(Trechos de tópico do blog Impressões Amazônicas, de Altamiro Vilhena)
Poucos animais exercem tanto fascínio sobre nós quanto os
golfinhos. Golfinhos são tudo de bom. Inteligentes como macacos,
simpáticos como pandas, afetuosos como cachorros. Como eu disse...
tudo de bom!
No Brasil há vários lugares onde os golfinhos podem ser
vistos nas praias. Nos rios amazônicos encontramos duas espécies, aqui
chamadas de botos: o cinza, conhecido como tucuxi e o cor-de-rosa. O
cor-de-rosa é animal especial, mágico, que ganhou fama de lenda. Maior
que o primo cinzento, é acusado de seduzir mocinhas, levando-as ao
fundo dos rios para noites de amor, nas quais, invariavelmente, as
engravidam. A fama é tão grande que em todo mercado mais popular,
inclusive no famoso Ver-o-peso, de Belém, se encontra com facilidade
(contrariando as nossas leis ambientais), tanto o “sexo do boto”
quando o “sexo da bota”, ambos com propriedades afrodisíacas
incomparáveis, segundo os locais.
Assim, seduzido pelos botos, cá estou eu em Novo Airão,
município amazonense distante cerca de três horas de Manaus, para
mergulhar com os botos cor-de-rosa. Sim, aqui eles são tão habituados
com a presença humana que se pode mergulhar com eles – sem o perigo de
ser levado para o fundo das águas.
E vou ser sincero, fui enfeitiçado. Não sei se é
“ambientalmente correto”, mas... é tudo de bom. Eles são realmente
dóceis e se aproximam com facilidade. Na verdade não são tão
desinteressados, pois a melhor forma de atrai-los é com um bom punhado
de peixe, mas uma vez que o cheiro do peixe cai no rio, lá vem. Um,
dois, três, quatro... contei até sete botos. E se você entra com o
peixe dentro do rio eles vem “abraçá-lo” gentilmente, pedindo o peixe.
O problema é que, embora gentis conosco, não são assim com os irmãos
de espécie, e então, como dois botos não podem ocupar o mesmo lugar no
espaço, um pula por cima do outro, da focinhada e até morde, na
tentativa de deixar claro que “este peixe é meu”.
Exceto por esta briga entre irmãos, que é possível de ser
administrada com um bom estoque de peixes, a alegria é contagiante. A
gente se sente meio Namor, Aquamen, Netuno ou qualquer uma destas
criaturas meio humanas, meio aquáticas que habitam nosso imaginário.
Com uma máscara você pode mergulhar abraçado a eles, com um peixe bem
acima da linha d’água eles chegam a colocar as barbatanas de fora. E
com um pouco de paciência, logo você tem fotos de toda família... pois
cada boto já foi batizado e tem seu nome próprio, podendo ser
identificado por diferentes sinais como um bico torto ou manchas na
face.
Novo Airão, guardem este nome. Não dá vontade de ir
embora. A sensação de integração a natureza é única. A plenitude maior
ainda. Posso ter abraçado um boto, mas com certeza fui abraçado por
Deus.
9 comentários:
Oi Angela!!! Obrigado por mais uma vez dar uma força no meu blog. Sua Floresta está cada vez mais legal. E lembre-se que o convite está feito: quando quiser conhecer Roraima, será nossa convidada. E traga a família!
Abraços,
Altamiro
Oi, passei pra conhecer seu blog, e desejar boa semana
bjss
aguardo sua visita :)
nossa, anga, ele parece o saulo, levei um susto!
como andas?
besos
Altamiro, adorei sua visita! E muito obrigada pelo convite! :)) Abraços floridos da Ursa
Dri Viaro, seja sempre bem-vindo à floresta! Abraços florestais! :))
Maira, que surpresa receber sua visita! :)) Ele lembra, sim, o Saulo. Por aqui ando em ritmo meio acelerado de trabalho de fim de ano e mudança de computador. Beijos!!
Ele, o boto.
Jôka, tem a ver com a lenda do boto ;)) Beijos da Ursa!
Angela, minha super querida amiga, já vim deixar um beijo e os meus votos de felicidades e saúde, porque nem sei se vai dar pra passar aqui até o Natal!
Então tudo de bom pra vocês e os queridos amigos da sua floresta!
Querido Jôka, também desejo a você um Natal cheio de paz e alegrias. E de presente muito amor para você!! :))
Beijos no coração e muito carinho para você e sua linda família
Ah, os botos... Adortei a postagem!
Ursa, um lindo Natal para Voce!!!!!!
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