segunda-feira, 30 de abril de 2007

Pajés Yawanawa

Yawanawa
(Fonte: site do povo Yawanawa)

Nos autodenominamos Yawanawa, o povo da queixada.
Antes do contato o povo Yawanawá vivia totalmente dependentes da natureza. A natureza era tudo para nós, nossa espiritualidade, nossa comida, nossa diverssão, nossa vida. Eramos uma grande familia vivendo todos juntos em uma grande maloca, compartilhando tudo do que tínhamos. Como nosso próprio nome indica, vivíamos como uma manada de queixadas, onde éramos comandados pelo grande chefe queixada.
Viviamos da caça e da pesca. Eramos conhecidos por ter grandes guerreiros e grandes pajés que matavam até com uma olhada, assim também como faziam grandes curas e predições. Desfrutavamos de uma grande terra que não tinha limites para nós.
Desde o surgimento de nosso povo, nunca nos afastamos um do outro para viver em diferentes lugares. Não viemos de outro lugar ou pertencemos a um outro grupos indígena. Somos um povo único com uma cultura e língua própria.
Nosso povo está dividido em três grupos, o primeiro grupo é o desde da criação que é o Yawãwa, o que forma o povo Yawanawa de hoje; o segundo grupo são os Yawaramine, que se transformaram em queixadas e vivem pela mata, eles tem o corpo de queixada, mais o coração de gente; o terceiro grupo são os Yawavãinihu (puyahi hunihu) que subiram vivos para o céu e vivem dentro das nuvens e só se encontram com outros Yawa depois da morte.
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Vivem ao redor de 620 Yawanawa na Terra Indígena do Rio Gregório, localizado no Estado do Acre, no suldoeste da Amazônia Brasileira. A Terra Indígena do Rio Gregório foi demarcado fisicamente em 1984 com 92,859,749 hectares, 20 anos depois o povo Yawanawa pediu a revisão de limites de 92.254 hectares.

7 comentários:

Lucinéia, para o íntimos disse...

Oi, Angela! Não dá pra entender porque entra governo e sai governo e ninguém faz nada para melhorar situação dos povos indígenas no Brasil.
Sobre os ornamentos deles, achei engraçados esses "piercings" que parecem duas uvas, uma em cada narina.
Beijo pra ti, querida Angela, e ótima semana.

Anônimo disse...

Pra você ver como os índios nos influenciaram , mas pena que as pessoas não dão valor para isso.
Beijos,
Janaina de Almeida, Rio de Janeiro.

Angela Ursa disse...

Luciane, os governos não fazem nada mesmo, porque há muitos interesses por trás disso em relação às terras indígenas. Beijos floridos da Ursa para você! :))

Janaína, no nosso dia-a-dia, se a gente prestar atenção, há tantas influências indígenas em nossas vidas, a começar pelo nome das cidades, de alimentos, etc. Beijos da Ursa! :))

Luma Rosa disse...

O que mais me encanta nos indígenas é essa raiz divina ligada à espiritualidade.
Bom dia!! Beijus

Janaina disse...

Eu to com a Luma. Sou encantada com a espiritualidade que eles têm. Com a ligação com seus pajés e deuses.
Beijos, Angela!

Anônimo disse...

Índios... Raízes... Um povo que não respeita suas raízes é árvore de tronco frágil, folhas sem vida e frutos murchos. Estamos nos índios, interferindo em seus hábitos, modificando seu olhar à Terra. Quantas vezes olhamos e dignificamos o Índio que nos habita em sangue e cultura?
Angela, seu blog tem cheiro de terra. Este é um cheiro bom. ;)
Beijo pr'ocê! Vc é muito bem vinda ao Epiderme da Alma.

Angela Ursa disse...

Luma e Janaína, a religiosidade indígena tem uma ligação muito forte com o cotidiano deles. Beijos da Ursa :))

Lela, obrigada pela sua visita e pelos seus comentários sobre a Floresta :)) Beijos da Ursa!