sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Feliz Ano Novo para os meus queridos amigos e amigas! Que a natureza e a vida possam ser mais belas em 2006! Beijos carinhosos da Ursa.

terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Correio da Ursa - Boas Festas florestais! Muita paz para todos!
Projeto "Aldeias Vigilantes" (Fonte)
O projeto “Aldeias Vigilantes: uma nova abordagem na Proteção dos Conhecimentos Tradicionais e no Combate a Biopirataria na Amazônia” visa levar a comunidade indígena um programa de caráter informativo, educativo e conscientizador sobre fatos envolvendo apropriação dasautorizada de conhecimentos tradicionais e recursos biológicos da Amazônia, numa linguagem adequada à diversidade étnica e cultural de cada Povo.
Pretende-se assim, iniciar um processo de discussão e formação de “Aldeias vigilantes”, as quais serão as principais responsáveis, in locu, no combate da biopirataria na Amazônia.
Trata-se de uma proposta que surgiu conciliando as atuações da ONG Amazonlink, dos Povos Indígenas Katukina, Manchineri, Yawanawá e Kaxinawá com as preocupações demandadas II Encontro Interinstitucional dos Povos da Floresta do Vale do Juruá/AC, em abril/maio 2003.
Inicialmente o Projeto conta com o financiamento do Governo Federal por meio Departamento do Patrimônio Genético do Ministério do Meio Ambiente.
O projeto está sendo realizado junto à comunidade dos Manchineri da Terra Indígena do Mamoadate, no Município de Assis Brasil, estado do Acre, como forma de piloto para implantação nas demais comunidades indígenas do Acre. A segunda etapa do Projeto receberá recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça.
A implementação do projeto constitui-se numa importante ferramenta no processo de discussão sobre o acesso aos conhecimentos tradicionais, aos recursos da biodiversidade e a repartição justa dos benefícios oriundos da comercialização desses recursos para as comunidades, bem como sobre resgate e valorização das culturas e saberes tradicionais. Esta iniciativa trata-se de um Projeto Piloto para região Amazônica na defesa dos conhecimentos tradicionais e da biodiversidade local, com a expectativa de e a partir dos resultados alcançados, ser ampliado para outras comunidades tradicionais, tanto no âmbito do Estado do Acre, como da Amazônia Brasileira e demais estados membros da federação.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Despejo Guarani Kaiowá Nhanderu Marangatu - Dez/2005 - Fotos: Egon Heck/Cimi

Coisas que não deveriam acontecer no Natal e nunca!

Funai antecipa ações no MS por conta de assassinato de índio guarani
(
Fonte)
A Funai - Fundação Nacional do Índio antecipou para este domingo (25) uma série de providências que começaria a tomar a partir de segunda-feira (26) no município de Antônio João (MS) por conta do assassinato, no sábado (24), do índio Guarani-Kaiowá Dorvalino da Rocha. Entre as medidas tomadas está a instalação de uma base da Funai no acampamento dos índios a margem da rodovia que liga os municípios sul-matogrossenses de Antônio João e Bela Vista. Estão neste acampamentos 430 índios que foram retirados, por determinação judicial, das fazendas Piquiri, Ita-Brasília e Morro Alto, em 15 de dezembro passado. A base da Funai, segundo informação do sertanista e assessor da fundação no Mato Grosso do Sul, Odenir Pinto de Oliveira, conta com cinco servidores. Dois deles são do setor de fiscalização e tem poder de polícia, "o que pode levar um pouco de tranquilidade para a comunidade indígena", acrescentou o sertanista. Os funcionários da Funai e policiais federais passaram todo o dia no acampamento tomando depoimentos de índios e seguranças de firma contratada pelos fazendeiros da região, informou Odenir Pinto de Oliveira.Dorvalino foi assassinado com um tiro a queima-roupa próxima a entrada da fazenda Fronteira. Segundo o sertanista, a porteira desta fazenda está à 20 metros de distância do acampamento. O assassino continua foragido e ainda não foi identificado pela Polícia Federal, que conduz as investigações, acrescentou. Além da instalação da base da Funai no acampamento, Odenir Pinto disse que serão tomadas uma série de medidas de assistência social para minimizar a precariedade das condições do acampamento. Neste sentido, ele ressaltou que as ações serão empreendidas a partir de uma parceria dos ministérios do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário com a prefeitura de Antônio João. O coordenador do Cimi - Conselho Indigenista Missionário no Mato Grosso do Sul, Egon Heck, considerou fundamental a ação do governo no acampamento para reduzir o nível de tensão entre índios e fazendeiros. Ele lamentou que as medidas só tenham sido tomadas depois do assassinato de uma pessoa e acredita que a violência entre índios e fazendeiros só terminará depois que o STF - Supremo Tribunal Federal julgar o mandado de segurança contra a homologação das terras indígenas da região impetrado pelos fazendeiros." É preciso dar um encaminhamento para a solução da posse da terra. Só isso vai diminuir a tensão instaurada. Da parte dos índios existe um limite que já está sendo extrapolado, diante de tudo que sofreram. Tudo isso cria condições para novas formas de violência", alertou Egon Heck. (Marcos Chagas/ Agência Brasil)

sábado, 24 de dezembro de 2005

Que o brilho do Natal permaneça entre nós e traga união, amor e solidariedade a todos os povos! (Fonte da foto)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005



Correio Natalino da Ursa
(Foto por Jorge Saldanha)

Borboletário no Amazonas deve gerar renda, incentivar o turismo e as pesquisas
(trecho de matéria de Danielle Jordan / site
AmbienteBrasil )
O Amazonas ganhará o primeiro borboletário do estado em 2006. Deverão ser construídos quatro borboletários, segundo o projeto que está sendo desenvolvido pela coordenação de pesquisas em Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Inpa. O primeiro deles, que servirá como modelo, será sediado na base da instituição, em Manaus. Na Amazônia, somente as cidades de Belém e Santarém, no estado do Pará, possuem borboletários. O borboletário é descrito pela instituição como uma grande casa telada, onde os pesquisadores poderão observar aspectos da reprodução e comportamento das espécies. Dessa forma, terão subsídios para suas pesquisas e para expandir as técnicas de manejo por todo o estado, proporcionando geração de renda à comunidade que poderá comercializar os insetos.
Plantas hospedeiras deverão ser cultivadas inicialmente, reproduzindo o ambiente natural. Depois de capturados, os insetos serão inseridos no borboletário. A reprodução entre as espécies deve ser o próximo passo. O processo de desenvolvimento das borboletas, incluindo todas as suas fases, deverá ocorrer numa sala ao lado do borboletário chamada de berçário. O pesquisador do Laboratório de Entomologia do Inpa, José Albertino Rafael, explica que o espaço deve ter uma boa vedação para não permitir fugas nem o ataque de predadores.
Poucas instituições possuem respaldo legal para a comercialização e captura de espécies raras. Alguns exemplares possuem um alto valor comercial, chegando a atingir o preço entre mil e dois mil dólares no exterior, o que estimula o comércio ilegal. O borboletário, além de propiciar conhecimentos inéditos sobre as espécies nativas, deverá combater a prática ilegal. Grande parte das borboletas vendidas no Amazonas em souvenirs não é da região.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Feliz Natal para os queridos visitantes da Floresta!
Esta foto de infância da Ursa foi tirada em 1957 no Rio de Janeiro, no famoso Natal da Mesbla. O Jôka e os outros amigos cariocas conhecem bem ;))

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Primavera no verão - Detalhe do quadro "A Primavera", do pintor Sandro Botticelli. Eu acho lindo este quadro e tenho uma reprodução deste mesmo detalhe em minha casa. (Fonte)
Da Série Ursa Natalina
Recebi da amiga Luciane esta linda foto de esculturas de ursos na neve. Adorei! Beijos florestais através do oceano para você na Suécia!
Foto extraída do site da Tip-tepp

Brincadeiras em prol da natureza
(trecho de matéria de Danielle Jordan / site
AmbienteBrasil )
A brincadeira pode ser uma das mais eficientes ferramentas de aprendizado. Enquanto brinca, a criança constrói o conhecimento na prática. Alguns brinquedos são especialmente desenvolvidos com essa finalidade, aliando diversão à educação ambiental. Os blocos de encaixe e construção ganharam uma versão ecologicamente correta. Além de estimular a criatividade, o brinquedo proporciona um contato com a natureza de forma inesperada. Com flocos feitos a partir do amido extraído de plantas, o Tip-tepp, permite que a criança monte paisagens, animais etc. - enfim, o que a imaginação permitir. Para que as peças se encaixem, elas precisam ser umedecidas e, se dissolvido na água, o brinquedo pode ser utilizado como tinta para pinturas. “Tudo é aproveitado sem deixar resíduos. Não destrói a natureza e estimula a educação ambiental”, segundo Cristina Simião, diretora executiva do Projeto de Sustentabilidade da Associação Difusora de Treinamentos e Projetos Pedagógicos - Aditepp.
A organização não-governamental atua na área educacional há 33 anos e as vendas do brinquedo são repassadas para manter a instituição. A presença da planta na atividade lúdica é o primeiro aspecto interessante com objetivo educacional. “O meio ambiente é o fundamento para uma nova sociedade", diz Cristina, para quem, sem esses preceitos, não seria possível a construção de uma economia sustentável.
Até mesmo a internet oferece ferramentas para a conscientização através da ludicidade. Alguns sites como o
Fábrica de Brinquedos ensinam a construir brinquedos aproveitando materiais que seriam descartados. Uma das sugestões do site é o bilboque ou emboca-bola, criado a partir de uma lata, varetas, barbante, cola e folhas de papel.

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Aldeia Krukutu, Guarani

Os Guarani Mbya (Fonte: site
nhe´em porã Associação Guarani)
"Acreditamos que o planeta foi feito por Nhanderu, o nosso deus. Ele fez muita coisa bonita; a mata, as aves, os animais, as águas, a terra em que plantamos, muitas coisas Ele criou para que usufruíssemos. Nhanderu também criou o Sol, e para nós, ele não é só uma simples estrela de luz própria, como é para os jurua. O Sol é um ser muito representativo para nós, porque ele quem criou o primeiro Guarani. É ele que ilumina a Terra, e fornece a energia para que o planeta tenha essa energia positiva que dá a vida.Somos um povo bastante religioso. No nosso dia a dia, o guarani está sempre em busca ou ligado a essa força espiritual de Nhanderu, do Sol. Todas as coisas que fazemos - nosso trabalho, as brincadeiras das crianças - nós estamos voltados para essa busca.Nosso calendário não é como o do jurua. Ele é dividido em ara pyau, tempo novo e ara ymã, tempo velho. Essa divisão está ligada à trajetória que o Sol faz. O ara pyau para nós é o período de primavera e verão, quando o dia é mais longo e o sol faz uma caminhada maior. E o ara ymã é no outono e inverno, no período de frio, nesta época em que o dia é mais curto. Todos os dias nós nos encontramos na Opy, a Casa de Reza, para cantarmos e dançarmos, para rezar a Nhanderu e os mais velhos ensinam as crianças o nosso conhecimento ancestral. Na aldeia nossa principal liderança é o xeramoi, o nome do pajé Guarani. Aprendemos então, no nosso cotidiano, a importância de todos os seres, e que cada elemento da natureza tem um espírito. O Guarani acredita muito nesses series porque são eles que dão a vida para nós. Nos manda a chuva, a água, e tudo que precisamos para nos manter vivos. Desta forma, estamos muito ligados a natureza. Uma vez que acaba esse ambiente, o Guarani fica sem estrutura. Lutamos para manter tudo isso que Nhanderu criou.Com a vinda dos portugueses e a colonização, tivemos que nos fixar nessas regiões em que vivemos hoje. E mesmo assim, em territórios pequenos em que, por exemplo, não podemos mais caçar, o Guarani vive porque mantêm essa força espiritual que faz com que ele viva em harmonia com a natureza e o faz se sentir forte.Hoje, nós Guarani Mbya, buscamos parceiros para defendermos nossos espaços, que mesmo demarcados, sofrem algum tipo de pressão. Parceiros para nos ajudar em mantermos tudo que foi nos deixado de bom. O jurua está acabando com o planeta Terra e nós estamos preocupados com isso." (Marcos Tupã, cacique da aldeia Krukutu)
Os chineses resolveram fazer uma festinha para o panda Ba Si em seu aniversário de 25 anos (Fonte)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

A terapia da artemísia
(Fonte: site
ambientebrasil )

Febre alta e calafrios são os sintomas mais marcantes da malária, doença causada por um organismo de apenas uma célula, os protozoários chamados Plasmodium ou plasmódio, e transmitida ao homem pela picada de mosquitos do gênero Anopheles. A Amazônia brasileira concentra a quase totalidade dos casos na América Latina, com registro médio de cerca de 450 mil por ano.
O quadro previsto para este ano não é muito alentador. Estima-se que o número chegue a mais de 600 mil casos, com cerca de 200 mil novos no Estado do Amazonas, metade dos quais apenas em Manaus. Como não existem vacinas para combater a doença, um dos tratamentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é feito com medicamentos derivados da artemisinina, o princípio ativo extraído da artemísia (Artemisia annua), um arbusto que ocorre naturalmente na China e no Vietnã, onde é usado há muitos séculos pela população, em forma de chá, para tratamento da febre da malária.
Embora a doença seja endêmica no Brasil, só agora, com os resultados de pesquisa realizada pelo Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um medicamento feito a partir das folhas da artemísia será totalmente produzido no país pela empresa Labogen, de Indaiatuba, no interior de São Paulo. Em 2006, a planta produzida no Brasil será processada e transformada em antimalárico.
Atualmente a matéria-prima para elaboração dos remédios usados para tratamento da malária é importada da China e do Vietnã. “O grande problema é que o material importado apresenta variações grandes no teor de pureza, resultando num produto sem padronização”, diz a pesquisadora Mary Ann Foglio, coordenadora da pesquisa na universidade. “Sem contar que é importante o país ser auto-suficiente na produção de um medicamento tão necessário.”
(Fonte: Dinorah Ereno / Revista Pesquisa FAPESP)


Líder indígena Evo Morales ganha eleição na Bolívia

Polêmica

Morales questiona uso da coca pela Coca-Cola e sua proibição a bolivianos
(Fonte:
UOL )
COCHABAMBA, Bolívia, 19 dez (AFP) - Evo Morales, vencedor incontestável da eleição presidencial boliviana, com 51% dos votos, e líder dos cocaleros, negou-se a aceitar que a folha de coca seja reconhecida apenas para a fabricação da Coca-Cola e proscrita para usos tradicionais dos cultivadores do Chapare boliviano.

Um dia depois de ganhar as eleições gerais na Bolívia, o líder indígena insistiu: "Não é possível que a folha de coca seja usada pela Coca-Cola e proibida para nós". Morales anunciou que, ao assumir o poder no dia 22 de janeiro de 2006, liderará uma batalha internacional para retirar a coca "em seu estado natural" da lista de venenos da Organização das Nações Unidas. O cocalero, que se tornou domingo o primeiro presidente indígena da Bolívia, um país de população de maioria nativa, também anunciou uma luta pelo reconhecimento internacional, com base em estudos científicos, das propriedades medicinais e nutritivas da folha de coca, assim como a "dessatanização" de seu uso "em estado natural". Vencedor por maioria absoluta dos votos, segundo consultoras privadas, Morales aludiu principalmente à draconiana lei antidrogas 1.008, que considera ilegais e excessivos os cultivos de coca no Chapare, antigo reduto da droga, onde moram 30 mil famílias de cultivadores pobres. A norma, em vigor desde 1989 com o aval dos Estados Unidos, principal parceiro da luta antidrogas no país andino, limita o cultivo a 12.000 hectares de coca destinada a usos tradicionais nos Yungas, vales agrícolas perto de La Paz. No Chapare, onde entre 1998 e 2002 foram destruídos 60 mil hectares de coca, supostamente destinadas à produção da droga, existem atualmente cerca de 7.000 hectares dispersos.Em sua condição de dirigente "cocalero" e chefe da oposição, Morales assinou em 2004 um acordo com o então presidente Carlos Mesa sobre o cultivo de 40 m² de coca por família para satisfazer as necessidades tradicionais dos habitantes do Chapare.Morales referiu-se aos Estados Unidos, cujo governo advertiu na semana passada que não aceitará uma variação na política antidroga boliviana:"A cocaína e o narcotráfico não fazem parte da cultura boliviana. A luta contra o narcotráfico é um falso pretexto para que os Estados Unidos instalem bases militares (na Bolívia). Não estamos de acordo e essas políticas têm de ser revisadas". O líder cocalero disse estar disposto a combater as máfias de narcotraficantes.O vencedor das eleições bolivianas também criticou a política de concessão de certificados da luta antinarcóticos imposta pelos Estados Unidos, país que apóia com US$ 120 milhões anuais a balança de pagamentos boliviana, em troca da erradicação das plantações ilegais."A política de certificação (da luta antinarcóticos) não foi uma solução e ainda sofremos chantagens dos Estados Unidos", insistiu.Morales disse que ainda não havia entrado em contato com a administração americana do presidente George W. Bush.
Diga NÃO à destruição da Amazônia! (Fonte: Site do Greenpeace Brasil )
Entre julho e novembro de 2005, uma equipe do Greenpeace esteve diversas vezes em Rondônia para investigar o comércio de madeira de origem ilegal. Eles apresentaram-se como compradores interessados em adquirir madeira e documentos comerciais e de transporte. Conseguiram tudo sem problemas. A denúncia mostra como o comércio clandestino de madeira amazônica abastece o mercado interno. Mas o caso deve contribuir para que o governo federal corrija as falhas do atual sistema de monitoramento e controle da atividade madeireira.
Uma equipe do programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão, acompanhou o trabalho dos ativistas do Greenpeace e exibiu no último domingo, 18 de dezembro, matéria sobre a compra de um carregamento de madeira amazônica ilegal pelo Greenpeace em uma espetacular operação de inteligência.
Os fatos denunciados pelo Greenpeace no programa Fantástico detalham as operações de um complexo esquema de extração ilegal de madeira e tráfico de documentos públicos no Estado de Rondônia, Amazônia Brasileira. Ficou claro, também, o percurso da madeira entre a floresta e o mercado consumidor.

PROTESTE! Clique
AQUI para preencher e enviar uma carta pressionando para que o governo adote medidas concretas necessárias para conter o avanço da devastação!

sábado, 17 de dezembro de 2005

(Fonte da imagem)

RITOS DE PASSAGEM INDÍGENAS ( Fonte )
Ao nascer a criança tem um rito de passagem, recebe a fumaça abençoada pelo pajé. Quando a criança se coloca de pé e fala, ela recebe o batismo do pajé. O ritual começa às três da madrugada e vai até o amanhecer. Canta-se canções da origem do mundo. A criança é apresentada pelo padrinho e recebe seu nome, que é intuido pelo pajé, de acordo com o Pai espiritual (ancestral) da criança. Segundo Kaka Werá Jecupé (Clarão Dourado do Raio no Chão), existem sete pais espirituais, cada um representa uma força da natureza: terra, fogo, água, vento, mineral, vegetal e animal. Os nomes são escolhidos entre o reino animal, mineral e vegetal. O segundo ritual de passagem é quando as crianças saem do círculo da aldeia (com 12/13 anos). Nesta fase se faz uma briga com tapuava (?). É nesse momento que param de atirar flechas no chão e passam a atirar em um alvo. Com 17 ou 18 anos os jovens dançam uma luta com as mãos para trás. Lutam com o coração.

Rito da Terra/do guerreiro: são 33 dias, divididos em quatro tempos (etapas). O objetivo é se tornar um Avaí, um ser íntegro. Em um círculo criado pelo pajé, o jovem passa quatro, sete, nove e 13 dias dentro do círculo, num lugar desconhecido, sem alimentos. Após os quatro primeiros dias já podem casar.
Ursa Natalina 3 - Recebi esta ursinha personalizada da amiga Saramar. Obrigada pelo carinho!

Confira o trabalho de artesanato (colares, cestos, cumbucas) feito pelo povo macuxi em Roraima. Veja
(Fotos de Rodrigo Baleia - Fonte: site
CIR - Conselho Indígena de Roraima)
Guarani (Fonte da imagem)

Governo brasileiro será denunciado na ONU pelo povo Guarani (Fonte: CIMI)
A morosidade do ministro da Justiça em demarcar a Terra Indígena Morro dos Cavalos e a violência permanente que estão submetidos os Guarani, levaram a comunidade Guarani a denunciar o governo brasileiro à Organização das Nações Unidas (ONU). A denúncia, endereçada a RODOLFO STAVENHAGEN - Relator Especial sobre a situação dos direitos humanos e liberdades fundamentais dos povos indígenas, será entregue hoje, sexta-feira, 16, às 18hs, para Hina Jilani, relatora especial da ONU sobre defensores de direitos humanos, durante evento no Hotel Blue Tree Towers - Rua Bocaiúva 2304, centro de Florianópolis.
A terra indígena Morro dos Cavalos está localizada no município de Palhoça, estado de Santa Catarina. São apenas 1988 hectares reivindicados pela comunidade. Praticamente toda a terra está ocupada, parte por algumas famílias de não-indígenas e principalmente pelo Parque Estadual Serra do Tabuleiro.
A comunidade, composta por 132 pessoas, a maioria delas crianças, vive hoje em menos de 3 hectares, em morro íngreme impróprio para agricultura e moradias. Não conseguem plantar pela falta de espaço, o artesanato que poderia garantir minimamente a sobrevivência fica limitado em função de que não podem buscar material para sua condecção.
Ursa Natalina 2 - Ganhei essas rosas vermelhas lindas, junto com a ursinha, do meu amigo Jôka. Beijos carinhosos!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005


Ursa Natalina
Recebi da amiga Matilda Nanbiquara essas gifs lindas junto com uma mensagem muito bonita de Natal. Muito obrigada!! Carinho da Ursa para você!!
Verme encontrado em caramujo e peixe deixa 12 pessoas cegas em Araquatins (TO)
Depois de 36 dias, técnicos da Secretaria Estadual de Saúde detectaram a causa da contaminação que provocou a cegueira irreversível em 12 pessoas em Araguatins e contaminou 216 crianças, 65 delas já com graves problemas na visão. Trata-se de uma espécie do parasita trematóide, que se hospeda em caramujos e peixes. A contaminação se dá através do glóbulo ocular. Ainda ontem, o Naturatins anunciou que as praias do Rio Araguaia na cidade serão interditadas. De acordo com moradores da cidade, os sintomas da doença, considerada inédita pelos técnicos, começaram a aparecer há cerca de três anos. Algumas crianças foram se tratar, sem sucesso, em Goiânia (GO) e Imperatriz (MA) (Fonte: Jornal do Tocantins - notícia publicada no site ambientebrasil).
Sumário - Viola de Bolso (Fonte: CIMI)
Sumário, talentoso cantor e compositor missionário do Cimi, canta as belezas da mata e a resistência dos povos indígenas:
Lição de Guerreiro - ouvir
Recebi esta linda gif da amiga Diana do Tarde de Chuva!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005


Super aparato policial expulsa povo Guarani Kaiowá
(Fonte: site do CIMI. Informação dada pelo amigo Florêncio, do blog Indígena Sim! )

PF arma operação de guerra contra mulheres, crianças e idosos. Jornalistas estrangeiros são detidos durante ação.

Logo nas primeiras horas da manhã de hoje, um batalhão da Polícia Federal, contando com duzentos homens armados com bomba de gás lacrimogênio e escopetas de bala de borracha, helicóptero, três ônibus, oito viaturas policiais, estava pronto para expulsar o povo Guarani Kaiowá de sua terra, Ñande Ru Marangatu, homologada pelo presidente Lula em Março deste ano.
Em um clima que misturava tristeza, revolta e apreensão, lideranças Guarani Kaiowá permaneciam em sua terra fazendo rituais com o propósito de resistir através da não-violência.
Revoltados, os adultos discursavam por Justiça para os policiais, à frente deles dezenas de crianças sustentam cartazes onde era possível ler, “enquanto os senhores ministros, juízes e policiais estão preparando o melhor Natal para os seus filhos, nós estamos sendo colocados nas ruas”.
Os guarani Kaiowá foram expulsos por volta das dez e meia da manhã. Na retirada um helicóptero fez uma série de rasantes para assustar as pessoas que permaneciam no local. Ninguém foi ferido fisicamente durante a operação.
Dois jornalistas, Petra Spreij e Jefrim Rophuizen, de uma equipe da televisão educativa LLink da Holanda foram detidos pela Polícia Federal detida quando faziam seu trabalho de cobertura.
As famílias despejadas foram deslocadas para beira da estrada e permanecem sem destino certo.
O guardião da Serra do Roncador (Fonte: site MusicExpress)
Tsereté é um Pajé do Povo Xavante. Nas comunidades indígenas, o Pajé representa a autoridade espiritual e o depositário do saber sobre o contato com o divino, a saúde e a vivência da espiritualidade. Situada ao leste de Mato Grosso, a Serra do Roncador, em torno da qual vivem os Xavante, é um lugar sagrado, guardado pelo Pajé Tsereté. O Povo Xavante, conhecido por sua valentia e espírito nobre, tem sua cultura construída na interdependência com o cerrado e toda a vida que ele guarda. O cerrado, os animais, os frutos, as flores, as ervas, os rios e tudo o mais significa o Ró. Através do Ró, o futuro das novas gerações é garantido: a comida, os casamentos, os rituais e a força de ser Xavante. O Ró é assim: a aldeia, circundada pela roça, em volta as frutas, depois a caça, junto com os espíritos, que ajudam a descobrir os segredos que o Ró esconde. Mais longe, o céu e a outra aldeia onde moram os mortos. A destruição do cerrado é, ao mesmo tempo, uma ameaça ao futuro da cultura Xavante.O CD Tsereté foi produzido pela Aldear Assessoria, Planejamento e Projetos, uma organização civil sem finalidade lucrativa, cujo objetivo é apoiar, através de produção cultural, ações empreendidas por povos indígenas brasileiros para revitalizar e preservar sua cultura e diversidade étnica.A Aldear acredita que as músicas tradicionais dos povos indígenas são fundamentos de sua identidade social e étnica. A música, para todos os povos, é instrumento de contato espiritual com o divino, de culto à natureza e seus fenômenos, de brincadeiras e integração social.

Contato: aldear@onix.com.br, Telefax (61)33491954
Comprar CD:aldear@onix.com.br, Telefax (61)33491954

Tsereté (ouça algumas faixas do CD)
Dapraba
Indígena
(Etnia Xavante)
MP3 2682 Kb
Canto dos jovens.
Voz: Pajé Tsereté.

Mara Wa Wa Dahôré
Indígena
(Etnia Xavante)
MP3 3439 Kb
Canto da noite.
Voz: Pajé Tsereté.

Wai Wá
Indígena
(Etnia Xavante)
MP3 2554 Kb
Segredo dos homens sagrados.
Vozes, chocalho e maracá: Pajé Tsereté e Guardião Paridzanedi.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005


Correio da Ursa (Clique na imagem para ampliar o texto)
Xavantes
Amazônia (Fotos por Rui Faquini )

Corredores de Biodiversidade
(informações extraídas do site
Conservação Internacional do Brasil )

Áreas Protegidas da Amazônia
A Amazônia possui
seis Corredores de Biodiversidade .

O Corredor de Biodiversidade é formado por uma rede de parques, reservas e áreas privadas de uso menos intensivo, na qual um planejamento integrado das ações de conservação pode garantir a sobrevivência do maior número de espécies e o equilíbrio dos ecossistemas. O corredor pode se estender por centenas de quilômetros e atravessar fronteiras nacionais para incluir áreas protegidas, hábitats naturais remanescentes e suas comunidades ecológicas. A implantação de corredores de biodiversidade é a principal estratégia empregada pela CI-Brasil para direcionar as ações de conservação nos Hotspots e nas Grandes Regiões Naturais. Para cada um deles, as estratégias são específicas. Nos Hotspots, o desmatamento provocou uma intensa fragmentação dos hábitats, isto é, as florestas tornaram-se ilhas de vegetação, cercadas por cidades ou áreas agrícolas. A implementação de corredores de biodiversidade contribui para que essas ilhas sejam novamente conectadas, com a proteção da vegetação ainda remanescente e a recuperação de áreas degradadas. Nas Grandes Regiões Naturais, onde ainda existem blocos extensos de floresta intocada, os corredores de biodiversidade contribuem para a proteção efetiva de áreas de grande importância para a biodiversidade e para o desenvolvimento planejado de toda a região. A implementação de um corredor de biodiversidade requer planejamento regional. O primeiro passo para implementar um corredor se resume em identificar as áreas prioritárias para conservação. Com esse objetivo, são realizados workshops regionais, eventos que reúnem vários especialistas nas regiões a serem conservadas. O segundo passo é envolver no projeto de conservação diversos setores da sociedade e do governo, como proprietários rurais, agências governamentais, universidades, empresas privadas e comunidades tradicionais. O Corredor Central da Mata Atlântica foi o primeiro a ser incorporado na estratégia da CI-Brasil, em 1998. Em seguida, a mesma estratégia foi adotada no Corredor de Biodiversidade do Cerrado-Pantanal, no Corredor de Biodiversidade dos Ecótonos, na Amazônia, e mais recentemente no Corredor do Amapá e Corredor do Araguaia.

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

O secretário-geral do FDDI, Francisco Apurinã, recebe a premiação

FDDI ganha prêmio de direitos humanos (Fonte: site socioambiental )
O Fórum em Defesa dos Direitos Indígenas (FDDI) foi um dos escolhidos para receber o prêmio que o governo federal concede anualmente. Também receberam a homenagem a autora de telenovelas Glória Perez, o Instituto de Defesa da Diversidade Sexual (Divasf), a Comissão de Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Conselho Federal de Psicologia.
A união da sociedade civil organizada e do movimento indígena na luta pela garantia dos direitos e dos territórios indígenas foi reconhecida oficialmente. O Fórum em Defesa dos Direitos Indígenas (FDDI) foi um dos agraciados com o Prêmio de Direitos Humanos 2005 do governo federal. A premiação ocorreu ontem, segunda-feira, dia 12 de dezembro, no Ministério da Justiça, em Brasília. O secretário-geral do Fórum, Francisco Avelino Batista Apurinã, recebeu a homenagem das mãos de Mário Mamede, ministro interino da Secretaria-especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

Criado em junho de 2004, o FDDI agrega dez organizações indígenas e indigenistas, entre elas o Instituto Socioambiental (ISA), o Centro de Trabalho Indigenista (CTI),a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, ES e MG (Apoinme), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Comissão Pró-Yanomami (CCPY) entre outros. "Este é o reconhecimento de que o Estado não pode realizar nenhum tipo de ação ou política voltada aos povos indígenas sem a participação das organizações indígenas e das outras organizações da sociedade que trabalham com a causa indígena", avaliou Batista. Ele afirmou também que o prêmio fortalece o elo entre entidades indígenas e indigenistas.
O FDDI foi um dos responsáveis pela organização do Abril Indígena, conjunto de mobilizações ocorridas, em abril deste ano em várias partes do País, em defesa dos direitos dos povos indígenas. Como parte delas, o Fórum organizou o Acampamento Nacional Terra Livre, de 25 a 29 de abril, em plena Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que reuniu mais de 700 lideranças, de 89 povos indígenas, para participar de debates, manifestações culturais, audiências públicas e encontros com autoridades. O FDDI tem tido atuação destacada na articulação política do movimento indígena nacional e na tentativa de formular e implantar uma nova política indigenista nacional.
Em bandos, os animais invadem plantações e cruzam com porcos, gerando filhotes conhecidos como "javaporcos" (Trecho de matéria da Folha On line)

Interior inicia combate à "invasão" de javalis
DA REPORTAGEM LOCAL
Autodenominada "capital mundial da laranja", a pequena cidade de Itápolis, a 359 km de São Paulo, deu início à luta contra uma "praga" que está afetando a economia local. O problema que preocupa a população - e outros municípios do interior paulista como Bauru, Ribeirão Preto, Barretos, São José do Rio Preto e Araçatuba - é o crescimento descontrolado de javalis. Em bandos, eles invadem as plantações, destroem cercas e cruzam com porcos domésticos, o que gera filhotes conhecidos como "javaporcos". A situação levou o Ibama a elaborar um projeto piloto de combate ao javali, o que incluiu o abate desses animais com armas de fogo e ajuda de cães. No mês de outubro, foi feita a primeira incursão nesse sentido, com o auxílio de alguns caçadores do Rio Grande do Sul."É uma forma polêmica, mas estamos quase convencidos de que essa seria a única forma de controlar a população de javalis", afirma o biólogo Joaquim Maia Neto, de 33 anos, chefe do escritório regional de Barretos.
Caça
A medida toca num ponto delicado, já que a caça de qualquer animal é proibida pela constituição do Estado de São Paulo. O combate ao javali, autorizado pelo Ministério Público Estadual por meio de um termo deliberativo e, por enquanto, válido apenas para Itápolis, tem como base uma lei federal que permite o controle de espécies exóticas. O javali chegou ao país por duas vias. Parte foi trazida por criadores nos anos 90, quando a carne do animal ganhou, no país, status de produto sofisticado. (Amarílis Lage)
Floresta Amazônica

domingo, 11 de dezembro de 2005

Tuiuiú, ave símbolo do Pantanal
PARAÍSO VIOLADO (Fonte: Folha On line)

Pastagens avançam em direção à floresta, de onde é retirada a madeira para a produção nos fornos

Carvoarias ilegais avançam sobre o Pantanal

(Hudson Corrêa, da Agência Folha no Pantanal - Eduardo de Oliveira, da Agência Folha)

Associadas ao desmatamento, carvoarias avançam no Pantanal de Mato Grosso do Sul. E a derrubada de árvores, usadas nos fornos, está transformando trechos da paisagem em imensos pastos. De acordo com dados da ONG ambientalista Conservation International, cerca de 16 mil km2 da vegetação nativa do Pantanal sul-mato-grossense haviam sido retirados até o ano passado."Estudos anteriores revelaram a taxa de 0,46% de desmate por ano na planície [alagável], no período entre 1990 e 2000. A taxa atual de supressão anual é de 2,3%, considerando o período entre 2000 e 2004. Pode-se prever que dentro de pouco mais de 45 anos a cobertura florestal original do Pantanal terá desaparecido completamente", aponta relatório da ONG.Após pressão do Ministério Público Estadual, o governo baixou um resolução, em julho deste ano, para regularizar as carvoarias e instituir um programa de licenciamento ambiental mais rígido. Em seis cidades da área do Pantanal, existem atualmente 28 carvoarias em processo de regulamentação. Mas estima-se um número maior de fornos ilegais espalhados pela região pantaneira.Em Mato Grosso do Sul, o Ibama calcula que existam outras 5.000 carvoarias, boa parte delas irregulares. A Folha percorreu por terra na semana passada parte do Pantanal em Corumbá, Miranda e Aquidauana. Visitou cinco carvoarias. Encontrou fornos no meio das matas, próximos a baías, ao rio Miranda e a áreas de morro. Nos cerca de 400 km percorridos, a reportagem, que esteve há dois anos no Pantanal, percebeu nítido avanço dos pastos em direção à floresta. O tuiuiú, ave símbolo da região, é raramente visto na rodovia BR-262, que corta a planície. Em mais de 150 km, foram avistados apenas três.O desmatamento no Pantanal é resultado de parcerias entre fazendeiros, interessados em aumentar a área de pastos, e donos de carvoarias, que buscam a madeira para fabricar carvão. O governo diz que não há ilegalidade, desde que o fornecedor da madeira tenha licença para desmatamento, que não estejam sendo derrubadas árvores de áreas protegidas ou acima do limite de 20% que cada propriedade deve preservar, conforme determina o Código Florestal Brasileiro. Pecuaristas desmatam e carvoeiros puxam a madeira com o trator e as queimam em fornos rudimentares. Os primeiros dizem ter licença do governo estadual. Os carvoeiros dizem apenas aproveitar árvores já derrubadas. Em meio a isso, a Sema (Secretaria de Meio Ambiente) admite limitações de estrutura e pessoal para fiscalizar as ações.Numa região cortada pelo rio Aquidauana, onde há baías e áreas alagadas, fica a carvoaria São Luís. Tem 246 fornos, emprega 106 pessoas (com registro em carteira, segundo o dono) e produz 3.000 m3 de madeira, suficientes para encher 30 carretas.A produção vai para siderúrgicas de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. O empresário Ademir José Catafesta, 50, diz que em dois anos aproveitou madeira de uma área desmatada de 1.700 hectares da fazenda Santa Virgínia. Cada ha equivale a 10 mil m2.A São Luís tenta licenciar-se segundo as novas regras do governo. Já fez o pedido, mas precisará retirar 101 fornos das margens de uma estrada vicinal. O empresário diz estar longe do rio, embora admita que a região é pantaneira. Catafesta não acredita que a produção de carvão estimule a devastação. "A carvoaria é como um urubu. Aproveitamos o que sobrou para o fazendeiro não pôr fogo", afirmou.

sábado, 10 de dezembro de 2005

Queremos justiça (clique no link para ler na íntegra - Fonte: site Índios Online)
Pataxó Hãhãhãe pergunta há 24 anos: Por que a justiça não faz justiça e só consideram nós como invasores de terra?
A CAMPANHA POR PATAXÓ CONTINUA Solicitamos a cada um, na medida de suas possibilidades e entendimento, busquem se solidarizar com este movimento. DIVULGAÇÃO - LOBBY - DOAÇÕES PARA ALIMENTAÇÃO!
Campanha ÍNDIOS ON-LINE
(texto de Marcelokiri )
ÍNDIOS ON LINE é um canal de dialogo, encontro e troca.É um portal de dialogo intercultural, que valoriza a diversidade, facilitando a informação e a comunicação para sete nações indígenas: Kiriri, Tupinambá, Pataxó-Hãhãhãe, Tumbalalá na Bahia, Xucuru-Kariri, Kariri-Xocó em Alagoas e os Pankararu em Pernambuco e para a sociedade em forma geral.Os mesmos índios se conectam a internet em suas próprias aldeias, realizando uma aliança de estudo e trabalho em beneficio de suas comunidades e o mundo.
Nosso projeto começou com uma experiência piloto em abril de 2004. Foi depois aprovado pelo Ministério de Cultura para ser um Ponto de Cultura VIVA, mas atualmente estamos prestes a ficar OFF-LINE pelo demora do Ministério das Comunicações para cumprir seu compromisso de conectar as aldeias com GSAC.
Lamentavelmente nas aldeias não existem possibilidades de conexão discada ou WI-FI ou MAX... Estamos investigando possíveis parcerias que nos possibilitem um melhor desenvolvimento.
Solicitamos que nos enviem suas cartas de apoio e ou sugestões para resolver nossos problemas de conexão; como também ficamos receptivos a parcerias, doações e ou outro tipo de iniciativas que venham somar a este empreendimento.
Reino animal é tema de Festival do Gelo na Alemanha
(Fonte: site
BBC Brasil )

Festival conta com o trabalho de cerca de 45 artistas
A Era do Gelo retornou nesta sexta-feira à cidade de Luebeck, no norte Alemanha.
O Festival Internacional de Esculturas de Neve e Gelo, que deve se estender até o dia 29 de janeiro de 2006, conta com o trabalho de cerca de 45 artistas.
Eles puderam usar todos os tipos de instrumentos no gelo e neve: serra-elétrica, cinzel e até chamas para conseguir o formato correto para suas criaturas.
Veja fotos de esculturas da mostra
A mostra acontece na área do antigo porto da cidade de Luebeck.
Os organizadores do evento garantem que a neve comprimida usada pelos participantes não contém nenhum elemento químico.
No total, cerca de 350 mil quilos de gelo e 150 mil quilos de neve serão processados para o festival.
O tema deste ano é o reino animal.
Um animador jovem trabalhando. Foto cortesia de Wilson Lazaretti

Uma Aventura em Desenho Animado nos limites da Floresta Amazônica
(informações extraídas de texto de Wilson Lazaretti, publicado, em 1998, no site Animation World Magazine - AWM )

Começamos nossa experiência em animaçâo em 1975 na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. Começamos com um curso de desenho animado para crianças e que posteriormente se transformou num centro para a didática do cinema de animaçâo destinado principalmente às crianças. Consideramo-nos animadores de campo, nâo de prancheta, e o nosso grande laboratório para pesquisas é o Brasil.
Entrando na Amazônia
Foi em 1991 que realizamos o primeiro curso de animaçâo com crianças índígenas em São Gabriel da Cachoeira, no estado da Amazônia. Foi a nossa oficina mais importante, conquistando medalha de ouro no 35th. Annual Broadcasting Awards, em Nova lorque, Estados Unidos. Era como se estivessemos ensinando em um outro país. O comportamento das crianças é diferente, e a relação delas com os adultos também. Os adultos consideram as crianças o futuro da tribo, e as crianças sentem e reconhecem essa importancia. Neste curso participaram 35 crianças de 20 etnias diferentes, com idades entre 9 a 12 anos. As crianças falam no mínimo 3 linguas: a lingua mãe, nnheengatu (uma lingua geral entre tribos) e o Português. Estes detalhes foram considerados de grande importançia para o desenvolvimento do curso.

Nossos filmes
Talvez a nossa oficina de desenho animado mais exótica tenha sido aquela realizada no Parque Nacional do Xingu em julho de 1995. Eu, o animador Mauricio Squarisi e o músico Ney Carrasco trabalhamos diretamente com índios, adolescentes e adultos. Fomos convidados pela escola Paulista de Medicina, que há 30 anos vem desenvolvendo na regiâo do parque cursos especiais de medicina branca para os índios, principalmente para cuidar das doenças levadas pelos brancos. É importante dizer que os médicos deste projeto federal tem plena consciência de seus deveres e respeitam muito a sábia medicina indigena.

O desenho animado Kamenâ trata justamente da relaçâo entre as medicinas branca e indígena, contando uma história que vai desde antes da chegada dos brancos até os dias de hoje, ou seja: a tribo convivendo em harmonia, o conflito com os brancos e posteriormente a convivência pacifica entre ambos.O filme é de suma importância para os índios pois atualmente ele é mostrado em todas as aldeias do Parque Nacional do Xingu, tornando-se no principal assunto de uma discussâo sobre as portas de entrada de qualquer doença que possa ser levada para os índios.
Brasil: Povo Guarani Kaiowá pode ser expulso de terra homologada
(notícia publicada no blog Tupiniquim )
No CIMI: "O povo Guarani Kaiowá da terra Indígena Nhanderu Marangatu recebeu na tarde de ontem, dia 7, a notícia da decisão no Tribunal Regional Federal, 3ª. Região, São Paulo, pela reintegração de posse solicitada pelos proprietários das fazendas Ita Brasília e Pequiri Santa Creuza. Para cumprir a decisão judicial, a Polícia Federal já anunciou que irá proceder a expulsão do povo Guarani Kaiowá no próximo sábado, dia 10. As fazendas estão localizadas total ou parcialmente dentro da terra indígena homologada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva no dia 28 de março deste ano. A homologação é o passo final do processo de demarcação de terras indígenas. Ao serem informadas sobre a reintegração de posse, as lideranças Guarani Kaiowá, que já tinham como definitiva a posse de sua terra, manifestaram perplexidade. "Isso vem em cima da gente como um tiro. Mas nós não vamos arredar o pé. Estamos na terra que é nossa, que está reconhecida e daqui ninguém nos tira enquanto estivermos vivos", afirmou uma das lideranças." [notícia completa]

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Ganhei esta linda árvore da amiga Daia. Ela foi plantada com carinho nas terras dela, na Praia da Costa, em Vila Velha, ES. Muito obrigada pelo belo presente!
Convite para a inauguração da Exposição Terra Brasil e para o lançamento do Portal Rede Povos da Floresta. Dia 13/12/2005, às 20 horas. Local: Centro Tom Jobim - Cultura e Meio Ambiente, Rua Jardim Botânico, 1008 - Jardim Botânico - Rio de Janeiro-RJ.
Voltando da caçada na Floresta Amazônica (Araweté, estado do Pará).
Foto: Eduardo Viveiros de Castro, sem data (n/d). (Fonte: site
Socioambiental )
Manejo Florestal

Por que manejar florestas? (Fonte: site manejoflorestal.org )
As principais razões para manejar a floresta são:
Continuidade da produção - A adoção do manejo garante a produção de madeira na área indefinidamente, e requer a metade do tempo necessário na exploração não manejada.
Rentabilidade - Os benefícios econômicos do manejo superam os custos. Tais benefícios decorrem do aumento da produtividade do trabalho e da redução dos desperdícios de madeira.
Segurança de trabalho - As técnicas de manejo diminuem drasticamente os riscosde acidentes de trabalho. No Projeto Piloto de Manejo Florestal (Imazon/WWF), os riscos de acidentes durante o corte na operação manejada foram 17 vezes menor se comparado às situações de perigo na exploração predatória.
Respeito à lei - Manejo florestal é obrigatório por lei. As empresas que não fazem manejo estão sujeitas a diversas penas. Embora, a ação fiscalizatória tenha sido pouca efetiva até o momento, é certo que essa situação vai mudar. Recentemente, tem aumentado as pressões da sociedade para que as leis ambientais e florestais sejam cumpridas.
Oportunidades de mercado - As empresas que adotam um bom manejo são fortes candidatas a obter um "selo verde". Como a certificação é uma exigência cada vez maior dos compradores de madeira, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, as empresas que tiverem um selo verde, provando a autenticidade da origem manejada de sua madeira, poderão ter maiores facilidades de comercialização no mercado internacional.
Conservação florestal - O manejo da floresta garante a cobertura florestal da área, retém a maior parte da diversidade vegetal original e pode ter impactos pequenos sobre a fauna, se comparado à exploração não manejada.
Serviços ambientais - As florestas manejadas prestam serviços para o equilíbrio do clima regional e global, especialmente pela manutenção do ciclo hidrológico e retenção de carbono.