segunda-feira, 31 de março de 2008

Pedra do Elefante na praia de Itaipuaçu, Niterói, RJ
Pedra do Elefante em Nova Vanécia, ES

Pedra do Elefante em Andradas, MG

Curiosidade: Elefantes em diversos lugares do Brasil

sexta-feira, 28 de março de 2008

Um déspota romano impõe a vacinação (charge de 1904)


Abaixo a Vacina!
(Fonte das informações e imagem: Educaterra )

Entre os dias 10 e 15 de novembro de 1904, durante quase uma semana, o Rio de Janeiro, então capital federal da República do Brasil, virou numa praça de guerra. De um lado, alinhavam-se a polícia, as tropas do exército, pelotões de marinheiros e os agentes da saúde pública; do outro, um povo inteiro em fúria, alçado contra a lei da vacinação obrigatória, aprovada na Câmara Federal no dia 31 de outubro de 1904. Foi a maior revolta popular do Rio de Janeiro e talvez a maior insurgência urbana da história do Brasil.
Rio, hospital a céu aberto - Se bem que o Rio de Janeiro daqueles tempos não tivesse nenhum buraco negro como em Calcutá, um sumidouro abrasante de homens brancos, a capital do império em termos de higiene e saúde pública era um pavor. A paisagem sim, belíssima, de extasiar, mas as condições de vida para quem vinha da Europa eram de assustar.
O Conde Gobineau, embaixador francês no Brasil e amigo do imperador D. Pedro II, mal desembarcou em 1869, foi derrubado por uma febre que o prostrou por seis meses. Deixou dito que o Rio de Janeiro era um "deserto povoado de malandros" e passou boa parte do tempo alarmado em contrair um febrão mortal. Podia ter sido eleito por qualquer das desgraças tropicais: a peste bubônica, a febre amarela ou a varíola, entre tantas outra mais, visto que a cidade acolhia todas as pandemias existentes. Era um hospital a céu aberto.
Os cortiços e as febres - Salvando-se o bairro do Botafogo, morada do Conselheiro Aires de Machado de Assis, e o bairro do Flamengo, o centro da cidade era medonho. Ali, da beira do cais estendendo-se até os morros da Saúde e da Providência, concentrava-se a república dos cortiços. Um mar de casebres, colados uns aos outros, que parecia não ter fim.
Com abolição de 1888, a situação urbana piorara. Milhares de ex-escravos, largados sem nada do eito, deram com os costados por lá. Viviam ao deus-dará. É possível que eles perfizessem um terço dos 720 mil habitantes da capital federal. O ponto determinante que levou as autoridades republicanas a dar um basta, a por um fim naquilo, naquele matadouro invisível, foi a morte em massa de marinheiros italianos.
Em 1895, 240 tripulantes da fragata "Lombardia", em visita à cidade, caíram atacados pela febre amarela. Em uma semana, 144 deles morreram, inclusive o comandante da nave. Como chamar imigrantes (então política oficial de Estado retomada pelo regime de 1889), para virem para o Brasil com aquilo? Ainda assim, qualquer ação mais enérgica terminou adiada. Na Bahia, o Conselheiro punha fogo no sertão, e com isso, por um tempo, foram-se os recursos da república.

segunda-feira, 24 de março de 2008

(Fonte da imagem: Mural de Imagens )


II CAUCUS INDÍGENA INTERNACIONAL SOBRE ACESSO E PROTEÇÃO DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS E BIODIVERSIDADE
(Fonte das informações:
INBRAPI )

Local e Data: Centro de Convenções Israel Pinheiro, em Brasília, de 25 a 27 de março de 2008.

O Brasil possui a maior diversidade cultural da América Latina: São 230 Povos que vivem nas florestas tropicais da Amazônia, na caatinga do nordeste, no cerrado do Centro-Oeste, na mata atlântica do sudeste e nas matas de araucária meridionais. Trata-se de uma megasociodiversidade que fala 180 línguas, mas possui uma preocupação comum: qual será o futuro das nossas terras e águas tradicionais? Como proteger nossos conhecimentos sobre a biodiversidade que preservamos e conservamos em nossas terras, por tempos imemoriais?
Caucus designa a reunião de determinados grupos de países ou segmentos sociais que participam de uma reunião da Convenção sobre Diversidade Biológica, por exemplo, a reunião do grupo de países do continente africano que fazem parte da CDB é denominado “Caucus Africano”, de forma semelhante a reunião dos indígenas de vários Povos do mundo na CDB chama-se “Caucus Indígena”. Enfim, o Caucus reunirá muitos Povos de todos os ecossistemas brasileiros em um evento que falará línguas que as Nações Unidas desconhecem. Um Caucus de homens, mulheres, líderes tradicionais, especialistas indígenas, jovens, parteiras e anciãos para pensar no futuro da diversidade biológica, a partir da perspectiva da Megasociodiversidade nativa do Brasil.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Que a Páscoa seja, também, um renascimento da natureza. Beijos floridos da Ursa!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Professor apresenta ferramenta contra mosquito da dengue
(Fonte: site Notícias 24 Horas ) (VEJA VÍDEO DE ENTREVISTA COM O PROFESSOR MAULORI CABRAL)

Uma armadilha feita com garrafa pet é possível prender e matar o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. O invento é do professor do Instituto de Microbiologia da UFRJ, Maulori Cabral.
Segundo o professor, a "mosquitérica" funciona como uma "ratoeira genérica" que atrai as fêmeas de todas as espécies de mosquito, inclusive de Aedes aegypti, para que coloquem seus ovos dentro dela, o que permite capturá-los, interrompendo o ciclo do vetor.
A idéia já foi patenteada pela universidade, mas não houve nenhuma proposta de comercializá-la até agora. Segundo Cabral, a mosquitérica deve ser usada como uma "ferramenta educacional", ou seja, o primeiro passo deve ser sempre eliminar todos os focos dentro de casa. "Ela é um termômetro para saber se os vizinhos também estão fazendo a sua parte", disse ele.

Como fazer a "mosquitérica"
Qualquer pessoa pode fazer a sua mosquitérica com recursos caseiros. Para isso, precisa apenas de uma garrafa pet, tesoura, um pedaço de microtule, uns cinco grãos de arroz, lixa e fita isolante.
O primeiro passo é cortar a garrafa pet em dois. Depois, lixa-se a face interna da parte em que ficou o gargalo. Esse procedimento tem como objetivo deixar a superfície mais áspera, de forma a aumentar a evaporação (a fêmea escolhe onde irá desovar pela evaporação). Em seguida, retira-se o anel do gargalo, cobrindo-o com o microtule e prendendo-o com o anel que foi retirado. A parte inferior da garrafa deve ser preenchida com água. Nela, são colocados os grãos de arroz triturados.
A parte da garrafa pet que formou um funil deve ser colocada dentro da base com água e arroz. Por último, veda-se as laterais com fita isolante. "Estamos oferecendo para o mosquito comida, sombra e água fresca. Como a superfície áspera aumenta a evaporação, é um ambiente mais atraente do que a maioria dos focos", explicou o professor.
Cabral quer incentivar o uso das mosquitéricas para diminuir o número de mosquitos no ambiente, já que ela é eficaz não apenas contra o Aedes aegypti. Apesar de o experimento ainda não ter sido publicado em nenhuma revista científica, o professor disse já ter feito estudos em escolas municipais de Saquarema (região dos Lagos) e Macaé (zona norte), no Rio, que comprovaram sua eficiência na redução do número de mosquitos transmissores da dengue.

sábado, 15 de março de 2008

sexta-feira, 14 de março de 2008

Pesquisadores abatem "chupa-cabras" da Amazônia
(trechos de notícia de 2007 - Fonte das informações: blog Ceticismo, Ciência & Tecnologia )

Uma das regiões mais ricas em biodiversidade no planeta acaba de ficar ainda mais abundante em espécies. Dois pesquisadores americanos descobriram, no lado amazônico dos Andes, roedor até então desconhecido, parente de bichos que estão presentes também na Amazônia brasileira. Ele poderia ser facilmente confundido pelos auto-intitulados criptozoólogos como o mítico chupa-cabras, mas em miniatura.
Bruce Patterson e Paul Velazco, do Museu Field de História Natural, em Chicago, descreveram a nova espécie na última edição da revista científica argentina “Mastozoología Neotropical”. O animal faz parte de uma colheita muito maior de espécies na Reserva Biológica de Manu (sul dos Andes peruanos): três anos de pesquisa lá revelaram um total de 11 outras espécies, entre gambás, morcegos e roedores.
O nome científico do bicho, com pêlo marrom espesso e sedoso e tamanho próximo ao de um esquilo, é Isothrix barbarabrownae. Ele faz parte do grupo dos torós, roedores que normalmente são escaladores e vivem entre árvores e trepadeiras da floresta amazônica. Aparecem tanto nas terras baixas amazônicas do Brasil quanto na mata atlântica, mas a nova espécie foi achada num habitat de altitude superior a 2.000 m.

terça-feira, 11 de março de 2008


Hoje tem festa na Floresta. A Ursa está comemorando mais um ano de vida :))
Vocês todos estão convidados a participar!
(Foto: Reserva Pataxó da Jaqueira - Fonte da imagem )

domingo, 9 de março de 2008

Salvador Chindoy, xamã do Vale do Sibundoy, Colômbia, fotografado por R.E.Schultes nos anos 40 (Fonte da imagem: Xamano´s blog )

Textos Xamânicos
(
Fonte das informações)

"Nós os indios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele. Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras. Nosso ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento. "Observa, escuta, e logo atua", nos diziam. Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes. Observa os anciões para ver como se comportam. Observa o homem branco para ver o que querem. Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás. Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando. Dão prêmios às crianças que falam mais na escola. Em suas festas, todos tratam de falar. No trabalho estão sempre tendo reuniôes nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes. E chamam isso de "resolver um problema". Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. Precisam preencher o espaço com sons. Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir. Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem. Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive. Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei. Talvez deixe de escuta-lo se não gostar do que estás dizendo. Mas não vou interromper-te. Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acorso, a menos que seja importante. Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer. Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes. Deveriam planta-las, e permiti-las crescer em silêncio. Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes. Só vamos escutá-las em silêncio." ("Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn )

quinta-feira, 6 de março de 2008


(Texto: Poema "Canção Mínima", de Cecília Meireles. Clique na imagem para ampliar. Fonte da imagem: site Coluna do Sal)

HIENA
(Informação fornecida pela pesquisadora Karin von Schmalz, do Grupo de Pesquisas sobre Comportamento Animal da Universidade de Oxford, Inglaterra - Fonte:
JC Online)

CLIQUE AQUI PARA OUVIR O SOM DA FAMOSA GARGALHADA DA HIENA

Existem muitos mitos a respeito das hienas, principalmente sobre comerem carniça e sorrirem o tempo todo. Na verdade, existem quatro espécies de hienas: a hiena-de-crista, a hiena-marrom, a hiena-listrada e a hiena-pintada. Todas são africanas, e a hiena-listrada também é encontrada em parte da Ásia.
A hiena-de-crista come basicamente insetos, e as outras espécies podem tanto comer restos de animais mortos por outros predadores quanto caçar em bandos. A mais social das hienas é a hiena-pintada, e por isso é a que emite a maior variedade de sons, pois é através deles que se dá a comunicação entre membros do mesmo bando.
É ela que emite um som muito parecido com a nossa risada, mas com um significado muito diferente: hienas-pintadas “riem” quando são perseguidas ou atacadas por outras, ou seja, quando estão sob intenso estresse. Por isso, é comum que hienas-pintadas presas em zoológicos emitam esse som, pois nem sempre as condições de cativeiro são as ideais para esses animais.