Xingané - Festa Ancestral Apurinã
(informações relacionadas a exposição fotográfica de Amilton Forcinetti em 2001 - FONTE)
(informações relacionadas a exposição fotográfica de Amilton Forcinetti em 2001 - FONTE)
XINGANÉ
Segundo Forcinetti, o povo Apurinã da aldeia Camicuã, localizada na divisa dos estados do Acre e Amazonas, está em contato com o "branco" há aproximadamente um século, desde o 1º ciclo da borracha na região. Apesar de ter absorvido muitos costumes ocidentais, como o uso da espingarda, de roupas e utensílios domésticos, muitas de suas tradições permanecem intactas, como seus mitos e festas. O Xingané é uma delas, dedicada aos mortos. Quando um membro da aldeia morre, um de seus filhos fica responsável por fazer três festas em sua homenagem. Acredita o Apurinã que somente após este ritual o espírito estará liberto.
Segundo Forcinetti, o povo Apurinã da aldeia Camicuã, localizada na divisa dos estados do Acre e Amazonas, está em contato com o "branco" há aproximadamente um século, desde o 1º ciclo da borracha na região. Apesar de ter absorvido muitos costumes ocidentais, como o uso da espingarda, de roupas e utensílios domésticos, muitas de suas tradições permanecem intactas, como seus mitos e festas. O Xingané é uma delas, dedicada aos mortos. Quando um membro da aldeia morre, um de seus filhos fica responsável por fazer três festas em sua homenagem. Acredita o Apurinã que somente após este ritual o espírito estará liberto.
PESCA DOPANTE
Para a festa é necessária muita comida e bebida, pois são convidados membros de todas as aldeias da região. O suprimento é conseguido através de excursões de caça e pesca pela floresta. A pescaria é praticada do mesmo modo dos antigos Apurinãs. Um grupo procura um cipó conhecido como "tingui". Após recolher uma boa quantidade, se reúnem para bater e triturar a planta, que fica parecida com o bagaço da cana. Em seguida colocam o "tingui" dentro de grandes cestos e se dirigem para o alto de um igarapé (rio estreito), onde é iniciada a "lavagem" do cipó. Imerso na água corrente o cipó solta um líquido leitoso que muda a coloração da água, de ocre para esbranquiçada. "Como por encantamento" os peixes começam a boiar desorientados com o efeito dopante causado pelo cipó e são capturados com facilidade ao longo do igarapé. O cipó não causa efeitos no homem. Em menos de uma hora o grupo recolhe mais de 100 quilos de peixes que, depois de assados serão servidos juntamente com "rapé" e uma bebida extraída da banana e mandioca conhecida como "caissuma". A festa tem duração de dois dias, com danças ininterruptas por toda a noite.
Para a festa é necessária muita comida e bebida, pois são convidados membros de todas as aldeias da região. O suprimento é conseguido através de excursões de caça e pesca pela floresta. A pescaria é praticada do mesmo modo dos antigos Apurinãs. Um grupo procura um cipó conhecido como "tingui". Após recolher uma boa quantidade, se reúnem para bater e triturar a planta, que fica parecida com o bagaço da cana. Em seguida colocam o "tingui" dentro de grandes cestos e se dirigem para o alto de um igarapé (rio estreito), onde é iniciada a "lavagem" do cipó. Imerso na água corrente o cipó solta um líquido leitoso que muda a coloração da água, de ocre para esbranquiçada. "Como por encantamento" os peixes começam a boiar desorientados com o efeito dopante causado pelo cipó e são capturados com facilidade ao longo do igarapé. O cipó não causa efeitos no homem. Em menos de uma hora o grupo recolhe mais de 100 quilos de peixes que, depois de assados serão servidos juntamente com "rapé" e uma bebida extraída da banana e mandioca conhecida como "caissuma". A festa tem duração de dois dias, com danças ininterruptas por toda a noite.
5 comentários:
Legal, hein ?? Então vamos brindar com um pouquinho de " caissuma" que pelo jeito deve ser uma delícia !! Adiciona um pouquinho de vodka e leite condensado.. hummmm!!
Xinga, né ?
Ficticia, então você já inventou até um coquetel de caissuma :)) Beijos da Ursa
Jôka, estou rindo do seu trocadilho. Xingo não, viu? ;))
Beijos da Ursa
legal aforma deles encararem a morte, com alegria, pois é uma passagem.
Agora, tem um trocadilho que fica engraçado:XINGA MANÉ.uma vírgula, fica:XINGA, MANÉ...
Ai a nossa língua portuguesa...
Beijos floridos. e desculpe abri
Janaína, trocadilho em tupi e português :)) Beijos!
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