Taz - o demônio da Tasmânia existe
Maria Ramos
Maria Ramos
(Fonte: Museu da Vida)
Ele vem rodopiando como um tornado, comendo tudo o que vê pela frente, seja animado ou inanimado. Popularmente conhecido como Taz, o famoso personagem mal-humorado do desenho animado, teve a sua criação inspirada nos temíveis demônios, ou diabos-da-tasmânia. Os verdadeiros demônios não rodopiam, mas de fato seu apetite é voraz, e seu temperamento difícil. Peixes, pássaros, rãs, répteis, mamíferos e até insetos: nada escapa à fome devoradora destes animais.
O Sarcophilus harrisii, nome científico do demônio-da-tasmânia, é um marsupial, ou seja, um mamífero que gera as suas crias em bolsas externas ao corpo, como os cangurus. Como o próprio nome sugere, os demônios só existem na ilha da Tasmânia, um estado da Austrália. Mas hoje, sabe-se que a espécie provavelmente vivia em todo o continente australiano, por causa dos fósseis encontrados na região.
A extinção dos demônios no continente deve ter ocorrido cerca de 600 anos antes da colonização, ou seja, da chegada dos europeus. As causas do desaparecimento ainda são desconhecidas, mas acredita-se que possa estar relacionada com a introdução do dingo, uma espécie de cão selvagem, muito mais ágil na disputa por alimentos.
Mas você deve estar se perguntando por que estes animais são chamados de “demônios”, não é mesmo? Conta a história que quando os colonizadores europeus chegaram à Tasmânia, começaram a ouvir latidos e grunhidos aterrorizantes que vinham das florestas, onde os demônios costumam se abrigar. E ao encontrarem estes animais no meio da noite, viram que tinham o pêlo preto (exceto por uma mancha branca no peito), uma boca enorme e dentes grandes e afiados. Terrível, não? Um verdadeiro demônio...
Os demônios-da-tasmânia têm uma aparência ameaçadora, principalmente quando estão em situações de estresse. Nestas circunstâncias, eles exalam um mau cheiro parecido com o de gambás. Possuem uma cabeça relativamente grande, orelhas arredondadas e um focinho pontiagudo. São caçadores noturnos e possuem audição e olfato aguçados. Durante o dia, escondem-se em cavernas, velhas tocas, arbustos ou troncos. Parecem vagarosos e desajeitados. Os mais jovens são mais ágeis, sendo capazes de escalar, nadar e correr. O tamanho dos demônios pode variar bastante, mas os maiores atingem 80 cm de comprimento e 12 kg de peso, sendo as fêmeas geralmente maiores que os machos.
Antes de partirem para uma briga, os demônios fazem uma variedade de ruídos ferozes, grunhidos e tosses severas. Um espirro afiado é usado como um desafio para outros demônios. Mas calma! Os demônios não costumam atacar pessoas, a menos que se sintam ameaçados. Em cativeiro, são normalmente dóceis.
Os demônios podem ser úteis ao manter a higiene nas áreas rurais, já que são basicamente comedores de carniça. Devido aos dentes e mandíbulas poderosos, podem comer quase toda uma carcaça, inclusive os ossos. Mas também se alimentam de presas vivas, como pequenos mamíferos e pássaros. Por isso, causam prejuízos ao homem, atacando galinhas e rebanhos de ovelhas, o que fez com que, por muito tempo, eles fossem caçados e envenenados. Hoje, muitos fazendeiros apreciam os demônios, por impedirem a proliferação de ratos.
Depois de terem corrido risco de extinção, atualmente os demônios são protegidos por lei. Eles têm uma importância muito grande para o turismo e são um ícone da vida selvagem na Tasmânia. Nos últimos anos, entretanto, uma doença chamada Tumor Facial dos Demônios tem matado a população adulta. Identificada em 1999, causa tumores em torno da boca, sendo normalmente fatal por impedir a alimentação do animal. Cerca de 65% da população foi afetada e estima-se que 20 a 50% deles possam ter morrido. O modo de contágio ou propagação da doença permanece desconhecido.
Ele vem rodopiando como um tornado, comendo tudo o que vê pela frente, seja animado ou inanimado. Popularmente conhecido como Taz, o famoso personagem mal-humorado do desenho animado, teve a sua criação inspirada nos temíveis demônios, ou diabos-da-tasmânia. Os verdadeiros demônios não rodopiam, mas de fato seu apetite é voraz, e seu temperamento difícil. Peixes, pássaros, rãs, répteis, mamíferos e até insetos: nada escapa à fome devoradora destes animais.
O Sarcophilus harrisii, nome científico do demônio-da-tasmânia, é um marsupial, ou seja, um mamífero que gera as suas crias em bolsas externas ao corpo, como os cangurus. Como o próprio nome sugere, os demônios só existem na ilha da Tasmânia, um estado da Austrália. Mas hoje, sabe-se que a espécie provavelmente vivia em todo o continente australiano, por causa dos fósseis encontrados na região.
A extinção dos demônios no continente deve ter ocorrido cerca de 600 anos antes da colonização, ou seja, da chegada dos europeus. As causas do desaparecimento ainda são desconhecidas, mas acredita-se que possa estar relacionada com a introdução do dingo, uma espécie de cão selvagem, muito mais ágil na disputa por alimentos.
Mas você deve estar se perguntando por que estes animais são chamados de “demônios”, não é mesmo? Conta a história que quando os colonizadores europeus chegaram à Tasmânia, começaram a ouvir latidos e grunhidos aterrorizantes que vinham das florestas, onde os demônios costumam se abrigar. E ao encontrarem estes animais no meio da noite, viram que tinham o pêlo preto (exceto por uma mancha branca no peito), uma boca enorme e dentes grandes e afiados. Terrível, não? Um verdadeiro demônio...
Os demônios-da-tasmânia têm uma aparência ameaçadora, principalmente quando estão em situações de estresse. Nestas circunstâncias, eles exalam um mau cheiro parecido com o de gambás. Possuem uma cabeça relativamente grande, orelhas arredondadas e um focinho pontiagudo. São caçadores noturnos e possuem audição e olfato aguçados. Durante o dia, escondem-se em cavernas, velhas tocas, arbustos ou troncos. Parecem vagarosos e desajeitados. Os mais jovens são mais ágeis, sendo capazes de escalar, nadar e correr. O tamanho dos demônios pode variar bastante, mas os maiores atingem 80 cm de comprimento e 12 kg de peso, sendo as fêmeas geralmente maiores que os machos.
Antes de partirem para uma briga, os demônios fazem uma variedade de ruídos ferozes, grunhidos e tosses severas. Um espirro afiado é usado como um desafio para outros demônios. Mas calma! Os demônios não costumam atacar pessoas, a menos que se sintam ameaçados. Em cativeiro, são normalmente dóceis.
Os demônios podem ser úteis ao manter a higiene nas áreas rurais, já que são basicamente comedores de carniça. Devido aos dentes e mandíbulas poderosos, podem comer quase toda uma carcaça, inclusive os ossos. Mas também se alimentam de presas vivas, como pequenos mamíferos e pássaros. Por isso, causam prejuízos ao homem, atacando galinhas e rebanhos de ovelhas, o que fez com que, por muito tempo, eles fossem caçados e envenenados. Hoje, muitos fazendeiros apreciam os demônios, por impedirem a proliferação de ratos.
Depois de terem corrido risco de extinção, atualmente os demônios são protegidos por lei. Eles têm uma importância muito grande para o turismo e são um ícone da vida selvagem na Tasmânia. Nos últimos anos, entretanto, uma doença chamada Tumor Facial dos Demônios tem matado a população adulta. Identificada em 1999, causa tumores em torno da boca, sendo normalmente fatal por impedir a alimentação do animal. Cerca de 65% da população foi afetada e estima-se que 20 a 50% deles possam ter morrido. O modo de contágio ou propagação da doença permanece desconhecido.
2 comentários:
Que legal, pensei que esses bicho só existisse em desenhos animados ! Mas até que ele é engraçado, né !
Jôka, ele tem um bocão parecido com o do desenho animado :)) Beijos da Ursa
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