sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um Feliz 2011 para todos os amigos! Beijos festivos da Ursa
Repórter da BBC mostra a vida do povo indígena Khanty, na Sibéria
(Para ver a galeria de fotos do povo Khanty, CLIQUE AQUI)

O fotógrafo russo Fedor Telkov, que mantém um fotoblog na página da internet em russo do Serviço Mundial da BBC, viajou para a Sibéria para conhecer o povo indígena Khanty, cujo estilo de vida é ameaçado pela indústria de produção de petróleo.

Os Khanty vivem da caça, da pesca e da criação de renas. Os animais são usados como transporte, sua carne pele é usada na produção de agasalhos e sua carne consumida.

No entanto, os campos de extração de petróleo instalados na área ameaçam o equilíbrio natural, já que afugentam os ursos - predadores naturais das renas - aumentando a concentração destes animais em outras partes da região.

Telkov visitou a família Kazamkin, que, como muitas famílias Khanty, aderiram ao "turismo étnico" para aumentar os ganhos. Eles recebem turistas que querem conhecer o estilo de vida índigena.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ivan Canabrava/Reuters

O fotógrafo Ivan Canabrava, da agência Reuters, flagrou um lago em meio à floresta amazônica, próximo a Manaus, no estado do Amazonas, que tem o formato de um coração.

Espírito natalino

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Realistic Forest - Official Teaser Trailer



A Floresta Virtual mais bonita que você já viu

O australiano que se identifica no YouTube como WhiteSilentTiger tinha um objetivo muito simples: criar uma floresta bonita em um game. E eu diria que ele conseguiu o que queria.(Fonte da informação)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A mosca "Mormotomyia hirsuta" tem aparência mais semelhante a uma aranha

"Terrível mosca peluda" é encontrada no Quênia
(Fonte: UOL Notícias)

NAIRÓBI (Reuters) - Cientistas no Quênia localizaram uma das moscas mais raras e de aparência mais estranha no mundo, após uma longa busca pelo inseto apelidado de "terrível mosca peluda", anunciaram especialistas nesta quarta-feira.

Cientistas toparam com a mosca de pelos amarelos pela primeira vez em 1933, e então novamente em 1948. Desde então, pelo menos meia dúzia de expedições científicas visitaram um local entre as cidades de Thika e Garissa na tentativa de encontrar a mosca novamente.

Com cerca de um centímetro de comprimento, e encontrada até agora apenas sobre uma única pedra de 20 metros de altura, a mosca "Mormotomyia hirsuta" tem aparência mais semelhante a uma aranha que a uma mosca, devido a suas pernas peludas, disseram cientistas.

Incapaz de voar, a mosca se reproduz em fezes de morcegos, e acredita-se que ela viva apenas em uma fenda úmida, repleta de morcegos, em uma rocha isolada nos Montes Ukazi. Ela possui olhos minúsculos e asas não funcionais que lembram alças de cinto.

O pesquisador. Robert Copeland, do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos, sediado em Nairóbi, disse que a aparência física da mosca deixou os cientistas perplexos quanto ao lugar que ela ocupa na ordem das Dipteras, ou "moscas verdadeiras".

"Coletamos espécimes novos para submetê-los a análise molecular, para ver onde exatamente a 'terrível mosca peluda' se encaixa no processo evolutivo", disse Copeland à Reuters pelo telefone.

"Ela não possui adaptações óbvias para agarrar-se a outros animais, para se deslocar de um lugar a outro. Com suas pernas compridas, talvez consiga se agarrar a um morcego para pegar carona. Ela nunca foi encontrada em nenhum outro lugar."

A Mormotomyia hirsuta é o único membro de sua família biológica, e alguns especialistas em moscas acham que ela acabará provando ser a única família de moscas inteiramente restrita à África.

(Reportagem de Richard Lough)

domingo, 31 de outubro de 2010


O vento

(Manoel de Barros - Ensaio Fotográfico)

Queria transformar o vento
Dar ao vento uma forma concreta e apta à foto
Eu precisava pelo menos de enxergar uma parte física do vento:
[uma costela, o olho...
Mas a forma do vento me fugia que nem as formas de uma voz.
Quando se disse que o vento empurrava a canoa do índio para
[o barranco.
Imaginei um vento pintado de urucum a empurrar a canoa do
[índio para o barranco
mas essa imagem me pareceu imprecisa ainda
estava quase a desistir quando me lembrei do menino montado
[no cavalo do vento - que lera em Shakespeare
Imaginei as crinas soltas do vento a disparar pelos prados com
[o menino
Fotografei aquele vento de crinas soltas.


sábado, 30 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010




Coruja-buraqueira




Rio Negro (Parte 2)

Mudanças climáticas?
(Para ler a matéria completa visite o site O Eco)

Ano passado o mesmo Rio Negro inundou ruas do centro de Manaus, no Amazonas, ao bater outro recorde – a maior cheia já vista - ao atingir 29.77 cm. E, neste ano, eis a maior seca já registrada. Pensar nas mudanças climáticas tem sido corriqueiro ultimamente, mas pesquisadores argumentam que não é bem assim.

Antonio Manzi, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), explica que não é possível relacionar uma coisa à outra de maneira definitiva. “Em 1953 tivemos uma cheia da mesma magnitude de 2009 e em 1963, uma seca nos níveis de 2010. Isso não quer dizer, no entanto, que não tenha havido aí uma contribuição das mudanças climáticas globais. Elas podem ter intensificado a cheia e a seca mais recentes, embora este seja um fenômeno natural”, explica.

Rafael Cruz, da campanha da Amazônia do Greenpeace, concorda que não se pode aliar a cheia e a seca históricas às mudanças climáticas. No entanto, adverte: "Esta situação dá a foto do que vai acontecer com a Amazônia se não diminuirmos as emissões de carbono no mundo".

Rios que abastecem comunidades rurais estão reduzidos a pequenos cursos ou leitos tomados pela lama. A população sofre também com a falta de água potável, pois nem todas as vilas contam com poços profundos. Sem transporte, certos produtos (como os que são vendidos em supermercados) não chegam às comunidades. De acordo com Caio de Souza, um barqueiro que trabalha na Marina do Davi, perto da praia de Ponta Negra, em Manaus, apesar da situação difícil, na seca não falta peixe na Comunidade do Livramento, onde vive com sua família. “Com pouca água, os peixes se disperçam menos e fica mais fácil pescar”, conta.

No Solimões, a vazante este ano também foi a maior já registrada, 86 centímetros negativos, em 12 de outubro. No entanto, nos últimos dias o nível do Alto Solimões voltou a subir. Ao longo do rio Amazonas, o CPRM também registra níveis inéditos. Em todo o estado, cerca de 40 municípios decretaram situação de emergência. Segundo informações da Defesa Civil, mais de 60 mil famílias foram atingidas.

sábado, 23 de outubro de 2010

(Raimundo Valentim 15.out.2010/Efe) -Barcos afetados pela seca em igarapé que deságua no rio Negro

Rio Negro fica a 5 cm do recorde histórico de vazante
(Kátia Brasil, de Manaus - Fonte: Folha.com)

Mesmo com uma chuva torrencial, o nível do rio Negro, em Manaus, atingiu neste sábado a marca de 13,69 m, faltando 5 cm para a quebra do recorde histórico de maior vazante (baixa das águas).


Segundo Valderino Silva, que há 40 anos faz o monitoramento da hidrologia do Negro no Porto de Manaus, o atual recorde --de 13,64 m, registrado em 1963-- deve ser superado no domingo (24), quando nova medição será feita de manhã.
Silva afirmou há pouco que, em 30 de outubro de 1963, o nível do rio caiu de um dia para o outro 2 cm.
Neste ano, devido à seca acentuada, nos últimos dois dias, o nível do rio Negro desceu 11 cm. "Considerando esses valores diários e dizendo que faltam apenas 5 cm para acontecer isso daí, é certeza absoluta que essa cota de 1963 será ultrapassada [hoje]", disse Silva.
A baixa inédita do rio Negro é consequência de uma estiagem extrema na região central da Amazônia. No oeste do Estado, o rio Solimões atingiu sua maior baixa no dia 11, marcando -86 cm, a mais baixa desde 1982, quando foi criada a estação de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil.
Como Manaus, na região também começou a chover, mas as precipitações não são suficientes para aumentar a navegabilidade dos igarapés e lagos, que dão acesso aos grandes rios.
A falta de água potável e o isolamento são os maiores problemas para a população ribeirinha. No Amazonas, 37 dos 62 municípios decretação situação de emergência. Uma cidade decretou a calamidade pública. São 66 mil famílias afetadas pela vazante no Estado.
Para Silva, que todos os dias usa uma canoa para medir o nível do rio Negro, tudo é reflexo da ação humana. A medição é realizada desde 1902, quando o porto de Manaus era administrado por uma companhia inglesa.
"Os cientistas estão brigando entre si, mas quem gosta da natureza está vendo que ela está sendo degradada, e isso tem influenciado na floresta, é uma coisa assombrosa", disse.

terça-feira, 19 de outubro de 2010


O famoso pássaro papa-léguas existe!

(fonte das informações: blog Conhecimento paralelo) (Mais informações e fotos AQUI)

Chega uma encomenda em uma caixa grande e um manual complexo. Lá vem mais uma porcaria da Acme comprada pelo coyote para capturar o papa léguas! Mas afinal, que bicho é aquele que o miserável coyote sempre tenta pegar, gastando para isso todo seu limite de cheque especial com bugigangas da Acme?

Aquele animal existe?
A Resposta é sim! O famoso pássaro corredor da Warner, que sempre prega peças no faminto Coyote existe no mundo real, mas não faz "bip bip".

O bichinho atende pelo nome Geococcyx californianus e habita os desertos entre o norte do México e sudoeste dos Estados Unidos. Tendo 56 cm de comprimento e 49 cm de envergadura e uma longa calda.
Alimenta-se de insetos e pequenos animais, como o escorpião e aranhas.
O mais impressionante é que o passarinho realmente é rápido: consegue atigir uma velocidade 30 km/h em terra!


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Imagem de coração de mosquito foi a vencedora do concurso de fotos microscópicas

Foto: Nikkon Small World/Divulgação


Imagem de coração de um mosquito vence concurso Nikon Small World

(Fonte: Terra)

A impressionante imagem de um coração de mosquito, de Jonas King, foi a vencedora da competição Nikon Small World 2010, que premia anualmente "a beleza e a complexidade da vida vista pela luz do microscópio".

A vencedora do júri popular foi a foto de Tomas Cabello que mostra um inseto fêmeaApterous aphis fabae com os filhotes dentro da barriga.

Em sua 36ª edição, a competição recebeu mais de 2 mil fotografias de vários países, inclusive do Brasil. Foram selecionados vinte vencedores que receberão equipamentos fotográficos como prêmio.

As fotografias foram avaliadas de acordo com originalidade, conteúdo de informação, proficiência técnica e impacto visual. As imagens premiadas vão ilustrar um calendário e serão exibidas em museus nos Estados Unidos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010




Serelepe (Sciurus aestuans)
(Fonte: Digital Photographer Brasil)

Mede cerca de 30 cm com a cauda. Alimenta-se de frutos e sementes duras para gastar os dentes que estão sempre crescendo. Vivem sozinhos ou em pares. Espécie arborícola, descem das árvores para buscar alimento ou enterrar sementes. Para garantir a reprodução,eles constroem ninhos nas forquilha das arvores. Este animal é um importante dispersor de sementes, possui o hábito de enterrar as sementes.Ocorre nos biomas da Amazônia e Floresta Atlântica.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Uma Alviniconcha sp, que vive no Japão, foi uma das espécies descobertas
Foto: Reuters
Pesquisa descobre 1,2 mil espécies; número pode chegar a 6 mil

O censo global da vida marinha, que demorou uma década para ser completo, teve seus resultados divulgados nesta segunda-feira. Podem ter sido descobertas 6 mil novas espécies. Dentre estas, 1,2 mil já foram confirmadas. Serão realizados testes, como de DNA, para comprovar se são, de fato, novas. As informações são do site do jornal Washington Post.

Com a participação de mais de 2,7 mil cientistas de 670 instituições de 80 países, o censo foi realizado para responder às seguintes questões: "O que costumava viver nos mares, o que vive atualmente nos mares e o que viverá no futuro?", segundo o cientista líder do comitê de apresentação do censo Ian Poiner, em entrevista ao site.

Mesmo após uma década de estudos, a maior parte dos oceanos permanece desconhecida. Segundo os participantes do censo, apenas 5% dos oceanos foram seriamente explorados, 20% nunca sequer foi explorado, e mais da metade foi minimamente observado.

Foram 30 milhões de observações registradas de 120 mil espécies. O censo custou mais de U$ 650 milhões, com 570 expedições ao redor do mundo.

O projeto teve em grandes expedições, em 2003, 2004 e 2009, para registrar organismos viventes a mais de 2,5 km abaixo da superfície e monitorar o fluxo de energia pelo ecossistema. "Entender as dinâmicas do fundo do mar é essencial para o entendimento científico do maior ecossistema terrestre", disse Tracey Sutton, da Universidade da Virgínia, Estados Unidos, e participante do censo.

domingo, 3 de outubro de 2010



Voto indígena
(Fonte: site Índios Online)

"Nós índios da aldeia kariri-xocó, e de todo o Brasil sairemos de nossas casas neste Domingo 3 de outubro para irmos as urnas votar, é muito bom saber que nós Índios também temos o nosso direito na sociedade, para o Brasil saber que nós Não somos bicho do mato e nem ignorantes, nós somos gente como todo mundo. A nossa meta, escolher um candidato para eleger, mais para isso, nós temos que ouvir as propostas dele, a melhor proposta seria que eles falassem em preservação das nossas florestas, porque elas estão sendo muito devastadas pelos não Índios,vamos cuidar do nosso verde, das nossas raizes, da nossa cultura.

Nós índios hoje em dia somos muito civilizados, praticamente nós somos índio e Meio, porque temos nossa cultura, e ainda sabemos um pouco da cultura dos Não índios, então não tem erro, na urna sabemos em quem votar, vamos votar no candidato que apoia nós índios."
Autor: josé luiz

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ceuci (fonte da imagem)


A LENDA DE CEUCI
A origem desta lenda se dá do cerro das 7 estrelas ou plêiades, em que os naturais tupís indicavam o nome de variável de: Cincy, Cincê, Cucê. Com este ingênuo nome, Ceuci filha de Tupã e de Luaci. Luaci que era conhecida como mãe do céu abaixo do sol, onde morava na espuma de uma nuvem e ao navegar no espaço aproveitava-se do sono desta menina caraíba para encorporar-se nela expulsando a alma, que desde então a seguiu como uma sombra impertinente, queria a todo transe voltar ao corpo e dormindo ela, esta selvagem menina recebeu o espírito divino, tornando-a assim a cunha aporanga e mais ladina da tribo, seus encantos no dia a dia aumentavam cada vez mais, adquirindo poder de amainar as feras e acalmar os ventos. Certo dia quando passeava pelo mato, uma lua antes de sua carimã (festa da puberdade das donzelas), deixou-se tentar por frutos maduros e sedosos de doçura que eram vedados aos desejos das impúberes, o sumo escorrendo-lhe pelos seus seios abaixo despertou a fecundação, os caraíbas ficaram revoltados, embora ela continuasse a garantir que era virgem e não fora visitada pelo “Yaciteiú”, mas o conselho da tribo e o alto da “Aharaigichi” exigiam que o conselho dos velhos se reunisse regido pelo Pajé-assú com a eminência de resolver o caso. Ceuci risonha e tranqüila resolveu aparecer, porém suspeitando da mácula gritasse na gravidez. E os maracás soaram no ar desfazendo os indícios e festejando a virgindade intacta. Porém, os maiorais para dar exemplos cunhãns desprevenidas, resolveram desenterrar Ceuci para elevadíssimas. Itacangas da cerra do “Cunakê”. E assim foi no exílio, sem culpa, castigada, mas inocente, Ceuci veio dar a luz a Jurupari, o reformador, o profeta, o silencioso, dos caiuras, inflexível como um juramento e eterno como símbolo. Aos 10 anos de idade já assombrava aos seus, pela força de argumentos e mostrando uma experiência e sabedoria, os mais valentes guerreiros da redondeza vinham ouvi-lo silenciosamente, pois ele revelava e ditava a lei da agricultura e foi espalhando as suas lições na montanha de Cunakê. Despeitado com Tupã, Anhangá não tardou pela curiosidade e aproximou-se da serra conduzindo em sua companhia a linda e bela Ceuci que foi arrastada pelo desejo de assistir a Poracé (festa) em honra de Jurupari, porém aconteceu que Anhangá empregando as suas artes tortuosas conseguiu induzir Ceuci transportando um terreno que não era permitido a curiosidade feminina. Desta forma violou o recinto privativo a mãe de Jurupari que condenava ao sacrifício certo. Celebrando assim os Pagé-assús chamaram a noite do rito: Ceuci, Tieté, Unandú! E um corpo de mulher caiu ao solo fulminando.

Mandaram então buscar Jurupari afim de ressuscitá-la, mas o nosso herói, inflexível não transgride a lei, mesmo que seja uma pessoa especial como Ceuci: “Morreste ó mãe, porque desobedeceste a lei de Tupã, esta lei que eu ensino, agora podes subir radiante, pura e bela aos braços de meu pai”. O corpo de Ceuci enchendo-se de uma figuração estranha acendeu iluminado, atravessou o espaço e fez-se estrela e ela tornou-se a mais formosa das plêiades, transformou-se para exemplificar o respeito que devia inspirar aos selvagens, as leis dos Moisés dos Tupis.

Ceuci – Mãe dos Moisés do Tupis, dos caraíbas e Anãmas, é uma deusa morta, porque nunca mais veio à terra, de grande prestígio na mitologia da América do Sul. É ela quem do luaca, distribuiu a sorte às “Tainaetas” (enlevo dos lares das florestas).
Na astronomia das tribos sul-americanas, Ceuci também é conhecida por Ciucy e Celchu, chamada vulgarmente a Constelação das Plêiades.

Cueurra – É a árvore do bem e do mal, na tradição aborígine. No Solimões é conhecida pelo nome de Purumã. Entra na lenda de Jurupari e assume um papel de destacada importância. Ao seu sumo atribuiu-se a fecundação de Ceuci, a Eva ingênua dos Caiuaras. Distraída sob a árvore não atinou que o sumo traiçoeiro, deslizando voluptosamente pelo corpo, molhando-lhe os seios e lambendo-lhe o ventre, lhe comprometia a virgindade.

Anhangá – (quer dizer sombra, espírito) A figura com que as tradições o representam é de um veado branco, com os olhos de fogo. Todo aquele que persegue um animal que amamenta corre o risco de ver o Anhangá, e a sua vista traz febre e às vezes a loucura.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010


Índios Maxacalis "aldeados" no entorno da Secretaria Municipal de Sáude de Teófilo Otoni, nordeste de MG. Em total situação de miséria e abandono. (Fonte: blog da mnc)



José Padilha mostra antropólogos como vilões no documentário "Segredos da Tribo"
Por Marco Tomazzoni, iG São Paulo - publicado no blog da mnc

Quem vê de fora, acha que "Segredos da Tribo", o novo documentário de José Padilha ("Tropa de Elite", "Ônibus 174"), vai mostrar um outro lado dos ianomâmis, que caíram nas graças dos pesquisadores na década de 1960 e foram até visitados por Sting 20 anos depois, quando a floresta Amazônica e a importância de sua preservação conquistaram a mídia. Mas o filme – que abre o festival É Tudo Verdade no Rio de Janeiro – mostra, isso sim, os segredos escabrosos de outra tribo, a dos antropólogos estrangeiros que passaram a estudar os índios na fronteira entre Venezuela e Brasil. Vêm à tona escândalos de genocídio e exploração sexual, coisa de fazer a comunidade científica se esconder embaixo da poltrona.
Nada disso, porém, é algo inédito. A polêmica se instalou ao longo dos anos em artigos de publicações especializadas, livros e, eventualmente, na imprensa. Aqui, no entanto, Padilha reuniu material de arquivo e colheu depoimentos de acadêmicos de várias partes dos Estados Unidos e da Europa, em um bate-boca de PHDs bastante incomum. Os ianomâmis também são ouvidos e daí fica claro que, mesmo com toda essa confusão entre doutores, quem saiu perdendo e viu sua cultura ser pisoteada pelos ocidentais foram os índios. E se instala a discussão filosófica: até que ponto a antropologia pode interferir nos povos que estuda?
Pode parecer assunto para universitários, mas o debate traz assuntos para deixar ninguém sem opinião. O antropólogo norte-americano Napoleon Chagnon foi um dos primeiros, em 1968, a chegar na região do rio Orinoco, na Venezuela, e estudar os ianomâmi, talvez a última civilização intocada de nossa era – eles não conheciam o homem branco e, dependentes apenas da selva, proporcionavam um mergulho em milhões de anos na evolução
Depois de viver anos entre os índios, Chagnon publicou um livro afirmando que, apesar do aspecto cortez, eles cultivavam uma cultura violenta, de guerra entre tribos, que era refletida na reprodução: índios com ao menos um homicídio nas costas tinham mais esposas e filhos do que os outros. Kenneth Good questionou com veemência essas afirmações, defendendo em outro livro que os ianomâmi eram pacíficos, mas não tinha muita moral para falar: em seus anos morando na Amazônia, casou com uma índia de 11 anos, com quem teve três filhos e causou polêmica ao levá-la aos EUA.
Outra história envolvendo crianças passa pelo francês Jacques Rizot, que assinou alguns artigos com Chagnon. Protegido de Claude Lévi-Strauss, um dos maiores pensadores do século 20, Rizot é acusado de introduzir a prostituição entre os indígenas: em troca de produtos como machados, facas e linhas de pesca, mantinha relações sexuais com garotos e jovens da tribo. Religiosos faziam vista grossa (como fazem até hoje) e os patrocinadores continuavam enviando milhões para as pesquisas do antropólogo.
Casos como esse vieram a público no livro "Trevas no Eldorado", disponível no Brasil e escrito pelo jornalista Patrick Tierney. Tierney descobriu que as primeiras expedições de Chagnon à Amazônia, ao lado do geneticista James V. Neel, foram patrocinadas pelo Comitê de Energia Atômica norte-americano, interessado em obter dados de grupos que viviam isoladamente e não tinham anticorpos para doenças comuns, como a gripe. A equipe, então, recolheu amostras de pele, sangue e saliva dos índios e, segundo o jornalista, introduziu deliberadamente o vírus do sarampo e da influenza na tribo, causando dezenas de mortes.
Nenhuma acusação fica sem resposta (a não ser Rizot, que não quis se manifestar), e Chagnon, hoje aposentado, se defende de ter alterado a cultura dos indígenas para sempre da seguinte forma: "Posso até ser culpado, mas se for, também o é toda antropologia como ciência". Assunto para os etnógrafos ficarem meses discutindo, e está aí um dos méritos do filme, que estreou no festival de Sundance.
Em coprodução com a BBC e HBO, Padilha, talvez por isso mesmo, optou por uma narrativa mais do que tradicional – "Segredos da Tribo", nos quesitos montagem, recursos visuais e trilha sonora, parece ter sido feito na década de 1980. Evidencia, porém, o caráter de "denúncia" que o diretor tem perseguido em toda sua carreira. Foi assim com "Ônibus 174", "Garapa", de certa forma em "Tropa de Elite" e deve ser com "Nunca Antes na História deste País", futura ficção com enfoque no escândalo do mensalão. Pode causar certo ranço, mas é inegável: difícil ficar impassível diante da obra dele.

sábado, 4 de setembro de 2010



NASA lançará missão para estudar o sol mais de perto
(Fonte:
Terra)

WASHINGTON, 4 Set 2010 (AFP) -A Nasa anunciou que está desenvolvendo uma sonda para estudar o Sol mais de perto, que será lançada em 2018 graças a cinco projetos científicos que foram selecionados recentemente.

O satélite, do tamanho de um automóvel e chamado "Solar Probe Plus", será enviado para a atmosfera do Sol, a aproximadamente 6,4 milhões de quilômetros da superfície do astro, e será lançado "até 2018", segundo um comunicado da Nasa.

"As experiências selecionadas para o Solar Probe Plus responderão a duas perguntas-chave da física solar: por que a atmosfera do Sol é mais quente do que a sua superfície visível e o que o empurra o vento solar que atinge a Terra e o sistema solar", indicou Dick Fisher, diretor do Departamento de Heliofísica da Nasa, citado em um comunicado.

Para poder se aproximar do Sol, a sonda terá um escudo protetor elaborado com um novo material composto de carbono resistente a temperaturas de mais de 1.400 graus celsius, assim como a fortes radiações, segundo o comunicado.

A Nasa lançou em 2009 uma seleção de projetos de pesquisadores especializados no Sol. Cinco projetos foram escolhidos.

Entre as missões científicas que serão realizadas, estão a medição de algumas partículas do Sol (prótons, elétrons), a captação de imagens 3D por um telescópio e a medição dos campos magnéticos.

"Este projeto permite ao gênio humano ir até onde nenhuma aeronave espacial chegou", explicou Lika Guhathakurta, uma das responsáveis pelo programa Solar Probe Plus, também citada no comunicado. "Pela primeira vez vamos poder tocar, provar e sentir nosso Sol", disse.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Nova espécie de sapo, chamada Microhyla nepenthicola, na ponta de um lápis nesta foto de divulgação (reuters_tickers)

Sapo do tamanho de uma ervilha é descoberto na ilha de Bornéu

(Fonte: MSN Verde)

KUALA LUMPUR (Reuters) - Cientistas descobriram um sapo do tamanho de uma ervilha, o menor já encontrado na Ásia, na África ou na Europa, na ilha de Bornéu, no sudeste asiático.
Os machos adultos da nova micro-espécie variam entre 10,6 e 12,8 milímetros de tamanho e o anfíbio recebeu o nome de Microhyla nepenthicola, em homenagem à planta de Bornéu onde vive o animal, de acordo com a revista de taxonomia Zootaxa.
O pesquisador Indraneil Das, do Instituto de Biodiversidade e Conservação Ambiental na Universiti Malaysia Sarawak, disse que a subespécie havia sido identificada anteriormente de forma errada nos museus.
"Os cientistas devem ter pensado que eram exemplares mais jovens de outras espécies, mas eles são adultos dessa microespécie recém-descoberta", afirmou.
Os sapos foram encontrados na beira de uma estrada que leva ao cume da montanha de Gunung Serapi, no Parque Nacional Kubah, no Estado malaio de Sarawak.
Os cientistas afirmaram que rastrearam os sapos pelo barulho deles, que começava com o pôr-do-sol.
Depois, fizeram os sapos pularem num pedaço de pano branco para estudá-los.
O achado foi parte de uma pesquisa global conduzida pela Conservation International e pelo grupo especialista em anfíbios da União Internacional para a Conservação da Natureza do Grupo Especialista para "redescobrir" 100 espécies de anfíbios perdidos (www.conservation.org/lostfrogs).
(Reportagem de David Chance - Reuters)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O novo macaco sauá, também conhecido como macaco titi (Callicebus Catequensis)
- Crédito: Javier García -

Nova espécie de macaco é descoberta na Amazônia
(Fonte:
Revista Galileu - matéria publicada em agosto/2010)

Expedição científica na Amazônia colombiana revelou um novo tipo de macaco sauá próximo da extinção

A descoberta da nova espécie de sauá, ou macaco titi (como é conhecido em inglês), foi anunciada nesta quarta-feira pela ONG Conservation International (CI). Thomas Defler, Marta Bueno e Javier García, pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia, encontraram o primata na floresta amazônica da região.
Apesar da alegria de registrarem mais uma animal desconhecido pela ciência, eles consideram que o animal está seriamente ameaçado graças à diminuição da floresta onde vive a pequena população, de acordo com a CI.
O sauá, encontrado no departamento colombiano de Caquetá, próximo à fronteira entre Equador e Peru, ganhou o nome científico de
Callicebus caquetensis. O macaco foi avistado pela equipe científica em 2008, quase 30 anos depois que um especialista anunciou observações de uma possível nova espécie na região. Mas explorar a região era muito complicado por causa da presença de grupos guerrilheiros. Só há três anos, com uma queda na violência, García, estudante nativo da região, conseguiu adentrar na mata e começar a procurar pistas do macaco.
O estudante viajou, com ajuda de GPS, pelo Rio Caquetá e encontrou 13 famílias destes macacos, seguindo as pegadas e o barulho emitido por eles, um dos mais complexos do reino animal, usado toda manhã para marcar território, segundo a ONG. "A descoberta é animadora porque já havíamos escutado sobre o animal, mas por muito tempo não podíamos confirmar se era diferente dos demais sauás. Sabemos que é uma espécie única, e mostra a diversidade ainda a ser descoberta na Amazônia", afirmou Thomas Defler, pesquisador da Universidade Nacional da Colômbia.
O novo macaco é do tamanho de um gato, e como a maioria dos primatas, é monogâmico. Quando um bebê novo nasce, geralmente uma vez por ano, os pais forçam a saída do filhote mais velho para dedicarem-se ao caçula. Cada família tem cerca de 4 indivíduos e vivem em árvores próximas aos rios.
A maioria das informações vem de dados de outros tipos de macacos titi. Os cientistas estimam que restem apenas 250 exemplares deste sauá na floresta, porque seu habitat é cada dia mais reduzido pela atividade humana, como a agricultura. Por isso, o Callicebus caquetensis deve entrar na categoria dos animais em crítico risco de extinção, segundo os pesquisadores. A pesquisa foi financiada pela Conservation International e Fundação Omacha.

sábado, 28 de agosto de 2010

Ursa troca cachimbo por umidificador

Representação do risco de queimadas com base em imagem de satélite capturada nesta sexta-feira (27) (Foto: Reprodução/Inpe - site G1)

Cuidados em época de baixa umidade:
(
Fonte das informações)

Em condições de baixa umidade, é comum a ocorrência de complicações respiratórias devido ao ressecamento das mucosas, provocando sangramento pelo nariz, ressecamento da pele e irritação dos olhos.

Por isso, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para dias como estes é evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h; umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água; regar os jardins, e sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas.

Além dessas medidas, é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Índios hopis

Os hopis são uma nação indígena dos Estados Unidos da América, que vivem principalmente na Reserva Hopi, no noroeste do estado de Arizona, com 1,5 milhões de acres (6 000 km²), e que está rodeada pela reserva navajo. Alguns hopis vivem na reserva indígena do rio Colorado, no oeste do Arizona (ver Mohave).

Os hopi estão organizados em clãs e, quando um homem se casa, os filhos ficam membros do clã da mulher. O Clã do Urso é um dos mais conhecidos e Tom Banyanca, membro deste clã, foi escolhido para transmitir ao mundo a profecia hopi (ver abaixo).

Este povo continua a praticar a sua cultura tradicional, num grau mais elevado que a maioria dos outros nativos americanos mas, como acontece com as restantes tribos, eles foram severamente influenciados pelo modo de vida estadunidense.

Tradicionalmente, os hopis eram agricultores bem dotados, apesar de produzirem apenas para a sua subsistência mas, com a chegada da electricidade e a necessidade de terem os restantes produtos de consumo à sua disposição, os hopis adoptaram actividades mais próprias da economia de mercado com muitos dos seus membros trabalhando nas indústrias existentes, mas também vivendo do seu artesanato tradicional. Apesar de terem sido muito influenciados pelo trabalho missionário e terem adoptado, em grande medida, os problemas do consumismo e do alcoolismo, os hopis continuam a manter o núcleo das suas tradições a que a maioria adere. O New York Times relatou que os jovens hopi apreciam o reggae e que há frequentemente concertos desta música na sua reserva.

Aparentemente, os hopis têm uma relação espiritual muito forte com o Tibete e o Dalai Lama visita a sua reserva com frequência. Diz-se que, da primeira vez que ele ali chegou, os velhos hopi o saudaram: "Bem-vindo ao lar". Os hopis consideram-se parentes de todas as raças, mas especialmente dos tibetanos e há uma profecia hopi que diz que o seu povo e os “homens-vestidos-de-vermelho” do outro lado do oceano serão reunidos como irmãos. Por outro lado, uma profecia tibetana diz que “quando o pásssaro-de-ferro voar e os cavalos correrem sobre rodas, o povo do Tibete espalhar-se-á pelo mundo e a sabedoria do Buddha chegará aos “peles-vermelhas” do outro lado do oceano”.

domingo, 15 de agosto de 2010

Maria Gorda, o famoso baobá da Ilha de Paquetá (RJ), plantada em 1917 (clique na imagem para ampliar)


Baobá em Paquetá tombado pelo patrimônio histórico é ameaçado por vazamento de esgoto
(Fonte: O Globo. Matéria publicada em 09/06/2010)

RIO - Em 1967, dez árvores da bucólica Ilha de Paquetá foram tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para garantir que não fossem derrubadas no futuro. Depois de resistir à passagem de mais de quatro décadas, a árvore mais famosa do bairro, o famoso baobá conhecido como Maria Gorda, corre o risco de tombar, não por causa naturais, mas pela poluição. Plantado há mais de um século na Praia dos Tamoios, o exemplar da espécie de origem africana, com quase três metros de diâmetro, está sendo, pouco a pouco, envenenado por um vazamento na rede de esgotos. Segundo moradores, o problema já se arrasta há cerca de quatro meses sem que haja uma solução.
A Cedae informa que só tomou conhecimento do vazamento nesta quarta, através de um e-mail enviado pelo superintendente regional do Instituto Nacional do Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Carlos Fernando Andrade. A companhia encaminhou uma equipe ao local para identificar a origem do vazamento e informou que já está com técnicos trabalhando no local com o objetivo de solucionar o caso e tentar salvar a árvore.

A solidariedade à arvore fez com que fosse formada uma rede de pessoas envolvidas na ajuda à Maria Gorda, que tem grossas raízes e galhos imensos. Um morador do bairro entrou em contato com a gerente de monumentos e chafarizes da Fundação Parques e Jardins, Vera Dias, que, por sua vez, pediu a ajuda de Carlos Fernando Andrade

- Esse morador contou que as folhas da árvores estão ficando amareladas e que o esgoto é visível, passa pela superfície e forma uma língua negra, a menos de dois metros das raízes. Não adianta a Fundação Parques e Jardins fazer nada, caso não seja interrompido o vazamento - disse Vera.

Conta o folclore local que os gestos de carinhos ao tronco e galhos de Maria Gorda serão recompensados com sorte eterna. Se a sorte de Maria Gorda melhorar e o vazamento for contido, ela pode chegar a viver 300 anos e alcançar 25 metros de altura, com diâmetro de até oito metros. Um das características da espécie é a capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode comportar até 120 mil litros. O baobá não é a única espécie protegida pelo pelo Inepac. A lista inclui ainda amendoeiras, jaqueiras, mangueiras, algodoeiras e tamarineiras.

domingo, 8 de agosto de 2010


Polêmico, novo Código Florestal não deve ser aprovado este ano
(Fonte: Bom Dia Brasil - Assista o vídeo sobre a matéria no site)

O clima foi de bate-boca e muita discussão na Câmara dos Deputados. O novo Código Florestal dividiu opiniões. O ponto mais polêmico é o que trata das áreas de preservação ambiental às margens dos rios.

Os ambientalistas não gostaram das mudanças. Os deputados ligados à causa ambiental dizem que as mudanças podem provocar mais desmatamento.

Já para a bancada ruralista, não. O projeto, segundo eles, garante o equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação do meio ambiente. Nesse clima, e em ano eleitoral, a estratégia dos dois lados ficou clara. Ambientalistas querem empurrar, adiar a votação do projeto. Os ruralistas querem agilizá-la.

Ambientalistas e ruralistas lotaram o plenário da comissão. A sessão começou tensa. Houve bate-boca. Finalmente o relatório começou a ser lido.

Pelo texto, fica mantida a exigência da reserva legal nos limites atuais: 20% na Mata Atlântica, 35% no cerrado e 80% na Amazônia. As pequenas propriedades ficam isentas dessa obrigação.

As autorizações de novas áreas de desmatamento ficam suspensas por cinco anos. As multas e sanções nas áreas devastadas até julho de 2008 também serão suspensas, por cinco anos.

Cada estado terá autonomia para decidir sobre o uso da terra e quanto deve ser preservado do meio ambiente.

O relator ainda estava lendo o texto e já dividia opiniões. Para os ambientalistas, o projeto é um retrocesso.

“É um retrocesso muito grande na nossa legislação ambiental e vai permitir mais desmatamento e talvez o fim dos nossos biomas”, alerta o deputado Sarney Filho (PV-MA).

Para os ruralistas, o código dá equilibro à produção e a preservação ambiental.

“O importante é viabilizar a atividade econômica. Você não pode pensar só na questão ambiental, tem que pensar na questão social e econômica”, diz o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

O relator reconhece a polêmica do assunto. “A matéria é de fato controversa, não faltará algum grau de razão a quem pondera as ações que transformam a natureza e não faltará algum grau de razão àqueles que ponderam o interesse social, econômico ou cultural na mesma ação e na mesma medida”, afirma o relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

A sessão acabou suspensa e a leitura do relatório deve continuar nesta quarta-feira. Mas votação mesmo é difícil. Um tema tão polêmico em período eleitoral, dificilmente o novo código será aprovado este ano.

A ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, disse que é possível promover a expansão da fronteira agrícola sem destruir mais áreas verdes. Ela pediu cautela nas negociações do novo código.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

(Fonte da imagem e da matéria: site Olhar Digital)

Chineses desenvolvem ônibus que circula acima dos carros

Além de desobstruir trânsito, cada ônibus é capaz de acomodar 1.200 pessoas e economizar 860 toneladas de combustível por ano

Basta por os pés para fora de casa pra perceber que grandes cidades, como São Paulo, já não comportam mais carros. E não é que os chineses criaram uma solução, no mínimo, inusitada?

Trata-se de um ônibus absurdamente grande que passa por cima dos carros. Mas, nada de atropelamento de automóveis. O conceito aqui é um ônibus em formato de arco que utiliza o espaço acima dos carros para transitar. Os criadores são do Huashi Future Parking Equipament, em Shenzen.

Além de utilizar um espaço vazio nas ruas e avenidas, o protótipo faz uso de painéis solares e eletricidade para se mover. O ônibus pode chegar a 60 km/h, mas viaja a 40 km/h em média, diminuindo o congestionamento de vias principais em cerca de 30%.

O veículo possui 6 metros de largura e 4 metros de altura, ocupando duas pistas e permitindo que carros de até 2 metros passem por baixo. O comprimento dos vagões ainda não foi divulgado.

Agora, se você está espantado só com esses números, imagine quantas pessoas podem ser acomodadas dentro do ônibus. De acordo com os chineses, cada vagão comporta 300 pessoas num total de 1.200 por veículo. Cada ônibus seria capaz de economizar até 860 toneladas de combustível por ano, com redução de 2.640 toneladas de emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

O custo de implantação dos ônibus ainda é mais atraente, pois eles utilizam apenas 10% do que seria gasto para a construção de metrôs.

A aprovação do projeto será feita ainda no fim desse mês. Caso dê tudo certo, os chineses afirmam que a implantação inicial de 186 km está prevista para acontecer até o fim do ano.

Confira o vídeo do projeto (em chinês) no site da matéria