
segunda-feira, 12 de setembro de 2005
domingo, 11 de setembro de 2005
Fogo queima floresta de oito reservas no Amazonas (Fonte)
O Sipam - Sistema de Proteção da Amazônia informou nesta sexta-feira (9) que detectou focos de fogo em oito reservas no Estado do Amazonas, sendo sete delas indígenas e uma floresta estadual. A maioria das reservas fica localizada no Sul do Amazonas. A região é vizinha do chamado 'Arco do Fogo', ao lado dos estados do Mato Grosso e Pará. A maioria das reservas está localizada nos municípios de Apui, Humaitá, Lábrea e Manicoré. Quatro das reservas pertencem aos índios Telharim. (Orlando Farias/ JB Online, 09/09/05)

Áreas Protegidas da Amazônia (Fonte)
O Programa Áreas Protegidas do WWF-Brasil tem como missão principal acompanhar e apoiar a execução do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), uma iniciativa do governo federal, criada em 2002, para implementar uma rede de unidades de conservação - ou áreas protegidas - que propicie a conservação de amostras representativas das diferentes paisagens da Amazônia brasileira. As áreas beneficiadas pelo Arpa fazem parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc).
A criação do Programa Áreas Protegidas resulta dos compromissos assumidos pelo WWF-Brasil com os parceiros do Arpa, especialmente com o Ministério do Meio Ambiente, a quem cabe a coordenação deste programa federal. Por ter participado desde o início de sua formulação, o WWF-Brasil integra as instâncias decisórias e de planejamento do Arpa, ao mesmo tempo em que lidera um esforço coordenado, do qual participam outros parceiros, para captar novos recursos financeiros para o programa.
Em sua estratégia, o WWF-Brasil realiza também atividades complementares, destinadas a colaborar para o aprimoramento do Snuc e a fortalecer a implementação do Arpa. Essas atividades são realizadas por meio de parcerias com o Ibama, com governos estaduais e com organizações da sociedade civil da Amazônia. Um exemplo é o apoio técnico e financeiro dado pelo WWF-Brasil à elaboração de planos de manejo, um instrumento crucial para o bom funcionamento das unidades de conservação.
sábado, 10 de setembro de 2005

Nome científico: Colomesus Asellus. Família: Tetraodontidae. Origem: Amazônia, Venezuela e Guianas. Alimentação: Alimentos vivos, pequenos crustáceos, peixes e minhoca. Tamanho: 15 cm. Índole: agressivo e cardume.
Descrição: O baiacu, não é um peixe indicado para aquários comunitários, é muito briguento e também muito guloso, peixes menores são atacados e devorados com muita facilidade, e também não se intimida com espécies maiores, podendo atacar e destruir nadadeiras e caudas. O indicado para viver com eles são os da própria espécie ou peixes do mesmo porte e fugidios ( o baiacu pode atingir em cativeiro 15 cm de comprimento). O aquário indicado para o mesmo deve ter no mínimo 50 litros de capacidade, ser bem plantado , ter uma meia dúzia de baiacus. Tem um nado tranqüilo, dando a impressão de ser preguiçoso e lento, porém ao atacar uma presa pode atingir uma velocidade enorme. Está espécie, tem uma característica singular, pois quando ameaçado, engole pequenas porções de água, ou de ar, dependendo do lugar em que esteja, fazendo com que seu estômago se encha, e seu tamanho aumente, com isto ele se protege de seus predadores. Reprodução: Não existem relatos a respeito de sua reprodução em cativeiro. (Fonte)
sexta-feira, 9 de setembro de 2005
quinta-feira, 8 de setembro de 2005

(Fonte: Boletim do GRUMIN/Rede de Comunicação Indígena - Endereço: R. Silva Pinto 153/401 (parte) - Vila Isabel, Rio de Janeiro-RJ, BRASIL, CEP: 20 551-190Tel: 031-21-2577-5816.)
Título: Sol do Pensamento
Autor: Diversos autores Indígenas
Organizadora: ELIANE POTIGUARA
Produção:Vanderli Medeiros
Apoio e Capa: Celito Medeiros
"Este é o 1º E-book indígena na Internet. Um livro eletrônico. Clique aqui para fazer o download. É um arquivo executável e CONFIÁVEL. Não tenha medo. Não é vírus, é o nosso livro, totalmente gratuito para você. Divulgue-o em seu site, nas suas listas, GRUPOS. Autorizamos o link dele em seu site. Nos comunique!"
Eliane Potiguara: http://www.elianepotiguara.org.br/
(no site tem um botão chamado e-book, v. pode também fazer o download, clicando nele!)

Brinquedos e brincadeiras dos índios brasileiros
(trecho de matéria também enviada pela amiga Beth - Fonte: Agência Carta Maior )
Instigar a curiosidade das crianças pelo surpreendente universo dos povos indígenas brasileiros é a proposta do evento, um convite para o público experimentar um olhar diferente sobre a brincadeira urbana e contemporânea.
Um caminho de patinhas de onça coladas ao chão leva os visitantes do projeto Brinquedos e Brincadeiras dos Índios Brasileiros para um empolgante passeio pelo cotidiano lúdico dos índios brasileiros. Aberta em 7 de setembro e estendendo-se até 23 de outubro no SESC Ipiranga, a mostra exibe uma ambientação temática para transportar crianças e adultos para o universo do povo indígena, por meio de uma viagem pelos seus jogos, brinquedos e brincadeiras. A visita ao evento é aberta ao público em geral. Durante a semana, de terça a sexta, haverá atendimento especial para escolas, com agendamento antecipado.
Embalados por sons da natureza (emitidos por sensores pendurados em árvores) e guiados, ainda, por grafismos indígenas, os visitantes do evento podem conhecer uma exposição de brinquedos originais criados pelos índios, participar de vivências das brincadeiras, oficinas de confecção de brinquedos e jogos, além de apreciar as apresentações de dança e embarcar junto com os contadores de histórias pelo universo lúdico da tradição oral do povo indígena.
Logo na entrada do SESC Ipiranga, um telão exibe cenas da expedição Jogos Indígenas do Brasil, uma realização da Origem Jogos e Objetos coordenada pelo jornalista e pesquisador Maurício de Araújo Lima, que visitou oito tribos indígenas – Camaiurá, Bororo, Pareci, Canela, Ticuna, Maioruna, Manchineri e Guarani – espalhadas pelos Estados do Amazonas, Acre, Maranhão, Mato Grosso e São Paulo, entre 2003 e 2004. Nesse espaço, estão expostas cerca de 45 fotografias, editadas desse extenso trabalho de pesquisa e que retratam a harmonia entre os jogos e brincadeiras e o cotidiano dos povos indígenas.
Na área de convivência, o chão apresenta-se como uma réplica ampliada do tabuleiro do jogo da onça, um jogo de estratégia que já era conhecido na América do Sul antes da chegada dos europeus e jogado por várias tribos do Brasil. Em suportes de terra batida, estão expostos, para o visitante conhecer e aprender a jogar, os brinquedos e jogos autênticos dessas tribos. No mesmo espaço, dezenas de mãos ensinam a brincar o jogo da cama-de-gato (brincadeira onde o jogador usa um cordão que vai enlaçando nos dedos das duas mãos e forma figuras como peixes, plantas etc). Entre uma e outra brincadeira, o público pode descansar em pequenos bancos de madeira, confeccionados no formato de animais da fauna brasileira, que estão dentro de uma oca cenográfica, montada especialmente para a exibição do documentário completo, resultado de 30 horas de gravação produzidas durante a expedição.
Típico programa de índioPara completar esse típico programa de índio, no quintal do SESC Ipiranga, a praça vermelha transforma-se num pátio com piso de terra batida para receber os 11 índios da tribo Pareci, vindos especialmente do Estado do Mato Grosso e que ficarão em São Paulo até 18 de setembro. Eles ensinam diversas brincadeiras e jogos praticados nas aldeias, como forma de diversão e preservação da tradição e da cultura dos índios, como perna-de-pau, jogo banana, brincadeira ema e taco, entre outras.
Nas oficinas, as crianças aprendem a fazer seu próprio brinquedo, confeccionado com a utilização mista de materiais autênticos e alternativos. Nas vivências, podem brincar com perna-de-pau, pião, peteca, bilboquê, cama-de-gato, bola de gude, jogo da onça, bumerangue, quebra-cabeça, peteca e zunidor, entre outros. Montados no quintal, dois brinquedos gigantes – um jogo da velha e um quebra cabeça – são atrativos irresistíveis para os visitantes.
Para conhecer toda essa história de índio vale ouvir o jornalista Maurício de Araújo Lima, que fará um relato de sua pesquisa e experiência em visitar várias tribos indígenas, no bate-papo Falando sobre Índio, neste dia 8 de setembro, quinta-feira. O encontro contará, ainda, com o professor do Museu Britânico Irving Finkel (especialista em jogos e coordenador de um amplo trabalho de pesquisa na Índia), com Renata Meirelles (coordenadora do projeto BIRA – Brincadeiras infantis da região Amazônica) e com Marina Herrero (gerente-adjunta do SESC São Carlos, que está realizando pesquisa dos jogos e brincadeiras nas aldeias do alto Xingu). A mediação será de Celina Tamashiro (assistente da gerência da GDFE – Gerência de Desenvolvimento Físico e Esportivo do SESC em São Paulo), que também falará da importância da brincadeira para a linha de ação desenvolvida pela instituição.
Para completar essa variada programação, Maurício e o escritor Antônio Barreto aproveitam o evento e lançam no dia 12 de outubro o livro O Jogo da Onça, resultado de seus estudos e pesquisas. Com o auxílio das ilustrações de Dedé e Leleu, Maurício e Antônio relatam tudo o que foi visto nas aldeias indígenas visitadas pelo país. Veja a programação completa e detalhada no site do SESC
quarta-feira, 7 de setembro de 2005
As florestas de igapó ocorrem ao longo de toda a margem do Demene e permanecem inundadas cerca de seis meses por ano. Possuem espécies vegetais resistentes à acidez e abrigam grande variedade de peixes, anfíbios e répteis. (Foto: Luiz Prado/AE )
A Amazônia possui 3.650.000 km² de florestas contínuas (Fonte)
Florestas de Igapó: ocorrem em solos que permanecem alagados durante cerca de seis meses, em áreas próximas aos rios. As árvores podem atingir até 40 metros de altura e raramente perdem as folhas - geralmente largas para captar a maior quantidade possível de luz solar. Nas águas aparecem as folhas da vitória-régia - que chegam a ter 4 metros de diâmetro. Ocorrem associadas aos rios de água branca.
Florestas de Várzea: as árvores são de grande porte (até 40 metros de altura) e apresentam características semelhantes ao igapó - embora a várzea apresente maior número de espécies. Ocorrem associadas aos rios de água preta.
Florestas de Terra Firme: apresentam grande porte, variando entre 30 e 60 metros; o dossel é contínuo e bastante fechado, tornando o interior da mata bastante úmido e escuro. Esta formação está presente nas terras altas da Amazônia e mescla-se com outros tipos de associações locais, como os campos e os cerrados amazônicos.
Campinaranas ou Caatingas do Rio Negro: caracterizadas pela presença de árvores mais baixas, com troncos finos e espaçados. Situadas sobre areias brancas, lavadas e pobres do rio Negro.
mas quando tu reapareces
sob o hemisfério estrelado
ó brasil
meu coração feito de pedaços
se unifica e proclama
a independência das lágrimas
-- versos de Oswald de Andrade
(publicados no blog Prosa Caótica, da amiga Maira)
terça-feira, 6 de setembro de 2005
Medicina da floresta (Fonte)
O raro peixe-boi da Amazônia se esconde para sobreviver ao homem (Fonte)
Mesmo sem vê-los, pesquisadores lutam para preservar a espécie colhendo dados, ironicamente, da maior ameaça – os caçadoresEles são grandes, lentos e estão espalhados por toda a Bacia Amazônica, mas muito raramente se permitem ser vistos na natureza. Não por timidez, mas por uma questão de sobrevivência. Décadas de perseguição e caça predatória transformaram o carismático peixe-boi amazônico em um animal arredio e assustado, que procura se esconder do homem sempre que possível. Hoje, mesmo sem conseguir enxergá-los, pesquisadores lutam para preservá-los dos arpões dos ribeirinhos e chegar a algum tipo de estimativa sobre as condições populacionais da espécie.A pesquisa mais recente estava prevista para terminar hoje, com a chegada da oitava expedição fluvial do Projeto Peixe-Boi Amazônico ao porto de Santarém, no Pará. Em cinco anos, o projeto já visitou mais de 600 comunidades ribeirinhas e realizou mais de mil entrevistas com a população, incluindo os próprios caçadores.
Ironicamente, aqueles que ameaçam a sobrevivência da espécie são também aqueles que guardam as informações necessárias para preservá-la. "Não temos como verificar a abundância desses animais diretamente", explica a pesquisadora Fábia Luna, do Centro Mamíferos Aquáticos do Ibama, em Itamaracá (PE), que coordena o estudo. "O único jeito é assim, por entrevistas com os pescadores."
Além das barreiras naturais criadas pelas águas escuras e a grandeza dos rios, o peixe-boi já aprendeu - por força da experiência e da seleção natural - que não é boa idéia ficar com a cabeça para fora d’água na presença de seres humanos. "A pressão da caça fez com que só os animais mais arredios sobrevivessem, por isso hoje é muito difícil ver um peixe-boi", afirma Fábia. Nos 18 mil quilômetros de rios já percorridos pelo projeto, ela viu apenas dois. E de relance. "É coisa muito rápida; você só vê um matinho se mexendo." Quando acuado, o animal pode ficar mais de 20 minutos submerso, sem respirar.
Infelizmente, quem mais enxerga o peixe-boi amazônico ainda são os caçadores. Apesar de a espécie ser protegida por lei desde 1967, a caça persiste entre as comunidades ribeirinhas, que utilizam o animal como fonte de alimento. "Em todas as comunidades que visitamos há alguém que sabe caçar", relata Fábia. No auge da predação comercial, durante a década de 50, a espécie era cobiçada pela grande quantidade de carne, couro e gordura. Segundo Fábia, mais de 10 mil animais chegaram a ser mortos por ano para abastecer o mercado europeu. Hoje, a caça do peixe-boi na Amazônia é basicamente uma atividade cultural de subsistência - algo que normalmente seria considerado sustentável, se a espécie não tivesse sido tão maltratada pela caça predatória no passado.
"Dizemos que é uma atividade de subsistência porque não há intuito de comercialização, mas não porque eles precisam disso para sobreviver", explica Fábia. "Há muitas outras fontes de alimento nos rios e na floresta." Pelo método tradicional de caça, o animal é primeiro "fisgado" com um arpão e depois morto com dois tocos de madeira, que são enfiados como rolhas em suas narinas para asfixiá-lo. Um animal adulto pode pesar mais de 400 quilos.
POPULAÇÃO INCERTA
Quantos peixes-boi ainda restam na Amazônia ninguém sabe dizer. Mas a percepção é de uma população em declínio. Oficialmente, a espécie é classificada como "vulnerável", o que significa que corre risco de extinção a médio prazo na natureza. "Todos dizem que está muito mais difícil ver o peixe-boi, por isso sabemos que o número diminuiu bastante", diz Fábia. Desde 2000, o Projeto Peixe-Boi já percorreu os Rios Solimões, Negro, Purus, Madeira, Tapajós, Arapiuns e Amazonas, além de inúmeros tributários, igarapés e lagoas.
Mesmo sem uma estimativa populacional, já foi possível identificar algumas áreas de maior ocorrência da espécie, que podem servir de orientação para a criação de santuários e outras atividades de conservação. Por exemplo, o Lago Tefé (AM) e o Rio Trombetas (PA). Nas comunidades por onde passam, os biólogos também organizam trabalhos de educação ambiental, com materiais informativos, palestras e apresentações em escolas. A meta é conscientizar os ribeirinhos sobre a necessidade - tanto legal quanto ambiental - de preservar o peixe-boi.
A inibição da caça foi definida como prioridade máxima para conservação da espécie na última reunião do Grupo de Trabalho Especial de Mamíferos Aquáticos, que terminou anteontem em Itamaracá. Criado pelo Ibama em 1999, o grupo é formado por especialistas do governo, instituições de pesquisa e não-governamentais.
No encontro foi discutida a revisão do Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos do Brasil, que determina diretrizes para conservação das 50 espécies que ocorrem no Brasil. Elas incluem baleias, golfinhos, botos, focas, lobos-marinhos, ariranha, lontra e duas espécies de peixe-boi: marinho e da Amazônia. O primeiro, que habita o litoral do Norte e Nordeste, está criticamente ameaçado, com apenas 500 indivíduos remanescentes.
"Precisamos recuperar o peixe-boi marinho e evitar que o peixe-boi amazônico chegue às condições que ele chegou", disse o diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, Rômulo Mello. "O primeiro passo para isso é a educação ambiental. O segundo, a fiscalização."
(Herton Escobar)
O CINEAMAZONIA – Mostra Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental se realizará na Cidade de Porto Velho, Estado de Rondônia, Brasil no período de 16 a 19 de novembro de 2005.
O CINEAMAZONIA tem a finalidade de divulgar e exibir obras audiovisuais, curta e média metragens, de ficção, documentários, animações e experimentais, com temática ambiental, produzidas em qualquer parte do mundo, desde que legendadas ou faladas na Língua Portuguesa. Cada participante poderá inscrever até três trabalhos realizados a partir de 2002.
Estão aptos a se inscreverem os filmes (35 ou 16 mm), Vídeos produzidos em qualquer formato, com duração máxima de 26 minutos. As inscrições estão abertas no período de 15 de fevereiro a 30 de setembro de 2005 através de preenchimento de formulário próprio a disposição dos interessados no site.
Todos os participantes concorrem ao troféu Mapinguari.
Troféu Mapinguari
O MAPINGUARI é um animal que pertence ao imaginário dos povos da Amazônia. Sua lenda conta que ele é a mistura de um homem com um grande macaco que habita a floresta. Com pêlos em todo o corpo, tem um único olho no centro do rosto e uma grande boca na barriga. Contam histórias aterrorizadoras do grande monstro da floresta, uma delas é que ao andar pela mata, emite um som semelhante ao dado pelos caçadores. Se um deles se encontra perto, imaginando ser outro caçador e vai ao seu encontro, acaba mutilado, quando não perde a vida, dado a ferocidade do combate, pois o Mapinguari devora-o, começando pela cabeça.
segunda-feira, 5 de setembro de 2005
Ararinha-azul (Fonte: site ambientebrasil)
(considerada extinta pelo IBAMA, em julho de 2002, em seu habitat natural)
(tópico em resposta a pedido da Margaret do blog Anna Karenina )
Ela está praticamente extinta devido à grande degradação do seu hábitat e do tráfico de animais silvestres.
A Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) encontra-se em um importantíssimo ecossistema brasileiro - a Caatinga. É uma espécie endêmica (que só ocorre na região) do nordeste brasileiro, que vive na Bahia, no Piauí e Maranhão.
Esta espécie alimenta - se de frutos (seu fruto preferido é o da palmeira buriti). Os psittaciformes apresentam características especiais: ao longo de sua vida têm apenas um parceiro, formando casais fiéis por toda a vida. Se algum deles morre, o outro permanece sozinho ou apenas se integra a um novo grupo.
A ararinhas fazem ninhos em ocos de árvores bem altas e antigas. Devido ao corte indiscriminado de árvores da caatinga, restam apenas árvores mais jovens, não tão desenvolvidas e nem altas. Assim, esta espécie encontra muitas dificuldades de se adaptar a novas condições.
Mas o maior responsável pelo desaparecimento desta ave é o intenso tráfico. Os compradores são atraídos pela sua intensa cor azul e principalmente pela ganância de possuir uma espécie tão rara.
Mesmo com as campanhas de educação ambiental e inúmeros projetos de ecologia e conservação, está espécie não vive mais solta na natureza, restando algumas em cativeiro, onde é extremamente rara a sua reprodução.
A proteção e o equilíbrio do hábitat é de extrema importância para as espécies e o ciclo de energia da vida. Infelizmente, no caso desta espécie, já não adiantam mais programas e projetos ambientais É um grande alerta para que outras espécies inseridas no mesmo ecossistema ou em outros não tenham o mesmo destino. E isto depende não só da conscientização, mas de ações práticas no dia-a-dia para evitar a degradação do meio ambiente.
Habitat: Florestas tropicais na costa atlântica do sudeste brasileiro. População: Cerca de 300 animais. Ameaças: Destruição das florestas. Medidas de preservação: Protegidos na Reserva Biológica de Poço das Antas (RJ). Trinta micos-leões-dourados foram soltos na natureza depois de sua criação em cativeiro nos zoológicos de Londres e de Washington. (Texto extraído do site Preserve o Mundo )
Nome Científico: Leontopithecus rosalia Alimentação: Invertebrados, frutos, sementes, flores e pequenos vertebrados como, rãs, lagartixas e filhotes de aves. Reprodução: A gestação dura cerca de 04 meses, entre os meses de fevereiro a agosto, quando a oferta de alimentos é maior. Os nascimentos ocorrem geralmente à noite, entre setembro e novembro, nascendo geralmente 2 filhotes por ano. Distribuição Geográfica: Brasil
domingo, 4 de setembro de 2005
A natureza segundo o povo indígena (Fonte )
As concepções da natureza certamente variam bastante conforme o povo indígena que consideremos. Porém, se algo parece comum a todos eles, é o fato de que a natureza está sempre em interação com a ação humana, não é jamais intocada. Os Yanomami, por exemplo, utilizam a palavra urihi para se referir à "terra-floresta": entidade viva, dotada de um "sopro vital" e de um "princípio de fertilidade" de origem mítica. Urihi é habitada e animada por espíritos diversos, entre eles os espíritos dos pajés yanomami, também seus guardiões. A sobrevivência dos homens e a manutenção da vida em sociedade, no que diz respeito, por exemplo, à obtenção dos alimentos e a proteção contra doenças, depende das relações travadas com esses espíritos da floresta. Dessa maneira, a natureza, para os Yanomami, é um cenário do qual não se separa a intervenção humana.
Rõkrã
Jogo coletivo tradicional praticado pelo Povo Kayapó do estado do Pará. Jogado em um campo de tamanho semelhante ao do futebol. Se desenvolve entre duas equipes de 10 ou mais atletas de cada lado, onde todos usam uma espécie de borduna (bastão), cujo objetivo é rebater uma pequena bola (coco) que ao ultrapassar a linha de fundo de seu oponente, marca um ponto. De acordo com informações dos kayapó, esse esporte já não estava mais sendo praticado devido a sua violência que causava graves contusões nos competidores. Essa modalidade tem muita semelhança com um dos esportes mais populares do Canadá, o Lacrosse, coincidentemente considerado de origem indígena daquele país.
sábado, 3 de setembro de 2005
(texto extraido do site Jangada Brasil )
Antigamente as mulheres foram em busca de milho, mas acharam pouquíssimo, somente algumas espigas cada uma. Levaram depois um menino e desta vez foram mais afortunadas, porque acharam uma grande quantidade de milho e no mesmo lugar o socaram para fazer pão e bolo para os homens que tinham ido à caça. O menino conseguiu subtrair grande quantidade de milho em grão e, para esconder o furto às mulheres, encheu umas taquaras que preparou de propósito em grande quantidade. Voltou à sua cabana; tirou o milho e o entregou à avó, dizendo: Nossas mães lá no bosque fazem pão de milho: faze um para mim, porque quero comê-lo com meus amigos. A avó o satisfez. Quando o pão estava pronto, ele e seus amigos comeram; depois cortaram os braços e a língua da avó, para que não manifestasse o furto cometido e não se opusesse a quanto tinha determinado fazer. Para o mesmo fim, cortaram a língua de um belo papagaio doméstico, e puseram em liberdade todos os pássaros criados na aldeia. Tinham resolvido fugir para o céu, temendo a ira de seus pais e mães. Dirigiram-se para a floresta, chamaram o piodduddu, "colibri"; e colocaram-lhe no bico a ponta de uma compridíssima corda, dizendo-lhe: - Pega, voa e amarra a ponta sobre este cipó e a outra extremidade que amarraremos na perna, prenderás lá em cima, no céu. Procura prendê-la solidamente numa árvore grossa de lá. O colibri fez como lhe foi dito. Então os meninos, um depois do outro, foram subindo, primeiro pelo cipó, servindo-se dos nós que ele naturalmente possui, como de escada; depois se penduraram na corda, que o pássaro tinha colocado na extremidade do cipó. Então as mães voltaram e, não achando os filhos, perguntaram à velha e ao papagaio: - Onde estão os nossos filhos! – Onde estão nossos filhos? Mas nem a velha, nem o papagaio deram-lhes respostas. Uma delas saindo ao aberto, viu uma corda que chegava até as nuvens, e agarrada na mesma uma longa fila de meninos, que escalava o céu. Ela avisou as outras mulheres e todas correram para a mata e começaram a chamar os meninos afetuosamente, para que descessem, mas eles não lhes deram ouvido e continuaram a subir. Então as mães começaram a chorar e a esconjurar que descessem e voltassem a habitar com elas. Mas os meninos não só se fizeram de surdos aos pedidos de suas mães, mas até se apressaram em subir. Então aquelas mulheres, vendo que inúteis eram seus rogos, começaram também a subir pelo cipó e, terminada tal ascensão, treparam pela corda, com o fim de alcançar seus filhos. O menino que tinha roubado o milho se colocou último da fila, e foi, portanto, o último a chegar ao céu; quando chegou, viu que na corda, uma depois da outra, estavam agarradas todas as mulheres; então cortou a corda, e todas aquelas mulheres caíram desajeitadamente em terra, onde se mudaram em animais e feras. Esses meninos desnaturados, como castigo da sua monstruosa maldade e ingratidão, foram condenados a olhar todas as noites fixamente a terra, para ver o que aconteceu às suas mães. Seus olhos são as estrelas.
__________________________________________
[1] Lenda publicada pelos Padres A Colbacchini e C. Albisetti em Os bororós orientais (Companhia Editora Nacional, Coleção Brasiliana, São Paulo, 1942, p.218-219) (Em Costa e Silva, Alberto (org.). Lendas do índio brasileiro.)
Aqui na floresta, nós não temos livros, mas dentro de cada índio moram muitas histórias, escritas em noites de lua cheia, à beira da fogueira. E as ilustrações são feitas em tintas coloridas no nosso corpo. Ursa Sentada é uma biblioteca, que começou com a história de uma Ursa Dourada que surgiu à margem do Rio Negro há alguns anos e matou a sede nas suas águas escuras, deixando no rio sua sabedoria mágica. Nesse mesmo dia, uma indiazinha nascia e fazia uma homenagem à sabia ursa dourada, recebendo seu nome e seu conhecimento. Junto com o nome, a indiazinha recebeu essa história, e depois mais outras sobre a vida da tribo, dos nossos ancestrais, que já viraram espíritos da floresta. Cada nome de índio já é um livro... e como todos sabem, esses livros são passados de geração em geração para que nossa história não se perca... As folhas de nossos livros são livres, vivem soltas no ar ou adormecidas nas árvores, porque a poesia está sempre na natureza... Puf! Puf! Ursa Sentada já vai se recolher porque o sol já adormeceu e o cachimbo apagou. Saudações florestais!
Cachorros, tigre e porco vivem juntos em zôo (Fonte)
O zoológico de Sriracha, na Tailândia, colocou um tigre, um porco e dois cachorros vivendo juntos. O experimento tinha o objetivo de mostrar ao público que inimigos naturais podem viver juntos.
A instituição, que possui 200 tigres de bengala, resolveu colocar um filhote do felino feroz vivendo junto com dois cachorros da raça Golden Retriever e um porco. Segundo relatos do zôo, a convivência fez com que os cães passassem a cuidar da filhote, chamada Borboleta.
O Sriracha Zôo também possui 100 mil crocodilos.
quinta-feira, 1 de setembro de 2005
(Fonte: site do SEBRAE-PA, notícia de 15/07/2005)
O curso ofereceu capacitação em 15 diferentes tipos de papéis a partir das folhas do fruto no município que é o maior produtor de abacaxi do Estado
(Jecyone Pinheiro)
Produção dos artesãos de Floresta do Araguaia que transformam casca do abacaxi em arte.
Floresta do Araguaia - Um grupo de artesãos do município de Floresta do Araguaia, distante 1.240 quilômetros de Belém, está aprendendo a produzir papel a partir da folha do abacaxi. Conhecida como a cidade do abacaxi, Floresta do Araguaia, localizada no sudeste paraense, possui cerca de 14 mil habitantes e tem na abacaxicultura a mais forte geração de emprego e renda local.
A capacitação dos artesãos foi feita pelo Sebrae em parceria com a prefeitura municipal, Instituto de Desenvolvimento de Floresta do Araguaia e ACOALFA – Associação de Artesãos e Lapidadores de Floresta do Araguaia e, teve como resultado, a produção de 15 tipos de papéis a partir de folhas de abacaxi, associadas a folhas de banana, bagaço de cana, palha de milho e folha do babaçu, em processo totalmente natural. “A partir desses papéis, os artesãos foram capacitados para produzir caixas, sacolas, envelopes, papel para carta e outros produtos”, explicou Francisco Marcelino Fontes Costa, analista do Sebrae em Redenção.
Além da beleza dos produtos, há outro componente muito importante, que é o aproveitamento da folha do abacaxi, produzido em larga escala em Floresta do Araguaia, como matéria-prima básica na geração de papéis ecologicamente corretos. Pela resistência e qualidade dos papéis, eles poderão ser destinados a variados usos, com o potencial de agregar valor, principalmente a produtos originários da região amazônica.
Os 33 artesãos receberam capacitação para a produção dos papéis e para a produção das embalagens Eles já têm uma expectativa de mercado, pois já produzem jóias e outros artigos a partir de gemas e pedras semi-preciosas, e comercializam seus produtos, também na Associação São José Liberto, em Belém.
“O curso de produção de embalagens foi sucesso absoluto. O grupo está muito contente. Na próxima semana farão produção em condições que permitam apurar custos de produção e estabelecer preços de venda. A partir daí estarão prontos para produzir comercialmente”, concluiu Raimundo Nonato de Oliveira, gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Redenção.
Lenda das Cataratas do Iguaçu (Fonte)
A lenda das Cataratas diz que os índios caigangues, que habitavam às margens do rio Iguaçu acreditavam que o mundo era governado por Mboi, um deus que tinha a forma de uma serpente e era filho de Tupã. O cacique desta tribo chamado Igobi, tinha uma filha, Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava. Devido a sua beleza, Naipi seria consagrada ao deus Mboi passando a viver somente para seu culto. Havia porém, entre os caigangues um jovem guerreiro chamado Tarobá, que ao ver Naipi por ela se apaixonara. No dia em que foi anunciada a festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam "cauim" (bebida de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu com a linda Naipi numa canoa que seguiu rio abaixo, arrastada pela correnteza. Quando Mboi soube da fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso. Penetrou então nas entranhas da terra retorcendo seu corpo, produziu na mesma, uma enorme fenda que formou uma catarata gigantesca. Envolvidos pelas águas dessa imensa cachoeira, a piroga e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das Cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas e, Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira do abismo e inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.
Os povos indígenas que praticam essa atividade são os: Krahô, Xerente, e Apinajé do Tocantins, que habitam a região central do Estado de Mato Grosso em várias 11 terras indígenas e os Gavião Parakategê e Kyikatêjê do Pará, Terra Indígena Mãe Maria. Os Kanela e os Krikati, são do estado do Maranhão. Os Kayapó do Pará e do Mato Grosso realizavam semelhante esporte que consistia em carregar e não correr com as toras. Os Fulni-ô de Pernambuco teriam praticado esse esporte no passado, de acordo com estudo do antropólogo Curt Nimuendajú. Histórico e RitualEntre os Krahô, Xerente, e Apinajé, a Corrida de Tora difere em diversos aspectos, obedecendo seus ritos tradicionais de significados social, religioso e esportivo.Para o povo Khraô, habitante de extensa faixa contínua de Cerrado no estado de Tocantins, ela está associada a algum rito e, conforme esse rito, variam os grupos de corredores, assim como o percurso e a tamanho das toras. Essas atividades são realizadas sempre com duas toras praticamente iguais. Os participantes se dividem em dois grupos de corredores “rivais”, cabendo apenas a um atleta de cada grupo carregar a tora, revezando-se em um mesmo percurso. As corridas se realizam no sentido de fora para dentro da aldeia, nunca de dentro para fora, ou mesmo dentro dela, quando estabelecem os pontos de largada e chegada no pátio de uma casa chamada woto, uma espécie de oca preparada para todas as atividades culturais, sociais e política. É sempre realizada ao amanhecer e ao entardecer. As corridas vindas de fora acontecem geralmente no final das tardes, quando os Krahô retornam de alguma atividade coletiva (caça ou roça). A corrida de tora é praticada nos rituais, festas e brincadeiras. Nesses casos, as toras podem representar símbolos mágicos-religiosos, como durante o ritual do Porkahok, que simboliza o fim do luto pela morte de algum membro da comunidade. Pela manhã, a corrida ganha um sentido de ginásticas para a preparação do corpo. Corre-se apenas com as toras já usadas ao redor das casas, no sentido contrário do relógio.
Os Xavante, do Mato Grosso, também realizam a Corrida de Tora, o Uiwed, entre duas equipes de 15 a 20 pessoas. Pintam os corpos e correm mais de cinco quilômetros, revezando-se até chegar ao Wa'rãm'ba, o centro da aldeia, e iniciam a Dança do Uwede'hõre. Na festa do U'pdöwarõ, a festa da comida, também existe a corrida com tora, mas nesse evento a tora usada é maior e mais pesada (média de 100 a 110 Km). Os Gavião Kyikatêjê/Parakateyê, do Pará, também grandes corredores de tora, obedecem os mesmos rituais de outros povos, mas há uma peculiaridade que é o Jãmparti (pronuncia-se Iãmparti). Trata-se de uma corrida com uma tora com mais de 100 Kg, mais comprida e carregada por dois atletas. Realizada sempre no período final das corridas de toras comuns, ou seja, aquela que é carregada por um atleta, com o sentido de harmonia e força. Em todas essas manifestações há a participação das mulheres. Não há um prêmio para o vencedor, pois somente a força física e a resistência são demonstradas.Preparação das toras: Geralmente, todos os povos que possuem essa atividade, confeccionam as toras com o tronco de uma palmeira chamada buriti, uma espécie de coqueiro, considerado sagrado pelos Krahô. Do buriti, os índios aproveitam tudo, desde seu fruto, como alimento, folhas para cobertura de casa e confecção de artesanatos (cestarias, abanos), tronco para rituais e atividades esportivas.Na preparação de corte dessa madeira, há um ritual de cantos e danças. É derrubado e cortado em duas partes em forma de cilindros em tamanhos iguais. Nas extremidades da tora é feito um tipo de cava para que possa facilitar seu carregamento. As toras possuem tamanhos variados, de acordo com o ritual a ser realizado, pesando de 02 a 120 quilos. Muitas toras são “guardadas” dentro do rio para que seja absorvida mais água e, assim, fiquem mais pesadas. Notadamente isso ficou comprovado nas apresentações dos Jogos dos Povos Indígenas.