segunda-feira, 5 de setembro de 2005


Ararinha-azul (Fonte: site ambientebrasil)
(considerada extinta pelo IBAMA, em julho de 2002, em seu habitat natural)
(tópico em resposta a pedido da Margaret do blog Anna Karenina )

Ela está praticamente extinta devido à grande degradação do seu hábitat e do tráfico de animais silvestres.
A Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) encontra-se em um importantíssimo ecossistema brasileiro - a Caatinga. É uma espécie endêmica (que só ocorre na região) do nordeste brasileiro, que vive na Bahia, no Piauí e Maranhão.
Esta espécie alimenta - se de frutos (seu fruto preferido é o da palmeira buriti). Os psittaciformes apresentam características especiais: ao longo de sua vida têm apenas um parceiro, formando casais fiéis por toda a vida. Se algum deles morre, o outro permanece sozinho ou apenas se integra a um novo grupo.
A ararinhas fazem ninhos em ocos de árvores bem altas e antigas. Devido ao corte indiscriminado de árvores da caatinga, restam apenas árvores mais jovens, não tão desenvolvidas e nem altas. Assim, esta espécie encontra muitas dificuldades de se adaptar a novas condições.
Mas o maior responsável pelo desaparecimento desta ave é o intenso tráfico. Os compradores são atraídos pela sua intensa cor azul e principalmente pela ganância de possuir uma espécie tão rara.
Mesmo com as campanhas de educação ambiental e inúmeros projetos de ecologia e conservação, está espécie não vive mais solta na natureza, restando algumas em cativeiro, onde é extremamente rara a sua reprodução.
A proteção e o equilíbrio do hábitat é de extrema importância para as espécies e o ciclo de energia da vida. Infelizmente, no caso desta espécie, já não adiantam mais programas e projetos ambientais É um grande alerta para que outras espécies inseridas no mesmo ecossistema ou em outros não tenham o mesmo destino. E isto depende não só da conscientização, mas de ações práticas no dia-a-dia para evitar a degradação do meio ambiente.

2 comentários:

Fred disse...

É verdadade, ao longo da BR-101 e de outras rodovias, no Nordeste, vemos crianças e adultos vendendo aves e pior, filhotes de papagaios, araras, com baixa probabilidade de sobrevivência.
Triste realidade.

Abraços

Fred

Angela Ursa disse...

Fred, a situação chegou num ponto em que não se consegue mais controlar esse tipo de tráfico. Realmente, uma tristeza o que sofrem esses animais, ameaçados de completa extinção. Abraços florestais da Ursa!