segunda-feira, 26 de setembro de 2005

(Fonte da foto)

Povo Tupinambá e a 5a Peregrinação em Memória dos Mártires do Rio Cururupe
(notícia de 23/09/2005)
O povo Tupinambá de Olivença, que vive na Bahia, vai celebrar pelo quinto ano consecutivo a história de seu povo. Nos dias 24 e 25 de setembro, eles realizam a 5a. Peregrinação em Memória dos Mártires do Rio Cururupe, relembrando um massacre que aconteceu às margens do rio, em 1937. Devem participar da caminhada cerca de 2000 indígenas, além de católicos das cidades próximas que, anualmente, apóiam a atividade indígena.
Povo Tupinambá reúne 2000 em peregrinação no domingo, dia 25
O povo Tupinambá de Olivença, que vive na Bahia, vai celebrar pelo quinto ano consecutivo a história de seu povo. Nos dias 24 e 25 de setembro, eles realizam a 5a. Peregrinação em Memória dos Mártires do Rio Cururupe, relembrando um massacre que aconteceu às margens do rio, em 1937. Devem participar da caminhada cerca de 2000 indígenas, além de católicos das cidades próximas que, anualmente, apóiam a atividade indígena.
A Peregrinação começa na noite de sábado, dia 24, com rituais que serão realizados na Praça N. Sra. da Escada, na cidade de Olivença, Bahia.
No dia 25, a partir das 8h30, os indígenas realizam rituais e saem em uma caminhada de 8 km entre Olivença e o Cururupe.
A Peregrinação recorda um massacre chamado pelos anciãos do povo Tupinambá de “A última revolta do caboclo Marcelino”, em referência ao líder da reação dos indígenas contra o furto de suas terras. No episódio foram mortos “uma légua de índios”, mas nunca houve um julgamento para punir os culpados.
“Diante do martírio do passado dos índios Tupinambá de Olivença que hoje continua através da fome, da falta de terras para trabalhar, da ausência de políticas públicas diferenciadas de educação, saúde, moradia e transporte, o povo Tupinambá de Olivença convoca a toda a população para estarmos juntos no domingo para dizermos não a tanta violência”, dizem os indígenas no convite da Peregrinação.
O povo Tupinambá de Olivença aguarda a publicação, no Diário Oficial, do relatório de identificação de sua terra, que foi concluído pela Funai. Hoje, seu território é tomado por posseiros e fazendeiros e muitos dos índios trabalham em fazendas de cacau e frutas da região.
Para mais informações: (73) 3269 1937
Cacique Tupinambá - Maria Valdenice Amaral de Jesus (Fonte)

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