinha o tamanho de um braço. Sua história é a de uma mulher muito bonita mas que era tão vaidosa que foi transformada nessa ave pelo chefe de sua aldeia.
- A flauta Mocino (grilo, no idioma arapazo) tinha o tamanho da coxa de Jurupari. Ela representa a sombra de um homem-mulher que, por não querer amar ninguém viveu sempre escondido cantando apenas de noite. Foi transformado em grilo pela própria mãe da noite.
- A flauta Arandi (arara na língua pira-tapuia) tinha o tamanho de dois braços. Representa uma mulher bonita, mas que não gostava de homens. Foi transformada em arara.
- A flauta Piron (águia, no dialeto Jurupixuna) tinha a largura de três mãos. Representa o pajé, que ganhou da águia as pedras em que via tudo pela imaginação.
- A flauta Titi (paca, na língua Baniwa) do tamanho da medida dos joelhos à cabeça. Representa uma velha que vivia roubando e foi transformada em paca por um esquilo.
- A flauta Canaroarro (saúva, na língua manau) do tamanho da medida dos ombros até o umbigo. Representa um velho que viu em sonho a fome comendo a Terra, e que passou a vida acumulando provisões dentro de casa para quando viesse a fome. Foi transformado em formiga pelo tatu.
Índios apurinãs (Foto da exposição fotográfica "Xingané - Festa Ancestral Apurinã", de Amilton Forcinetti em 2001)

Garota indígena de nove anos vai ser mãe

04/07/2006 -
Estadão - Uma garota indígena da etnia apurinã, de 9 anos, deve dar à luz na próxima sexta-feira em uma maternidade em Manaus. A garota, grávida de uma menina, está internada há três meses porque estava com malária, anemia, pneumonia a por tratar-se de gravidez considerada de altíssimo de risco, pela idade da paciente.
Segundo a diretora clínica da maternidade, Christiane Rodrigues Marie, a cesariana será realizada porque a garota estará completando 37 semanas de gestação. "A mãe é muito pequena, magra, embora esteja saudável, sem as doenças com as quais foi internada. Mas o corpo dela não agüenta mais o peso da barriga e o bebê já está pronto para nascer", disse a médica, afirmando considerar um "milagre" o fato de a garota ter conseguido levar à frente a gravidez de altíssimo risco.
A menina, órfã, mora com a irmã e o cunhado na comunidade Jaturana, no município de Manacapuru, a 120 quilômetros de Manaus. Ao ser internada, em abril deste ano, acreditava-se que ela seria deficiente auditiva. "Ela tinha tampões de cera nos ouvidos, o que foi descoberto em uma audiometria. Agora ela ouve e fala relativamente bem", disse Christiane.
Em abril, quando a gravidez foi descoberta, ela estava com aproximadamente cinco meses de gestação. Por tratar-se de uma indígena e menor de idade, o Ministério Público e a Polícia Federal (PF) começaram a fazer investigações. Há suspeitas que a garota possa ter sido estuprada.
De acordo com a assessoria da PF, várias pessoas da comunidade já foram entrevistadas e o inquérito está em andamento. Ainda segundo a assessoria, depois do parto a polícia deverá colher o DNA da criança para investigar o parentesco com suspeitos. O procurador que trata do caso no Ministério Público Federal está em férias.
Segundo o superintendente regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Francisco Ayres, a etnia tem como natural que garotas possam se casar e ter filhos se já menstruam, independentemente da idade. Mas, neste caso, o pai não se revelou. Ayres relatou que quem descobriu a gravidez e encaminhou a garota à Funasa e ao hospital foram membros de um grupo de trabalho da Petrobras que atuam em comunidades ao longo da obra do gasoduto Coari-Manaus.
Seqüestro: índios fazem novas exigências
(Fonte: Diário do Amapá )
Os cerca de 1,8 mil índios das tribos Galibi-Marworne, Paliku e Karipunas, que mantém reféns nove funcionários da área de saúde, da Funasa no Amapá (Fundação Nacional da Saúde Indígena), desde o último domingo (2), na Aldeia do Manga, localizada próximo ao município do Oiapoque estão fazendo novas exigências à Fundação, para viabilizar a soltura da equipe, impedida de sair da aldeia, onde foram participar de uma reunião com os indígenas.

Segundo o coordenador regional da Funasa-AP, Abelardo Oliveira Junior, os índios, que anunciaram, no momento da chegada dos funcionários, que os mesmos ficariam detidos na aldeia, exigiam apenas a assinatura do convênio de saúde, acordado em março passado, entre a Funasa e a Associação dos Povos indígenas do Tumucumaque (Apitu).
Assinado o convênio na última terça-feira (4), segundo Abelardo, estimado em cerca de R$ 3,12 milhões, que beneficia durante um ano, os povos indígenas, no que diz respeito à alimentação para as casas de saúde indígena, ao frete de aeronaves (as aldeias são de difícil acesso), aos medicamentos, entre outros benefícios, os índios exigem agora, o envio da cópia da Ordem Bancária, comprovando o depósito, de pelo menos R$ 1,6 milhão, correspondentes à parte do acordo.
Além disso, os indígenas determinam também, como resgate dos reféns, o envio de um veículo automotor (carro), que sirva exclusivamente à tribo, e a exoneração imediata do atual chefe de distrito, Jackson Barbosa (um dos reféns), em contrapartida, a efetivação de Sueli Costa, funcionária antiga da Funasa-AP (também refém na tribo).
O coordenador regional da Funasa-AP informou que todas as exigências estão sendo atendidas, conforme o solicitado, porém, disse estar procurando auxílio legal, dentro das normas judiciais. "Estamos acordando com todas as exigências dos índios. Mas a cada dia, eles fazem uma nova exigência. Assim não dá, até onde vamos com essas cobranças. Nossos funcionários já estão lá a quase uma semana. Temos que tomar outras atitudes, para tirá-los da aldeia", disse o coordenador.

Abelardo procurou ontem (6), o Ministério Público, a fim de, através de auxílio dos promotores de justiça, entrar com medidas jurídicas, com vistas a resolução do problema. As famílias dos reféns estão apreensivas pelo desfecho dessa situação. Segundo informações do interlocutor da tribo, cacique Luciano, os funcionários detidos não estão sofrendo nenhum tipo de retaliação, por parte dos indígenas.

sexta-feira, 7 de julho de 2006

Ilustração: Antônio Elielson Sousa da Rocha

A lenda do Tamba-tajá
(Fonte )
Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Casaram-se logo depois e viviam muito felizes, até que um dia a índia ficou gravemente doente e paralítica.
O índio Macuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia à sua costa, levando-a para todos os lugares em que andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a tipóia e constatou que a sua esposa tão querida estava morta.
O índio foi à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé.
Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo.
Algumas luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de todos os índios Macuxis. Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino.
A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi.
O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos.
Se, por exemplo, em uma determinada casa a planta crescer viçosa com folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que existe muito amor naquela casa. Mas se nas folhas grandes não existirem as pequeninas, não há amor naquele lar. Também se a planta apresenta mais de uma folhinha em seu verso, acredita-se então que existe infidelidade entre o casal.
De qualquer modo, vale a pena cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

A pupunheira é cultivada principalmente em São Paulo (Fonte da imagem: site da Revista Globo Rural)

Hábito de consumir palmito começou no Brasil
(Fonte: Folha Equilíbrio)

RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Iguaria de sabor delicado, muito apreciada por brasileiros e estrangeiros que visitam o país, o palmito é um alimento nacional. "Pode-se dizer que é típico do Brasil, porque o hábito de consumo começou aqui. Segundo consta, na época do Descobrimento, os portugueses viram os índios comendo", afirma Marilene Bovi, pesquisadora do IAC (Instituto Agronômico de Campinas).
O palmito são as folhas imaturas de uma palmeira. Existem várias espécies da planta, mas nem todas produzem palmitos de qualidade para consumo. O juçara (Euterpe edulis), encontrado na mata atlântica da Bahia ao Rio Grande do Sul, foi o primeiro a ser consumido. Com caule único, sua palmeira chegou a ser ameaçada de extinção, já que morre quando o palmito é retirado.
Atualmente, órgãos ambientais fazem diversas exigências para incentivar a extração sustentável, mas há muitas irregularidades, e a fiscalização é falha. "É muito difícil saber se o palmito em conserva é ilegal ou não. Existe um selo, mas há falsificação. Por isso, é melhor consumir sempre o pupunha", afirma a pesquisadora.
O palmito pupunha (Bactris gasipaes) e o açaí (Euterpe oleraceae) são ecologicamente sustentáveis, porque a palmeira continua produzindo depois da extração.
O primeiro é nativo da Amazônia peruana e foi introduzido no Brasil em 1980. O segundo veio muito antes, com Dom Pedro 2º, e era usado, a princípio, como planta ornamental. Produz seu primeiro palmito três anos após o plantio e é encontrado principalmente em conserva, porque escurece rapidamente depois de cortado.
Com a maioria das espécies ocorre o mesmo problema. Por isso, na culinária, o palmito é geralmente apreciado em conserva, cozido ou assado, como recheio de tortas, pastéis, empadas, sopas e suflês. Na região de Goiás, a guariroba, um palmito de sabor bastante amargo, é utilizada também em diversas receitas típicas.
Economicamente, apesar de ser o mais importante subproduto da palmeira -é um dos alimentos processados mais vendidos no país-, o palmito não é o único. A pupunha e o açaizeiro rendem frutos muito apreciados na região amazônica: da mesma planta que gera o palmito açaí saem os frutinhos conhecidos em todo o território nacional. O belo tronco da árvore também tem proveito no artesanato.

Cena do desenho animado "Os Sem Floresta"

Cinema: ESTRÉIA-"Os Sem-Floresta" é comédia ecológica inteligente
(Fonte: REUTERS - UOL)
Por Kirk Honeycutt

HOLLYWOOD (Hollywood Reporter) - O desenho animado "Os Sem-Floresta", da DreamWorks, é uma comédia ecológica munida de diálogos cômicos e personagens animais inteligentes. O público-alvo é mais jovem do que o de "Shrek", por exemplo, mas o filme é capaz de divertir também os mais velhos. A DreamWorks não quis se arriscar: criou uma comédia politicamente correta que transmite uma mensagem ecológica, e, ao mesmo tempo, promove os valores familiares.
A animação computadorizada é de nível rotineiro, e os roteiristas se basearam numa tira de quadrinhos popular. As criaturas conseguem conquistar o espectador com traços humanos rudimentares. O filme estréia na sexta-feira.
Como a família em questão no filme é feita de porcos-espinhos, gambás, um esquilo, uma doninha-fedorenta e uma tâmia, todos liderados por uma tartaruga, a mistura geral do reino animal que a DreamWorks criou é comparável ao que se vê nos velhos curtas do Mickey, da Disney.
A família em questão passou o inverno hibernando e, quando acorda, descobre que sua floresta desapareceu. Em seu lugar há um conjunto residencial humano que acabou com a fonte de alimentos da família. Uma cerca-viva alta separa os animais de seus inimigos.
Enquanto os animais debatem o que fazer, surge um "salvador" na forma do malandro guaxinim RJ (dublado por Bruce Willis na versão original). Um mal-humorado urso pardo (Nick Nolte) lhe impôs um prazo para reestocar sua despensa, que RJ saqueou.
O guaxinim oferece uma solução à família: os humanos têm a mania de jogar comida fora em latões que deixam ao ar livre. Juntando o talento estratégico de RJ e a habilidade dos outros bichos, eles conseguirão guardar comida para o próximo inverno sem nenhuma dificuldade.
O líder da família, a tartaruga Verne (Garry Shandling), tem suas dúvidas. Ele desconfia dos humanos e também das porcarias que eles comem. Mas cascas de árvore não conseguem competir com pizzas e bolinhos, então a família abre caminho pela cerca-viva e começa a roubar comida à vontade, liderada pelo esquilo Hammy (Steve Carrell), que já é hiperativo antes mesmo de começar a consumir "junk food".
Os humanos reagem, e a chefe da associação de moradores do conjunto (Allison Janney) pede ajuda ao serviço de extermínio de pragas, que manda Dwayne, o Exterminador (Thomas Haden Church) ajudar.
A história contém sequências de ação cômicas em número mais do que suficiente para preencher os 84 minutos de duração de "Os Sem-Floresta". A brincadeira final imita cenas dos filmes "Missão: Impossível", com resultados hilários.

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Livro "Plantas Medicinais do Cerrado de Botucatu - Guia Ilustrado"
- Autores: Beatriz Castro Maroni, Luiz Claudio Di Stasi, Sílvia Rodrigues Machado
Fundação Editora da Unesp


Este livro traz informações sobre plantas com potencial medicinal encontradas em áreas de cerrado do município de Botucatu, Estado de São Paulo. É resultado de um trabalho realizado entre abril de 2004 e julho de 2005, vinculado ao Projeto Temático “Estudos morfológicos, anatômicos, histoquímicos e ultra-estruturais em plantas do cerrado (sensu lato) do Estado de São Paulo”, Programa Biota – FAPESP. Neste livro, algumas espécies medicinais dos cerrados de Botucatu, Estado de São Paulo, estão organizadas em ordem alfabética de família botânica e, dentro desta, em ordem alfabética de nome científico. Em cada página encontram-se os seguintes dados sobre cada planta: família a que pertence, nome científico, sinonímia (quando houver), nome popular, características da planta (hábito, porte, informações das folhas, flores e frutos, épocas de florescimento e frutificação quando observadas) e suas indicações terapêuticas com base na literatura consultada. O uso comprovado de cada planta é indicado somente quando informações sobre ensaios clínicos foram encontradas.
O livro apresenta um rico conjunto de informações sobre plantas medicinais de áreas de cerrado do município de Botucatu (SP), obtidas em extenso trabalho de pesquisa, realizado entre 2004 e 2005. Com base em artigos, teses, monografias e catálogos publicados nos últimos vinte anos, identificaram-se 500 espécies vegetais da região, 170 das quais caracterizadas por seu potencial medicinal. Ao irem a campo, os pesquisadores descobriram que muitas já estavam em extinção, encontrando apenas 72 plantas medicinais, cujos dados sistematizados o leitor pode consultar, neste guia. Apesar de trazer também indicações terapêuticas, esta obra não se resume a um livro de receitas caseiras: seu objetivo é especificamente divulgar a diversidade da flora medicinal do cerrado regional, fornecendo subsídios para novas pesquisas farmacológicas, no Brasil.
O Desejo Indígena (Fonte: site Índios Online)
"Desejo vê a paz na minha aldeia que muitos grileiros destruíram a nossa nação, acabaram nossas florestas, rios, e a Mãe Terra. Quero vê na face do meu povo vibração da alegria que muitos não têm. Gostaria que meu povo esquece um pouco do nosso sofrimento que derramaram sangue neta terra, sei que é impossível esquecer este passado porque a dor da perda de um parente é muito triste.
Também que gostaria que nós conquistássemos a nossa terra que esta sobre o domínio dos fazendeiros. Além disso, quero autonomia por meu povo para realizar o que quer. Mas para realizar tudo isso depende de Tupã, da justiça.
Porem a justiça há muitos anos vem tirando o nosso direito dando aos fazendeiros, além dos desrespeita que tem com nós, fazem de conta que nós não existimos, aumentando ainda mais o nosso sofrimento na luta desta terra que muito dos nossos parentes vem se padecendo por este chão.
Há muitas coisas boas que aspiro para minha comunidade, como para todas as tribos do mundo, por que os indígenas são uns povos que sofrem por algumas pessoas que poucos valores.
Nestes paìs os índios não bem acolhidos muitos são excluídos da sociedade que sofrem bastante como o preconceito por ser uma pessoa que tem uma raça diferente, cultura, costumes."
(Yonana Pataxó)

terça-feira, 4 de julho de 2006

O Xavante Dutsã mostra como os padrinhos fazem a perfuração da orelha. Foto: Guto Pascoal

O Daporewau Xavante
Um outro exemplo da resistência da cultura, respeito às tradições e aos ensinamentos dos mais velhos acontece entre os Xavante, que vivem no estado do Mato Grosso. A cultura desse povo é marcada pela coletividade e a falta de individualismo. A principal marca de identidade Xavante é o uso de pedaços de madeira atravessados nos lóbulos das orelhas dos homens.
Esse adorno é conhecido na língua xavante como Daporewau (a pronúncia pronúncia é dapo-revaú). Hoje a população é de cerca de 12 mil pessoas que vivem em 150 aldeias e todos os Xavante do sexo masculino usam o adorno, porque os meninos só podem começar a namorar e casar depois de passar pelo ritual. As preparações para o ritual duram três meses.
A perfuração dos lóbulos dos meninos no ritual de passagem para a idade adulta é feita por um padrinho, geralmente uma pessoa mais velha com experiência nessa prática. O Xavante Dutsã Tserenhíõmo, 19 anos, explica as técnicas e os cuidados usados na perfuração, segundo a tradição. "O padrinho atravessa a orelha com o osso da canela de onça parda e depois coloca o osso na boca e engole o sangue, que não pode cair na terra senão pode trazer infecções", diz Dutsã.
O cacique Tseretsu, 62 anos, é o líder da aldeia Abelhinha e é avô de Dutsã. Segundo o costume, como homem mais velho ele é o responsável por ensinar os cantos, as danças, o artesanato e as técnicas da construção das casas para os mais jovens, além de contar a mitologia do povo.

A índia Kadiwéu Ramona Soares desenhando com jenipapo, na cidade de Bodoquena-MS. Foto: Guto Pascoal - Fonte da imagem: site Com Ciência )

Lenda Kadiwéu

Criação e erro
(Fonte: site Jangada Brasil)
(Lenda narrada em kadiwéu por Alfredo Chuvarada e traduzida por Ambrósio da Silva.)

Quando Deus começou a criar o mundo, principiou pelas árvores. Ele plantou, de início, o tarumã, a paineira, a aroeira, a peroba e outras árvores.
Findo o momento da primeira criação, Deus imaginou que estas árvores não servissem para serem transformadas em pessoas, pois não se moviam, fixas ficavam no espaço. Então, o Criador desistiu de sua intenção, embora as árvores possuíssem feição e cabelos humanos.
Destruiu-se, assim, a primeira geração, restando, como herança, o capim, cabelos das árvores.
Passaram a ser criadas as aves.
Foram chamados o joão-grande, o corvo, o gavião penacho, a ema e outras aves. Cada ave foi observada, para verificar sua ambientação na terra. As aves não possuíam penas, somente pele. Elas conversavam entre si, num igual idioma.
Certo dia, o caranchó perguntou ao Criador:
- Como pode um pássaro de três dedos se transformar em ser humano? Isto é muito interessante!
- Tudo tem o seu tempo, respondeu o Senhor.
A nossa história diz que Deus mandou uma grande chuva e quando as águas cessaram, as aves da primeira geração haviam desaparecido, restando unicamente as da segunda geração.
Fez então Deus uma plantação de mandioca, melancia e outras espécies.
Todavia, apareceram os ladrões agindo à noite - naquele tempo já havia erro - sem serem capturados. Resolveu Deus colocar um guarda. A escolha recaiu sobre a coruja. Ela cantou a noite toda, mas, de madrugada, adormeceu, e a plantação novamente foi saqueada.
No dia seguinte, o carão foi vigiar a roça, cantando noite afora. Nesse entretempo, Deus ordenou à avestruz que coletasse caramujos para o carão saborear, após o turno de ronda. Enchesse um baquité para presentear o vigilante>
Ao clarear o dia, os ladrões apareceram, e o carão principiou a gritar. Apareceu o Criador e o carão o informou onde se encontravam os ladrões. Estavam eles escondidos em um enorme buraco.
Deus imaginou um meio de desalojá-los. O carão foi puxando cada ser, e Deus nomeava-os a cada um, dando-lhes uma tribo, um nome, uma linguagem e uma missão.
Ao final da obra, o carão perguntou se não faltava mas uma tribo. Veio-lhe a resposta:
- Que tribo falta ainda?
- A tribo kadiwéu!
Foram tirados, então, um homem e uma mulher que ainda estavam no fundo do buraco.
Disse Deus ao casal:
- Por serem os últimos da fila, vocês formarão os kadiwéus; não sendo, portanto, numerosos como tribo. Por isso até hoje os kadiwéus são em restrito número.
Novamente o carão indagou:
- Não falta mais nada? E os chamucocos?
- Como fazer, se não existe ninguém mais no buraco?
- Então, o Criador quebrou um galho de paratudo seco, passou-o nas nádegas e o jogou ao mato, para que se transformasse em gente.
- Como vocês são os derradeiros, serão escravos! disse o Senhor.
Aqui nossa história termina.



Apresentação do ritual dos pajés da Tribo dos Ashaninkas, onde cantavam e tocavam tambores confeccionados pelos próprios membros da comunidade. As músicas tocadas por eles representam uma louvação Deus. Os povos Ashaninkas estão representados no encontro com 15 membros de sua etnia. Ao todo, cerca de 450 índios Ashaninkas vivem na aldeia preservando sua cultura tradicional (no IV Encontro de Cultura Indígena do Acre e Sul do Amazonas - Fonte)
Clique aqui para assistir ao vídeo da apresentação Ashaninka

domingo, 2 de julho de 2006

Peça: Casaca (tocado como um reco-reco) - Material: madeira - Feito por índios Tupiniquim.
Local: Espírito Santo (Fonte: Iandé)

sábado, 1 de julho de 2006



O SESC e o Instituto Teko Arandu convidam para o lançamento do CD "Ñande Arandu Pygua" - Memória Viva Guarani.
- Apresentação do grupo de dança e canto do Instituto Teko Arandu, formado por 120 crianças e jovens guarani e tupi-guarani.
- Dramatização de cenas do cotidiano guarani.
- Oficinas de dança do Xondaro, dança do Tangará, pintura corporal e confecção de colares.
Dias 01 e 02 de julho - teatro - sábado, 21 h e domingo, 18 h.
SESC Pinheiros - Rua Paes Leme, 195 - São Paulo - SP. Tel.: (11) 3095 9400